• Nenhum resultado encontrado

7) INSTRUÇÕES GERAIS DE SERVIÇO

7.1. RECUPERAÇÃO DE TRINCAS, EMPENOS E ÁREAS DESGASTADAS

7.1.1. ENGATES

7.1.1.1. Desgaste no ressalto protetor do pino:

a - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar a região condenada pelo cálibre.

c - esmerilar a solda para que o contorno atenda ao cálibre.

7.1.1.2. Trinca no ressalto protetor do pino:

a - esmerilar até que a(s) trinca(s) desapareça(m) por completo. b - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

c - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar a região trincada. d - esmerilar a solda para que o contorno atenda ao cálibre.

7.1.1.3. Desgaste no ressalto de absorção de choque:

a - remover o defeito ou rebarbas completamente. b - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

c - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar a região condenada pelo cálibre.

d - esmerilar a solda para que o contorno atenda ao cálibre. e - submeter o engate e tratamento térmico

f - comparar a dureza com a especificada no desenho da peça (vide item específico sobre tratamento térmico).

g - a inspeção final deverá ser feita com o cálibre.

7.1.1.4. Desgaste no braço direito:

a - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas pelo cálibre.

c - esmerilar para que o contorno atenda ao cálibre. d - submeter o engate a tratamento térmico.

PTP 000047-GEDFT – Rev 03

ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

165 e - após tratamento térmico submeter a região recuperada a teste de trinca por partículas magnéticas para estar certo de que não surgiram trincas resultantes desta operação. Se isto ocorrer o engate estará fora de uso.

f - comparar a dureza com a especificada no desenho da peça (vide item específico sobre tratamento térmico).

7.1.1.5. Distorção dos ressaltos de absorção de choque e no braço protetor:

a - aquecer os ressaltos à temperatura de 820 a 870º C.

b - para corrigir a distorção, utilizar uma prensa ou outro método adequado.

c - limitar o aquecimento tanto quanto possível às áreas dos ressaltos para evitar empenos na cabeça do engate durante o endireitamento.

d - após o desempeno, o contorno deverá atender ao cálibre.

e - submeter a região distorcida a teste de trincas por partículas magnéticas para detectar possíveis trincas provenientes da operação.

f - se detectado trincas, elas devem ser analisadas e recuperadas. g - submeter o engate a tratamento térmico.

h - comparar a dureza com a especificada no desenho da peça (vide item específico sobre tratamento térmico).

i - a inspeção final deverá ser com o cálibre.

7.1.1.6. Trinca nos ressaltos de absorção de choque e no braço protetor:

a - esmerilar até que a(s) trinca(s) desapareça(m) por completo. Poderá ser utilizado método por eletrodo de grafite ou plasma. Não utilizar maçarico para remoção de trinca.

b - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

c - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas. d - esmerilar de acordo com a superfície adjacente não recuperada.

e - submeter o engate a tratamento térmico.

f - comparar a dureza com a especificada no desenho da peça (vide item específico sobre tratamento térmico).

7.1.1.7. Desgaste na superfície antideslizante:

a - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar a região condenada pelo cálibre.

c - esmerilar a solda para que o contorno atenda ao cálibre.

7.1.1.8. Desgaste do eixo suporte do rotor:

PTP 000047-GEDFT – Rev 03

ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

166 b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar a região condenada pelo cálibre.

c - esmerilar para que o contorno atenda ao cálibre.

7.1.1.9. Desgaste na extremidade da haste do engate:

a - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas pelo cálibre.

c - esmerilar para que o contorno atenda ao cálibre. d - submeter o engate a tratamento térmico.

e - após tratamento térmico, submeter a região recuperada a teste de trinca por partículas magnéticas para estar certo que não surgiram trincas resultantes desta operação. Se isto ocorrer o engate estará fora de uso.

f - comparar a dureza com a especificada no desenho da peça (vide item específico sobre tratamento térmico).

7.1.1.10. Desempeno da haste do engate:

a - aquecer a haste à temperatura de 820 a 870º C.

b - corrigir o empeno utilizando uma prensa, colocando a haste em alinhamento com a cabeça do engate.

c - evitar martelamento, que causaria afundamento das paredes, se isto ocorrer o engate estará fora de uso.

d - após o endireitamento o empeno não deve exceder a 3 mm em todo o comprimento da haste. e - submeter a haste do engate ao teste de trinca por partículas magnéticas a fim de detectar qualquer trinca resultante desta operação. Se constatado trincas ou setor quebrado o engate deverá ser reanalisado.

f - submeter o engate a tratamento térmico.

g - comparar a dureza com a especificada no desenho da peça (vide item específico sobre tratamento térmico).

7.1.2. MANDÍBULA E PINO

7.1.2.1. Desgaste do protetor do pino, na orelha inferior, na orelha superior, na região de contato com a castanha e na altura:

a - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas pelo cálibre.

PTP 000047-GEDFT – Rev 03

ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

167 d - submeter a mandíbula a tratamento térmico. e - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.2.2. Desempenar pino da mandíbula:

a - aquecer o pino à temperatura de 840 a 870º C.

b - endireitar para estar dentro de 0,6 mm em todo seu comprimento. c - deixar resfriar lentamente ao ar.

d - submeter o pino a tratamento térmico.

e - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.3. BRAÇADEIRA

7.1.3.1. Trinca na extremidade (áreas críticas) ou no centro (área não crítica):

a - esmerilar até que a(s) trinca(s) desapareça(m) por completo. Poderá ser utilizado método por eletrodo de grafite ou plasma. Não utilizar maçarico para remoção de trinca.

b - pré-aquecer a região à temperatura de 230 a 350º C.

c - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões trincadas. d - esmerilhar de acordo com a superfície adjacente.

e - submeter a braçadeira a tratamento térmico. f - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.3.2. Desgaste na espessura da seção:

a - pré-aquecer à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas pelo cálibre.

c - esmerilhar de acordo com a superfície adjacente não desgastada. d - submeter a braçadeira a tratamento térmico.

e - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.3.3. Desgaste no lado externo (altura) e no lado externo (largura) da cabeça da braçadeira:

a - pré-aquecer à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas pelo cálibre.

c - usinar ou esmerilhar a solda para que o contorno atenda ao cálibre. d - submeter a braçadeira a tratamento térmico.

e - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.3.4. Desgaste no furo de conexão da braçadeira (fixa):

PTP 000047-GEDFT – Rev 03

ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

168 b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas pelo cálibre.

c - usinar o furo, obedecendo a medida interna, conforme desenho. d - submeter a braçadeira a tratamento térmico.

e - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.3.5. Opcionalmente podemos embuchar o furo de conexão da braçadeira:

a - alargar os furos para 4,242" + 0,002 e - 0,000 com acabamento 125 e descentralização máxima 1/32.

b - instalar a bucha, usando uma prensa. A bucha não pode sobressair a superfície da braçadeira.

7.1.3.6. Desgaste no contorno interno da cabeça da braçadeira (fixa):

a - pré-aquecer à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar as regiões condenadas pelo cálibre.

c - esmerilhar a solda para que o contorno atenda ao cálibre número TA-3282, comparar a espessura da cabeça com o cálibre número TA-3267 4/8, observando ter sido recuperado o desgaste no lado externo da cabeça da braçadeira.

d - submeter a braçadeira a tratamento térmico.

e - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.4. COLAR

7.1.4.1. Desgaste na altura do colar:

a - pré-aquecer o colar à temperatura de 150 a 310º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-9018 ou arame MIG similar, para soldar a região condenada pelo cálibre número TA-3267 3/8.

c - normalizar a uma temperatura de 920º C.

d - usinar para uma medida de 168,5 mm cálibre número TA-3267 4/8. e - submeter o colar a tratamento térmico.

f - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.4.2. Desgaste nos furos do pino:

a - pré-aquecer o colar à temperatura de 150 a 310º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-9018 ou arame MIG similar, para soldar a região condenada pelo cálibre número TA-3281 2/7.

c - normalizar a uma temperatura de 920º C. d - usinar para um diâmetro de 90,50 mm.

PTP 000047-GEDFT – Rev 03

ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

169 e - submeter o colar a tratamento térmico.

f - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.4.3. Trinca no colar:

a - chanfrar até 4 mm da superfície oposta em toda a extensão da trinca. b - pré-aquecer o colar à temperatura de 150 a 310º C.

c - utilizar eletrodo AWS E-9018 ou arame MIG similar, para soldar a(s) trinca(s). d - normalizar a uma temperatura de 920º C.

e - usinar de acordo com a superfície adjacente. f - submeter o colar a tratamento térmico.

g - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.5. CRUZETA

7.1.5.1. Entalhes na superfície de apoio do aparelho de choque e áreas defeituosas no lado da superfície de apoio da haste do engate:

a - pré-aquecer a cruzeta à temperatura de 230 a 350º C.

b - utilizar eletrodo AWS E-11018 ou arame MIG similar, para soldar a região defeituosa. c - usinar mesclando com a superfície não recuperada.

d - submeter a cruzeta a tratamento térmico.

e - comparar a dureza com a especificada em desenho.

7.1.6. TRIÂNGULOS DE FREIO 7.1.6.1. Contrasapatas desgastadas:

a - Não é necessário pré-aquecimento.

b - Realizar a limpeza do local, visando retirada de rebarbas e óxidos. c - Use eletrodo arame MIG ER 70S6 1,2mm ou eletrodo AWS E-7018. d - Fazer o enchimento com solda.

e - Utilize o cálibre TA 7084 para averiguação.

7.1.6.2. Trincas na região da contrasapata:

a - Preparar trincas para recuperação: limpar com esmeril, corte com eletrodo de grafite ou plasma as regiões trincadas, até sua completa eliminação.

b - Aplicar a solda, utilizando eletrodo AWS-E-7015, E-7016 ou E-7018 ou arame MIG equivalente, que são indicados para trabalhos de enchimento de solda em aço classe "B".

c - Após a soldagem, as partes recuperadas devem ser esmerilhadas, com objetivo de nivelar as superfícies.

PTP 000047-GEDFT – Rev 03

ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

170 Caso seja necessário, soldar reforço mostrado abaixo com chapa de aço baixo carbono:

Ilustração 202 – Reforço do triângulo de freio 7.1.7. TRAVESSA DO TRUQUE

7.1.7.1. Bolsa da cunha de fricção Barber sem chapa de desgaste:

a - Não é necessário pré-aquecimento.

b - Use eletrodo AWS E-7016, E-7018 ou arame MIG similar.

c - Encha por completo a superfície desgastada com filetes de solda longitudinais. d - Não é necessário tratamento térmico após a soldagem.

e - Esmerilhe os cordões de solda, até obter uma superfície lisa. f - Utilize o cálibre TA-1489 para averiguação.

7.1.7.2. Corpo / centro pião da travessa:

a - Soldar desgaste e trinca:

- desgaste - deve ser de no máximo, 20% da seção original. - trincas - conforme capítulo 3.3.10.1.

b - use eletrodo AWS E-7016, E-7018 ou arame MIG similar. c - Tratamento térmico - conforme capítulo 3.3.10.1.

d – desgaste e trinca além do limite, sucatear.

7.1.8. LATERAL

7.1.8.1. Desgaste nas guias anti-rotação:

a - Não é necessário pré-aquecimento.

b - Use eletrodo AWS E-7018 ou arame MIG similar. c - Realizar enchimento da superfície desgastada.

d - Esmerilhar a parte recuperada até obter uma superfície lisa e plana. e - Utilizar cálibre apropriado para averiguação.

Não pode haver solda neste ponto, por ser uma

PTP 000047-GEDFT – Rev 03

ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

171 - TA 1486 para 6“ x 11”

- TA 7993 para 5 ½“ x 10” e 5 “ x 9” 7.1.8.2. Trincas nas áreas 2 e 3 (não críticas):

a - Não é necessário pré-aquecimento.

b - chanfrar com eletrodo de grafite de 6 ou 12 mm até que a trinca seja removida. c - Limpar a peça para iniciar a soldagem.

d - Use eletrodo AWS E-7018 ou arame MIG similar. e - Realizar enchimento da trinca.

- Fazer o cordão de solda contínuo.

- Respeitar o limite de temperatura, o local da peça onde está sendo feito o enchimento deve estar no máximo de 250 ºC.

f - Esmerilhar as partes recuperadas até que fique concordante com a superfície adjacente.

7.2. TRATAMENTO TÉRMICO – COMPONENTES DO TRUQUE

No documento Manual Técnico de Vagões1.pdf (páginas 164-171)

Documentos relacionados