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VAGÕES TANQUES

No documento Manual Técnico de Vagões1.pdf (páginas 160-164)

6) SUPERESTRUTURA

6.5. VAGÕES TANQUES

O tanque é composto de um corpo cilíndrico, duas calotas e um domo de expansão. É de construção inteiramente metálica, soldado ao arco elétrico e sem revestimento interno. O domo de expansão localizado na parte superior central do corpo cilíndrico possui volume igual a 2% do volume do corpo cilíndrico para expansão dos gases provenientes do produto transportado.

6.5.1. PARTES, ACESSÓRIOS E MANUTENÇÃO DO TANQUE

Tabela 36 – Tampa do domo

Partes Características Função Manutenção

Tampa do Domo

O fechamento é feito através de parafusos do tipo olhal dotados

de furação para passagem do lacre. A vedação entre a sede e

a tampa do domo é obtida por intermédio de uma junta de chumbo ou cordão de amianto.

Vedar o tanque

Periodicamente deve-se conferir o estado destas juntas quanto à perfeita

vedação da tampa do domo. Quando a junta de amianto ou mesmo o chumbo da tampa começa a se

desfiar ou “espalmar”, respectivamente, é sinal de má vedação entre a tampa e seu anel

superior necessitando substituir.

6.5.2. EXAMINAR SUPERESTRUTURA DO VAGÃO TANQUE

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ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

161 6.5.2.2. Reapertar cintas de amarração (50kgf.m).

6.5.2.3. Inspecionar ancoragem central (berço do tanque) e parafusos.

A fixação da ancoragem ao estrado é feita por intermédio de 34 parafusos de cabeça sextavada, rosca 10 UNC-2A, 3/4" x 2.1/4" e de 2.1/2", de acordo com a especificação ASTM A - grau 1, galvanizado e porca sextavada, auto travante alta, especificação ASTM A-563- grau C, galvanizada.

6.5.2.4. Inspecionar válvula de descarga. Feche a válvula e retire os tampões de descarga. Se houver vazamentos, devemos reparar a válvula.

6.5.2.5. Inspecionar vedação dos tampões de descarga. Trocar se necessário.

6.5.2.6. Para testar as válvulas de segurança (quando for programado), devemos desinstala-las e conferir a pressão de atuação em bancada de teste.

6.5.2.7. Inspecionar válvulas de quebra de vácuo, se houver. Inspecionar anel de vedação e aferir regulagem.

6.5.2.8. Quando programado, fazer teste hidrostático a uma pressão de 60 psi por minuto, não podendo apresentar vazamento.

6.5.2.9. Verificar o Certificado de Aferição do tanque, se não está vencido. Se estiver, programar aferição.

6.5.2.10. Examinar a pintura do tanque. Reparar se necessário. Usar tinta esmalte sintética alumínio.

6.5.3. SISTEMA DE DESCARGA DOS VAGÕES TANQUE

O descarregamento dos vagões é feito a partir da abertura da válvula de descarga localizada na parte inferior interna do tanque. O acionamento é feito através de um volante e uma haste de ligação volante/válvula de descarga.

A válvula de descarga está localizada, afastada a 360 mm do centro do cilindro, dotada de assento, vedada com borracha nitrílica (pode ser utilizado também um anel de viton), com sede rosqueada e um flange soldado na superfície inferior externa do tanque.

O descarregamento dos vagões é feito a partir da abertura da válvula de descarga localizada na parte inferior interna do tanque. O acionamento é feito através de um volante e uma haste de ligação volante/válvula de descarga.

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ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

162 Tabela 37 – Válvula

Componente Características Manutenção

Caixa da válvula

Fabricada em ferro fundido nodular. A vedação do produto transportado é feita através da sede cônica existente no corpo

da válvula.

Em condições normais de uso, esta sede não se danifica, pois os anéis de vedação são de borracha e não desgastam a sede. Decorre, esporadicamente, o desgaste quando o anel de borracha se rompe e o macho da válvula passa a ter contato com a sede. Neste caso, recomenda-se a retirada da caixa da

válvula e usinagem a 45º na sede de vedação.

Anel de vedação

Fabricada em borracha nitrílica ou viton permitindo

maior durabilidade devido o contato com álcool

combustível.

A substituição se faz necessária quando ocorre desgaste acentuado ou rompimento do anel em função

do aperto excessivo no volante da válvula de descarga. Macho de válvula de descarga e porta guia do macho

Estes dois componentes atuando em conjunto tem como objetivo o encosto do

anel de vedação na sede cônica da válvula. São fabricados com rosca de

perfil trapezoidal possibilitando um avanço

rápido do macho e um torque de aperto forte.

Devido ao aperto excessivo é frequente a ruptura do flange onde se aloja o anel de desgaste. Como o movimento do macho da válvula é realizado sempre

em um comprimento relativamente pequeno, o desgaste da rosca obriga a substituição de um dos dois componentes depois de certo tempo de uso. O macho da válvula de descarga possui em sua parte superior um furo quadrado para o alojamento da

extremidade da haste do volante. Ocorre esporadicamente o arredondamento deste furo

obrigando a substituição do macho.

Para qualquer serviço nas válvulas de descarga, é necessário desgaseificar o cilindro dos vagões.

Para vagões que transportam GNL (Gás Natural Liquefeito), deverá ser feito a inertização com nitrogênio.

6.5.4. VÁLVULA DE SEGURANÇA

A válvula de segurança estará em boas condições se:

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ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

163 Começar a atuar quando a pressão atingir o valor de 35 + 3psi (2,5 + 0,21 kgf/cm2).

Quando a válvula não estiver atuando conforme descrito acima, deve ser verificado:

Se o assentamento das sedes das peças "caixa de válvula" e "macho de válvula" está em boas condições de uso, isto é, se não existe desgaste acentuado no anel de borracha do macho.

Se as propriedades da mola estão de acordo com a especificação.

Altura livre = 218 + 3 mm Altura com carga de 324 kg = 153 + 3 mm Altura sólida com carga = 92 + 1,5 mm Material = aço AISI - 5160 H

6.5.5. INSPEÇÃO DO ISOLAMENTO TÉRMICO E SERPENTINA Inspeção do isolamento térmico:

a - Verificar as condições do chapeamento externo protetor do isolamento térmico em cada revisão geral anual.

b - Verificar as condições dos rebites "POP" de fixação do chapeamento externo.

c - Verificar a condição da fibra de vidro quanto à capacidade de isolamento, por meio de medição da variação da temperatura interna do produto transportado em uma viagem.

Inspeção das serpentinas:

a - Verificar as juntas de expansão em cada revisão geral anual, observando o aperto das porcas castelo da fixação da serpentina nos suportes do fundo.

b - Executar o reteste das serpentinas com pressão de 200 libras por polegada quadrada, quando programado.

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ANEXO 1 – MANUAL TÉCNICO DE VAGÕES

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