• Nenhum resultado encontrado

ART. 60. – A abertura de escolas e estabelecimentos particulares de instrucção primaria póde ter lugar unicamente com previa autorisação do Conselho Director, conforme as disposições dos artigos 166, 167 e 169 de regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e mediante as habilitações e provas de capacidade,

que exigem os artigos 4, 5, 6, 14 e seguintes do regulamento n. 42 de 18 do corrente mez e anno, para o provimento das cadeiras de instrucção primaria, ou secundaria, segundo as materias que se ensinarem em taes escolas, ou estabelecimentos. A infracção deste artigo da parte dos Professores, proprietarios, ou Directores de taes escolas, ou estabelecimentos, fica sujeita ás penas decretadas pelos artigos 183, 184 e 186 do citado regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857.

ART. 61. – Podem ser dispensados pelo Conselho Director, sob proposta, ou informação do Inspector Geral, das provas de capacidade exigidas pelo artigo antecedente:

§ 1º. Os individuos que na Provincia, ou no Imperio tiverem dirigido por mais de cinco annos, sem nota alguns estabelecimentos, ou escolas publicas, ou particulares de instrucção semelhantes aos que pretendem fundar.

§ 2º. Os litteratos de reconhecida illustração nas materias em que forem profissionaes.

§ 3º. Os estrangeiros distinctos na carreira das letras, por suas obras e trabalhos scientificos no ensino das disciplinas em que forem entendidos, ou profissionaes, tendo bom comportamento.

§ 4º. As Professoras pertencentes á congregações Religiosas, e reconhecidas pelo poder competente, que se dedicarem ao ensino.

ART. 62. – Das decisões do Conselho Director, em quaesquer das hypotheses dos artigos antecedentes, haverá recurso para o Presidente da Provincia, que será interposto no prazo, e nos termos, e pelas pessoas de que trata o artigo 7 do regulamento n. 42 de 18 do corrente mez.

ART. 63. – O programma de estudos, regimen, e pessoal do ensino, e do edifficio de um estabelecimento, ou escola particular de instrucção de qualquer natureza, ou qualidade, e sua mudança, ou alteração, ficão dependentes de previa approvação, e autorisação do Conselho Director, sob as penas do artigo 183 do regulamento n. 6 de 1º de Junho de 1957.

Nos casos de reincidencia serão dobradas as penas decretadas pelo mesmo artigo 183, alterada assim a disposição do artigo 186 do mesmo regulamento n. 6, na parte que não comprehende offensa á moral publica, ou aos bons costumes. ART. 64. – A pena do artigo 186 terá lugar nos casos previstos no artigo 68, por tempo illimitado; será porém temporaria, na fórma do artigo 71, nos casos dos artigos 70 e 72.

ART. 65. – A imposição das penas aos proprietarios, Directores, ou Professores de estabelecimentos, e escolas particulares de instrucção primaria, é da privativa competencia do Conselho Director, com recurso para o Presidente da Província. Á vista das participações recebidas, e do relatorio do Inspector Geral, na fórma estabelecida nos artigos 77, e seguintes deste regulamento.

ART. 66. – As disposições do artigo 173 § 1º, e artigo 175 do regulamento n. 6 de 1º de Junho de 1857, não comprehendem as pessoas de familia nas circumstancias do artigo 29 § 2º, e artigo 31 §§ 1º, e 2º, do mesmo regulamento, e o preceito do seu artigo 176 fica restricto ás escolas de instrucção primaria não comprehendidas na disposição excepcional do artigo 8º do regulamento n. 42 de 18 do corrente mez e anno, a quaes serão regidas exclusivamente por cidadãos Brazileiros.

CAPITULO III.

Da parte penal, e do processo respectivo.

ART. 67. – Os Professores Publicos ficão sujeitos ás seguintes penas: 1ª. Admoestação, ou reprehensão em particular, ou em officio reservado, publica, verbal, ou por escrito.

2ª. Multa de 10$ a 100$000 rs.

3ª. Suspensão das funcções do magisterio. 4ª. Perda da cadeira.

Estas penas não os eximem das em que incorrerem em virtude das leis penaes do Imperio, e lhes forem impostas pelo poder judiciario.

ART. 68. – A pena de perda do emprego terá lugar nas seguintes hypotheses, ou casos:

1º. Violencia commettida no exercicio das funcções do magisterio, ou á pretexto de exercel-as, conforme a gravidade, e circumstancias do caso, a pessoa do offendido, e o mal causado: 1º para com os seus superiores. Inspectores, ou commissões inspectoras; 2º para com os pais, e tutores dos alumnos; 3º para com os alumnos, ainda que seja no uso do poder coercitivo que lhes compete; 4º para com pessoas estranhas, que visitarem as escolas, na occasião da visita.

2º. Irregularidade de conducta, nos termos do artigo 166 do codigo penal. 3º. Reincidencia de facto que tenha dado lugar a imposição da pena de suspensão nos termos do artigo seguinte.

4º. Excesso de licença, ausencia sem licença, ou abandono da cadeira por mais de um mez, sem causa legitima, e justificada.

5º. Sentença condemnatoria a alguma das seguintes penas: 1ª. Galés.

2ª. Prisão com trabalho.

3ª. Prisão simples por mais de um mez. 4ª. Degredo, ou desterro.

ART. 69. – A disposição do artigo 120 do regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857 comprehende não só os Professores do lycêo D. Affonso, e das aulas avulsas de instrucção secundaria, mas tambem, na fórma do artigo 40 do mesmo

regulamento, os de instrucção primaria de qualquer gráo, ou sexo. A sua execução fica dependente de audiencia do respectivo Professor, proposta do Inspector Geral, e informação do Conselho Director.

Os Professores nomeados interinamente são da livre demissão do Presidente da Provincia, e nenhum direito tem, passados os cinco annos de exercicio marcados pelos citados artigos 40, e 120 do regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, á vitaliciedade da cadeira que occuparem, que se garante aos effectivamente providos, na fórma do mesmo regulamento.

ART. 70. – A pena de suspensão será infligida nas seguintes hypotheses: 1ª na do artigo 68 n. 1º quando a violencia não fôr revestida das circumstancias aggravantes n’elle especificadas.

2ª na do artigo 144 do codigo penal.

3ª na reincidencia de actos que tenhão dado lugar á imposição de multas. 4ª na de repetição das faltas especificadas no artigo 178 do regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857; e na falta de cumprimento das leis e regulamentos da instrucção publica, e ordens que emanarem de seus superiores.

ART. 71. – A pena de suspensão importa perda de todos os vencimentos, em quanto durarem seus effeitos, e nunca será menor de oito dias, nem durará por mais de tres annos.

ART. 72. – A suspensão terá igualmente lugar, independente de processo, não como pena, mas como medida administrativa, e por acto do Governo Provincial, nos seguintes casos:

§ 1º. Nos casos permittidos pela lei geral n. 38 de 12 de Agosto de 1834.

§ 2º. Estando o Professor pronunciado por crime inafiançavel, ou por outro qualquer em que esta medida se torne necessaria, ou condemnado á pena de prisão, ou outra de diversa natureza que o prive do exercicio de suas funcções por mais de 8 dias, nos casos em que não tiver lugar a disposição do artigo 68 § 5º.

§ 3º. Dado o exercicio de qualquer emprego, cargo, occupação, ou industria, que por sua natureza distraia,, ou possa distrahir o Professor do exacto cumprimento dos seus deveres.

§ 4º. Nas hypotheses de denuncia, ou accusação pelos factos, ou actos de que trata o artigo 31 do regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e em geral em todas as hypotheses previstas pelos artigos 68, ou de accusação de máos costumes, ou de delictos contra a moral publica, em quanto pender o processo respectivo. A suspensão nos casos de que tratão os §§ 2º e 3º deste artigo importa perda do ordenado respectivo, e a de qualquer gratificação, em cujo goso estiver o Professor, em quanto pender o respectivo processo, ou durarem os effeitos das penas que lhe tiverem sido impostas; e simplesmente suspensão do ordenado e perda de gratificação, nos especificados nos §§ 1º, e 4º, do

mesmo artigo. O ordenado suspenso, porém, só poderá ser restituido, dada a improcedencia da accusação.

ART. 73. – As penas, e disposições dos artigos antecedentes ficão extensivas aos Professores adjuntos.

ART. 74. – A’s commisões inspectoras, e ás Camaras Municipaes compete impôr:

§ 1º as penas do artigo 67 § 1º. § 2º multa até 20$000 réis.

ART. 75. – Ao Inspector Geral, e Inspectores extraordinarios, nomeados na conformidade do artigo 1º § 1º e artigo 2º do regulamento n. 23 de 22 de Fevereiro de 1858, e regulamento n. 41 de 13 de Janeiro corrente, compete impôr definitivamente, e sem recurso:

§ 1º as penas do artigo 67 § 1º.

§ 2º multa até 20$000 réis; e com recurso para o Conselho Director a de mais de 20 até 50$000 réis.

ART. 76. – Ao conselho director compete a imposição de quaesquer penas estabelecidas pelos differentes regulamentos de instrucção publica em vigor, que estiverem fóra da alçada do Inspector Geral, ou dos Professores, e Inspectores, e especialmente das que tratão os artigos 60, 63, 64, 67, deste regulamento, e artigos 168, 169, 183, 192 e 193 do regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e artigo 11 do regulamento n. 41 de 13 de Janeiro corrente.

ART. 77. – O processo de que tratão os artigos 187, 188 e seguintes do regulamento do 1º de Junho de 1857, fica extensivo a todos os casos em que ao conselho director couber a imposição de penas, e terá lugar:

§ 1º. Em virtude de denuncia de qualquer pessoa do povo.

§ 2º. Por effeito de queixa da parte offendida, seu tutor ou curador, ou do Promotor Publico.

§ 3º. A’ vista da representação de pessoa interessada, residente no lugar do delicto, ou culpa, ou participação de qualquer autoridade local, ou de informação das Camaras Municipaes, ou do Inspector Geral, e das pessoas ou commissões encarregadas da inspecção das escolas, ou membro do conselho director.

§ 4º. Por ordem do Presidente da Provincia.

ART. 78. – As denuncias, requerimentos, representações, e participações de que trata o artigo antecedente podem ser directamente apresentadas ao conselho director, ao Inspector Geral, ou ao Presidente da Provincia.

ART. 79. – As diligencias de que trata o artigo 190 do regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e quaesquer outras, que em qualquer estado do processo o conselho Director julgar de mister, não podendo ser feitas pelo proprio conselho director, serão por intermedio do Presidente da Provincia, e por meio de deprecada, commettidas a quaesquer autoridades administrativas ou judiciarias do lugar respectivo.

ART. 80. – Os recursos interpostos na conformidade do presente Regulamento, e do do 1º de Junho de 1857, em regra geral suspendem a execução das decisões ou sentenças condemnatorias, excepto na hypothese do artigo 194 do mesmo Regulamento do 1º de Junho de 1857.

ART. 81. – As multas impostas na conformidade do regulamento do 1º de Junho de 1857, constituiráõ renda Provincial, e serão cobradas executivamente na conformidade das leis respectivas, á vista das decisões que as impozerem, que serão communicadas á repartição competente.

Os Professores publicos não poderáõ receber seus vencimentos, sem que satisfação a importancia das multas que lhes forem impostas.

CAPITULO IV.

Do Conselho Director da Instrucção Publica, e suas attribuições. ART. 82. – O conselho director será composto:

§ 1º. De um Presidente, que será o Inspector Geral da instrucção publica, ou quem suas vezes fizer.

§ 2º. De um Vice-Presidente escolhido pelo Governo Provincial d’entre os membros do lycêo D. Affonso, ou do conselho director.

§ 3º. Do Director do lycêo D. Affonso, e de mais quatro membros tirados das differentes classes dos Professores publicos, ou particulares, de homens de letras, da livre escolha do Presidente da Provincia.

O Vice-Presidente, e os demais membros do conselho director, serviráõ por espaço de dois annos, e poderáõ ser reconduzidos.

ART. 83. – As decisões do conselho director serão tomadas por maioria de votos dos membros presentes.

Para que se possão celebrar suas sessões é mister a presença de quatro membros, incluindo n’este numero o Presidente ou Vice-Presidente, ou quem suas vezes fizer.

ART. 84. – As funcções do Presidente, Vice-Presidente, e mais membros do conselho director são gratuitas.

ART. 85. – Nas suas faltas, ou impedimentos repentinos, os membros do conselho director serão substituidos pelos Professores do lycêo D. Affonso, conforme sua antiguidade, sendo preferivel em todo o caso os titulares ou vitalicios aos interinos.

ART. 86. – Os Professores do lycêo D. Affonso terão voto consultivo no conselho director, nas deliberações relativas á direcção, e programma das disciplinas, methodo de ensino e policia do mesmo lycêo, todas as vezes que forem para este fim chamados pelo mesmo Conselho, ou nas suas reuniões tomarem parte, por ordem do Presidente da Provincia.

ART. 87. – Ao Conselho Director, além das obrigações especiaes que lhe forão marcadas pelo artigo 165 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e por qualquer outra Legislação em vigor, compete:

§ 1º. Velar na boa direcção do ensino publico, e particular, e sua inspecção e fiscalisação; e propôr ao Governo tudo o que julgar conveniente para o seu melhoramento e perfeição.

§ 2º. Promover, e fiscalisar a execução das Leis, e Regulamentos que regerem as escolas, e estabelecimentos de Instrucção Publica.

§ 3º. Autorisar a abertura das escolas, e estabelecimentos particulares de Instrucção primaria, e secundaria na fórma do artigo 60, e approvar o programma dos estudos, ensino, e regimen interno na fórma do artigo 63 deste Regulamento, e artigo 169 do de n. 6 do 1º de Junho de 1857.

§ 4º. Marcar os compendios, livros, e modelos que se devem usar nas Escolas Publicas, e rever e approvar os que estiverem em uso, ou forem adoptados nas escolas, e estabelecimentos particulares.

§ 5º. Organisar o Regimento interno das escolas e aulas publicas, e do Lycêo, sujeitando-o á approvação do Governo Provincial, na fórma dos artigos 11, 31, e 59.

§ 6º. Julgar em 1ª e 2ª instancia as infracções dos Regulamentos de Instrucção Publica, na fórma dos artigos 75, e 76 e mais disposições da legislação em vigor.

§ 7º. Propôr, ou informar, e dar seu parecer ao Governo Provincial: 1º. Sobre a creação, e suppressão de escolas primarias de 1º e 2º gráo, e mixtas, e suas mudanças, quando o serviço publico o exigir.

2º. Sobre a jubilação dos Professores Publicos.

3º. Sobre os objectos de que tratão os artigos 4, 11, 45, 48, 53, 60, 62, e 157 §§ 2, 3, 4, 7, 9, e 11 ns 1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, na parte que estiver em vigor, e artigos 10, e 11 e mais disposições do presente Regulamento, e qualquer outra Legislação em vigor.

4º. Sobre quaesquer materias que o Governo Provincial o houver de consultar.

§ 8º. Celebrar, sob proposta do Inspector Geral, os contractos a que se refere o artigo 10 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, com approvação do Governo Provincial.

§ 9º. Alterar as horas das aulas na fórma do artigo 17.

§ 10. Designar, com approvação do Presidente da Provincia, as escolas em que devem ficar addidos os Professores vitalicios de que trata o artigo 12 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857.

§ 11. Expedir as Instrucções necessarias para a boa execução das Leis, e Regulamentos sobre a Instrucção Publica, e as de que trata o artigo 157 § 9º do citado Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857.

Estas Instrucções não poderáõ receber execução, em quanto não forem approvadas pelo Presidente da Provincia.

§ 12. Marcar o methodo de ensino na fórma do artigo 25 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, com approvação do Governo Provincial.

§ 13. Assistir aos exames, e concursos dos Professores Publicos, e particulares, e emittir seu juizo na fórma do respectivo Regulamento n. 42 de 18 do corrente mez e anno.

§ 14. Julgar as habilitações dos candidatos aos lugares de Professores Publicos, e sua admissão a concurso, ou exame, e igualmente as dos Professores e Directores de escolas, e estabelecimentos particulares de Instrucção primaria na fórma do artigo 60.

§ 15. Conceder dispensa das provas de capacidade de que trata o artigo 61.

§ 16. Coordenar os mappas, e informações, que pelo Inspector Geral, lhe forem fornecidos para serem presentes ao Governo, nas épocas que este marcar, acompanhados do competente relatorio do mesmo Inspector, sobre o estado do ensino publico, e particular da Provincia; e das observações que julgar convenientes.

§ 17. Fixar, sob informações do Inspector Geral, por uma tabella, o material necessario para cada uma escola publica, e o tempo de sua duração, na fórma do artigo 56.

§ 18. Organisar o programma das materias de ensino, que fazem o objecto de cada uma das cadeiras do Lycêo D. Affonso, e a distribuição do tempo em que deve funccionar cada uma das suas aulas, sujeitando-os à approvação do Governo da Provincia.

§ 19. Inspeccionar as escolas, e estabelecimentos de Instrucção, na fórma do artigo 1º do Regulamento n. 23 de 22 de Fevereiro de 1858, e n. 41, de 13 do corrente mez, e anno, e exercer quaesquer outras attribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor.

§ 20. Estabelecer o methodo de escripturação á cargo dos Professores, ou das escolas, do Lycêo D. Affonso, e aulas de Instrucção secundaria avulsas.

§ 21. O desempenho de todas e quaesquer outras disposições que lhe forem marcadas pelos Regulamentos ou Leis posteriores.

ART. 88. – O Regimento interno do Conselho Director será por este organisado, e approvado pelo Governo Provincial. Este Regimento comprehenderá regras sobre a direcção e marcha das conferencias de que trata o artigo 28 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857.

CAPITULO V.

Das attribuições do Inspector Geral da Instrucção Publica.

ART. 89. – Ao Inspector Geral da Instrucção Publica, além das attribuições que lhe forão conferidas pelo Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e que não passáráõ ao Conselho Director em virtude das disposições do presente Regulamento compete:

§ 1º. A inspecção e fiscalisação de todos os estabelecimentos, e escolas assim particulares, como publicas na fórma das disposições do presente Regulamento, do de n. 23 de 22 de Fevereiro de 1858, e n. 41 de 13 do corrente mez, e anno.

§ 2º. Propôr ao Conselho Director o que julgar conveniente para a boa direcção, e fiscalisação do ensino publico, e particular e para a execução das Leis, Regulamentos, e ordens relativas á Instrucção Publica, e velar e promover a sua boa execução.

§ 3º. Organisar a estatistica dos estabelecimentos publicos, e particulares de Instrucção na fórma dos modelos que lhe forem fornecidos pelo Governo Provincial, ou por este approvados sob proposta do Conselho Director.

§ 4º. Corresponder-se com as Camaras Municipaes no que tocar á inspecção das aulas a seu cargo.

§ 5º. Prestar as informações que lhe forem exigidas pelo Governo, ou pelo Conselho Director.

§ 6º. Impôr as penas estabelecidas no artigo 75, e conhecer dos recursos interpostos na fórma do artigo 27.

§ 7º. Apresentar semestralmente ao Conselho Director um relatorio do estado da Instrucção Publica da Provincia, e de cada escola ou estabelecimento publico ou particular de Instrucção, e do comportamento dos Professores na fórma do respectivo Regulamento.

§ 8º. Suspender na fórma, e nos termos do artigo 194 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e unicamente nos casos de urgencia, os Professores, e mandar fechar quaesquer estabelecimentos de Instrucção primaria.

§ 9º. Requisitar ás autoridades locaes quaesquer informações que lhes forem necessarias para o desempenho de seus deveres.

§ 10. Dar parte ao Conselho Director, e ao Governo da Provincia, de todas as infracções, desvios, delictos dos Professores Publicos, e particulares, e proprietarios, ou Directores de estabelecimentos de Instrucção primaria, ou secundaria.

§ 11. Dar ao Governo Provincial semestralmente, conta de todas as penas que houver imposto.

§ 12. Dar seu parecer, e informações sobre o que fôr exigido pelo Governo da Provincia em relação á Instrucção Publica, e fazer a proposta de que trata o artigo 61, e mais disposições em vigor.

§ 13. Convocar, presidir, e tomar parte nas deliberações do Conselho Director da Instrucção Publica, dirigir seus trabalhos, executar, e fazer executar as suas decisões, e ordens.

§ 14. Velar sobre a boa direcção e policia do Lycêo D. Affonso, e presidir aos exames de seus alumnos.

§ 15. Dirigir os trabalhos da Secretaria á seu cargo, e do Conselho Director, e dar-lhe regulamento de accordo com o mesmo Conselho, e com o Director do Lycêo.

§ 16. Informar semestralmente sobre a conducta dos Empregados da Secretaria, e de quaesquer outros sob a sua inspecção.

§ 17. Desempenhar quaesquer commissões que lhe forem dadas pelo Governo da Provincia na parte relativa a Instrucção Publica, e exercer quaesquer outras attribuições que lhe forem, ou tenhão sido conferidas pela Legislação em vigor.

§ 18. Nomear os membros da commissão de exames dos alumnos, de que trata o artigo 35.

ART. 90. – O Inspector Geral da Instrucção Publica será substituido pelo Vice-Presidente do Conselho Director, e na falta, ou impedimento deste por uma pessoa idonea da livre escolha do Presidente da Provincia.

CAPITULO VI. Disposições geraes.

ART. 91. – O adiantamento das entradas do Monte Pio, de que trata o artigo 44 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, fica dependente de consignação especial, decretada pelo Poder competente.

Se a consignação não fôr sufficiente para as entradas de todos que pretenderem se matricular no Monte Pio, no mesmo anno, serão preferidas as que demandarem menores sommas, e entre estas, em igualdade de circunstancias, as daquelles que tiverem mais tempo de magisterio publico.

ART. 92. – Os Professores Publicos de Instrucção primaria unicamente terão direito á percepção do augmento do ordenado, e das gratificações, e vantagens de que tratão os artigos 41, 45, e 48 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, logo que se mostrem habilitados na fórma do mesmo Regulamento.

ART. 93. – O Conselho Director da Instrucção Publica organisará, e submetterá á approvação do Governo da Provincia sob as bazes das disposições do presente, Regimentos internos para as escolas de Instrucção primaria.

Em quanto, porém, estes Regimentos não forem organisados, e mandados pôr em execução, regulará o que approvado foi pelo Governo Provincial, em 15 de Março de 1842, e o methodo pratico que o acompanha, na parte que não fôr

opposta ás disposições deste, e do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e mais disposições em vigor.

ART. 94. – Tudo quanto dispõe este Regulamento, á respeito dos Professores titulares, é applicavel aos que interinamente regerem qualquer cadeira.

ART. 95 – As cadeiras providas interinamente estão sugeitas a novo concurso,