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ART. 21. – No dia ultimo de Novembro fechar-se-hão as aulas, e annunciar- se-hão os exames, que devem ter lugar nos dias que forem designados pelo Conselho Director.

ART. 22. – Os exames serão feitos sobre pontos tirados á sorte pelos examinadores, e que devem comprehender todas as materias que tiverem sido leccionadas nas aulas, segundo o respectivo programma de ensino.

ART. 23. – Os exames do 6º anno versaráõ sobre as materias, que formão o curso completo de estudos. Os dos demais annos, sobre as materias ensinadas em cada um delles, e terão unicamente por fim verificar se os alumnos aproveitarão, e se podem passar para o anno seguinte.

ART. 24. – O exame de lingoas consistirá na leitura, traducção e analyse grammatical de trechos dos autores seguidos nas aulas.

ART. 25. – O de mathematicas na demonstração, ou resolução dos theoremas, ou problemas de geometria, ou de trigonometria, e no desenvolvimento theorico e pratico de operações arithmeticas, ou algebricas.

ART. 26. – O de Sciencias naturaes, o de Philosophia e o de Rhetorica, na exposição de alguma, ou algumas das doutrinas que o ponto designar.

ART. 27. – O de Historia e Geographia na exposição de algum periodo historico dos factos graves, que tenhão relação com o mesmo periodo da posição geographica do Paiz ou Paizes de que se tratar, e finalmente de principios geraes de Geographia astronomica e terrestre, &c.

ART. 28. – Os alumnos poderáõ ser interrogados sobre as materias do ponto, e sobre as que com ellas tiverem relação.

ART. 29. – Nos exames do 6º anno haverá uma prova oral e outra escripta. Na prova oral, os examinadores poderáõ interrogar sobre os principios geraes, que tiverem relação com o ponto, e se o exame fôr de lingoas, versará sobre a leitura e Grammatica; e se fôr da latina, sobre medição de versos.

ART. 30. – Na prova escripta, cada examinando terá uma hora para preparar a prova de cada exame de lingoa, e hora e meia para as de Historia e Sciencias. No exame de mathematicas poderá este tempo ser augmentado conforme julgar necessario a commissão de exame, a qual concederá tambem, no exame oral, algum tempo para orientar o alumno no ponto, que lhe tiver sahido por sorte. Em qualquer destes casos, o alumno estudará o ponto na presença de um dos membros da dita commissão, que fôr designado pelo Inspector Geral.

ART. 31. – Os alumnos que no mesmo dia tiverem de fazer exame e por escripto da mesma materia, serão examinados em um só ponto, que a sorte designar.

Para este fim prepararáõ os alumnos as respectivas provas em mezas separadas, onde serão inspeccionados pelos examinadores, para evitar que se auxiliem mutuamente, ou que uns observem os trabalhos dos outros.

ART. 32. – Os alumnos do 6º anno, serão interrogados em cada materia pelos Professores respectivos, e julgados por uma commissão composta do Inspector Geral da instrucção publica, que será o Presidente, do Director do Lycêo, de um membro do Conselho Director nomeado pelo Governo, e de mais tres Professores nomeados indistinctamente d’entre os Professores publicos ou particulares, pelo Conselho Director, os quaes, na falta, ou impedimentos repentinos, serão substituidos interinamente por quem o Inspector Geral designar. ART. 33. – Findo o tempo marcado para o exame por escripto, apresentaráõ os alumnos as respectivas provas, no estado em que se acharem, assignando cada um seu nome logo em seguida da ultima linha, que tiver escripto.

§ 1º. Estas provas serão rubricadas no alto de cada meia folha pelo Presidente da Commissão, e depois distribuidas com igualdade pelos examinadores.

§ 2º. Concluidas ás provas escriptas de todos os alumnos, passar-se-ha á prova oral, que será de meia hora para cada examinando.

ART. 34. – No dia immediato reunida a commissão na sala dos exames, antes de outro qualquer trabalho, apresentaráõ os examinadores as provas, que lhes tiverem sido distribuidas, notando por escripto em cada uma os erros que o respectivo alumno houver commettido, e declarando tambem por escripto qual a sua opinião ácerca do merecimento de cada prova.

ART. 35. – A commissão, examinando as ditas provas, e combinando-as com os apontamentos tomados sobre os exames oraes do dia anterior, e com as notas do aproveitamento dos alumnos durante os respectivos annos, formará o seu juizo sobre o merecimento de cada um delles, mas não se procederá á votação, senão depois que tiver cada alumno feito o exame de todas as materias do respectivo curso.

ART. 36. – Terminados os exames, na conformidade do final do artigo antecedente e reunida a commissão, proceder-se-ha á votação por escrutinio secreto, sobre cada materia, á medida que os nomes dos alumnos examinados forem lidos pelo Presidente, e observando-se as seguintes regras:

1ª. A totalidade, ou o maior numero de espheras brancas do que pretas, approva; a aprovação por totalidade de espheras brancas, terá a nota de – plena. – A totalidade, ou o maior numero de espheras pretas do que brancas, reprova. 2ª. Quando a approvação fôr plena, repetir-se-ha o escrutinio, e neste caso será conferida a nota de approvado com distincção – ao alumno, que obtiver totalidade de espheras brancas.

3ª. A reprovação em qualquer das materias obriga o alumno a estudar novamente o anno, excepto se tiver sido approvado com distincção em todas as outras.

4ª. Neste caso merecerá o alumno a nota de – esperado – e poderá no anno seguinte, antes da abertura das aulas, fazer novo exame da materia, em que foi reprovado.

5ª. O alumno do 6º anno, que fôr reprovado em alguma, ou algumas materias, e approvado em outras, e quizer repetir o anno, poderá deixar de frequentar as aulas das materias em que tiver sido approvado.

ART. 37. – Os exames nos outros annos, serão verbaes.

Nelles serviráõ de examinadores os Professores das respectivas materias, e de julgadores uma commissão composta do mesmo examinador, de mais dous Professores designados pelo Conselho Director e no caso de falta repentina, pelo Inspector Geral, do Director, ou do Vice-Director do Estabelecimento, que a presidirá.

ART. 38. – Concluidos todos os exames em cada um dos Estabelecimentos, fará o Inspector Geral organisar a lista dos alumnos approvados, e dos reprovados em cada anno, com a declaração, no primeiro caso, das notas que obtiverão, e a apresentará ao Conselho Director, remettendo igual relação ao Governo.

ART. 39. – Na mesma occasião o Director proporá ao Conselho Director os nomes dos tres alumnos de cada anno approvados com distincção, que, em conferencia com os Professores respectivos, julgar merecedores do premio.

Para essas propostas deverá influir o merecimento, que durante o anno tiverem mostrado os alumnos nos concursos trimensaes, alcançando o lugar de honra de que trata o artigo 50 § 5º do presente Regulamento, e artigo 31 do Regulamento n. 44 de 24 do corrente, e tendo-se em attenção o procedimento dos mesmos alumnos, assim nas aulas, como fóra dellas, afim de tornar efficaz esse incentivo, para o adiantamento dos mesmos alumnos.

ART. 40. – Organisada a lista, na conformidade do artigo antecedente, uma commissão, composta do Inspector Geral, que a presidirá, do Director e de dous membros do Conselho Director, revendo os trabalhos do alumnos apresentados, e tendo á vista as informações escriptas ministradas pela commissão, que tiver julgado os exames, poderá conferir premio aos tres mais distinctos de cada anno d’entre os propostos.

O premio consistirá em um livro de encadernação dourada.

ART. 41. – O Presidente da Provincia distribuirá os premios pelos alumnos, á medida que forem chamados pelo Director, que igualmente proclamará em alta voz o nome dos que forão approvados com distincção, no dia que fôr por elle marcado, e com as solemnidades prescriptas pelo artigo 106 do Regulamento n.6 do 1º de Junho de 1857.

Os nomes de uns e outros, serão publicados pela imprensa.

ART. 42. – Depois da distribuição dos premios, e pelo mesmo modo, irá o Presidente entregando aos alumnos, que tiverem completado o curso, os seus respectivos Diplomas.

Estes Diplomas serão assignados pelo Presidente.

ART. 43. – O alumno, que não fizer exame na época para isso marcada neste Regulamento, e guarda-lo para o anno seguinte, deverá requere-lo ao Conselho Director, por intermedio do Inspector Geral, que ouvirá os respectivos Director e Professor, juntando documentos, que provem:

§ 1º. Que teve applicação, e bom procedimento durante o anno. § 2º. Que motivos justos o inhibirão de apresentar-se a exame em tempo competente.

§3º. Que não se acha em divida para com o cofre provincial por falta de pagamento da matricula.

CAPITULO IV.

Dos Professores e seus vencimentos.

ART. 44. – Os vencimentos dos Professores e dos Empregados do Lycêo D. Affonso serão os marcados pela tabella anexa ao Regulamento n.6 do 1º de Junho de 1857; o do Director, o que fixou o artigo 27 da Lei n. 428 de 8 de Janeiro corrente.

ART. 45. – Os Professores, que accumularem interinamente o exercicio de mais de uma cadeira, perceberáõ, além dos vencimentos, que lhes competem uma gratificação igual a metade dos vencimentos da cadeira, que interinamente regerem, se estiver vaga, ou seu proprietario não tiver direito ao respectivo ordenado, e unicamente gratificação de exercicio, quando este a não perceber. ART. 46. – Os Professores interinos não comprehendidos na disposição do artigo anterior, perceberáõ os mesmos vencimentos, que competem aos Professores titulares effectivos, no caso de vaga, e unicamente os vencimentos a que o Professor titular não tiver direito, no caso de seu impedimento.

ART. 47. – Os Professores interinos, não terão direito á vencimento algum, no caso de seu impedimento por mais de quinze dias.

ART. 48. – Em quanto não houver numero sufficiente de alumnos, o Professor de Latinidade ensinará não só as disciplinas da sua cadeira, como as de Grammatica latina, que são objecto da 1ª cadeira do Lycêo. Pelo mesmo theor, o Professor da cadeira de Botanica e Zoologia accumulará o exercicio da cadeira de Phisica, Chimica, Mineralogia e Geologia; o de Philosophia racional e moral, a de Rhetorica e Poetica; e o de Geographia e Historia moderna e contemporanea o da de Geographia e Historia antiga e da idade media.

ART. 49. – Os Professores interinos poderáõ ser dispensados do exercicio das cadeiras que regerem, quando o Governo julgar conveniente, cumprindo ao Inspector Geral, ao Conselho Director e á Congregação dos Lentes, por intermedio deste, representar sobre a sua suspensão, ou demissão, todas as vezes que o serviço publico o exigir.

No fim de cada trimestre será remettida pelo Conselho Director, e pelo Inspector Geral ao Governo uma informação sobre o procedimento de cada um Professor titular ou interino.

ART. 50. – Os Professores deveráõ:

§ 1º. Comparecer nas aulas e dar lição, nos dias e horas marcados, e no caso de molestias participa-la ao Director do Lycêo, ficando sugeito ao ponto.

O não comparecimento ou nas aulas, ou no acto de exame, ou congregação os privará da gratificação correspondente ao dia, ou dias, que tiverem faltado, ainda que seja por motivo justificado, salvo o caso de serviço publico obrigatorio por Lei.

A falta de participação sugeitará o Professor ás penas do artigo 67 do Regulamento n. 44 de 24 do corrente, além da perda de vencimentos dos dias de falta.

§ 2º. Examinar por meio de perguntas, e chamando os alumnos á lição, se elles, estudárão, ou não.

§ 3º. Marcar sabbatinas regularmente, communicando ao respectivo Director, no fim de cada trimestre, quantas tiverão lugar durante esse prazo.

§ 4º. Habituar os alumnos, por meio de themas e exercicos escriptos, á esse genero de provas para os exames.

§ 5º. Estabelecer de tres em tres mezes entre os alumnos de sua aula, um concurso por escripto sobre algum ponto da materia, que leccionar.

As provas desses concursos serão julgadas por uma commissão composta dos Professores do respectivo anno, sob a presidencia do Director do Estabelecimento.

Em cada aula os seis alumnos, que mais se distinguirem nestes concursos, e que mais provas tiverem dado de applicação, bom procedimento, e assiduidade, tanto na aula, como fóra della, terão assento n’um banco especial, que se denominará – banco de honra – e seus nomes serão escriptos em um quadro, na fórma do artigo 31 do Regulamento n.44 de 24 do corrente.

§ 6º. Observar as instrucções e recommendações do Inspector Geral do Conselho Director, e do Director no tocante ao ensino, á disciplina, á policia, e economia interna das aulas.

§ 7º. Examinar os alumnos do Estabelecimento, e satisfazer todas as requisições, que lhes forem feitas pelo Director, Conselho Director, ou pelo Inspector Geral, para bem do ensino, ou para esclarecimento das autoridades superiores.

§ 8º. Remetter ao Director uma nota mensal sobre o comportamento e applicação dos alumnos.

ART. 51. – Haverá um livro chamado do – ponto – em que os Professores deveráõ assignar o seu nome na occasião da entrada para a aula, e rubrical-o á sahida, na fórma do artigo 125 § 3º do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857.

ART. 52. – O Professor publico não poderá exercer nenhum emprego administrativo, sem autorisação previa do Presidente da Provincia, sob informação do Conselho Director.

Não lhe será contado para sua jubilação o tempo empregado fóra do magisterio.

Fica igualmente prohibida aos Professores qualquer profissão commercial, ou industrial, ou occupação que possa o distrahir dos encargos do ensino.

ART. 53. – Nenhum Professor poderá reger mais de uma cadeira excepto por substituição, no caso de impedimento de algum dos outros, ou na hypothese do artigo 48.

ART. 54. – Os Professores serão substituidos, em seus impedimentos até 15 dias, por algum dos Professores que o Conselho Director designar, vencendo a respectiva gratificação, na fórma do artigo 45.

Excedendo esse prazo, a substituição será ordenada pela Presidencia, na fórma do artigo 53 do Regulamento n. 42 de 18 do corrente mez e anno.

ART. 55. – São applicaveis á jubilação dos Professores do Lycêo D. Affonso todas as disposições dos artigos 44, 45, 46, 47, 48 e 49 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857.

ART. 56. – A parte penal do Regulamento n.44 de 24 do corrente, Capitulo 3º, fica extensiva aos Professores do Lycêo, e a todos os Professores publicos de instrucção secundaria.

As penas de admoestasão, reprehenção e multa de até 20$000 rs., de que trata o artigo 74 do mesmo Regulamento, são da competencia do Director do Lycêo, com recurso para o Inspector Geral.

As penas a que, na fórma do referido Regulamento, estão sujeitos os Professores, ficão extensivas ao Director, Vice-Director e mais Empregados do Lycêo D. Affonso.

CAPITULO V.

Do Director e do Vice-Director.

ART. 57. – O Director será nomeado pelo Presidente da Provincia d’entre os respectivos Professores do Lycêo, assim titulares, como interinos, e será pessoa de illustração e de bons costumes.

ART. 58. – Além das obrigações prescriptas neste Regulamento, compete ao Director:

§ 1º. Apresentar ao Inspector Geral da instrucção publica, um mez antes da reunião ordinaria da Assembléa Legislativa Provincial, um relatorio circunstanciado sobre o estado litterario economico do Lycêo, indicando os melhoramentos, que julgar convenientes.

§ 2º. Dar no principio do anno lectivo á cada Professor uma lista dos alumnos matriculados na sua aula.

§ 3º. Remetter por intermedio do Inspector Geral, ao Presidente da Provincia, e ao Conselho Director, nota do ponto dos Professores, para mediante a approvação daquelle, ser pela Repartição Fiscal competente abatida a quota respectiva de seus vencimentos, na fórma do artigo 50 § 1º.

§ 4º. Encerrar todos os dias com a sua rubrica o livro do – ponto. – § 5º. Punir os Empregados subalternos, quando não cumprirem seus deveres, na fórma do artigo 56, e communicar ao Inspector Geral todas as faltas graves commettidas pelos empregados superiores no exercicio de suas funcções. § 6º. Mandar de tres em tres mezes aos pais dos alumnos, ou á quem suas vezes fizer, uma nota sobre a conducta e adiantamento dos mesmos.

§ 7º. Inspeccinar tudo o que respeita ao ensino e economia, costumes, disciplina e policia do Estabelecimento.

§ 8º. Velar na observancia das disposições dos Regulamentos, Instrucções e ordens relativas ao Estabelecimento.

§ 9º. Em geral, dirigir e administrar o Lycêo, cujos Empregados lhe serão todos subordinados, no que respeita ás suas funcções.

ART. 59. – O Director nos seus impedimentos será substituido por um Vice-Director nomeado pelo Presidente da Provincia, e nos deste por quem o mesmo Presidente designar.

CAPITULO VI.

Da Congregação dos Professores do Lycêo.

ART. 60. – A Congregação dos Professores do Lycêo será presidida pelo seu Director, ou quem suas vezes fizer, e terá lugar ordinariamente no principio e fim do anno lectivo, e extraordinariamente, sob a convocação do Director, em dia e hora que este marcar.

ART. 61. – A’ Congregação compete:

§ 1º. Promover e velar sobre a boa execução das Leis, Regulamentos, Instrucções e ordens relativas ao Lycêo, e sobre o seu regimen interno, economia e policia.

§ 2º. Representar e propôr o que achar conveniente sobre a sua marcha e direcção, adopção de compendios, tempo e horas de aulas e Programma do ensino.

§ 3º. Dar o seu voto consultivo na fórma do artigo 86 do Regulamento n. 44 de 24 do corrente.

§ 4º. Prestar todas as informações que lhe forem exigidas pelo Inspector Geral, ou pelo Conselho Director.

§ 5º. Desempenhar todas as obrigações, que lhe competirem em virtude deste, e quaesquer Regulamentos, Instrucções e ordens posteriores.

CAPITULO VII. Disposições geraes.

ART. 62. – As disposições do presente Regulamento, relativas ao ensino, regimen, policia das aulas, attribuições e deveres dos Professores, comprehendem as aulas avulsas de instrucção secundaria existentes ou que se crearem na Provincia. ART. 63. – Os Professores e Empregados do Lycêo receberáõ os seus vencimentos da Repartição Fiscal competente.

ART. 64. – As despezas do Lycêo serão feitas por ordem do Presidente da Provincia, e pedido do Porteiro rubricado pelo Inspector Geral, e pagas pela competente Repartição Fiscal.

Para as despezas miúdas se adiantará em cada trimestre ao respectivo Porteiro a quantia que se julgar sufficiente, calculada pelo termo medio do que se houver gasto nos annos anteriores.

Esta disposição fica extensiva ás despezas da Secretaria respectiva, do Conselho Director, e da Inspectoria Geral da instrucção publica, devendo neste caso os pedidos ser feitos pelo Secretario, e rubricados pelo Inspector Geral.

ART. 65. – A preferencia concedida pelo artigo 117 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, d’ora em diante comprehenderá, em igualdade de circunstancias, o concurrente que fôr cidadão Brasileiro.

ART. 66. – Em quanto o Conselho Director, não marcar os livros e compendios para uzo das aulas, os Professores uzaráõ principalmente dos constantes, da tabela annexa.

ART. 67. – Ficão em vigor, na parte relativa ao Lycêo D. Affonso, os artigos 67, 73, 74, 75, 84, 87, 88, § 1º, 91, 101, 103, 106, 107, 108, 114, 115, 117, 119, 120, 121, 122, 129, 130 e 149 do Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, na parte em que se não oppozerem ao presente Regulamento, e expressamente revogados os artigos 63, 64, 65, 66, 68, 69, 70, 71, 72, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 85, 86, 88, § 2º, 89, 90, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 98, 99, 100, 102, 104, 105, 109, 110, 111, 112, 113, 116, 118, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 147, 148, 150, 152, 153, 154 e 195, do mesmo Regulamento n. 6 do 1º de Junho de 1857, e todas e quaesquer outras disposições em contrario.

Palacio da Presidencia em Porto Alegre 29 de Janeiro de 1859.

Angelo Moniz da Silva Ferraz. Tabella a que se refere o artigo 66 do Regulamento n. 48 desta data. Arte latina: Pelo Padre Antonio Pereira.

Syntaxe Dantas.

Fabulas De Phoedro.

Tabella a que se refere o artigo 66 do Regulamento n. 48 desta data. Cornelius Nepos: Edição para os Collegios frencezes.

Tacito: Excerpta.

Tito Livio Excerpta.

Cicero: Orações contra Catilina – cartas á Attico – de amicitia.

Cezar: De bello gallico.

Sallustio: Guerra Catilinaria.

Virgilio: Eclogas e os seis primeiros livros da Eneida.

Horacio: Odes.

‘‘ Arte Poetica.

Ovidio: Metamorphoses escolhidas.

Coruja: Manual dos Estudantes de Latim.

Ottoni: Arithmetica.

‘‘ Algebra.

‘‘ Geometria.

‘‘ Trigonometria.

Grammatica Ingleza.

Goldsmith History of Rome.

Blair: Class book.

Milton: Trechos escolhidos.

Sevenne: Grammatica Franceza. (Telemaco.

Fénélon: (Fabulas escolhidas.

Lafontaine: Fabulas.

Racine: Theatro – Theatre Classique. Chateaubriand: Genio do christianismo.

Bossuet: Orações funebres.

Roosmalin: Morceaux choisis.

Gross Grammatica Alemã.

Ermeler Lições de litteratura alemã.

Schiller: Maria Stuart.

Salacroux: Zoologia e Botanica.

Guerin Varri: Elementos de chimica precedidos de noções de Physica.

Beudant: Mineralogia e Geologia.

Barbe: Curso elementar de Philosophia. Manual de Baccalauréat (ultima edição.)

Delamareche: Atlas.

(Historia da Litteratura.

Paula Menezes: (Quadro da Litteratura nacional.

Quicherat: Thezaurus Poeticus.

Continua... ...Continuação

Tabella a que se refere o artigo 66 do Regulamento n. 48 desta data.

Abreu e Lima: Historia do Brasil.

Visconde de S. Leopoldo: Annaes da Provincia de S. Pedro. Edmond de Granges: Methodo de escripturação mercantil. Palacio da Presidencia em Porto Alegre 29 de Junho de 1859.

Angelo Moniz da Silva Ferraz. Programma á que se refere o artigo 2º do Regulamento nº 48 desta data.

1º ANNO. 1ª CADEIRA.

Prelecções de Grammatica geral, Grammatica da lingua vernacula, analyse logica e grammatical.

Latim – Grammatica. 2ª CADEIRA.

Francez – Leitura, Grammatica, e versão facil. 3ª CADEIRA.

Allemão – Leitura, Grammatica e versão facil. 4ª CADEIRA.

Dezenho – Noções geraes de dezenho e pintura. 2º ANNO. 1ª CADEIRA.

Latim – Versão e construção facil de periodos certos, com o fim especial de applicar, e recordar as regras da Grammatica.

2º e 3º CADEIRAS.

Francez e Allemão – Continuação da leitura e Grammatica, construcção, versão, composição, ou thema, e conversão; passando-se gradualmente do mais facil ao mais difícil.

4º CADEIRA.

Dezenho – Continuação, ou repetição das materias do 1º anno. Dezenho linear.

5ª CADEIRA.

Inglez – Leitura, Grammatica, e versão facil.

6ª CADEIRA.

Arithmetica – Historia da origem, e progresso da arithmetica. Differentes systemas de numeração preferencia da decimal.