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Ente federativo Limites para despesas com pessoal (em % da RCL)

União 50%

Estados 60%

Municípios 60%

Como o município estava acima do limite, ele não poderia mais receber transferências voluntárias, já que uma das exigências que o beneficiário desses recursos precisa cumprir é a comprovação de que está observando os limites de despesa total com pessoal. Quer ver? 😄

Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias: (...)

IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: (...)

c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

Agora, finalmente, vamos resolver a questão: essa transferência voluntária deverá ser cessada. O impedido de receber transferências voluntárias, isto é, o bicho vai pegar! Só que, você deve lembrar, o bicho é um cachorrinho fofinho! 🐶 😂

Mesmo estando impedido de receber transferências voluntárias, o ente ainda pode recebê-las caso elas sejam relativas a ações de:

• Educação

• Saúde

• Assistência social.

Eu disse: educação, saúde e assistência social. ✅ Eu não disse: educação, saúde e segurança. ❌

Essas últimas são as exceções à contratação de pessoal para reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento, caso o ente tenha ultrapassado o limite prudencial (95%) da despesa total com pessoal (LRF, art.

22, IV).

Exceções para contratação de pessoal quando despesa total com pessoal exceder o limite

prudencial (95%)

Exceções para recebimento de transferências voluntárias

Educação Educação

Saúde Saúde

Segurança 🔫 Assistência social 💚

Educação e saúde não estão nas alternativas. Segurança pública está lá na alternativa B (e a maioria dos candidatos que erraram essa questão, marcaram essa alternativa). Assistência social está na alternativa D e é o nosso gabarito!

Ufa! 😅 Gabarito: D

3. FCC – SEFAZ-PI - Analista do Tesouro Estadual – 2015

O Estado do Piauí entregou recursos de capital a outro ente da Federação a título de cooperação. Esse fato é denominado transferência voluntária, pois não decorreu de determinação constitucional ou legal e nem se referiu aos recursos destinados ao Sistema Único de Saúde. Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, inclui-se, dentre as regras atinentes a esse tipo de repasse,

A) a utilização dos recursos pelo beneficiário ser livre.

B) a vedação para o pagamento de despesas com pessoal ativo.

C) a previsão orçamentária de contrapartida somente poder ser dispensada em caso de calamidade pública.

D) o beneficiário comprovar o cumprimento do limite constitucional relativo à saúde ou à educação.

E) a existência de, pelo menos, dotação genérica.

Comentários:

“Professor, antes de você analisar a questão, me tira uma dúvida. Estado do Piauí entregou recursos de capital a outro ente da Federação a título de cooperação. Recursos de capital! Isso é transferência voluntária mesmo?” 🤔

É sim. Os recursos entregues podem ser recursos correntes ou de capital. Tanto faz! Olha só:

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

Ok. Mas a questão não quer saber disso. Ela quer saber das regras atinentes a esse tipo de repasse. Então vejamos as alternativas:

a) Errada. Opa! Livre não! Vinculada! Porque:

Art. 25, § 2º É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.

b) Correta. É vedado fazer transferência voluntária ou conceder empréstimo para pagar salários, para pagar despesas com pessoal ativo, inativo ou pensionista! 😤 Essa regra está lá na CF/88:

Art. 167. São vedados: (...)

X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

c) Errada. Não existe essa regra de dispensar a previsão orçamentária de contrapartida.

d) Errada. E está errada por conta de uma pequena palavra. Muita gente que errou a questão, marcou justamente essa alternativa.

Veja só o que diz a LRF:

Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias: (...)

IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: (...)

b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;

Encontrou o erro? 🧐

A questão falou que o beneficiário tinha que comprovar o cumprimento do limite constitucional relativo à saúde

ou

à educação. Ela disse que um ou outro já bastava.

Mas isso é mentira! O beneficiário precisa cumprir os dois limites constitucionais: o da saúde

e

o da educação.

É... está achando que é fácil receber uma transferência voluntária? 😏

e) Errada. Pelo menos? Dotação genérica? Nada disso! Precisa é ter dotação específica! Olha só:

Art. 25, § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:

I - existência de dotação específica;

Gabarito: B

4. FCC – TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto – 2015 - adaptada

É correto afirmar que transferências voluntárias da União não podem financiar despesa de pessoal do município beneficiado.

Comentários:

É verdade! Não podem mesmo! Essa regra está na CF/88:

Art. 167. São vedados: (...)

X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Gabarito: Certo

5. FCC – SEFAZ-PI - Analista do Tesouro Estadual – 2015

A LRF regulamentou a destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoa jurídica, determinando que as condições para sua realização devem estar estabelecidas

A) na Lei Orçamentária Anual.

B) no Plano Plurianual.

C) na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

D) no Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

E) no Relatório de Gestão Fiscal.

Comentários:

Onde estão as condições para a destinação de recursos para cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas? 🤔

A resposta para essa pergunta está no artigo 26 da LRF:

Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

Viu? As condições para a destinação de recursos para cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas estão estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Gabarito: C

6. FCC – TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2018

Um dos instrumentos de controle, transparência e fiscalização previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei complementar 101/2000) consiste no Relatório de Gestão Fiscal, que

A) deve ser publicado até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, contendo demonstrativo do resultado nominal e primário.

B) deve indicar os restos a pagar utilizados para cobertura da extrapolação dos limites fixados no referido diploma legal.

C) deve ser emitido ao final de cada quadrimestre pelos titulares dos Poderes e órgãos discriminados no referido diploma legal.

D) deve ser apresentado pelo Chefe do Executivo ao final do exercício, contendo os principais indicadores de endividamento e despesas de pessoal.

E) integra a prestação de contas do Chefe do Executivo, contendo, entre outros elementos, a comprovação de aplicação dos montantes previstos na Constituição Federal em despesas com Educação e Saúde.

Comentários:

Questão sobre o RGF. Vamos logo para as alternativas! 😄

a) Errada. O RGF deve ser publicado sim até 30 dias após o encerramento do período a que ele corresponde. Você lembra que período é esse?

O RGF é quadrimestral! RG Fisqual. E a alternativa falou “bimestre” que é o período do RREO.

b) Errada. Restos a pagar não são utilizados para cobertura da extrapolação dos limites. O que o RGF traz sobre restos a pagar é o seguinte: somente no RGF do último quadrimestre, haverá demonstrativo da inscrição em restos a pagar, que separa despesas empenhadas, liquidadas, inscritas e não inscritas em restos a pagar (LFR, art. 55, III, “b”).

c) Correta. Agora sim! O RGF deve mesmo ser emitido ao final de cada quadrimestre e ele é emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos discriminados no artigo 20 da LRF, ao contrário do RREO que é elaborado pelo Poder Executivo.

d) Errada. Não. O RGF emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20.

e) Errada. Não existe essa determinação na LRF. 😅 Gabarito: C

7. FCC – ALESE - Analista Legislativo - Administração – 2018

Da legislação orçamentária vigente acerca dos Relatórios de Gestão Fiscal (RGF) e Resumido da Execução Orçamentário (RREO) conclui-se que

•2 R's (bimestral)

RREO

•RG Fisqual (quadrimestre)

RGF

A) o RREO foi concebido para apurar o limite de despesas com pessoal.

B) o RGF foi criado pela Constituição Federal.

C) o RREO foi criado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

D) a elaboração de um dos relatórios torna a do outro dispensável.

E) pequenos municípios podem optar por divulgar o RGF apenas duas vezes por ano.

Comentários:

Questão direta. Então também serei.

a) Errada. O RGF que foi concebido para apurar o limite de despesas com pessoal.

Art. 55. O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:

a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

b) Errada. O RGF não foi criado pela Constituição Federal. O RREO é que foi!

c) Errada. Como você acabou de ver: o RREO foi criado pela Constituição Federal. O RGF foi criado pela LRF.

d) Errada. Não existe essa regra! A elaboração de ambos os relatórios é obrigatória! Até porque eles possuem conteúdos distintos.

e) Correta. Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes podem optar por divulgar semestralmente:

• O Relatório de Gestão Fiscal (RGF);

• Os demonstrativos do RREO (⚠ não é o RREO todo. São os demonstrativos que acompanham o RREO).

Se a divulgação é semestral, então o RGF será divulgado apenas duas vezes por ano, não é mesmo?

Agora confira a literalidade da LRF:

Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por:

II - divulgar semestralmente:

b) o Relatório de Gestão Fiscal;

c) os demonstrativos de que trata o art. 53;

Gabarito: E

8. FCC – DPE-AM - Analista em Gestão Especializado de Defensoria – 2018

De acordo com a Lei Complementar n° 101/2000, o demonstrativo relativo à apuração da receita corrente líquida deve acompanhar o

A) Relatório de Gestão Fiscal, sendo que para o cálculo dessa deve-se somar, entre outras, a receita industrial, a de serviços e outras receitas correntes.

B) Relatório de Gestão Fiscal, sendo que para o cálculo dessa deve-se somar, entre outras, a receita tributária, a) de alienação de bens e outras receitas correntes.

C) Relatório de Gestão Fiscal, sendo que para o cálculo dessa deve-se somar, entre outras, a receita agropecuária, a de serviços e transferências correntes.

D) Relatório Resumido da Execução Orçamentária, sendo que para o cálculo dessa deve-se somar, entre outras, a receita agropecuária, a de serviços e transferências correntes.

E) Relatório Resumido da Execução Orçamentária, sendo que para o cálculo dessa deve-se somar, entre outras, a receita tributária, a de alienação de bens e outras receitas correntes.

Comentários:

O RREO trata da execução orçamentária. Ele permite o acompanhamento da execução orçamentária.

E a Receita Corrente Líquida (RCL) é um parâmetro importantíssimo para isso, pois todos os limites (exceto os Restos a Pagar) são definidos em termos de percentual (%) da RCL.

A RCL permite a verificação do cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, indicando a necessidade de contingenciamento de gastos (limitação de empenho e movimentação financeira), constante no art. 9º da LRF. A RCL também permite o cálculo do limite da despesa total com pessoal e da dívida consolidada, indicando se o ente já ultrapassou o limite de alerta (90%), prudencial (95%) ou máximo (100%).

E tudo isso acontece ao longo da execução orçamentária. É por isso que a RCL está no RREO. 😏 Agora vamos conferir na LRF:

Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:

I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;

Lembre-se também que a RCL é a soma das receitas correntes (não das receitas de capital). Lembre-se que as receitas correntes são:

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