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2.5.1.1 – Instituto Português do Património Arquitectónico - IPPAR

O IPPAR é uma instituição tutelada pelo Ministério da Cultura tendo como principal missão, a salvaguarda e valorização dos bens imóveis que integrem o Património arquitectónico do País, pelo seu valor histórico, artístico, paisagístico, cientifico, social e técnico.

As competências principais do IPPAR são as seguintes [2.14]:

• “a) A salvaguarda e a valorização de bens imóveis classificados e a salvaguarda

das respectivas zonas de protecção;

• b) A salvaguarda de bens imóveis em vias de classificação e respectivas zonas de

protecção;

• c) Propor a classificação e a desclassificação de bens imóveis e de bens móveis

neles integrados, bem como a definição ou redefinição de zonas especiais de protecção dos mesmos...;

• d) O inventário e a promoção de acções de investigação, estudo e divulgação,

relativas ao património cultural e arquitectónico;

• e) O apoio técnico e a promoção da execução de obras em bens imóveis

classificados ou em vias de classificação, bem como elaboração de planos, programas e projectos para a execução de obras em imóveis classificados, em vias de classificação ou situados em zonas de protecção, em articulação com outros serviços da administração pública;...

• g)A realização de obras de construção, ampliação, remodelação, conservação e

restauro, bem como de apetrechamento e equipamento procedendo à adjudicação, fiscalização e direcção das respectivas empreitadas em bens imóveis;

• h) A gestão do património imóvel e móvel afecto ao IPPAR;...

• l) A colaboração com entidades que tenham por fim a preservação e salvaguarda

do património cultural português”.

Nos casos previstos na alínea c) é necessário efectuar uma pesquisa fundamentada e com critérios bem definidos e delimitados, de modo a que o resultado seja digno de registo ou de ser anulado o mesmo registo no Património cultural Português.

• Direcção Regional Porto;

• Direcção Regional Vila Real (ainda não se encontra em funcionamento estando a Direcção Regional Porto com a área de actuação desta Direcção Regional);

• Direcção Regional Coimbra; • Direcção Regional Castelo Branco; • Direcção Regional Lisboa;

• Direcção Regional Évora; • Direcção Regional Faro.

Figura 2.15 [2d]: Divisão territorial dos serviços regionais do IPPAR Cada uma das Direcções Regionais do IPPAR mencionadas é responsável pela aprovação das intervenções no Património, dessa área de actuação no País.

Relativamente aos conteúdos previstos na alínea g), no âmbito deste trabalho foram analisados nas instalações da Direcção Regional Porto do IPPAR projectos de imóveis neste contexto. Informação sobre esta pesquisa conta do capítulo 6.

2.5.1.2 – Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais - DGEMN

A DGEMN é um Organismo Central tutelado pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação, com atribuições em matéria de concepção, planeamento e coordenação das actividades que conduzem à construção, ampliação, remodelação e conservação dos edifícios e instalações do sector público do Estado.

São também atribuídas à DGEMN a salvaguarda e valorização do património arquitectónico não afecto ao IPPAR.

De entre as competências da DGEMN salientam-se as seguintes [2.15]:

• “a) O planeamento, concepção e execução das acções de valorização, recuperação e

• b) Colaborar com o IPPAR” e Instituto Português Arqueologia (IPA) “na execução

de obras de valorização, recuperação ou conservação de imóveis afectos a este instituto quando solicitada;

• c) Prestar apoio técnico à valorização, recuperação ou conservação de imóveis

classificados ou em vias de classificação, pertencentes a quaisquer entidades, e suportar os encargos das intervenções quando necessário;

• d) Promover a organização e a actualização de um arquivo documental sobre as

actividades desenvolvidas nos bens referidos nas alíneas anteriores;

e) Manter actualizados os bancos de dados já construídos.”

2.5.1.3 – Comissariado para a Recuperação Urbana da Área da Ribeira Barredo - CRUARB

O Centro Histórico do Porto é encarado como um valor patrimonial da cidade e o Governo cria um Comissariado para a Recuperação Urbana da área da Ribeira

Barredo, o C.R.U.A.R.B., em 1975.

É um organismo que trabalha para recuperação do Centro Histórico, atravessando várias fases desde a sua criação até ao actual Projecto Municipal.

Este organismo é responsável pela recuperação de cerca de quatro centenas de habitações onde são realojados agregados familiares da zona de intervenção.

Para além da recuperação de habitações, o CRUARB promove também o arranjo e reanimação do espaço urbano, do comércio e dos equipamentos sociais, tendo o Centro Histórico, e em particular a Ribeira / Barredo, passado a ser um dos locais mais procurados da cidade para actividades de lazer da população do Porto e mesmo de fora.

Assente em princípios de respeito pela qualidade estética do património que fora legado pelos séculos, o CRUARB continua a trabalhar na reabilitação, atendendo às necessidades de realojamento das populações que ainda não puderam ser contempladas, e às necessidades de dinamização das actividades sociais.

O CRUARB conta com uma vasta experiência no domínio da reabilitação, estando em a decorrer um projecto de criação de um Centro de Informação.

Este projecto contempla a disponibilização da informação tratada ao longo dos tempos, em formato digital, de modo a ficar disponível a todos os interessados na matéria.

2.5.1.4 – Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto - FDZHP

Em 19 de Dezembro de 1990 foi criada a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto, como sede no Porto. Funciona como pessoa colectiva de direito privado e utilidade pública e sem fins lucrativos.

Esta é formada por diversas entidades:

a) Um representante por Freguesia das Associações Recreativas e Desportivas; b) Administração Regional de Saúde do Porto;

c) Instituições Particulares de Solidariedade e Segurança Social sediadas nas freguesias da Sé, S. Nicolau, Miragaia e Vitória que integram o Centro Histórico do Porto, devendo a respectiva decisão constar de documento escrito;

d) Câmara Municipal do Porto;

e) Centro Regional de Segurança Social do Porto; f) Comissão de Coordenação da Região Norte;

g) Comissariado Regional do Norte da Luta Contra a Pobreza; h) Instituto do Emprego e Formação Profissional;

i) Junta de Freguesia da Sé; j) Junta de Freguesia da Vitória; k) Junta de Freguesia de Miragaia; l) Junta de Freguesia de S. Nicolau;

m) União das Instituições Particulares de Solidariedade Social.

A Fundação tem vindo a desenvolver no Centro Histórico do Porto uma operação integrada de reabilitação urbana por forma a contribuir para a melhoria das condições de vida da população, para a valorização socio-urbanística e para o desenvolvimento local.

A Fundação apresenta candidaturas a programas nacionais e comunitários com o objectivo de desenvolver projectos experimentais e de ensaiar novas respostas aos problemas sócio-urbanísticos. Conta ainda, com financiamentos provenientes de um protocolo celebrado com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade e com a Câmara Municipal do Porto, destinados a um Projecto de Desenvolvimento Social.

A finalidade da acção da Fundação é contribuir para a melhoria das condições de vida da população, para a valorização sócio-urbanística da zona e para o desenvolvimento local. Tal intenção tem levado a Instituição a investir fortemente na reabilitação do parque edificado e na valorização do capital humano e a procurar promover um maior aproveitamento dos recursos e potencialidades locais: o património histórico-urbanístico, a localização privilegiada, a tradição e a cultura. Estes factores são considerados estratégicos para uma revitalização do tecido socio-económico e tidos como uma condição essencial para que a área se torne mais prestigiada, dinâmica e competitiva e, consequentemente, mais apta para enfrentar os novos desafios que se lhe colocam numa sociedade e numa cidade em mudança.

A prática de intervenção da Fundação organiza-se a partir de quatro domínios estratégicos articulados: reabilitação urbana, qualificação profissional e promoção do emprego, educação e animação socio-cultural, cooperação com as instituições e associações locais. Além da intervenção no espaço, pretende ser um suporte e um estímulo ao desenvolvimento das competências e do protagonismo dos diferentes actores locais e ao incremento da sua autonomia e capacidade de acção.

Valoriza-se a participação e a parceria aos diferentes níveis, cujo fortalecimento é um factor decisivo para viabilizar uma estratégia auto-sustentada de desenvolvimento local.

2.5.1.5 – Gabinetes Técnicos Locais – GTL

Os GTL (Gabinetes Técnicos Locais) têm como objectivo principal a contribuição para a reabilitação dos espaços, sobretudo dos Centros Históricos.

Encontra-se desta forma um contributo harmonioso para as intervenções, de forma a permitir uma melhoria das condições de vivência e valorização do Património local.

O que se pretende não são acções pontuais relativas a um só edifício, mas sim uma acção abrangente, definida com objectividade e rigor, que possa de alguma forma permitir a recuperação e conservação das características que mais se destacam nestes aglomerados urbanos tradicionais.

O GTL fornece apoio à Câmara Municipal e aos seus Serviços Técnicos em todos os assuntos relacionados com planeamento e gestão urbanística, obras municipais e particulares na zona do Centro Histórico, e pode ter como função principal a elaboração de um Plano de Pormenor de Salvaguarda dos Centros Históricos.

Podem estar inseridos noutros locais, com contextos devidamente apropriados à função específica que vão desempenhar.

2.5.1.6– Outros

Existem ainda Associações e outras entidades de Defesa, Conservação e de Salvaguarda do Património cultural, tais como:

• Associação dos Amigos dos Castelos – www.amigosdoscastelos.org.pt/ ; • Associação dos Municípios com Centro Histórico;

• Associação Portuguesa das casas antigas – www.ap-casas-antigas.pt ;

• Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico – www.gecorpa.pt/ ;

• URBE – Núcleos Urbanos de Pesquisa e Intervenção – www.urbe-nupi.pt ; • Associação Nacional dos Municípios Portugueses – www.anmp.pt ;

Estas associações procuram zelar pela salvaguarda dos imóveis objecto da sua criação. Estas associação e entidades podem intervir pronunciando-se sobre determinados assuntos das suas áreas e interesses de actuação.

A estrutura administrativa das classificações, inventário, pareceres de projectos, entre outras situações relativas ao património imóvel das regiões autónomas dos Açores e da Madeira são enquadradas por entidades de responsabilidade no domínio, diferentes das de Portugal Continental e estando estas ligadas às Direcções das Regiões Autónomas.

Os critérios e bases de classificação são semelhantes aos aplicados no Continente, mas destacando-se a diferença do interesse municipal que é vigorado pelo interesse municipal, de ilha ou local.