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Entrada de Texto através do Teclado

No documento Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (páginas 60-62)

7. Conclusão

1.2. Entrada de Texto através do Teclado

A entrada de texto baseada no teclado produz directamente máquinas de leituras de textos normalmente em forma de caracteres ASCII. Existem vários métodos de entrada de texto baseados no teclado: muitos deles tem a forma física e outros são teclados virtuais ou soft

keyboard. Pode-se ainda apontar um dispositivo não físico incluindo métodos de eye gaze

e, com um rato, seleccionar um determinado caracter e poder efectuar através do uso de uma tecla de cursor (Olsen, 2007). Entretanto, muito das pesquisas sobre a entrada de texto no teclado, actualmente, centram-se essencialmente nos telemóveis, onde a problemática tem particular interesse (MacKenzie and Soukore, 2002). O teclado alfabético completo é o mais usado dos dispositivos de entrada de texto no computador.

A posição das letras nestes teclados pode variar, assim como as posições físicas das teclas. Dois das mais comuns variações de letras são o teclado QWERTY e o teclado Dvorak. Estes podem ser apresentados em layouts ergonómicos como os melhores dentro das formas mais convencionais. Muitas pessoas compõem os seus textos através de um teclado QWERTY e de um software de processamento de texto que permite auxiliar e corrigir tanto a nível gra- matical, como a nível da ortografia e da pontuação. Não só é criado o texto com o software de processamento de texto, como ainda torna-se possível fazer todas as revisões necessárias e editar o trabalho escrito.

Um dos principais usos da tecnologia do computador é precisamente a dução da escrita. É bastante comum associar-se a escrita ao processador de texto, mas muitas tarefas de escrita no computador são realizadas com o uso de outro tipo de software, actividades das quais fazem parte a escrita de e-mail, as conversações em salas de chats, os messengers e até fazer pesquisas no Google. O efeito do uso da tecnologia de processador de texto tem sido bastan- te explorado e analisado pelos investigadores.

Alguns estudos efectuados sobre a forma como a escrita se tem modificado, ao longo dos vários anos desde quando apenas era feito com a caneta, depois com um teclado QWERTY e, mais tarde, com um sistema de reconhecimento da fala, revelam que embora a forma como os escritores trabalham se altera com as diferentes tecnologias, estas não têm grandes efeitos a nível de estilo de escrita que se mantém quase inalterável durante todo esse tempo.

Embora a maioria dos estudos sobre as tecnologias de escrita tenham focado apenas o efeito que o processador de texto tem no sistema de escrita, Alguns alguns estudos importantes re- alizados indicavam que o uso do processador de texto está bastante associado a uma grande motivação e entusiasmo (Hawisher, 1987) e que os utilizadores dos processadores de texto são mais motivados para escrever e tem menos irritações (Kurth, 1987; Teichman and Poris, 1985). Contudo, a literatura em torno do processamento de texto geralmente não leva muito em conta todo o processo de inserir o texto no software, tende a colocar mais enfoque na revisão e confirmar os aspectos de gramática (Olsen, 2007).

Existem, no entanto, vários métodos importantes que podem ser usados para inserir texto, um deles, a escrita à mão, não tem merecido muita atenção por parte de investigadores. A

comparação entre a escrita com o uso de lápis e papel e a escrita com teclado QWERTY. Um estudo (Murchie and Kenny, 1998) comparou o teclado, caneta de luz e entrada de voz para inserção de dados. Este estudo demonstrou que o teclado era o mais eficiente dos três e que a entrada de voz resultava em muitos erros. Trabalhos mais recentes do autor (Olsen et al., 2001) têm contudo descoberto que o reconhecimento da voz, altamente eficiente (15 palavras por minuto) era de pouca precisão (menos de 50% de precisão). O mesmo estudo identificou algum potencial nos softwares de reconhecimento da escrita manual com a ocorrência de 80% de média com um tempo de entrada semelhante para ao teclado QWERTY. Por outro lado identificou que o uso do rato com um soft keyboard não trazia grandes vantagens em relação à entrada do teclado QWERTY ou entrada da escrita manual. Um outro estudo comparou a escrita no computador e a escrita no papel com lápis ou caneta e demonstrou que os estudantes que escrevem no computador produzem significativamente melhores trabalhos que os que usam caneta e o papel (Lam and Pennington, 1995).

1.2.1. Entrada com as Duas Mãos

A interacção física com o teclado é feita predominantemente com as duas mãos. As duas mãos assumem assim o papel não só de suporte e de movimentos como ainda de elemento principal no controlo das operações realizadas em simultâneo. A interacção com as duas mãos é encontrada também nas consolas de jogos portáteis e em diversos outros disposi- tivos de entrada. Muitos jogos têm o seu principal enfoque na reacção rápida dos jogado- res, assim as capacidades motoras das duas mãos são utilizadas simultaneamente. (Zwick, Schmitz&Kuhl, 2005).

As pessoas usam ambas as mãos para realizar a maioria das tarefas do seu dia-a-dia, mas para as interfaces de computador fazem pouco uso da mão não preferencial em quase todas as actividades que não sejam apenas de digitar. A entrada bimanual permite desempenhar as tarefas de entrada como navegação/selecção em que o utilizador pode fazer um scroll com uma mão enquanto usa a outra mão a manusear o rato (Buxton&Myers, 1986). Assim, a mão não preferencial toma primazia (scrolling) na localização do documento e a acção com a mão preferencial é para seleccionar um item na página com o rato.

Outras aplicações de entrada bidimensional incluem a selecção de comandos, ferramentas de desenho, o controlo de câmaras virtuais e manipulação. A integração de botões adicionais e controlos com teclados pode impulsionar a interacção bidimensional e aumentar a eficiência de algumas das tarefas mais comuns. Movimentos complexos feitos pelas duas mãos são armazenados na “memória motora”. Assim podem ser chamadas como uma acção de reflexo quando necessárias.

No documento Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (páginas 60-62)

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