• Nenhum resultado encontrado

Instrutor (a) de mediação: R Local: Fórum das Famílias Data: 01 de agosto de 2017 Horário: 11:55h

Duração: 19min

1. Qual sua formação profissional?

R: Tenho uma dupla formação. Sou formada em administração pela UFBA e depois fiz Direito na Faculdade Social. Sou advogada, sou também mediadora judicial e instrutora de mediação judicial, e também mediadora extrajudicial.

2. Você teve formação especifica para atuar como mediador?

R: Tive sim. Antes de atuar como mediadora judicia, eu fiz um curso nos moldes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), esse curso teve uma carga horária de 40h de aula teórica e no mínimo 60h de prática, essa prática foi desenvolvida (quando ainda não tinha o CEJUSC família) no Balcão de Justiça, nos núcleos acadêmicos das faculdades sempre com pessoas mais carentes e durante todo esse período a gente passa por várias etapas até estarmos qualificados para atuar como mediadores. Lembrando que primeiro passamos por um período de observação, depois um período de co-mediação e por fim de mediação.

3. Há quanto tempo você trabalha com mediação familiar?

R: Há quatro anos.

4. Qual o principal objetivo da mediação familiar?

R: O principal objetivo da mediação familiar é trazer para as partes nesse momento de conflito, uma maior reflexão sobre aquilo que é vivido. A mediação familiar não tem como propósito único o acordo, não é esse o próposito maior da mediação familiar, ela busca trazer exatamente essa reflexão para que o diálogo seja restabelecido de forma respeitosa e que as próprias partes possam gerir essas questões trazidas que não se manifestam só naquele momento, pois por ser uma relação continuada a tendência é que em outros momentos da vida dessas pessoas venham acontecer novas questões, então elas estariam sendo empoderadas, em outras palavras, dando as pessoas essa

consciência de que elas podem gerir seus próprios conflitos. O objetivo maior da mediação familiar é o restabelecimento de comunicação, trazendo essa visão positiva de como se posicionar diante dos conflitos.

5. E nesse sentido, a mediação tem apresentado resultados satisfatórios?

R: Acredito que sim, temos muito para evoluir aqui na Bahia, mas já tem vários resultados satisfatórios, não por termos quantitativos (acordos firmados), mas em termos de qualidade de restabelecimento de relações, friso que não a mesma relação, mas uma nova relação com um novo olhar. Muitas vezes as pessoas que nos procuram ainda estão com coisas muito recentes, do tipo decisões recentes que não foram pensadas devidamente que não foram discutidas, que não foram negociadas como deviam. Quanto essas pessoas chegam até nós e que eles se permitem pensar sobre todas essas coisas os resultados são bem positivos porque são eles que estão construindo esses resultados, são eles que estão indo em busca dessas soluções, nós mediadores, somos facilitadores, não decidimos, não impomos, a decisão está dentro de cada um. A gente facilita para que eles percebam e busquem essas soluções.

6. A mediação que versa sobre divórcio normalmente é feita em mais de uma sessão? O que normalmente acontece?

R: O ideal é que seja feita em mais de uma sessão porque em uma sessão de duas horas, nós não temos acesso a processos (se referindo a mediação judicial). O mediador não tem acesso ao processo, ele traz as pessoas para a mediação, logo pensar que em uma sessão de duas horas seriam suficientes para que tudo que eles estão trazendo fosse resolvido, eu acho, pessoalmente, um tanto precipitado, não vou dizer que não tenha exceção, mas para mim a regra é que seja mais de uma sessão o ideal porque precisamos inclusive ter sessões conjuntas, sessões individuais. Tem coisa que a gente precisa escutar para poder entender para depois devolver esse entendimento e certificar com eles (partes) se foi de fato pedido aquilo que foi trazido. Tudo isso requer tempo, paciência, escuta atenta. Por isso não recomendo que a mediação seja longa demais porque estaria prejudicando a escuta do mediador, pois ele já não estaria com essa escuta tão atenta. Normalmente em uma mediação de divórcio é necessário de três ou quatro sessões, porém cada caso é único, tudo vai depender dos mediandos, se eles já estão colaborando, refletindo sobre as questões trazidas, então é muito peculiar. Muitas vezes, o pedido trazido na petição inicial parece ser o mesmo sempre, mas quando as pessoas sentam na mesa, cada caso é diferente do outro, logo não há uma receita pronta.

7. Quais as maiores dificuldades encontradas no procedimento/desenvolvimento da mediação em um divórcio?

R: As pessoas que chegam até aqui conviveram até um determinado ponto de maneira harmoniosa, com altos e baixos, mas souberam administrar essa relação até um determinado ponto, e aí acontece um ponto de ruptura (gota d’água) a partir da ruptura as pessoas perdem totalmente a comunicação ou a comunicação ficam cheias de ruídos criando um espiral de conflito que começam a aumentar. Então eles chegam aqui nessa fase, onde há um julgar muito forte, onde o outro é sempre o errado, essa visão unilateral é bem forte, e é o que a gente chama de posições, ou seja, os mediandos se colocam em posições de certo ou errado. Uma das maiores dificuldades do mediador é exatamente perceber essa posição e conseguir fazer com que eles saiam dessa posição, não por imposição, mas através de reflexão, comunicação de auto analise, de muita conversa. E a segunda dificuldade é com relação a percepção dos reais interesses porque os que eles pedem (tipo: quero ficar com tal bem, quero tal valor de pensão), mas que interesses reais que estão por traz disso? E é isso nosso grande trabalho, pois quando descobrimos os interesses reais, isso se torna uma grande ferramenta para conseguir tira-los dessa posição de certo ou errado. Quando eles focam no real interesse e saem da posição ai as coisas se desenvolvem de uma forma melhor. Por exemplo, muitas vezes, a ex-esposa não quer exatamente dois mil reais de pensão, mas ela quer provocar ele porque ele está com uma nova namorada/companheira, muitas vezes, isso não estar no consciente dela, mas na medida que a mediação vai se desenvolvendo, ela vai trazendo para si essa consciência, ela percebe que não é de dois mil reais que ela precisa de fato, ela precisa que ela se enxergue e se sinta no fim de uma relação, com o começo de outra. E ai a gente começa a ver junto com ela de que maneira isso poderia se dá, de uma forma menos dolorosa, mais satisfatória e que não seja tão simplesmente um sentimento de vingança. Tudo isso pode acontecer quando os mediadores utilizam as ferramentas da mediação, e assim, os mediandos vão refletindo e vão chegando a esse ponto.

8. A partir da sua experiência, qual sua percepção acerca da utilização da mediação enquanto instrumento de pacificação nos conflitos familiares que envolvem questões de divórcio?

R: Acho que a mediação é um instrumento indispensável, pois não é uma coisa pontual, não é uma coisa trazida só naquele momento, não vai ser só o divórcio, as pessoas principalmente se elas tiverem filhos, elas vão continuar ligadas. Por isso, nesse momento entra a questão da pacificação social, pois eles começam a perceber que foram eles mesmos que trouxeram as possíveis soluções (com ajuda de um facilitador que não opina – mediador) e isso serve para que outros momentos da vida quando eles se depararem de novo com questões conflituosas que eles aprendam a se comunicar, a negociar. Por isso

que eu vejo como um grande instrumento, sendo eficaz, eficiente de pacificação social.

9. Você acredita que as partes que estão em processo de divórcio, e escolhem participar do procedimento de mediação terão uma solução do seu conflito de forma mais eficaz do que a decisão proferida pelo juiz nas ações de divórcio litigioso?

R: Percebo que quando a decisão é tomada de comum acordo, construídas pelas pessoas envolvidas nas questões, elas tendem a serem mais satisfatórias, principalmente, porque ocorre o ganha/ganha, pois não precisa necessariamente que um dos envolvidos perca para que o outro ganhe, pode e deve acontecer ganhos mútuos (ganha/ganha), então uma decisão tomada pelo juiz, é uma decisão legal, jurídica, mas é uma decisão que vai satisfazer aquelas questões trazidas no processo que nem sempre vão satisfazer os interesses reais das partes envolvidas. Não é algo construídos por eles, vejam que as questões trazidas foram eles que de alguma forma se colocaram naquelas questões. Por isso que acredito que quando você faz a mediação, você facilita essa comunicação, você ajuda nessa gestão de conflitos e as soluções tendem a ser mais satisfatórias. Sem falar que as pessoas na mediação se comprometeram uma diante da outra e elas construíram essa coisa tal qual estão se comprometendo, então, eu acho que isso se torna mais eficiente e a eficácia é bem maior, inclusive as partes chegam a dizer isso para a gente de sua satisfação que foi participar e construir aquela solução e começam a se ver até de forma diferente. Estamos em uma sociedade muito acostumada ainda ao litígio, como se sempre a pessoa necessitasse do terceiro imparcial que seria o juiz para decidir coisas da sua própria vida e nessas questões de divórcio então que é coisa muito íntima, acredito ser bem melhor resolvido pelas próprias pessoas envolvidas de forma conjunta, bem melhor que a negociação se faça entre eles. Outra coisa que precisamos também é aprender negociar, ainda não temos esse costume de negociação ainda. Temos que entender que existem infinitas soluções para cada coisa e não podemos desistir se a primeira não deu certo, desde que a gente tome consciência do que a gente quer de fato.

APÊNDICE D

ENTREVISTAS COM INSTRUTORES DE MEDIAÇÃO TRANSCRITAS

Instrutor (a) de mediação: G Local: áudio via WhatsApp Data: 06 de agosto de 2017 Horário: 17:23h

Duração: 10min

1. Qual sua formação profissional?

R: Em sou bacharel em direito (advogada) e tenho especialização em Trabalho e Processo do Trabalho. Sou também mestranda no Mestrado Profissional em Segurança Pública de Justiça e Cidadania da UFBA.

2. Você teve formação específica para atuar como mediador?

R: Sim. Atuei como mediadora no Balcão de Justiça e Cidadania do Bonfim e tive formação em mediação judicial no ano de 2014, depois disso, me interessando pelo tema, busquei outros cursos de pequena duração, capacitação através de leitura de livros que foi desenvolvida por conta da minha pesquisa no mestrado que é nessa área. E agora estou fazendo a capacitação em mediação extrajudicial no curso da associação comercial da Bahia em convenio com a fundação faculdade de Direito e apoio do Sebrae.

3. Há quanto tempo você trabalha com mediação familiar?

R: eu não trabalho especificamente com mediação familiar. Durante os dois anos e meio que eu fiquei no Balcão de Justiça e cidadania do Bonfim a grande maioria da demanda era de natureza familiar, então eu nunca fiz um levantamento específico, mas o que pude observar cerca de 90 a 95% nas demandas que nós tínhamos lá no Bonfim eram de conflitos de natureza familiar como divórcio, dissolução de união estável, pensão alimentícia, partilha de bens e etc.

4. Qual o principal objetivo da mediação familiar?

R: Em acho que o objetivo da mediação familiar e um objetivo da mediação como um todo que é restaurar o canal de comunicação para que as partes envolvidas naquelas situação, tendo em vista que elas possuem convivência continuada, elas posasse relacionar-se e quanto a gente fala em relação a relacionar-se que dizer manter uma relação saudável, não que elas voltem a

ser amigos ou venham a se reconciliar enquanto casal, mas que por participarem de um certo ciclo social ou que possuam um filho em comum que elas consigam conversar e se respeitar a respeito das situações que venham a surgir. Então a objetivo da mediação familiar é a continuidade da relação entre as partes envolvidas no conflito através do restabelecimento do diálogo.

5. E nesse sentido, a mediação tem apresentado resultados satisfatórios?

R: Sim. Quando a gente percebe que a pessoa que está conduzindo o procedimento, ela possui o domínio das técnicas (das ferramentas da mediação) e consegue fazer a aplicação adequada, a gente percebe que existe muita efetividade e que os resultados do procedimento são muito satisfatórios. Nunca fiz nenhum levantamento para saber qual é o percentual de sucesso (satisfação das partes e não necessariamente de acordo formalizado). No meu entender, o sucesso da mediação não está ligado a confecção em termos de acordo. Pela minha experiência acredito que o percentual é de 80% de satisfação das partes nas mediações e o êxito da mediação que é exatamente atingir o objetivo (que as partes voltem a se relacionar).

6. A mediação que versa sobre divórcio normalmente é feita em mais de uma sessão? O que normalmente acontece?

R: Existem conflitos que são mais complexos que o próprio divórcio até porque o divórcio seria uma questão jurídica e o complexo não é necessariamente a questão jurídica, mas sim as questões de cunho sociológico que estão no entorno daquele divórcio. Então, algumas vezes, costumam durar mais de uma sessão, as vezes duas, três...A gente as vezes só consegue que as partes consigam a pacificação dos conflitos após a gente utilizar uma ferramenta denominada de derivação que é o encaminhamento para outros profissionais, as quais: assistente social, acompanhamento terapêutico ou psicológico. E, após o atendimento por esses outros profissionais retornam para a mediação e conseguem pacificar. Outras vezes, consegue resolver em uma sessão, quando as partes estão mais propícias a essa pacificação, chegam mais tranquilizadas nos conflitos mais pacificados. Não tem uma regra, mas quando os conflitos estão muito acirrados é imprescindível que se faça em mais de uma sessão, caso contrário, você não consegue a pacificação por completo desses conflitos, e aí uma composição superficial, provavelmente, vai haver um outro conflito que terá necessidade de uma nova mediação ou se as partes já tiverem desgastadas isso irá se desembocar no judiciário.

7. Quais as maiores dificuldades encontradas no procedimento/desenvolvimento da mediação em um divórcio?

R: Primeiro que as partes queiram estar presentes naquele local, pois a mediação se trata de um procedimento voluntário, porque as vezes uma das partes que resolver aquilo de forma amigável de forma consensual a outra parte quer briga. Então, após, explicado o procedimento, conservando o que a mediação, como funciona a mediação, qual é a postura esperadas das partes. A segunda dificuldade é a capacitação adequada das pessoas que estão conduzindo esse procedimento porque hoje aqui na Bahia as mediações na sua maior parte são feitas dentro do poder judiciário, seja de forma pré- processual ou processual. Existem câmaras extrajudiciais, mas ainda não, judiciais elas são bem menores, estão bem menos representadas. Pra mim a grande dificuldade é a capacitação do profissional que vai conduzir a mediação, pois o curso de mediação judicial, por si só, não é suficiente para formar adequadamente um profissional para puder atuar na mediação judicial, sendo apenas um norte para que aquele mediador, devendo ele procurar, por si só, outras formas de capacitação, através de leitura, de estudos, de outros cursos. Para mim a grande dificuldade é instrumental que é a capacitação adequada para esse procedimento porque o mediador que não domina as ferramentas pode não pacificar aquele conflito, podendo inclusive acirrar ainda mais.

8. A partir da sua experiência, qual sua percepção acerca da utilização da mediação enquanto instrumento de pacificação nos conflitos familiares que envolvem questões de divórcio?

R: A minha percepção em relação ao procedimento de mediação nos conflitos de divórcio, acho que é uma ferramenta fantástica porque as partes durante aquele período que foram casadas, elas desenvolveram um convívio com a família, com amigos, muitas vezes têm filhos. E a mediação é o procedimento adequado para que eles consigam superar esse término dessa relação conjugal e ainda permite que eles mantenham uma relação respeitosa. Entenda, não é que eles fiquem amigos ou que venham a se reconciliar, mas é apenas pacificar todos os conflitos que levou aquele casal a essa situação do divórcio e tratar deles de forma adequada, conversando, deixando os sentimentos e percepções de cada um em relação aquela situação para que consigam entender um ao outro e daquilo ali consiga se resolvido e que a partir daí que eles tenham uma relação respeitosa. Enfim, eu acho que é o instrumento mais adequado mesmo para resolução dos conflitos de divórcio.

9. Você acredita que as partes que estão em processo de divórcio, e escolhem participar do procedimento de mediação terão uma solução do seu conflito de forma mais eficaz do que a decisão proferida pelo juiz nas ações de divórcio litigioso?

R: Acho que a mediação é mais adequada para resolver os conflitos de divórcio do que uma decisão judicial porque a gente vai para uma decisão hetecompositiva (juiz decidindo quem tem razão e quem não tem) para que um

ganhe o outro precisa perder e isso pode acirrar ainda mais aquela situação entre eles. O juiz vai dá uma decisão jurídica a respeito daquela situação, todos os outros fatores que são fatores sociológicos (não jurídicos) que levaram aquelas ao divórcio não vão ser resolvidos, não vão se tratados no processo. Agora existem conflitos de divórcio que não devem ser resolvidos pela mediação, pois o conflito já está tão grande que já não é indicado a mediação, nesses casos, o mais indicado é uma decisão judicial. Assim, eu acho que em conflito de divórcio é mais adequado a mediação, mas não faço disso regra geral. O conflito precisa ser analisado caso a caso, a maioria dos conflitos (processos) hoje que está no judiciário versando sobre divórcio poderiam ser facilmente revolvidos por mediação, mas outro não.

APÊNDICE E

ENTREVISTAS COM INSTRUTORES DE MEDIAÇÃO TRANSCRITAS

Instrutor (a) de mediação: L Local: Fórum Criminal Data: 27 de julho de 2017 Horário: 16h

Duração: 26min

1 Qual sua formação profissional?

R: Eu sou bacharel em Direito, advoguei um período, depois passei no concurso público do Tribunal de Justiça da Bahia e hoje sou assessor de magistrados. 2 Você teve formação especifica para atuar como mediador?

R: Sim. Eu fiz o curso de mediação judicial, fiz outros cursos de mediação extrajudicial, fiz o curso do CNJ de instrutor e fiz minha pesquisa no mestrado na área de mediação.

3 Há quanto tempo você trabalha com mediação familiar?

R: em torno de 04 (quatro) anos que estou trabalhando com a mediação. Assim como outras colegas, quando a gente fez o curso de capacitação de instrutor de CNJ, a gente tinha a obrigação de trabalhar com isso, então a gente formava turma de mediadores judiciais para o Tribunal de Justiça em convênio com diversas faculdades.

4 Qual o principal objetivo da mediação familiar?

R: O principal objetivo da mediação é fazer com que as partes passem a se escutar e desenvolvam uma dialogo para ver se eles conseguem identificar pontos comuns relacionados aos conflitos para que haja um consenso. E o papel do mediador é facilitar essa comunicação entre as partes.

5 E nesse sentido, a mediação tem apresentado resultados satisfatórios?

R: A mediação quando você começa a ter o primeiro contato com ela, você começa a imaginar que ela seria responsável por diversos conflitos sobretudo os conflitos da área de direito de família, mas quando você começa a pesquisar um pouco mais, você começa a acreditar que a mediação por si só nos moldes apresentados, por exemplo, na mediação judicial que o mediador teria essa capacidade de fazer com que a partes voltem a se comunicar que as partes consigam chegar em pontos convergentes, que as partes consigam chegar em um consenso. Eu acredito que é possível sim, só que eu acredito que tem um resultado maior quando você passa por uma equipe multidisciplinar onde você começa a trabalhar com as partes

envolvidas no conflito e na medida em que você identifica que o problema é uma questão que fuja do direito de família, por exemplo, a pessoa tem um problema de ordem psicológica, social. E ai essa pessoas precisam trabalhar essas questões de ordem emocional, essas pessoas precisam compreender a importância de um filho, a importância da convivência do filho com o pai ainda que haja o rompimento da relação marido e mulher. E ai seria muita ingenuidade dos mediadores de acreditar que em uma sessão de mediação ou duas sessões ou três, eles teriam essa capacidade de fazer com que as pessoas se convençam da importância do filho, da importância da convivência do filho com os pais e demais familiares. Hoje