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Entrevistas com os professores

No documento Download/Open (páginas 68-82)

Minha infância foi muito boa, sempre morei em casas. Primeiro juntamente com meus avos e tios paternos e depois só com meus pais e irmão que é quatro anos mais novo. Brincávamos bastante na rua. Queimada, pega- pega, esconde-esconde, clubinho e também de boneca. Eu gostava muito de fazer roupinhas para minhas bonecas. Sempre brinquei com vizinhos e amigos da escola. Acredito que um pouco do que sou hoje é reflexo dessas brincadeiras e integração com outras crianças.

Tenho 38 anos, fiz pedagogia em 2007, pois já tenho licenciatura em matemática, tinha uma disciplina sobre ludicidade, mas era só teoria.

Já leciono há 19 anos. Sempre trabalhei em escolas do estado e nesse ano ingressei na prefeitura de Santo Andre, sou estatutária.

Eu vejo a criança como um ser humano com potencial para absorver tudo ao seu redor, são as famosas ‘esponjinhas’.

A escola é um espaço de convivência, socialização e aprendizado.

O professor é o mediador do processo de ensino/aprendizagem. Também é amigo, pai, mãe e tudo mais que o seu aluno precisar.

Eu já lecionei de 5ª a 8ª serie e ensino médio. Atualmente leciono para crianças de 4 anos e EJA de ensino fundamental II.

Para alfabetizar, uso letras móveis e brincadeiras que estimulem a coordenação motora, bem como o raciocínio lógico-matemático, através de sequencias numéricas e atividades com números.

Na sala, tenho mesas circulares com 4 cadeiras cada uma. Temos uma sala multiuso que também funciona como biblioteca.

Acredito que a aprendizagem deva acontecer de forma mais natural do que formal para contemplar a ludicidade da infância.

Eu introduziria na educação atividades de musicalização, atividades físicas e outras extracurriculares de acordo com o interesse das crianças.

Ainda vejo brincarem de brincadeiras antigas, mas não com a mesma frequência. Hoje o apelo maior são os brinquedos e jogos eletrônicos.

Eu já ensinei brincadeiras. Brincamos de batata quente, dança da cadeira, o que estimula a socialização, a coordenação motora, à atenção, o espírito da participação sem a necessidade de ganhar sempre.

Com certeza é brincando que ela aprende importantes lições para a vida toda.

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Professor B

Sou natural da cidade de Santo André, mas tive minha infância na cidade de Mauá, em casa térrea com quintal grande e cheio de árvores frutíferas. Na vizinhança, muitos terrenos vazios e espaços para brincar, em frente da minha casa havia uma rua sem saída com um grande campo de futebol. Estudei inicialmente em colégio público, mas administrado por freiras, todas as crianças da vila estudavam na mesma escola, nos conhecíamos e brincávamos também fora do período escolar. Tendo um irmão e uma irmã, mais novos com idades, respectivamente um ano menos cada um, nossas brincadeiras sempre contemplavam a todos. Posso dizer que conheci e brinquei de quase tudo, por exemplo; mão na mula, beijo, abraço e aperto de mão, morto-vivo, balança, fubeca, bicicleta, elástico, patins, boneca e casinha também, mas essas normalmente em casa e com minha irmã, mas passamos muito da nossa infância na rua e no campo onde jogava bola, queimada, futebol, vôlei, basquete. A presença dos nossos pais, também fez uma enorme diferença no nosso brincar. Meu pai nos levava muito para soltar pipa, antes nos ajudava a fazê-las e de vários modelos (pipa comum, maranhão, peixinho, arraia, com rabo de corrente ou rabiola, com ou sem barbatanas), frequentávamos parques de praças e também os itinerantes com brinquedos elétricos, sempre pudemos andar a cavalo, nadar em praias, rios, piscinas, pescar, caçar rã. Ele sempre organizava as brincadeiras quando tinha festa na vila, com as crianças da redondeza em forma de gincanas, o mestre mandou, quente ou frio, brincadeira da cadeira, corrida do saco, carrinho de sorvete, entre tantas outras. Já minha mãe era mais de brincar com palavras, adivinhações, continue a frase, charadas, jogo de rimas, que música tem “palavra sugerida” o que é, o que é, mas também cantava e brincava de roda, todas as cantigas de ciranda e suas formas de dançar, lencinho de mão, passa anel, passa, passa três vezes e ainda era constante jogar petecas e pular corda. Além de tantas brincadeiras ainda ficou marcada a forte influência musical que ambos nos proporcionaram, meu pai era músico, participava de bandas marciais e tinha uma pequena orquestra de bailes. Minha mãe uma grande admiradora de todo tipo de canções. Essas brincadeiras todas sempre com meus irmãos, frequentemente com as crianças da vila, poucas vezes com primos em reuniões familiares. Tenho certeza que muito da minha formação foi influenciada por essa gama de experiências que vivi na infância, todo o respeito em seguir regras, esperar a vez com paciência sem brigar ou reclamar, entender as limitações de cada situação e diferenciar pequenos detalhes entre a capacidade de cada um, atenção, concentração, não ter medo dos desafios. Todas essas coisas eu trouxe comigo desde a tenra idade.

Tenho 49 anos completos, me formei primeiramente no magistério, antigo colegial normal. Uma disciplina específica que marcou para o meu fazer pedagógico foi sobre jogos, brinquedos e brincadeiras, aplicada então, de forma sistematizada e muito bem explorada, pois mesmo tendo me especializado depois, ainda trabalho baseada naqueles conteúdos tão significativos. Como já mencionei, me graduei em Pedagogia, formação que me proporcionou o aprendizado teórico de tudo o que eu já utilizava na pratica. Posteriormente concluí Pós-graduação em Psicopedagogia, fase em que agreguei conhecimento específico sobre o desenvolvimento infantil que é

70 adquirido através do brincar, compreendendo que a ludicidade é natural do ser humano e muito mais intensa na infância.

Sou professora desde o ano de 1982, hoje em regime estatutário. Ingressei na educação infantil, e a maior parte desses anos em escolas municipais de Mauá e Santo André. Depois de me formar em pedagogia, lecionei em todas as séries do ensino fundamental e por esse motivo, entendi que cada faixa etária apresenta suas peculiaridades e que mesmo numa mesma faixa, as turmas se diferenciam, principalmente conforme o lugar onde vivem, mas também em situações comportamentais, e nesse sentido, as práticas de ensino que apresentam melhores resultados e que se mostram mais significativas, provam que a educação não se dá por completo quando não é construída da forma mais adequada. E nessa perspectiva da prática pedagógica, eu acredito que aplicar o lúdico é o método mais eficiente no processo de aprendizagem para os primeiros anos do Ensino Fundamental. Na Educação Infantil o lúdico já faz parte do ensino aprendizagem.

Criança é um ser com emoções e sentimentos, conhecimentos e vivencias e em constante transformação. Seu desenvolvimento está diretamente ligado ao convívio do dia a dia, meio em que vive, condições socioeconômicas e nas interferências que recebe de outras crianças, adolescentes e adultos. Possui suas convicções e principalmente, tem senso crítico de acordo com as fases de seu desenvolvimento, mas devido à imaturidade de argumentação, é frequentemente ignorada pelo adulto que considera saber o que é importante e ponto.

A escola é o espaço adequado com estrutura favorável para a formação integral dos conhecimentos formais e socioculturais, necessários para a continuidade do aprendizado. Aqui em Santo André, a unidade em que estou lotada não propicia a ludicidade, pois tenho muita dificuldade em aplicar atividades lúdicas por falta de espaço, falta de entendimento com a professora de educação física, com a gestão atual, e tantos outros motivos.

Professor é o mediador entre a autonomia e o conhecimento da criança pois ele media dando direcionamento e facilitando a aquisição de conhecimento da criança através de questionamentos para que a criança tenha curiosidade em ampliar seus saberes e coragem de superar suas limitações conquistando cada vez mais autonomia da sua aprendizagem.

Trabalhei em todos os anos do ensino fundamental e meus alunos têm em geral de 6 a 9 anos. Utilizo, dependendo do ano que estou lotada, atividades de fixação tiradas do todo e trabalhadas multidisciplinarmente, porque o fato de sermos polivalentes nos primeiros anos, nos facilita desenvolver projetos que envolvem todas as áreas do conhecimento isso inclui também brincadeiras, jogos com regras, construção de jogos com o tema da vez, tudo de forma lúdica e, por ser ensino formal busco dirigir as brincadeiras direcionando para aquilo que quero desenvolver no momento por exemplo, a agilidade e a atenção no jogo Tapão:

Jogo de 10 cartas confeccionado pelos alunos que contém desenhos representando número e numerais do 1 ao 10 e que ao juntar as cartas de 4 crianças formam um jogo de 40 cartas contendo 4 cartas de cada numeral – ao jogar embaralham as cartas, cada um pega dez cartas sem ver e com os desenhos voltados para a palma de uma das mãos vai tirando uma a uma e um aluno por vez contando sempre do 1 ao dez jogando a carta na mesa, cada vez que coincide o numeral falado com o que é virado na hora todos têm que bater a mão que está vazia um por cima do

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outro e a mão daquele que ficar por cima de todos, leva todas as cartas da mesa. Vence quem eliminar todas as cartas da mão primeiro.

Esse jogo também é usado para relacionar número e numeral, a necessidade de trabalhar em equipe no sentido de respeitar as regras, esperar a vez, o saber ganhar ou perder, manter o equilíbrio durante o jogo para não bater forte na mão do colega, entre outros objetivos dependendo daquilo que desejo observar ou desenvolver.

Na escola as salas de aula são exatamente como no tempo que eu estudei. As carteiras de frente para a lousa, enfileiradas, são carteiras com cadeiras individuais e para mais de 30 crianças por sala, a quantidade varia por turma, no meu caso 32 carteiras, janelas na lateral, armários fechados e a mesa do professor à frente, uma típica sala de aula tradicional. No entanto eu procuro adaptar minhas aulas de acordo com o que está em pauta no projeto – não é por acaso que a minha turma é considerada a mais bagunceira da unidade escolar – os espaços físicos como quadra e pátio são específicos para aula de educação física e merenda respectivamente, também tem a informática e a biblioteca que possuem horário específico no calendário semanal.Portanto, como você vê, é quase impossível contemplar a atividade lúdica de forma plena nas unidades escolares, pelo menos aqui em Santo André. Eu tenho que comprar briga com as colegas e com a gestão pelo fato de eu não seguir roteiros inflexíveis, por meus alunos fazerem muito barulho durante a aula, entre outras questões que não cabe agora. Eu sugeriria que houvesse um entendimento nacional em todos os sentidos para ficar claro que ser criança implica em fazer barulho, rir, chorar, gritar, correr, falar a vontade, em fim que todos os adultos aprendessem que os sentimentos e expressões da criança são maiores (pois ainda não sabem controla-los) e consequentemente são exagerados e só poderão desenvolver-se por completo a partir do momento que eles possam expressar-se do jeito deles até aprenderem a controlar suas emoções e é só brincando, dividindo e se relacionando que eles aprendem isso. Hoje em dia não se vê as crianças brincando nem no recreio, que em meu tempo era o momento de relaxamento. A desculpa, pelo menos nesta unidade escolar é que eles não podem brincar para não correr o risco de se machucar – realmente é de se pensar: quantas crianças a gente vê hoje em dia com pé ou perna ou braço quebrado e engessado? Pois é, quase não se vê e quando vê, a criança se machucou no período que estava em casa. No meu tempo era natural a ambulância vir buscar criança de pé ou braço quebrado durante o recreio – Sabe, acho que na ânsia de proteger a criança em todos os sentidos, podamos todas suas expressões naturais da idade e isso, com certeza vai influenciar na vida futura delas.

Em geral não brincam das mesmas brincadeiras, pois hoje as crianças já estão mais voltadas á tecnologia, muito mais para os jogos e games eletrônicos muito mais ligados a TV, programas e produtos de consumo, vasta oferta de brinquedos. Além disso, os tempos atuais não permitem que as crianças brinquem na rua, a maioria mora em apartamentos pequenos com pouco espaço físico, não há praças e quando há, quem leva?. As famílias trabalham mais que antes, as mães necessitam deixar seus filhos em escolas, creches ou aos cuidados de outrem. Eu procuro ensinar as brincadeiras da minha infância mas não apenas para que as crianças se divirtam ou apenas para passar o tempo, sempre tenho o objetivo de desenvolver as habilidades como lateralidade, percepção, agilidade, socialização, além de respeito como passar

72 a vez e esperar a vez, solucionar problemas, incentivar que questionem e mudem regras caso seja melhor, com o intuito de transformar brincadeiras de exclusão em brincadeiras que incluam por exemplo a brincadeira da cadeira, onde normalmente se tira uma cadeira por vez e exclui-se quem não conseguiu sentar, mudamos para manter inclusos todos os alunos, retira-se a cadeira, mas todos permanecem na brincadeira e eles vão sentando uns sobre os outros até restar apenas uma cadeira e todos sentam-se nela e é claro que caem no chão rindo muito, não há perdedor. Outro exemplo de jogo que eu aplico é a queimada. Na regra tradicional quem é queimado é excluído, na nova regra, cada campo é dividido em frente e fundo. Iniciam todos nos campos de fundo de cada lado, ao ser queimado, o aluno passa pra frente e defende os outros pra que não sejam queimados também, estes ao invés de saírem do jogo, passam a ajudar os companheiros ou atrapalhar os adversários, continuando na brincadeira até o final que pode ser definido por tempo ou quantidade de participantes restante de um dos lados. Regras a serem definidas por eles depois de questionados em várias possibilidades. Outra atividade relevante é Incentivá-los a pensar numa letra de música e adequá-la, tomando como no exemplo, a canção infantil “atirei o pau no gato” que passou a ser “não atirei o pau no gato”. Pensar e repensar nas atitudes que as letras incitam e quais deveriam incentivar. Os objetivos sempre podem ser concretos ou abstratos, mas aproveitados significativamente para um aprendizado global e relevante e que elucide os direitos e deveres do aluno como cidadão.

Uma situação atual que dificulta a aplicação dessas atividades é que na unidade escolar que trabalho, todos os espaços como pátio, quadra, são utilizados com tempo restrito, as crianças não desfrutam dos intervalos com liberdade, sempre acompanhadas e de passagem pelas áreas onde seria possível desenvolver essas atividades de jogos e brincadeiras que citei como inclusivas, além disso, a Educação física é aplicada por profissional da área, sem nossa interferência e percebo que a intenção é contemplar apenas a atividade corporal. Se não fosse assim poderia desenvolver as brincadeiras para que, se divertindo sem discriminações, eles pudessem se aproximar dos interesses comuns e do relacionamento interpessoal mais estreito, que os incentive a trabalhar em conjunto na construção ampliação de seus conhecimentos.

Como professora inclusa em um sistema de ensino, procuro mesclar minha prática pedagógica ora usando a ludicidade – jogos, músicas, brincadeiras, confecção de brinquedos, parlendas, trava-línguas, charadas, entre outros - questionando a aprendizagem da criança, sugerindo como a criança pode chegar lá, ora aplicando atividades somente de fixação para cumprir o currículo, ora explanando o conteúdo sem deixar de direcionar e instigar os alunos na busca das soluções para as situações-problema, tornando-os curiosos o suficiente para se dedicarem às pesquisas e bastante satisfeitos em descobrir as respostas, procurando tornar esse aprendizado muito mais significativo.

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Professor C

Durante minha infância, eu morava em casa e tinha como minha melhor amiga minha irmã mais nova que eu 4 anos. Não tínhamos muitos brinquedos, mas nos divertíamos no quintal mesmo, nossos brinquedos eram: uma motoca, bola, uma casinha e algumas bonecas. Usávamos utensílios da cozinha da mamãe para brincarmos de casinha também. Brincávamos muito e aprendi a dividir, imaginar etc.

Tenho 35 anos, fiz magistério, pedagogia e duas pós-graduações, uma em psicopedagogia e outra em educação especial. Em pedagogia, me formei em 2001. No magistério eu tive ludicidade sim, bastante, mas na pedagogia não. Leciono desde os 15 anos, comecei como auxiliar em educação infantil em escola particular. Trabalhei no estado como eventual, na casa de uma adolescente com deficiência, dando aulas particulares e enfim estou atualmente com dois cargos na prefeitura de Santo André como estatutário, na educação infantil.

Criança é um ser humano em desenvolvimento com direitos e deveres.

Escola é um lugar para adquirir conhecimento cientifico e interagir com seus pares.

Professor é um mediador entre a criança e o conhecimento

Já lecionei em todas as series, mas minha experiência maior é na educação infantil.

Não tenho a pretensão de alfabetizar meus alunos, eles ainda tem 5 anos, mas coloco-os sempre em contato com a escrita, o nome, escrevo a rotina com eles na lousa e convido-os a refletir sobre a escrita; letra que começa, que termina etc. Faço muitos jogos e brincadeiras durante as aulas. São musicas que falam dos bichos, das partes do corpo, brincadeiras com letras, números e cores. Na sala de aula os alunos sentam em dupla e em alguns momentos em grupo. Há apenas um laboratório de informática, uma brinquedoteca e os alunos não tem acesso a biblioteca.

Não acredito que o ensino fundamental contemple a infância com um bom aprendizado, acho que falta muito ainda para contemplar esses aspectos. Eu investiria nos salários dos professores e os proibiria de trabalharem dois períodos (2 turmas), disponibilizaria de dinheiro para compra de materiais nas escolas, e organizaria um currículo básico nacional obrigatório. Priorizaria a educação acima de tudo.

Vejo algumas crianças brincando sim, de pega-pega, esconde-esconde. São os alunos mais carentes que tem essa cultura.

Já ensinei brincadeiras do meu tempo de criança sim, é rotina ensinar essas brincadeiras. O objetivo é resgatar e dar continuidade a essa cultura popular.

74 Acredito sim que as brincadeiras trazem um aprendizado significativo. Eles aprendem de tudo! Desde aspectos sociais até conhecimentos científicos, dependendo da brincadeira e do objetivo.

Quando penso em alfabetização, tanto questiono o aluno, quanto explano o alfabeto. Penso que as duas são importantes e se completam.

Professor D

Morava num pequeno vilarejo no interior de Minas Gerais. Éramos em seis irmãos, sendo eu a mais velha. A casa onde morávamos possuía um bom lugar para brincar, pois tínhamos poucos brinquedos. Geralmente brincávamos com as crianças da redondeza. Eram brincadeiras de roda, esconde-esconde, musicas etc. Por meio das brincadeiras aprendi muito cedo as letras, os números, as cores e ao entrar no pré-primário já estava alfabetizada. Brincando de escolinha comecei a ler aos 5 anos.

53 anos, fiz magistério, pedagogia e letras. No magistério houve algumas coisas de jogos, brincadeiras e bastante arte, pedagogia e letras não.

18 anos na rede municipal de Santo Andre como estatutária.

Criança: um ser humano que embora alguns não aceitam, tem tantos deveres a cumprir, quanto ditos a serem respeitados.

Escola: espaço que acolhe, educa e ensina.

Professor: um colaborador no processo da aprendizagem. Ensina e também aprende com os educandos.

Trabalhei em educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Sempre tive alunos nessa idade, até hoje.

Alfabetizo por meio da leitura diária utilizando também jogos como bingo de letras, palavras e números. Atividades em duplas e intervindo conforme a necessidade do aluno.

As carteiras são dispostas em filas, porém costumo agrupá-las de acordo com as atividades propostas - duplas, trios...

Acho que sim, porque a criança aprende com a educação formal.

Deveria haver mais investimento nos professores, disponibilidade de matérias de qualidade e espaços diversos para o desenvolvimento do trabalho dos educadores.

Ver as crianças brincando? Raramente, tudo é muito diferente.

Ensinei muitas brincadeiras sim, objetivando a interação, o respeito, a autonomia etc.

Dependendo da intervenção do professor e dos objetivos das brincadeiras ela aprende a localizar-se no espaço, desenvolver a autonomia, respeita regras e combinados, contar, ler e escrever, interpretar e resolver situações do seu cotidiano.

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Professor E

Morava em casa, tinha três irmãos mais velhos, brincávamos de vôlei, queimada, gostávamos muito de brincar de bola, tinha vários amigos, as crianças da rua, vizinhos, alguns mais novos, outros mais velhos.

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