• Nenhum resultado encontrado

Capítulo II – Metedologia de Investigação

2.3. Entrevistas

Para desenvolver uma parte de pesquisa qualitativa no âmbito desta tese, fez parte do plano realizar uma série de entrevistas a órgãos governamentais de foro executivo e administrativo, tanto ligados diretamente à gestão de um espaço urbano e da sua comunidade presencial, como também às entidades responsáveis pelo desenvolvimento turístico.

De maneira a tornar essa realidade possível, foram efetuadas diversas tentativas de contacto com várias destas mesmas entidades: por escrito, através de carta e correio eletrónico, e por diálogo, através de contacto telefónico e visita presencial.

Todo o contacto foi feito primeiramente em formato de carta formal, da qual temos como exemplo o Anexo 2, tendo todas as restantes cartas seguido o mesmo modelo e sofrido apenas ligeiras alterações

A Câmara Municipal de Lisboa foi contactada a 17 de Maio de 2017 e contou com uma entrevista à Sra. Arquiteta Teresa Duarte, da Direção Municipal de Urbanismo, que teve lugar no dia 20 de Julho, no Edifício Central do Campo Grande, pertencente à Câmara Municipal de Lisboa. Por problemas técnicos, no momento da entrevista, esta foi a única das que foram realizadas no foro desta tese que não ficou gravada por áudio e que, portanto, não será inserida nos anexos. Contudo, o seu conteúdo foi ainda tomado em conta e será ainda apresentado na fase de análise de dados recolhidos.

O Observatório de Turismo de Lisboa recebeu o pedido de participação no dia 15 de Maio de 2017. Todas as Juntas de Freguesia correspondentes ao território que origina o chamado Centro Histórico de Lisboa foram também convidadas a fazer parte deste estudo, na forma de entrevista. Tendo este último aspeto sido definido pela própria Câmara Municipal de Lisboa, de acordo com o mapa já previamente discutidos (Figura 1), são elas:

A Junta de Freguesia de Campo de Ourique. Assim como as restantes Juntas desta área, esta nasceu depois da reorganização administrativa do concelho de Lisboa que teve lugar em 2012 e que entrou em vigor após as eleições autárquicas de 2013. Esta, resultou da união entre a antiga freguesia de Santa Isabel e Santo Condestável. A Junta de Freguesia de Campo de Ourique foi contactada para entrevista a 15 de Maio de 2017.

Nascendo da união das antigas Juntas de Freguesia da Lapa, Prazeres e Santos os Velho, surgiu a Junta de Freguesia da Estrela. Esta conta com alguns dos bairros

históricos mais conhecidos de Lisboa, como a Madragoa, a Lapa, que contém uma outra zona historicamente conhecida como o Bairro das Trinas, e toda área de Alcântara.

A Junta de Freguesia da Estrela recebeu o pedido formal de entrevista a 30 de Maio de 2017, ao qual respondeu prontamente, tendo ficado agendada uma reunião para o dia 28 de Junho de 2017, que por sua vez teve lugar na sede da própria Junta e contou com a presença do senhor Luís Newton, Presidente da Junta de Freguesia.

Este mesmo encontro foi gravado e mais tarde transcrito de áudio para texto, na sua íntegra. Este documento faz parte integrante deste estudo (Anexo 3) e é, assim como as restantes entrevistas, um importante foco de análise no capítulo seguinte desta tese.

Posteriormente a este encontro e a pedido, conforme observámos previamente, a adjunta do presidente da junta de freguesia, Sra. Mariana Nunes de Almeida, forneceu as delimitações dos bairros históricos desta região no dia 28 de Julho de 2017.

Constituída pelas anteriores Juntas de Freguesia da Encarnação, Mercês, Santa Catarina, São Paulo e ainda um bocado de Santa Justa, temos a Junta de Freguesia da Misericórdia. Com pouco mais de 13 mil habitantes, de acordo com os mais recentes censos a ter lugar em Portugal, esta é das regiões em análise com menor densidade populacional, juntamente com a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que iremos analisar de seguida.

O contacto para entrevista foi realizado a 19 de Maio de 2017 e foi rapidamente agendado um encontro pontual no dia 29 de Maio, com os adjuntos Sr. Gonçalo Angeja e Sra. Eunice Gonçalves. Também esta reunião foi gravada e mais tarde transcrita, estando disponível na sua totalidade no Anexo 4.

A delimitação dos seus bairros constituintes analisada anteriormente neste mesmo capítulo foi fornecida nesse mesmo dia e contou, como esperávamos, com a presença das áreas emblemáticas nesta região mais conhecidas, como o Bairro Alto e a Bica, entre outros.

Juntamente com a Junta de Freguesia da Misericórdia, a de Santa Maria Maior é das mais importantes para esta tese, pois contém dois dos quatro bairros históricos que constituem o foco da análise deste estudo, sendo eles Alfama e a Mouraria. Há ainda neste espaço outros nomes de muita importância social relativamente a este conceito de região histórica, tão importante na comunidade local, como é o caso da encosta do Castelo de São Jorge e a praça do Martim Moniz, que muitos residentes fazem questão de separar da Mouraria, onde ela se insere geograficamente.

Apesar de ser outra das mais pequenas, em termos de habitantes (menos de 13 mil) e densidade populacional, esta Junta de Freguesia é ainda assim a que contou com o maior número de freguesias agregadas durante a reorganização administrativa da cidade.

Conta com as antigas unidades administrativas do Castelo, Madalena, Mártires, Sacramento, Santiago, Santo Estêvão, São Cristóvão e São Lourenço, São Miguel, São Nicolau, Sé, Socorro, e a restante fatia de Santa Justa, já previamente mencionada.

Esta entidade governamental de Santa Maria Maior foi contactada para a realização de uma entrevista no dia 19 de Maio de 2017 e contou também com uma resposta bastante breve por parte da Assessora Sra. Leila Alexandre, que foi também a responsável pela reunião que teve lugar no dia 30 de Maio de 2017. Esta encontra-se disponível para leitura no Anexo 5 e será analisada mais adiante neste mesmo documento.

São Vicente conta com a junção de três antigas freguesias, a da Graça, São Vicente de Fora e Santa Engrácia. Esta junta é comumente mencionada quando se fala da vida bairrista de Lisboa, uma vez que conta com o famoso bairro da Graça.

Foi também contactada no dia 19 de Maio de 2017 para uma entrevista presencial. A Penha de França nasceu do casamento das juntas de freguesia de São Jorge de Arroios, Santa Engrácia e um pouco do Beato. Apesar da sua localização afastada do centro considerado histórico da cidade, é ainda parte integrante do mesmo e faz parte da cultura bairrista da cidade, com as suas influências sob as conhecidas regiões do Beato e da Graça, apesar de partilhar a gestão das mesmas com outras juntas.

O contacto com esta entidade foi realizado no dia 15 de Junho de 2017, e foi concordado por ambas as partes que a sua participação teria a forma não de um encontro presencial, mas de uma entrevista por escrito, para facilitar o agendamento e a execução da mesma.

Contudo, as respostas apresentadas à Junta de Freguesia nunca tiveram qualquer retorno, e uma nova tentativa de contacto foi realizada no dia 27 de Maio de 2018, a tentar restabelecer a ligação com os responsáveis por este corpo administrativo. Mais uma vez, porém, a falta de respostas prosseguiu, não sendo assim possível contar com a sua participação nem na análise dos dados que será apresentada mais à frente, nem nos mapas delineados pelos corpos administrativos da região.