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CAPÍTULO 3 CICLOS PARA FORMALIZAR A LINGUAGEM DE PADRÕES DE

3.9. Envolvimento dos participantes no passo Validar

Ressalta-se que nos sete ciclos foram feitas validações por participantes com diferentes perfis, desde experientes em design de sistemas de coautoria com conhecimentos em IHC, até estudantes de ciência da computação, matemática, pedagogia, professores de escolas públicas, entre outros, com o intuito de observar:

(1) a compreensão e/ou a aplicação de padrões de design e as relações semânticas no design de protótipos de sistemas educacionais, pois padrões de design podem ser utilizados por diversas pessoas com diferentes perfis, como profissionais de IHC e usuários (Borches, 2001);

(2) o uso desses protótipos.

Neste trabalho foram adotadas duas estratégias no envolvimento com os participantes:

 Estudo de viabilidade, que é um dos tipos de pesquisa científica que permite verificar se uma determinada proposta, tecnologia, sistema, etc., é viável para o objetivo que foi proposto (SHULL et al., 2001).

 Estudo de caso, que é outro tipo de pesquisa científica que permite um estudo aprofundado no contexto em que está sendo feita determinada investigação. De acordo com Yin (2002), estudo de caso é um tipo de investigação empírica que investiga um fenômeno inserido em um

contexto. Para Shull et al., (2001), no estudo de caso a validação não é feita de forma isolada como no estudo de viabilidade, mas dentro de um modelo de ciclo de vida para observar o uso da proposta durante o desenvolvimento de um sistema computacional, no contexto deste trabalho, durante ciclo de vida para o design de sistemas computacionais (PREECE et al., 2011).

Design é definido aqui como atividades que vão desde o planejamento até o esboço/desenho de interfaces de sistemas computacionais, ou seja, os objetivos desse trabalho estão relacionados em apoiar desde o planejamento até o esboço das interfaces, o que inclui a prototipação de sistemas computacionais, mas não necessariamente a implementação dos mesmos (PREECE et al., 2011).

Não necessariamente porque os protótipos podem ilustrar os campos que deverão ser inseridos pelos usuários, instruções ou animações que serão exibidas nas interfaces, entre outras informações que apoiam na modelagem do banco de dados, bem como na escolha das linguagens, ferramentas e tecnologias adequadas para implementar o sistema; entretanto, esses aspectos da implementação não foram o foco deste trabalho.

Tanto no estudo de viabilidade quanto no estudo de caso foram consideradas evidências qualitativas bem como evidências quantitativas (SHULL et al., 2001).

 A análise qualitativa procura responder as questões de pesquisas por meio de organização, interpretação e categorização dos dados, com finalidade de adquirir conhecimento e dar significado a uma determinada experiência, por exemplo, relatando opiniões expressas pelos participantes (PREECE et al., 2011).

 A análise quantitativa procura responder as questões de pesquisas por meio de separação e determinação de quantia, definindo variáveis objetivas que possam ser medidas em escalas numéricas, por exemplo, escala de opiniões com graus como muito satisfeito, satisfeito, indiferente, etc., em que é possível contabilizar a quantidade total de cada um dos graus para avaliar a satisfação de participantes ao utilizarem uma determinada proposta (PREECE et al., 2011).

As análises foram baseadas em técnicas presentes na área de Interação Humano- Computador (IHC) e utilizadas em estudo de viabilidade e/ou estudo de caso como Questionários (PREECE et al., 2011), Escala de Likert (PREECE et al., 2011), SAM -

as explicações das estratégias e a forma com que os resultados foram coletados e interpretados.

3.9.1. Operação dos estudos

Descrição da instrumentação: alguns dos materiais fornecidos aos participantes para a realização dos estudos foram:

 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido: convite para participar da pesquisa contendo o objetivo, as atividades a serem realizadas, etc., como sugerido pelo comitê de ética (APÊNDICE I).

 Autorização de Captação e Exibição de Imagem-Som e Nome: autorização para registrar e divulgar imagens, vídeos e sons capturados durante o envolvimento dos participantes nos estudos, como sugerido pelo comitê de ética (APÊNDICE II).

 Questionário Pré-Sessão: Formulário de pesquisa para coletar informações sobre o perfil dos participantes. Esse formulário foi entregue antes dos participantes iniciarem suas atividades nos estudos para evitar que as respostas fossem influenciadas pela experiência durante os estudos (APÊNDICE III).

 Questionário Durante-Sessão: Formulário para coletar dados sobre a compreensão e/ou uso de padrões e/ou relações. Esse formulário foi entregue enquanto os participantes estavam realizando suas atividades nos estudos (APÊNDICE IV e APÊNDICE V).

 Questionário Pós-Sessão: Formulário para coletar dados sobre a experiência de utilizar padrões de design, relações para conectar padrões de design e/ou protótipos de sistemas educacionais de coautoria. Esse formulário foi entregue após o encerramento das atividades feitas pelos participantes (APÊNDICE VI, APÊNDICE VII, APÊNDICE VIII).

3.9.2. Elaboração dos questionários pré, durante e pós-sessão

Nos questionários houve dois tipos de perguntas: perguntas abertas e perguntas com alternativas. O segundo tipo de pergunta teve como base o QUIS (Questionnaire for User Interaction Satisfaction) desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Interação Humano-Computador (em inglês Human-Computer Interaction) da

Universidade de Maryland, para avaliar subjetivamente a satisfação dos usuários em relação a interface humano-computador (CHIN et al., 1998).

No questionário QUIS os graus de satisfação variam de um grau mais alto a um grau mais baixo. De acordo com Chin et al., (1998) o grau pode variar de 9 à 3. Por exemplo, Concordo Fortemente |__|__|__|__|__| Discordo fortemente. Para esse caso, apenas um espaço pode ser assinalado para representar o (grau) quanto se está acordado ou não com algo (PREECE et al., 2011).

Para facilitar a compreensão dos graus de satisfação optou-se por adotar a Escala de Likert para representar os graus por pequenas sentenças. Para o exemplo anterior a escala de Likert seria:

( ) Concordo Fortemente ( ) Concordo

( ) Indiferente ( ) Discordo

( ) Discordo Fortemente

Para avaliação dessas perguntas há a possibilidade de analisar os resultados pela quantidade de alternativas escolhidas como Concordo Fortemente, Concordo, etc., bem como atribuir pontos para cada opção: Concordo Fortemente (5 pontos), Concordo (4 pontos), Indiferente (3 pontos), Discordo (2 pontos), Discordo Totalmente (1 ponto) (EVANS, 2008; WAINER, 2007).