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[ até porque eu acreDIto... na educação... e acredito que aqui no estado a gente consegue sim fazer a diferença... pra multiplicar pro brasil... e a gente às vezes é esquecido... aqui no tocantins... e quando tem... cê tem que

abraçar... agora mesmo a gente tá fazendo um curso on line...promovido tamBÉM pelo

governo do estado... e a gente não paga na:da... faz o tkt... que é um preparatório... os livros são gratuitos...cd... gratuito e de qualidade... então SE o professor quiSER... ele conSEgue...

se ele quiser... ele consegue assim... aperfeiçoa:r e melhorar

No tocante às relações predicativas diretas (RPDs) e às relações predicativas indiretas (RPIs) nos relatos reflexivos, pudemos notar que suas ocorrências foram discretas no decorrer dos discursos das participantes da pesquisa, mesmo porque esta postura enunciativa (EPCC) quase não foi usada pelas professoras. Assim, Natália se posicionou três vezes de forma direta, enquanto Natália empregou quatro RPDs. Vejamos a seguir a representação gráfica de nossos resultados.

Amostras RPDs e RPIs nos Relatos Reflexivos

3 3 4 1 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 RPD RPI D a d o s Natália Laura

Gráfico 5 – Resumo das RPDs e RPIs encontradas na posição EPCC nos relatos reflexivos.

Conforme dissemos anteriormente, as enunciações das professoras no contexto coletivo de trabalho só aconteceram no primeiro relato reflexivo (RR1). Sendo assim,

faremos novamente uso dos fragmentos 12 e 13, já apresentados no início desta subseção, mas que agora serão considerados fragmentos 15 e 16, uma vez que serão analisados sob uma nova ótica. Apresentaremos abaixo os excertos seguidos da representação gráfica dos dados: Fragmento 15: (EPCC)

Natália: RR1

Não haveria a necessidade de chegar ao conselho de classe

RPI: Valor epistêmico

para ficarmos sabendo de problemas simples dos alunos

RPI: Valor pragmático

e até mesmo de metodologias que funcionam em uma determinada turma.

RPD

o que faltou então??? Diálogo entre os colegas. Se nós tivéssemos essa interação mais frequentemente

RPD

o problema poderia ter sido resolvido no início.

RPI: Valor epistêmico

Fragmento 16: (EPCC) Laura: RR1

Quanto aos colegas professores muitas vezes não há uma articulação.

RPD

Às vezes por receio do outro ou por realmente não querer fazer um elo com os demais.

RPI: Valor pragmático

Isso também dificulta o processo de ensino-aprendizagem e os alunos percebem e sentem também a falta de articulação.

RPD

Amostras RPIs nos Relatos Reflexivos

1 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0,5 1 1,5 2 2,5

VPRAG VEPIST VAPREC VPSIC VDEONT Modalizações D a d o s Natália Laura

Ao verificarmos as relações predicativas indiretas (RPIs) nos relatos reflexivos, percebemos que os metaverbos de valor epistêmico foram os mais recorrentes. Isso pode ser constatado nas falas da professora Natália, no momento em que ela exprime avaliações que se apóiam em conhecimentos do mundo objetivo. Podemos identificar esses julgamentos nos seguintes segmentos: Não haveria a necessidade de chegar ao conselho de classe e o problema poderia ter sido resolvido no início (RR1 N.). Aqui a professora expõe situações relacionadas à falta de diálogo e interação entre os colegas, que se resolvidos, poderiam contribuir para solução de problemas vivenciados na sala aula. Vejamos o gráfico abaixo:

Nas entrevistas esta postura enunciativa (EPCC) também foi pouco utilizada pelas participantes da pesquisa, e foi possível notarmos que tivemos, praticamente, uma equiparação em relação à incidência das relações predicativas diretas (RPDs) nos discursos das professoras. Sendo assim, ao enunciarem, tanto Natália quanto Laura, posicionaram-se sem o intermédio de metaverbos para exporem suas valorações, quase a mesma quantidade de vezes.

Já em relação às relações predicativas indiretas (RPIs), observamos que somente Laura fez o uso de verbos modais em seus discursos, uma vez que Natália em momento algum, expôs suas representações discursivas a partir da utilização de metaverbos, se posicionando, predominantemente, de forma direta. Observemos o gráfico abaixo:

Amostras RPDs e RPIs nas Entrevistas

15 0 14 20 0 5 10 15 20 25 RPD RPI D a d o s Natália Laura

Das vinte relações predicativas indiretas (RPIs) encontradas nas enunciações de Laura, podemos identificar todos os valores modais, conforme gráfico abaixo nos mostra. As modalizações pragmáticas foram as mais utilizadas, prevalecendo assim no discurso da professora a exposição suas intenções, capacidades e razões. Dessa forma, a professora assume a posição de “ator” deixando explícitos seus posicionamentos e mostrando-se como protagonista de seu trabalho. Vejamos os dados encontrados, seguidos de fragmentos da entrevista:

Amostras RPIs nas Entrevistas

0 0 0 0 0 9 5 2 3 1 0 2 4 6 8 10

VPRAG VEPIST VAPREC VPSIC VDEONT

Modalizações D a d o s Natália Laura

Gráfico 8 – Resumo modalizações encontradas na posição EPCC nas entrevistas. Fragmento 17: (EPCC)

Laura: Entrevista

[...] basta o professor saber conduzir... e não ficar se.../ se prendendo aos problemas que a gente tem na rede... que a gente sabe que são muitos... mas com criatividade a gente consegue

dar uma boa aula... e fazer o aluno aprender... RPI: Valor pragmático

e GOSTAR de aprender...

RPI: Valor apreciativo

Fragmento 18: (EPCC) Laura: Entrevista

[...]questões que realmente é complica:do colocar na prática... porque a gente tem um número muito gra:nde de aluno... se vai trabalhar... u:ma atividade de conversação... é

complica:do...

Neste momento, observaremos a postura enunciativa da enunciadora-assessora que foi a predominante nos relatos reflexivos e nas entrevistas das professoras.

5.1.3 Posição de enunciadora-assessora: EA

Como dissemos anteriormente, a postura de enunciadora-assessora (EA) foi predominante no discurso expresso pelas professoras participantes da pesquisa nos relatos reflexivos e nas entrevistas. Verificamos também que em ambos os instrumentos analisados, elas permitiam que suas posturas enunciativas seguissem um deslocamento, uma vez que seus posicionamentos enunciativos variavam entre as instâncias analisadas.

Em sete relatos reflexivos, elas se posicionaram, exclusivamente, como assessoras. É interessante observarmos ainda que as instâncias enunciativas assumidas pelas professoras participantes da pesquisa coincidem em praticamente todos os relatos reflexivos, exceto no último (RR6), pois as mesmas enunciam de lugares diferentes. Isso nos revela a capacidade das professoras representarem seu trabalho, através de agires de linguagem diversos e de forma interativa. Isso pode ser visualizado no quadro a seguir:

Relatos Reflexivos (RR) Posições Enunciativas/Modalizações (valores) de Natália Posições Enunciativas/Modalizações (valores) de Laura

RR1 EPCP: RPD, Pragmático, Apreciativo

EPCC: Epistêmico

EA: Psicológico, Epistêmico

EPCP: RPD, Pragmático

EPCC: RPD, Pragmático

EA: RPD, Pragmático, Epistêmico

RR2

EA: RPD, Pragmático, Psicológico, Epistêmico, Deôntico

EA: Psicológico, Epistêmico, RPD

RR3

EA: RPD, Pragmático, Deôntico EA: RPD, Psicológico, Epistêmico, Deôntico

RR4

EA: RPD, Pragmático EA: RPD, Pragmático, Psicológico, Epistêmico, Deôntico

RR5

EA: RPD, Epistêmico, Apreciativo EA: RPD, Pragmático, Psicológico, Epistêmico, Deôntico28

RR6

EPCP: RPD, Epistêmico, Apreciativo EPCP: RPD, Psicológico, Epistêmico, Pragmático

EA: RPD, Psicológico, Epistêmico, Pragmático

Quadro 5– Resumo das posições enunciativas e modalizações encontradas nos relatos reflexivos.

A voz do autor empírico esteve presente nos relatos reflexivos e nas entrevistas, no momento que as professoras enunciavam e demonstravam que se responsabilizavam por suas ações de linguagem. Nos trechos que traremos como exemplo, podemos confirmar isto a partir do uso de eu, nós e a gente, acompanhados de verbos em primeira pessoa (singular/plural). Apresentaremos a seguir segmentos desses discursos:

Fragmento 19: (EA)