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ESPECÍFICA DO ENTE PÚBLICO RESPONSABILIDADE OBJETIVA INOCORRÊNCIA A responsabilidade civil do Estado em caso de omissão é

Item III CORRETO A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), por exemplo, estendeu para os guardas portuários o direito ao adicional por

ESPECÍFICA DO ENTE PÚBLICO RESPONSABILIDADE OBJETIVA INOCORRÊNCIA A responsabilidade civil do Estado em caso de omissão é

subjetiva, fugindo à previsão do art. 37 , § 6º , da CF . Contudo, deve ser analisado se a omissão foi específica ou genérica. Em caso de omissão

específica, ou seja, quando há o dever individualizado de agir, vale a regra

constitucional.

Dessa forma, temos que no caso narrado pela questão estamos diante de Omissão ESPECÍFICA, uma vez que era dever dos agentes públicos atender prontamente a todos os feridos. Logo, é o caso de Responsabilidade OBJETIVA do Poder Público.

Gabarito: letra “A”.

QUESTÃO 04 - FCC - Analista Judiciário (TRT 15ª Região)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2013 - Diz-se, na linguagem comum, que o Poder Público responde civilmente com ou sem culpa. Quando se diz que a responsabilidade civil dos entes públicos é “sem culpa”, tecnicamente se está querendo explicar a modalidade de responsabilidade civil aplicável aos mesmos, ou seja, fazer referência à Responsabilidade

a) objetiva, modalidade de responsabilidade civil que prescinde de comprovação de culpa do agente público, embora não afaste a necessidade de demonstração do nexo de causalidade entre o ato e os danos por este causados.

b) objetiva, modalidade de responsabilidade civil que independe da comprovação de culpa e nexo de causalidade entre ação ou omissão de agente público e os danos causados em decorrência desses.

c) subjetiva, modalidade de responsabilidade civil que depende de comprovação de culpa do agente ou do serviço público para configuração do nexo de causalidade, aplicável nos casos de ação e omissão.

d) objetiva ou subjetiva, aplicável a primeira nos casos de omissão e a segunda nos casos de atos comissivos praticados por agentes públicos, cuja culpa deve obrigatoriamente ser demonstrada.

e) objetiva pura, que independe da existência de culpa, da comprovação de nexo de causalidade e não admite qualquer excludente de responsabilidade.

Comentários:

Vigora em nosso ordenamento a Responsabilidade Objetiva do Estado, conforme disposição do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Assim, o Poder Público responde por todos os danos decorrentes de ações de seus agentes com base na Teoria do Risco Administrativo. Por meio desta Teoria, o Estado é obrigado a indenizar o particular em todas as situações em que aconteça DANO para este, ainda que não haja culpa ou falha na prestação de serviços por parte do Poder Público.

Logo, para que reste configurada a responsabilidade objetiva, faz-se necessário, apenas, que haja DANO + NEXO CAUSAL.

No entanto, seria altamente perigoso uma situação como esta sem que houvesse a possibilidade do Estado se eximir de indenizar nas situações em que a culpa fosse EXCLUSIVAMENTE do particular, ou então para os casos em que as duas partes foram culpadas.

Exemplo:

Um servidor público está dirigindo o veículo oficial. Um particular, embriagado, atravessa na contramão e colide com o veículo estatal, causando dano aos dois veículos. Na situação, se considerássemos apenas que houve dano para o particular, independente de culpa ou falha no serviço público, teríamos que a Administração seria obrigada a indenizar o particular, ainda que estivesse agindo CORRETAMENTE.

Para que esta situação utópica não ocorra é que é admitido, nesta teoria, a existência de EXCLUDENTES, que pode ser TOTAL ou PARCIAL. No exemplo narrado, temos uma situação onde é aplicado o excludente TOTAL, de forma que não houve nenhuma parcela de culpa por parte do agente público.

Assim, percebe-se que a única alternativa que está de acordo com a responsabilização OBJETIVA do Estado (sem culpa), é a Letra A.

Gabarito: letra “A”.

QUESTÃO 05 - FCC - Técnico do Ministério Público de Sergipe/Administrativa/"Sem Especialidade"/2013 - Um ônibus, de empresa privada prestadora de serviços de transporte público municipal, envolveu-se em acidente que ocasionou lesões corporais de natureza grave em alguns dos passageiros transportados pela companhia. Há provas de que o acidente foi fruto de culpa do motorista do ônibus. Nessa situação, a responsabilidade pelos danos decorrentes do acidente pode ser imputada

a) à empresa privada prestadora de serviços públicos, apenas se comprovada a impossibilidade de pagamento da indenização pelo motorista.

b) à empresa privada prestadora de serviços públicos, assegurado o direito de regresso contra o motorista.

c) apenas ao motorista de ônibus, já que caracterizada a sua culpa.

d) apenas ao município titular dos serviços de transporte público prestados pela empresa privada, assegurado o direito de regresso contra o motorista.

e) apenas ao município titular dos serviços de transporte público prestados pela empresa privada, vedado o direito de regresso contra o motorista, uma vez que não houve dolo do agente.

Comentários:

A Responsabilidade da Administração Pública pode ser tanto por AÇÃO quanto por OMISSÃO. E é a Constituição Federal, por meio do artigo 37, § 6º, que apresenta o principal dispositivo a ser seguindo quanto à Responsabilidade estatal:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado

prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus

agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Assim, são as seguintes as pessoas que respondem em caráter OBJETIVO (independente de dolo ou culpa) perante os danos cometidos a terceiros:

Pessoas Jurídicas de DIREITO PÚBLICO: Toda a Administração Direta, as Autarquias e Fundações Públicas e as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS. Pessoas Jurídicas de DIREITO PRIVADO prestadoras de SERVIÇOS PÚBLICOS: São as DELEGATÁRIAS de Serviço Público (concessionárias, permissionárias e autorizatárias).

Uma informação importante se refere à responsabilidade das prestadoras de serviço público. Durante muito tempo, o entendimento da doutrina (com diversos julgados dos Tribunais Superiores) era no sentido de apenas haver responsabilização quanto à atuação da mesma perante terceiros que fossem USUÁRIOS dos serviços prestados pela delegatária.

No julgamento do RE 591.874/MS, o STF pacificou o entendimento de que a responsabilidade das delegatárias abrange tanto a atuação de terceiros USUÁRIOS quanto NÃO USUÁRIOS:

O PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU

ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE O DANO CAUSADO POR EMPRESA