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ESTILOS PARENTAIS E SUAS CONSEQUENCIAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

No documento ANAIS – Mostra Científica 2022 (páginas 89-93)

Eixo 1 – Interlocuções entre conhecimento e saber no campo das Ciências Humanas

2.1 ESTILOS PARENTAIS E SUAS CONSEQUENCIAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

A relação parental tem a capacidade de influenciar todo o desenvolvimento de uma criança, seja ela pela positiva ou pela negativa. Segundo Cardoso e Veríssimo (2013) é notória a forma como a relação parental influencia a educação e o comportamento das crianças, o que traz consequências ao nível do seu desenvolvimento.

De acordo com a pediatra, educadora parental e nefrologista infantil Dra. Marcela Noronha. “Existem quatro tipos de estilos parentais, ou seja, o modo como os pais lidam com os filhos e os educam para o mundo. São eles: negligente, permissivo, autoritário ou autoritativo/democrático.

• Estilo Negligente: Esse é o pior estilo parental possível. Os pais simplesmente são iguais aos fantasmas dentro dos lares e não ensinam nada de bom aos filhos. Se você conhecer alguém assim, saiba que essa pessoa precisa de ajuda urgente. Não hesite em procurar um grupo de apoio que possa ampará-la e os seus familiares próximos, pois pode haver uma doença por trás desse comportamento, como uma depressão severa ou abuso de drogas.

• Estilo Permissivo: A permissividade tem um lado muito positivo, pois trabalha na criança a criatividade, gentileza, modelo, conexão, compaixão e segurança, porém também desenvolve um baixo o limiar de frustração, gera falta de responsabilidade, de confiança e de bom julgamento. A criança torna-se mimada, dependente dos outros e torna-se acha merecedora de todos os privilégios.

• Estilo Autoritário: Ser firme demais também tem um lado muito bom, pois desenvolve ordem, previsibilidade, responsabilidade e alto limiar de frustração, porém também gera insegurança, rebeldia, ressentimento, ansiedade, falta de conexão e baixa autoestima, podendo levar a criança a ter mais chances de apresentar comportamentos agressivos, depressão, uso de drogas e transtornos desafiadores.

• Estilo Autoritativo ou Democrático: O estilo autoritativo ou democrático é o alvo a ser atingido. Ele reúne todas as boas qualidades dos outros estilos parentais sem nenhuma das desvantagens. Ter esse estilo parental significa que respeitamos a criança, somos firmes e gentis, e conectados ao mesmo tempo em que somos firmes.”

Seguindo a mesma linha doutrinária “Os pais podem assumir diferentes estilos que podem ser autoritários, permissivos ou autorizantes “(Cardoso, & Veríssimo, 2013). Cada estilo parental traz as respectivas consequências bem ou menos bem sucedidas de acordo com a posição assumida pelos pais.

Essas consequências não só afetam o desenvolvimento da criança, como também afetam a forma que ela visualiza o mundo. Uma criança que não recebeu afeto, cuidado, amor, carinho, atenção e estímulo, na fase adulta será um adulto carente, pois a atenção que não recebeu em sua infância, irá buscar a todo o momento pela sociedade, como forma de aprovação e aceitação. Logo, será um adulto que desencadeará a dependência emocional e perderá a capacidade de agir, tomar decisão sozinha e assumir responsabilidade por suas ações.

“Nos casos em que os pais não se envolvem na orientação dos filhos, que os tratam mal e que são agressivos, é mais comum encontrarmos crianças retraídas e com baixa autoestima”

(Mondim, 2008).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Associação de Saúde Mental da América define a dependência emocional como

“uma condição emocional e comportamental que afeta a capacidade de um indivíduo de ter um relacionamento mutuamente saudável e satisfatório”. Alguns profissionais psicólogos

acreditam que esse comportamento possui raiz na criação do indivíduo, desde sua infância, em casos em que os pais são narcisistas ou deprimidos, fazendo com que a criança desenvolva uma

“necessidade” extra por eles, no intuito de oferecer-lhes um senso de propósito.

A relação parental tem um papel importante na construção social de um indivíduo , pois assume a forma como a criança vai se desenvolver e relacionar-se com os outros, sejam eles pares ou adultos. A relação parental não basta ser aquela considerada por consanguinidade é também a afetiva. “O pai ausente não é só o vazio físico de uma figura que não tivemos; às vezes, é também alguém que, mesmo estando, não soube ou não quis exercer o seu papel. É uma ausência psicológica capaz de criar em uma criança diversas feridas emocionais”.

REFERÊNCIAS

CARDOSO, Jordana, VERÍSSIMO, Manuela. Estilos parentais e relações de vinculação.

Análise Psicológica, 31(4), 393-406. Disponível em:

http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312013000400006 MONDIN, E.M.C. (2008). Práticas Educativas Parentais e Seus Efeitos na Criação dos

Filhos. Argum. 2008 jul./set., 26(54), 233-244.

NORONHA, Marcela. Estilos parentais: Qual é o seu? 2021. Disponível em:

https://dramarcelanoronha.com.br/2021/02/estilos-parentais-qual-e-o-seu/#:~:text=Existem%20quatro%20tipos%20de%20estilos,%2C%20autorit%C3%A 1rio%20ou%20autoritativo%2Fdemocr%C3%A1tico

BEVILÁQUA, Clóvis. Código Civil comentado. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1916, pág. 332.

REFORMA TRABALHISTA E AS CONSEQUÊNCIAS AO TRABALHADOR Jéssica Gomes Freire da Costa63

Adelina Almeida Santos Silva64 Lavyrlle Alcântara Silva65 EIXO 2 - Interlocuções entre conhecimento e saber no campo das Ciências Sociais e Aplicadas.

Palavras-chave: Reforma Trabalhista. Direito Trabalhista. Trabalho.

1 INTRODUÇÃO

O direito do trabalho ou também conhecido como direito trabalhista é um direito do ramo privado, que traz grandes impactos na vida da sociedade brasileira. Através do trabalho o homem tem como satisfazer suas necessidades e vontades (MENDES,2018).

No Brasil foi concretizado e reconhecido o Direito trabalhista em 1930 no governo de Getúlio Vargas, que criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. O Brasil herdou traços escravocrata do período colonial e a partir desse momento da criação da justiça do trabalho ocorreu todos os avanços que nos levaram para nossa atual legislação trabalhista, a CLT (LUZ; SANTIN,2010). As leis trabalhistas servem para manter uma relação jurídica harmoniosa, já que em uma relação contratual de trabalho se tem um contrato bilateral ou sinalagmático, onde ambas as partes têm obrigações. Portanto as leis seguem estabelecendo e preservando dignidade do ser humano conforme prevalece a Constituição federal de 1988, e garantindo direitos e proteção.

Existem vários questionamentos sobre as mudanças que afetaram os trabalhadores, as suas consequências, seus benefícios e malefícios. Conforme a pesquisa em estudo será demonstrado as consequências e impactos da reforma trabalhista, evidenciando se a reforma veio para trazer melhorias nas condições de trabalho e como serão afetados os trabalhadores.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

631Graduanda do 6 º período de Direito, Faculdade São Luís de França, E-mail:

< jessicagfreiire@gmail.com> .

64Graduanda do 6 º período de Direito, Faculdade São Luís de França, E-mail:

< adelina.almeida@sousaoluis.com.br> .

65Graduanda do 7º período de Direito, Faculdade São Luís de França, E-mail:

< lavyrlle@gmail.com> .

A relação de trabalho com o homem existe desde o momento em que o homem sentiu a necessidade de efetuar tarefas em prol de benefícios de sobrevivência a muitos anos atrás.

Era um trabalho de forma exploratória onde ocorria o trabalho escravo, de forma desumana onde existia a dominação sobre a parte mais fraca em relação trabalhista (PESSOA, 2019).

Com o passar dos anos veio o Estado para intervir sobre essa situação, com o papel de deixar a sociedade em ordem e pleno equilíbrio com normativas, e ao decorrer dos anos essas normativas foi colocando em mais evidência o trabalhador até as atuais normativas (CARVALHO; CARVALHO NETO; GIRÃO, 2017).

No documento ANAIS – Mostra Científica 2022 (páginas 89-93)