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A ESTIMULAÇÃO DE UMA REDE DE JUÍZES DE JUIZADOS

2. A FORMAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS NO ESTADO DO RIO DE

2.5. A ESTIMULAÇÃO DE UMA REDE DE JUÍZES DE JUIZADOS

Para Thiago Ribas Filho, a organização dos encontros de juízes de juizados foi uma das principais iniciativas de sua presidência na comissão dos juizados e, em sua visão, uma inspiração para o FONAJE - Fórum Nacional dos Juizados Especiais. Na

98 verdade, embora o FONAJE (com essa sigla e denominação específicas) somente tenha sido instituído em 2001, já era fruto de uma iniciativa dos juízes em atuação nos juizados especiais cíveis e criminais de vários estados brasileiros, que fizeram sua primeira reunião em maio de 1997, no Rio Grande do Norte. O trabalho ali desenvolvido foi referido originalmente como “Encontro de Coordenadores de Juizados Especiais” e posteriormente como “Encontro Nacional de Juizados Especiais”, antes de se organizarem sob a sigla FONAJE, na sua X reunião111. Houve, portanto, sem dúvida, uma

continuidade entre o trabalho dos Encontros e do FONAJE e aquele foi certamente anterior às primeiras reuniões de juízes de juizados especiais no estado do Rio de Janeiro. Desde o início a administração do PJERJ prestigiou as reuniões do FONAJE, facilitando, junto com a AMAERJ - Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, a participação de um grupo representativo de juízes nos encontros que até hoje são semestrais e se revezam pelas cinco regiões do país. Dos encontros do FONAJE também saíam enunciados de entendimentos, que sempre foram acompanhados com atenção por juízes, advogados e interessados. Dentre tais enunciados, porém, muito mais do que os dos encontros dos juízes do Rio de Janeiro, era comum que se inserissem verbetes contendo verdadeiras exortações às administrações dos tribunais para que investissem nos novos órgãos, o que indica que, para os juízes de muitos estados, eles não estariam recebendo a atenção merecida. Veja-se, por exemplo, as proposições nºs 1, 2 e 3 do IV Encontro de Coordenadores de Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Brasil, realizado na Cidade do Rio de Janeiro entre 9 e 11 de novembro de 1998. As Proposições aduziam:

1. para cumprir suas relevantes tarefas, os Juizados Especiais devem ser estruturados em acomodações adequadas, com pessoal qualificado e Juízes com dedicação exclusiva nos Juizados e nas Turmas Recursais

2. Sugere‐se aos Tribunais de Justiça a criação de Coordenadoria Estadual de Juizados Especiais.

3. Recomenda‐se a realização de Encontros Estaduais para difusão das conclusões adotadas pelo Fórum Permanente dos Coordenadores de Juizados Especiais (Aviso nº 44/1998 – TJERJ)

Preocupação semelhante se manifestou no V encontro nacional:

I ‐ PROPOSIÇÕES DE CARÁTER GENÉRICO: 1 ‐ Reiterar, junto aos Tribunais de Justiça, a necessidade do funcionamento dos Juizados Especiais com Juízes Titulares e serventias próprias, com a estrutura material necessária a atender a demanda crescente e atual, em horário integral. 2 ‐ Incentivar a 111 Cf. HONÓRIO, LINHARES e BALDAN, 2017.

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importância da celebração de convênios com as Prefeituras e Universidades para criação de postos avançados de Juizados Especiais Cíveis, especialmente em Municípios que não sejam sedes de Comarca. 3 ‐ Buscar cooperação com as Escolas da Magistratura para que seus estagiários atuem como conciliadores nos Juizados Especiais, aproveitando‐se do seu conhecimento especializado e grande potencial. 4 ‐ Solicitar aos Presidentes dos Tribunais que suas Assessorias de Imprensa e seus órgãos de comunicação em geral, uma atenção maior aos Juizados Especiais, divulgando dados estatísticos, atos e decisões de maior interesse dos jurisdicionados, tornando esse segmento do Judiciário mais conhecido e confiável. 5 ‐ Propor aos Tribunais a criação de um Fundo de Aparelhamento dos Juizados Especiais, que lhes proporcione recursos financeiros para projetos, programas, encontros de estudos e troca de ideias sobre as matérias de sua competência. 6 ‐ Sugerir a redução do número de Turmas Recursais para maior concentração da jurisprudência e a alternância periódica de seus membros.

Descontadas as diferenças na conjuntura em que se realizavam os encontros estaduais e nacionais,112 o incentivo à participação nos encontros nacionais e estaduais de

juízes dos juizados especiais ajudava a criar uma rede de magistrados especializados na Lei nº 9.099/95 ou pelo menos familiarizados com ela, o que já era um grande passo se essa familiaridade significasse o reconhecimento de sua diferenciação em relação ao processo tradicional. Essa “construção de rede” foi um processo bem destacado no depoimento de Cristina Tereza Gaulia como uma das mais importantes etapas na construção dos juizados especiais cíveis, pois no seu entender, não apenas os cidadãos, mas também os juízes precisavam de mais informações sobre a proposta da lei dos juizados, especialmente na sua relação com a simplicidade do procedimento (GAULIA, 2018).

As reuniões dos juízes e os debates que sempre ocorriam nos encontros organizados pela comissão dos juizados permitiam que as principais dificuldades fossem pensadas por todos os presentes e as soluções e boas práticas fossem divulgadas, harmonizando os entendimentos e criando uma cultura diferenciada para os juizados, bem como, de modo relativamente democrático, uma escuta da administração dirigida à

112 Um episódio pode servir para ilustrar essas diferenças: no II Encontro de Juízes de Juizados Especiais Cíveis e de Turmas Recursais Cíveis: logo na abertura, Thiago Ribas Filho mencionou que estava vindo diretamente da cidade de São Paulo, onde estava sendo realizado o encontro nacional e que nenhum membro da administração do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo esteve presente prestigiando o evento e, para provocar, ao se despedir dos presentes na reunião, Ribas (que exercia o mandato de Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro) fez questão de informar que estava vindo para o encontro do Rio de Janeiro, onde estariam presentes – e efetivamente estiveram – todos os principais integrantes da administração do TJERJ, o Presidente, desembargador Humberto de Mendonça Mannes, o Corregedor-Geral de Justiça, desembargador Paulo Gomes da Silva Filho o 1º Vice-Presidente, desembargador Wilson Santiago e o 3º Více-Presidente, desembargador Semy Glanz, além dos desembargadores Sergio Cavalieri Filho, Diretor da Escola da Magistratura e Leila Mariano, Diretora da Escola de Administração Judiciária. Vale dizer que a Corregedoria-Geral de Justiça de Paulo Gomes contava com o apoio de 3 (dentre 6) juízes auxiliares que já tinham servido no sistema dos juizados especiais: Luís Felipe Salomão, Antônio Saldanha Palheiro e Cristina Tereza Gaulia.

100 realidade e à experiência vivenciadas pelos juízes no primeiro grau de jurisdição. Talvez seja nesse sentido que se deva compreender a alusão de Ribas Filho aos encontros estaduais como “inspiração” para o FONAJE.

No I Encontro de Juízes de Juizados Especiais Cíveis e Adjuntos do Interior, por exemplo, os trabalhos foram organizados de forma a privilegiar a visão dos juízes sobre problemas referentes à administração dos juizados e, a partir dessa visão, extrair práticas que poderiam vir a ser incentivadas pela administração do PJERJ e replicadas para outros órgãos do sistema.

Os participantes foram divididos em grupos, cada um identificado por uma cor (rosa, amarelo, azul e verde) e a cada um foram fornecidos alguns temas bem abertos (temas administrativos e temas jurídicos) para que os juízes, primeiro individualmente e depois em grupo, levantassem os principais problemas e suas soluções que seriam levadas posteriormente a uma reunião plenária quando as propostas de enunciados administrativos seriam votadas por todos.

Nesse encontro, os temas administrativos dados aos grupos foram: (i) a relação juiz-conciliador;

(ii) a dinâmica da conciliação;

(iii) a dinâmica da audiência de instrução e julgamento;

(iv) o que evitar em primeiro grau para facilitar o julgamento das turmas recursais;

(v) a relação juiz-cartório;

(vi) o juiz e a administração dos juizados;

(vii) organização cartorária e divisão de tarefas; e (viii) informatização dos juizados.

Os temas jurídicos foram:

(i) acidentes de automóveis;

(ii) pontos de estrangulamento no processo de conhecimento; (iii) pontos de estrangulamento no processo de execução; (iv) variação cambial dos contratos de ‘leasing’;

(v) valoração do dano moral;

(vi) cobrança indevida de cartão de crédito;

101 (viii) ações visando condenação de companhia telefônica local para instalação

de linhas;

(ix) ações diversas envolvendo crédito concedido por instituição financeira; (x) inclusão indevida de nome em serviço de proteção ao crédito; e

(xi) conflitos de vizinhança e condomínio113.

Pelo depoimento extraído das filmagens dos trabalhos, os juízes aprovavam as reuniões e a metodologia de trabalho e se sentiram prestigiados pela administração ao serem chamados para serem ouvidos e poder passar suas experiências na atuação junto aos juizados especiais e turmas recursais114.

A construção dessa rede de juízes dependia também da multiplicação dos juizados especiais, que teria sido, para Gaulia, a primeira estratégia da comissão dos juizados. Em um momento inicial, ela envolveu uma modificação da mentalidade gerencial do PJERJ, que ousou instalar os primeiros juizados mesmo diante da falta de estrutura e especialmente de espaços nos prédios dos tribunais e fóruns regionais. Não havendo sala, alugava-se uma, ou, como lembrou o desembargador Thiago Ribas Filho, convencia-se os prefeitos a emprestarem salas em prédios e terrenos públicos municipais, contornando- se desse modo a dificuldade.

Talvez essa disposição – atribuída por Cristina Gaulia à visão “altamente

progressista” dos membros da comissão – tenha sido o grande diferencial de estados

como o Rio de Janeiro em relação a outros cujo poder judiciário não via “como

obrigação” a instalação dos juizados especiais. Isso fazia com que, nos encontros do

FONAJE, Ribas (que geralmente presidia as delegações do Rio de Janeiro como presidente da comissão) fosse visto com admiração pelos juízes, especialmente quando comunicava a instalação de mais um novo juizado no estado do Rio de Janeiro, enquanto outros estados ainda contavam com apenas um único juizado especial cível em toda a sua extensão territorial (GAULIA, 2018).

Outro aspecto do qual dependia a criação de uma rede de juízes com afinidade com os juizados especiais era o cuidado na movimentação dos magistrados pelos juizados e turmas recursais.

113 OLIVEIRA, Ana Maria Pereira. Painel inicial. Encontro de Juízes de Juizados Especiais Cíveis e Adjuntos Cíveis do Interior, 1, 1999, 5 DVD.

114 OLIVEIRA NETO, Arthur Narciso de. Debates. Encontro de Juízes de Juizados Especiais Cíveis e Adjuntos Cíveis do Interior, 1, 1999, 5 DVD.

102 A movimentação dos juízes em geral é uma das tarefas mais delicadas e trabalhosas da administração do poder judiciário e, no Rio de Janeiro, sempre foi atribuição da presidência, que dispõe do auxílio de todo um departamento especializado nesse trabalho, hoje denominado DEMOV – Departamento de Movimentação de Magistrados.

É importante registrar que os juízes titulares de um determinado cargo são inamovíveis, ou seja, não podem ser removidos desse cargo a não ser voluntariamente ou por força de sanção em processo administrativo disciplinar. Assim, normalmente, os juízes titulares sempre estarão em atuação nos seus juízos e varas, não havendo necessidade de movimentação. Ocorre que há sempre juízos vagos, com cargos não preenchidos de titular, ou com juízes titulares de férias ou licenças, pelo que o departamento de movimentação precisa anotar essas vacâncias e sugerir a designação de substitutos. Tais substitutos podem ser juízes titulares de outros juízos ou juízes em fase inicial da carreira que, não sendo ainda titulares, ocupam um cargo que prevê seus deslocamentos para as unidades onde há cargos vagos.

O serviço executado pelo DEMOV constitui-se principalmente de um planejamento mensal que segue a escala de férias e licenças dos juízes e a lista de vacâncias, além de um acompanhamento diário das ocorrências envolvendo juízes, de modo a assegurar ininterruptamente o preenchimento das vacâncias.

Até a criação da COJES era costume que o Presidente do TJERJ delegasse a um juiz auxiliar ou a um desembargador de sua confiança a tarefa de supervisionar o trabalho do DEMOV. Quando a comissão começou a funcionar, assumiu a tarefa de propor a movimentação mensal dos juízes dos juizados especiais e das turmas recursais115.

Thiago Ribas Filho e Cristina Tereza Gaulia afirmaram que, em uma fase inicial, a comissão dos juizados tinha grande liberdade de atuação nesse ponto. A movimentação dos juízes era sugerida e normalmente acolhida pelo Presidente, a quem competia formalmente assinar os respectivos atos. Ribas destacou não se lembrar de ocasião em que as sugestões de sua comissão tenham sido rejeitadas pela presidência (“nunca soube”), mas fez questão de ressaltar que isso se devia a uma harmonia de propósitos, o que é mais uma indicação da disposição de todo a administração em apoiar os juizados especiais (RIBAS FILHO, 2018).

115 Posteriormente, a Comissão de Apoio à Qualidade dos Serviço Judiciais – COMAQ passou a supervisionar a movimentação dos demais juízes.

103 Como eram escolhidos esses juízes?

Nas palavras de Joaquim Domingos de Almeida Neto sobre a liberdade da comissão nos processos de promoção e remoção de juízes e indicação para as turmas recursais:

(...) formalmente não, mas informalmente tinha, até porque os membros da comissão estavam no Órgão Especial pela hora da escolha e, sabiam apontar quem era... quem iria fazer um caos no juizado e quem iria produzir. Isso eles tinham a noção perfeita. Na indicação da Turma Recursal, o sistema de livre escolha, deu certo enquanto você tem na comissão pessoas que entendem o juizado. Se eu tiver na comissão, um desembargador que nunca teve afinidade com o sistema ou que desconhece o sistema ou que despreza esses princípios, você pode ter uma escolha equivocada. E a gente também tinha uma facilidade muito grande na época, você não tinha nenhuma vantagem pecuniária por estar na turma recursal... (ALMEIDA NETO, 2018).

Em seus depoimentos, ao mesmo tempo em que pareceram evitar o reconhecimento de uma arbitrariedade na escolha dos juízes que atuariam nos juizados e turmas recursais, Ribas e Gaulia indicaram que a comissão observava a atuação dos juízes em seus contatos com os juizados cíveis e promovia certos ajustes. Gaulia (para quem a opção que fizeram alguns estados de, em lugar de criar cargos de juízes para os juizados deixarem que os juízes de varas cíveis os acumulassem, era o “pior dos mundos”) referiu- se ao caso de colegas que concorriam para uma vaga em juizados, ganhavam e depois “não queriam” ou “não eram bons” e, como aduziu Ribas, eram “com jeitinho

substituídos” (GAULIA, 2018; RIBAS FILHO, 2018).

Ao que parece, as turmas recursais tinham uma importância estratégica reconhecida. Na concepção de Gaulia, deveriam ser compostas apenas por juízes do sistema dos juizados e embora não tenha sido essa a proposta que prevaleceu, nos momentos iniciais dos juizados foi o que se tentou fazer, pois seria como “cortar o sistema

em duas partes”, causando uma “desconformidade total”, deixar que juízes atuantes

apenas nas varas cíveis compusessem as turmas recursais (GAULIA, 2018). Cavalieri Filho é da mesma opinião:

Eu achava que turma recursal tinha que ser juízes de juizado especial, com essa cabeça, com essa visão, com essa percepção, porque, se não, solta lá, amarra aqui... E com o correr do tempo, o Thiago cedeu e começamos a criar turma recursal aqui, fizemos no interior e depois decidimos: temos que fundir tudo (...) mas nesse sistema... eram juízes escolhidos a dedo, pela produtividade (CAVALIERI FILHO, 2019).

104 Talvez tenha sido esse um dos motivos que levaram a administração a concentrar as turmas recursais na capital, retirando-as do interior.

Como vimos, não foi essa a motivação do ato administrativo que a originou. Seja como for, a configuração das turmas recursais não era compatível com as pressões institucionais que prevaleciam na época, pelo que o caminho da legitimidade era a definição das turmas recursais pela COJES.

Ademais, a configuração das turmas recursais não se mostrava eficiente, chocando-se contra outra pressão institucional.

A gestão e controle dos recursos e a realização das sessões ficava muito mais difícil quando esses recursos eram dirigidos às diversas turmas recursais existentes por todo o estado. A lista era grande e sua enumeração mostra a complexidade da movimentação dos recursos116.

116 Assim ficaram definidas as turmas recursais por região: na 2ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Niterói e a Turma Recursal Cível dos feitos de Maricá; na 3ª Região Judiciária: a Turma Recursal Cível de São Gonçalo; na 4ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Nova Iguaçu, a Turma Recursal Cível dos feitos de Belford Roxo; na 5ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Magé e a Turma Recursal Cível dos feitos de Duque de Caxias; na 6ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Nilópolis e a Turma Recursal Cível dos feitos de São João de Meriti; na 7ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Petrópolis; na 8ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Volta Redonda e a Turma Recursal Cível dos feitos de Rio Claro; na 9ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Barra Mansa e a Turma Recursal Cível dos feitos de Resende; na 10ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Valença, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Piraí e a Turma Recursal dos feitos de Barra do Piraí; na 11ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Paraty, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Angra dos Reis, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Itaguaí e a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Mangaratiba; na 12ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Três Rios, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Paraíba do Sul, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Sapucaia e a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Rio das Flores; na 13ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Teresópolis; na 14ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Santa Maria Madalena, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de São Sebastião do Alto, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Duas Barras, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Sumidouro; a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Carmo; a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Bom Jardim; a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Cantagalo; a Turma Recursal Cível dos feitos de Nova Friburgo; a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Trajano de Moraes; e a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Cordeiro; na 15ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Rio Bonito, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Itaboraí e a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Cachoeira de Macacu; na 16ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Macaé, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Casimiro de Abreu, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Silva Jardim e a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Conceição de Macabu; na 17ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Araruama, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Saquarema, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Arraial do Cabo e a Turma Recursal Cível dos feitos de Cabo Frio; na 18ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível dos feitos de Campos, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Paraíba do Sul, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de São João da Barra e a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de São Fidélis; na 19ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Natividade, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Porciúncula, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Bom Jesus do Itabapoana e a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Itaperuna; na 20ª Região Judiciária, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Cambuci, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Itaocara, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Laje do Muriaé, a Turma Recursal Cível e Criminal dos feitos de Miracema e a Turma Recursal

105 A Resolução nº 03/1997 – CM dispunha sobre os juízos cujos juízes em exercício formariam cada uma das turmas recursais.

A exaustiva enumeração das turmas e de sua composição já indica a complexidade de sua operação. O grande número de pessoas envolvidas tornava bastante provável que uma sessão se frustrasse em razão de impedimentos eventuais dos magistrados envolvidos.

Em pronunciamento feito ao Fórum Permanente dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, na Escola da magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ, o juiz Paulo Mello Feijó contou que na época da descentralização, o pequeno número de recursos a

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