• Nenhum resultado encontrado

Estratégia Metodológica

No documento Dissertação Sara Vieira (páginas 115-118)

Para a realização da dissertação, foi realizado um processo de pesquisa documental, uma vez que foram levantados dados em livros, documentos e artigos de opinião, bases de dados da NYSE Euronext Lisbon, CMVM e Bancos de Investimento. A pesquisa foi também descritiva, pois a investigação requer dados de uma realidade específica. Os métodos de investigação utilizados neste estudo foram o histórico e o comparativo, uma vez que se recorre a dados numéricos desde 2006 a 2011 com o intuito de, posteriormente, proceder à sua aplicação no modelo e comparar esse resultado com as valorizações calculadas com esses mesmos dados para todos os anos em estudo. A metodologia abordará o mercado financeiro português e modelos possíveis para a previsão da valorização dos títulos financeiros.

IV.5.1 Dados Secundários - Análise Documental

Os dados para a investigação provêm da NYSE Euronext Lisbon, nomeadamente cotações diárias das empresas em estudo; taxa Euribor a 12 meses; preços-alvo para as empresas em determinados períodos de bancos de investimento tais como o Banco Invest, Caixa BI, BES Research, Millenium BCP Research; valor das capitalizações bolsistas para todos os anos em estudo provenientes dos sites oficiais na Internet de cada empresa, havendo excepções para um pequeno número devido à falta de disponibilidade por parte dessas mesmas empresas; valores do PIB reais e da inflação em percentagem, e valores estimados para os mesmos, publicados pelo Banco de Portugal.

103

Os preços-alvo escolhidos para a elaboração do quadro de ponderação foram encontrados geralmente em relatórios de bancos de investimento tais como Caixa Banco de Investimento, BES Research e Millenium Resarch, entre outros. Devido à falta de informação por parte destes, o mesmo quadro foi complementado com informação presente em ediçoes diárias de jornais económicos portugueses nos respectivos anos. Tentou-se relacionar os preços-alvo que mais se aproximassem do final de cada ano abordado e rondando o mês de Outubro, pelo que poderão existir excepções devido à escassez de informação disponibilizada. Os valores das capitalizações bolsistas seguem também o mesmo critério de final de ano havendo aqui também excepções, ou seja, considerou-se outro mês nesse ano.

Repare-se que a consituição do PSI 20 varia de ano para ano, em 2006 a Sonae Indústria entra na composição do índice, substituindo a Media Capital, anunciado pela Euronext Lisboa, A REN substitui a Cofina em Setembro de 2007, a Soares da Costa integra o índice também neste ano, em substituição da Novabase. Em 2008 a Soares da Costa sai e a EDP Renováveis passa a integrar o índice. De 2009 para 2010 a Teixeira Duarte, dá lugar à INAPA, que detém nessa altura uma liquidez superior; também nesse mesmo ano, a Teixeira Duarte entra substituindo a Impresa, de 2010 para 2011 o Banif substitui a INAPA que perde quase 50% do seu valor em bolsa num ano, passando a existir assim quatro bancos no PSI 20. No anexo 2 podemos verificar a evolução das cotações das empresas objecto de estudo.

IV.5.2 Dados Primários

Para aplicar integralmente o modelo CAPM com os dados recolhidos, apresentados no ponto anterior, criou-se em Excel, uma tabela onde se relacionaram os valores das cotações diárias e anuais de cada empresa objecto de estudo e do índice português de acções, o PSI 20 e as suas respectivas valorizações, ou seja, variação ou taxa de crescimento em relação ao ano anterior, para o horizonte temporal considerado, ver anexo 2.

Com estas valorizações obteve-se a covariância entre mercado geral PSI 20 e das acções de um título, a variância do mercado geral e o beta mensal e anual para cada

104

empresa separadamente, ver anexo 3. Para cada ano em estudo elaborou-se uma tabela na qual se incluiram a capitalização bolsista de cada empresa; o preço-alvo do final do ano para um horizonte temporal de doze meses; a cotação para o final do ano e sua valorização, com a qual se conhece o retorno esperado do título; a diferença (em percentagem) entre esse preço-alvo e o preço actual indica o valor que o mercado espera que o título valorize, i.e. a rendibilidade esperada do título para se usar no CAPM. O preço-alvo é o preço espectável para o ano inteiro seguinte. Depois disto, para cada um dos títulos fez-se a ponderação dos preços-alvo, verificando o anexo 4, na última coluna tem-se a “Ponderação” (o peso de cada empresa no PSI 20) entre a valorização esperada e a capitalização bolsista de cada empresa, e no qual a soma dessas ponderações permite chegar ao valor do rendimento do mercado, componente importante para o modelo, que depois da soma destes vinte resultados tem-se a rendibilidade esperada para o PSI 20. A rendibilidade esperada do mercado é a média ponderada das rendibilidades esperadas de todos os preços-alvo do PSI 20, também nesse horizonte temporal. A taxa de juro sem risco considerada foi a taxa Euribor 12 meses (anexo 5) finalizando assim os elementos necessários à aplicação do modelo. Usa-se a taxa de juro do dia do preço da acção e preço-alvo, que neste caso será o último dia do ano. Através das cotações do último dia do ano calculou-se a sua variação para o ano anterior e verificou-se a valorização real para cada título em cada ano. Desta forma tem-se um termo de comparação entre valores calculados e reais para a construção de uma conclusão em relação à aplicação deste modelo.

Para o modelo APT considerou-se também a valorização esperada (rentabilidade

esperada para o título) calculada através da cotação e preço-alvo para cada empresa

no modelo CAPM; os valores do PIB (ver anexo 11) e as suas previsões para cada ano; o valor da inflação e suas previsões para cada ano; o desvio entre cada um destes factores e a sua previsão; calculou-se a variância para os valores do PIB e da inflação à qual se juntou a covariância entre cotações e valores dos factores, separadamente, para o PIB considerou-se a valorização da cotação para cada empresa em todos os anos, pelo facto dos valores do PIB serem taxas de variação entre dois anos e para a inflação considerou-se os valores das cotações em si. Através da divisão entre estes dois elementos obteve-se o beta que representa a sensibilidade da taxa de rentabilidade do activo face a cada um dos factores. A fórmula de cálculo deste modelo é um somatório de todos os factores considerados (ver anexos 12 e 13).

105

Para os dois modelos foi efectuada uma análise comparada em busca de padrões entre os valores obtidos.

No documento Dissertação Sara Vieira (páginas 115-118)

Documentos relacionados