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5 O ESTUDO DE CASO DA INCUBADORA DE EMPRESAS DE

5.3 ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL E MÉTODO DE TRABALHO

Empresas Incubadas Status

João Corsi Netto ME – EAG Artes Gráficas RESIDENTE

Airton Vicente ME – Calçados Raquel Dias RESIDENTE

Silvia Visciano Rodrigues ME –Silvia Visciano Calçados RESIDENTE

P S de Macedo Confecções ME – Patty Calçados RESIDENTE

Tiago Gioseffi da Silva Me – VNT Embalagens DESISTENTE

Ana Carolina Firmino ME – Ana Carolina Embalagens RESIDENTE Arte Munhoz Produção de Clichês Ltda. ME – Arte & Clichê RESIDENTE

Matos e Mancini Ltda. Me – MM Metais RESIDENTE

Claudemir Neris ME – Agatha Shoes RESIDENTE

Parizzy Industria e Comércio de Calçados Ltda. ME -Parizzy Calçados. RESIDENTE Ana D`Piomi Industria de Calçados Ltda. ME – Ana D`Piomi Calçados ASSOCIADA Razão Social: Alexandre Carrozza ME – Dogma Studio ASSOCIADA

5.3 ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL E MÉTODO DE TRABALHO DA INCUBADORA DE EMPRESAS DE JAÚ

Segundo o relatório semestral28 apresentado ao SEBRAE-SP em dezembro de 2009 destaca-se a estruturação e o estágio da incubadora de empresa de Jaú.

28 Relatório de Avaliação Semestral (2º semestre de 2009) apresentado ao SEBRAE-SP. Elaborado pelo Gestor da Incubadora.

O Conselho Gestor tem a responsabilidade sobre o planejamento e a gestão da incubadora de empresas, sendo o responsável pela administração e prestação de contas do orçamento (SEBRAE, 2009). Representantes do Conselho Gestor da Incubadora de Empresas de Jaú: SEBRAE-SP (Escritório Regional Bauru), Sindicato da Indústria de Calçados de Jaú (Entidade Gestora do Programa de Incubadoras de Empresas), Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município de Jaú), Gerente do Projeto Incubadora de Empresas de Jaú (Secretário do Comitê).

O Papel das Entidades que compõem o Conselho Gestor da Incubadora são mencionados seguir:

SEBRAE-SP

O SEBRAE-SP juntamente com a FIESP foram as entidades que atenderam o pedido “político” da Prefeitura Municipal de Jaú para instalação da Incubadora de Empresas. Através destas entidades houve a celebração de um convênio que possibilitou a implantação desse projeto na localidade. O SEBRAE-SP através de Convênio específico passou a partir de abril de 2005 a repassar recursos financeiros (aprovados na proposta de convênio) à FIESP (período de abril de 2005 a nov de 2007), e a partir de Nov 2007 a Abril de 2010 os recursos foram repassados ao SINDICALÇADOS (Convênio nº 123/2007). O SEBRAE-SP foi durante todo o período de funcionamento da Incubadora de Empresas de Jaú, o maior financiador para o programa na localidade. Esta entidade era responsável pelo pagamento do aparato de Gerenciamento da Incubadora (remuneração do gerente, capacitação da gerência, despesas de viagens do gerente), pelo suporte financeiro para pagamentos de consultorias (de acesso a mercado, acesso a tecnologia e gestão empresarial), cursos, treinamentos, workshops, visitas técnicas (subsídios de transporte aos empresários), participação em feiras comerciais (aquisição de estandes era totalmente subsidiada), além de diversos projetos das empresas incubadas para desenvolvimento de novos produtos e coleções.

O rompimento do convênio por parte do SEBRAE-SP em abril de 2010 (denuncia do Convênio com Incubadoras de Empresas do Estado de São Paulo pelo SEBRAE-SP) ocasionou uma ruptura na fonte de recursos financeiros para a Incubadora de Empresas de

Jaú. , No período (a partir de abril de 2010) em que a Incubadora permanece sem o apoio do SEBRAE-SP, o programa passa por sérias restrições orçamentárias, bem como, com o esfriamento da atuação da gestora, e do poder público municipal. Nesse período várias empresas foram graduadas, pois estavam preparadas e dispostas a assumir um novo caminho empresarial, outras porém mantiveram-se no programa, sem ao tanto ter o principal apoio do SEBRAE-SP. Houve a retirada da empresa de gerenciamento da incubadora (Eginc), da estrutura de secretaria, telefones, faxs, internet, sem que alguma outra entidade tivesse suprido esse papel. O SEBRAE-SP de acordo com o estipulado no convênio 2009-2010 era responsável pelo aporte de 50% dos recursos totais do programa na localidade.

Prefeitura Municipal de Jaú

A Prefeitura Municipal de Jaú, de acordo com o convênio que foi celebrado com o SEBRAE-SP, fica responsável por disponilizar a infraestrutura necessária para a instalação do Projeto Incubadora de Empresas no município de Jaú. A prefeitura através de um termo de cessão de uso colocou à disposição da entidade gestora do programa um prédio comercial, com instalações elétricas individualizadas, telefonia, suprimentos de água e esgoto, entre outras necessidades previstas na proposta de convênio. No final de 2009 para dar maior suporte e apoio ao Programa no município e após várias solicitações dos atores29 envolvidos a Prefeitura Municipal de Jaú passou a agir para providenciar a mudança da Incubadora para instalações que estivessem adequadas ao programa. O poder público alugou um novo prédio em março de 2010, e passou a preparar as instalações para a implantação da “nova” incubadora de empresas de Jaú.

Entidade Gestora

A Entidade Gestora era a responsável pela administração e prestação de contas dos recursos do convênio. Nas rubricas previstas no convênio, algumas eram diretamente supridas com recursos da entidade gestora A infra-estrutura prevista nos convênios celebrados pelo SEBRAE-SP e as entidades gestoras não foi integralmente cumprida, visto que, serviços previstos como segurança, monitoramento nunca foram instalados. A

entidade gestora administra também as despesas operacionais da Incubadora, mantendo através do controle do pagamento do rateio de despesas o fornecimento de energia elétrica, água, telefone, internet, serviços de limpeza entre outros. O pagamento das despesas operacionais é de responsabilidade dos empresários incubados, sendo a inadimplência umas das motivações para rompimento do processo de incubação.

A Documentação exibida e elaborada para Assinatura do Convênio entre as Entidades do Conselho Gestor:

1. Termo de Compromisso de Comitê Gestor da Incubadora de Empresas de Jaú (ANEXO 02);

1. Proposta de Projeto – Modelo Obrigatório (ANEXO 03); 2. Estatuto Social (ANEXO 04);

3. Modelo Financeiro: Fontes de Desembolso;30 4. Plano de Negócios Incubadora;31

5. Regimento Interno (ANEXO 05); 6. Documentação do Prédio da Incubadora

 Termo de Cessão de Uso, no caso de instalações cedidas por outras entidades (no caso específico de Jaú, o prédio era alugado pela Prefeitura Municipal e cedido a Entidade Gestora;

 Documentação Legal do Prédio, na qual deve constar a regularidade das instalações;

 Na proposta de Projeto obrigatório estão elencados todas as obrigações das entidades parceiras com relação as instalações da Incubadora.

O Acompanhamento técnico administrativo da Incubadora de Empresas de Jaú é conduzido seguindo:

 Orientação na Pré-incubação: atendimento de balcão pelo Gestor (Gerente), com apresentação do Programa Incubadora de Empresas;

30 Convênio 2009/2010. Constituído pelas rubricas, obrigatórias, orçadas e aprovadas para a Incubadora de Empresas de Jaú, com previsão de colocação de recursos da ordem de 50% para o SEBRAE-SP e 50% para o Sindicalçados.

 Encaminhamento e apoio para a elaboração do Plano de Negócios (Documento Meu Negócio base para a análise do projeto);

 Análise do Plano de Negócios – 1º estágio, obrigatório para ingresso na Incubadora de Jaú;

 Revisão do Plano de Negócios/Oficina de Plano de Negócios: a partir do Projeto inicial, o consultor de Plano de Negócios, reavalia e define com o Empresário as metas iniciais da empresa. Além de definir o cronograma das ações nos primeiros meses na Incubadora (a definição de metas e objetivos, e o cronograma, variam conforme o projeto e o próprio empresário);

 Plano de atendimentos de Consultorias nas áreas de Finanças, Marketing: atendimentos mensais com Equipe de Consultores estabelecidos, estes são os responsáveis, juntamente com o Gerente da Incubadora de analisar as metas e os planos de desenvolvimento das empresas incubadas. No campo da Consultoria, estes consultores devem ter total interação com o empresário, visto que, são co-responsáveis pelo desempenho da empresa incubada. Evidentemente, sem que haja a ingerência nas empresas incubadas. Dados oficiais de faturamento e postos de trabalho devem ser repassados pelos empresários incubados. Análise econômico financeira, bem como, uma série de medições de desempenho são solicitadas aos consultores, tendo como objetivo único a incorporação destas ferramentas de gestão pelo empresário incubado.32

 Plano de Consultorias nas áreas de Gestão da Qualidade, Apoio a Programação e Melhoria da Produção, técnicas de produção, qualificação produtiva. Neste aspecto a Incubadora de Jaú, de abril de 2005 a dezembro de 2010, contou com a parceria técnica do SENAI (Jaú).

 Cursos e treinamentos: Sistema de Gestão Empresarial (SGE) SEBRAE- SP, série de cursos e treinamentos de gestão empresarial disponibilizados como recurso econômico do SEBRAE.

 Cursos, treinamentos, workshops, e demais Ações do APL do Calçado Feminino de Jaú;

 A Entidade Gestora – Sindicalçados associou graciosamente todas as empresas incubadas do setor de calçados femininos, além das empresas de

32 Segundo SEBRAE 2008, umas das principais causas do fechamento das MPEs é a falta de ferramentas de gestão incorporadas à administração da Empresa.

componentes, e de serviços complementares. Com isso os empresários incubados associados contavam com o apoio técnico representativo do Sindicato da Industria de Calçados de Jaú, com seus serviços essenciais ao setor;

 Participação em Feiras de Negócios, missão empresarial e ou visitas técnicas. A Incubadora de Jaú na rubrica Ações de Acesso a Mercado buscou recursos que permitem a inserção das empresas incubadas através da participação das empresas incubadas em feiras de negócios e visitas técnicas.

5.4 INFRA-ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA INCUBADORA DE