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No documento Gestores RELATO experiência (páginas 35-61)

O início do curso ocorreu em agosto de 2005, mediante um encontro presencial (Módulo I) antecedido de um ato político, com a presença de autoridades locais e de representantes do MEC, devido à importância da instalação de um curso dessa natureza e da sua relevância no conjunto de políticas implementadas, visando garantir cada vez mais a qualidade da educação básica no País.

nos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) garantiram a efetiva participação dos cursistas, ajudando-os a superar toda sorte de dificuldades detectadas ao longo do curso.

Cada turma de 40 cursistas esteve acompanhada por um professor orientador e quatro professores assistentes (um orientador e quatro colaboradores por estado), além dos coordenadores estaduais e coordenadores municipais que garantiram a infra-estrutura.

Foram realizados em Brasília, em junho de 2005, uma reunião para apresentar o curso aos coordenadores estaduais e municipais e um encontro com os professores orientadores, para que eles recebessem orientações dos consultores sobre o conteúdo e iniciassem a integração do trabalho com os professores tutores, chamados de professores assistentes. Alguns Estados enviaram representantes das universidades locais, convidados a participar como observadores e, eventualmente, colaborar na implantação do Projeto Piloto, preparando-se para uma atuação mais efetiva nas etapas de disseminação.

O que é o Programa

Pretendeu-se também proporcionar aos gestores participantes do Programa espaços sistemáticos de reflexão conjunta e investigação, no contexto da gestão escolar, acerca das questões enfrentadas pelo coletivo, bem como propiciar a discussão e reflexão sobre os problemas da gestão escolar, da articulação do projeto político- pedagógico com a proposta curricular, e das formas de mobilização da comunidade em torno de um projeto social e educativo de escola.

O curso semipresencial proposto lançou mão de toda a metodologia necessária (estudos individuais, discussões em grupos, atividades de pesquisa, elaboração coletiva do Projeto de Gestão Escolar, etc.). Isso se fez necessário para que os objetivos de aprendizagem fossem alcançados com qualidade, minimizando as dificuldades, desmotivações ou o sentimento de isolamento que os cursistas pudessem apresentar na leitura e estudo individual do material impresso ou no manuseio do computador.

A finalidade mais ampla do Programa foi a de elevar a competência dos gestores e sua capacidade de compreensão e intervenção sobre a realidade da escola sob sua direção, considerando a realidade social, política, econômica e cultural na qual está inserida.

A partir desses objetivos, entende-se que a formação do gestor deve contribuir para desenvolver nesse profissional a habilidade de integrar e motivar todas as equipes, visando garantir a melhoria dos processos de trabalho na escola e, conseqüentemente, nos resultados esperados dessa instituição.

O total de gestores escolares existentes no Brasil é de aproximadamente 174 mil, número correspondente à quase totalidade de escolas públicas atendidas e que oferecem educação básica nos sistemas estaduais e municipais nas cinco regiões do País.

De acordo com dados do Censo Escolar 2004,4 das “[...] 174.896 escolas

públicas brasileiras, 105.892 têm diretoria e 69.004, não”.

4 A opção pelo conceito de gestor deveu-se ao fato de que muitas escolas não possuem a figura

de diretor escolar.

Tabela 1 – Número de escolas de educação básica que possuem diretor por rede de ensino, segundo as Regiões Geográficas – Brasil 2004

Fonte: Censo Escolar 2004. Informativo Inep, ano 3, nº 72, divulgado em 12/1/2005.

O Censo Escolar revelou, também, importantes dados sobre o grau de formação dos diretores escolares, por região geográfica, como mostra a Tabela 2.

51.473 77

6

Total geral Rede

Pública Privada

Unidade geográfica

Total Sim Não

Total Sim Não Total Sim Não

Brasil 210.095 139.118 70.9 174.896 105.892 69.004 35.199 33.226 1.973 Norte 26.197 9.451 16.746 24.889 8.294 16.595 1.308 1.157 151 Nordeste 89.261 37.788 78.924 41.828 37.096 10.337 9.645 692 Sudeste 57.553 47.444 10.109 41.026 31.670 9.35 16.527 15.774 753 Sul 26.778 21.624 5.154 22.100 17.271 4.829 4.678 4.353 325 Centro-Oeste 10.306 9.126 1.180 7.957 6.829 1.128 2.349 2.297 52

Tabela 2 – Número de diretores de escolas de educação básica por grau de formação, segundo as Regiões Geográficas – Brasil 2004

Fonte: Censo Escolar 2004. Informativo Inep, ano 3, nº 72, divulgado em 12/1/2005.

Considerando questões como nível de formação e interesse dos cursistas, pensou-se que o desenho curricular do curso deveria prever sua oferta em dois formatos: extensão – sem pré-requisito, obedecendo a formação e a vontade do cursista em se atualizar; caso já tenha formação na área será oferecido um curso em nível de especialização.

O cursista deveria poder, no caso de extensão, cursar qualquer conteúdode seu interesse, fazendo o seu próprio itinerário formativo. Assim, o curso teria, inicialmente, a duração de aproximadamente cem horas, sendo aberta a possibilidade de continuação, completando no mínimo 375 horas. Essa proposta de formação não foi levada a efeito no Projeto Piloto, mas poderá ser adotada no curso a ser implantado futuramente, a partir da conclusão desse Projeto Piloto.

- Pós Oeste 37.523 5.099 60.058 31.940 3.464 466 3.135 2.092 23.365 1.887 16.340 7.589 5.389 1.738 30.708 8.678 642 6.488 9.935 - Total geral Unidade

geográfica Total Fund.

incompleto Fund. completo Médio s/ magistério Médio c/ magistério Superior s/ licenciatura Superior c/ licenciatura grad. Brasil 139.118 394 838 3.266 Norte 9.451 5 59 230 Nordeste 51.473 219 469 1.604 Sudeste 47.444 116 171 644 Sul 21.624 43 119 471 3.926 Centro 9.126 11 20 317 1.379 366 3.387 3.646

Objetivos do Programa

Entre os objetivos propostos, podemos destacar:

propiciar formação continuada ao gestor escolar para o efetivo exercício da liderança como mediador, integrador e catalisador dos esforços da escola como um todo para a realização de suas propostas educativas;

desenvolver instrumentos para a qualificação dos processos e procedimentos da gestão escolar, tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino;

oportunizar o conhecimento e a aplicação de processos de trabalho com a utilização da tecnologia como ferramenta gerencial no cotidiano da escola;

assegurar processos de gestão escolar compatíveis com a proposta e a concepção da qualidade social da educação; e

incorporar a formação continuada como princípio organizativo da prática profissional dos gestores escolares.

Avaliação do desempenho dos gestores-cursistas

A avaliação do gestor-cursista visou ao mapeamento do seu desenvolvimento profissional durante o Programa. Por possuir um caráter dinâmico, procurou detectar os avanços e as necessidades de intervenções para correção dos percursos no processo de aprendizagem em sua formação. Caracterizou-se, assim, como um

processo formativo, com foco na perspectiva qualitativa, permanente e contínua da avaliação.

As avaliações processuais consideraram as atividades práticas desenvolvidas no período do curso, sendo analisadas e comentadas pelo professor orientador que avaliou o cursista, ainda, por meio de relatórios que traduziram o índice de aproveitamento desse nas ações propostas.

Um dos pontos altos do Projeto foi a obrigatoriedade do gestor em conceber e colocar em prática um Projeto Aplicativo.5 O projeto aplicativo, obrigatório, foi

condição para a obtenção do certificado de conclusão, tendo sido construído ao longo do desenvolvimento do curso. Aplicado durante o curso, articulou conteúdos teóricos com ações práticas nas unidades escolares nas quais os cursistas estiveram atuando, objetivando verificar as ações e resultados alcançados em termos de qualidade da aprendizagem dos alunos. Nesse projeto, o cursista deveria evidenciar o aproveitamento, dentro das possibilidades de cada escola, dos recursos de informática, visando a sua aplicação ao processo de gestão. Cada cursista realizou auto-avaliação.

5 O projeto aplicativo foi desenvolvido ao longo do curso, iniciado com o diagnóstico e concluído

com uma apresentação ao final do V Módulo, com utilização da tecnologia por meio de datashow. Foi surpreendente a assimilação dos cursistas, devido ao fato de que, no início do curso, muitos não sabiam sequer conduzir o mouse. Foram utilizados instrumentos com os Indicadores de Qualidade da Educação da Unicef (Indique) e o Plano Nacional da Educação (PNE), já conhecido principalmente nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Secretarias de Educação Inep/SEB/Seed/ FNDE/Dipro Universidades Cursistas

Fonte: Folder Escola de gestores 2005

Em termos quantitativos, foi exigido um índice de 75% de freqüência do cursista nos encontros presenciais.

Metodologia – dinâmica de trabalho

A triangulação da cooperação entre o MEC, as Secretarias Estaduais e Municipais e eventualmente as universidades locais garantiram total apoio aos cursistas e levaram a bom termo o Projeto Piloto do Programa.

Esses profissionais passaram por curso de capacitação de 40 horas no primeiro semestre de 2005, visando ao conhecimento da proposta e familiarização com o ambiente e-ProInfo da Seed/MEC.

Os coordenadores estaduais e municipais, bem como os professores orientadores, formaram o grupo de indicados pelas Secretarias Estaduais e/ou Secretarias Municipais de Educação – neste segundo caso, via União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os referidos professores foram escolhidos

por sua experiência em programas de natureza similar, como, por exemplo, o Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares (Progestão), desenvolvido pelo Consed, e/ou outros.

A disponibilização dos coordenadores estaduais e municipais e professores assistentes foi uma contrapartida das Secretarias de Educação participantes do Programa, e pode ser considerada como um dos elementos decisivos para seu êxito.

Conteúdos do curso do Projeto Piloto

Os conteúdos foram apresentados atendendo a alguns quesitos fundamentais como: texto básico abordando os temas, acrescido de indicação de leituras complementares; atividade de problematização e aprofundamento de textos, sugerindo pesquisas e estudos de casos; metodologia fundada na reflexão teórica sobre a prática do gestor para ressignificá-la, na perspectiva da ação-reflexão-ação; abordagem de conteúdos que permitam atender às diversidades cognitivas e operacionais de cada gestor e de sua escola; diálogo com o cursista, revelando vocabulário acessível, com glossário, se necessário.

Os materiais de ensino e aprendizagem utilizados no Programa abordaram as concepções e fundamentações teóricas necessárias à atuação do gestor na coordenação e mobilização dos vários segmentos na escola, admitindo-se, porém, a produção e estudo de outros conteúdos de acordo com demandas e necessidades detectadas ao longo do curso, bem como a partir da manifestação da vontade dos cursistas.

O processo de elaboração do Projeto Aplicativo e as atividades práticas propostas levaram os cursistas a revelarem, entre outras, capacidade para:

compreender a função social da escola e suas demandas no mundo contemporâneo, articuladas às necessidades da comunidade na qual está inserida;

coordenar a elaboração participativa do projeto pedagógico da escola;

utilizar resultados de avaliação da aprendizagem no processo de

aperfeiçoamento do projeto pedagógico da escola;

estimular, articular e participar da elaboração de projetos com a comunidade escolar;

identificar aspectos que ajudem a tornar a aprendizagem dos alunos eficiente e bem-sucedida, considerando-os na gestão da escola;

articular prática pedagógica e projeto pedagógico da escola;

analisar os resultados de desempenho dos alunos visando ao aprimoramento do planejamento pedagógico; e

desenvolver e impulsionar mecanismos de gestão colegiada na escola; planejar e liderar o processo da construção da democracia coletiva na escola.

No que se refere à Gestão Financeira e Avaliação, os cursistas desenvolveram capacidade para:

motivar professores e funcionários no desenvolvimento da melhoria do padrão de qualidade da escola e da aprendizagem dos alunos;

definir, coordenar e avaliar ações coletivas que contribuam para a valorização dos profissionais da educação;

promover o desenvolvimento profissional da equipe escolar, assegurando relações de confiança e de respeito mútuo;

identificar as fontes do financiamento da educação básica e os principais problemas relativos à sua aplicação;

acompanhar e desenvolver a gestão financeira, de acordo com os princípios de ética e responsabilidade administrativa;

planejar e executar a gestão dos recursos físicos e do patrimônio da escola;

gerir o quadro de pessoal, atendendo aos quesitos administrativos, legais e pedagógicos; e

planejar a utilização dos recursos físicos e do patrimônio da escola de forma a favorecer o convívio entre os vários segmentos.

As mudanças esperadas na gestão da escola

Os conteúdos desenvolvidos foram elaborados com a intenção de provocar mudanças na gestão das escolas a que se vinculam os gestores-cursistas: elaboração ou revisão coletiva do projeto aplicativo; desenvolvimento de avaliação institucional; experiência de formação continuada na própria escola; maior envolvimento dos pais no processo de aprendizagem dos alunos; dinamização das instâncias colegiadas da escola; apoio ao desenvolvimento de organizações estudantis, de pais e de professores

na escola; iniciativas de avaliação de desempenho profissional; melhoria da gestão financeira, patrimonial, do espaço físico e dos servidores da escola; criação e avaliação de mecanismos para a democratização das informações; atuação cooperativa da equipe pedagógica na organização escolar.

Níveis de execução e responsabilidades específicas

Um dos fatores que podem ser considerados relevantes para o êxito do programa foi a sinergia entre o MEC/Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, cada um cumprindo seu papel; outro foi a contratação de um grupo de especialistas de alto nível em gestão escolar e em EAD. E, dentro do MEC, a ação conjunta entre o Inep, as secretarias do Ministério da Educação – SEB e Seed – e o FNDE (Fundescola). A parcela de responsabilidade de cada uma dessas instâncias ficou assim distribuída: Inep – Coordenação Nacional do Programa e apoio técnico e financeiro; SEB/DPR – avaliação externa do Programa, a partir dos resultados alcançados, após a realização do Projeto Piloto, de acordo com os indicadores de resultados e as orientações metodológicas para a execução das atividades definidas no escopo do projeto básico; Seed – plataforma do projeto, formação dos assistentes e discussões com especialistas em EAD; FNDE – repasse de recursos, elaboração técnico-financeira; cooperação técnico-financeira, convênios com instituições financeiras.

O Programa foi executado contando com o apoio de diferentes órgãos, dentre os quais se destaca a Undime, cuja participação foi decisiva para a garantia da implementação do Projeto Piloto.

Financiamento – FNDE

O FNDE financiou a elaboração e desenvolvimento dos materiais instrucionais, em parceria com o Inep/Seed/MEC. Garantiu os recursos para o deslocamento, alimentação e diárias para os especialistas que definiram os conteúdos e elaboraram os materiais instrucionais, bem como para as equipes técnicas e demais especialistas envolvidos no projeto, em todas as fases em que isso se fez necessário.

Componente estadual/municipal: Secretarias de Educação

Em cada Estado e município participante foi organizado, com apoio do Inep, um núcleo centrado na Secretaria de Educação, com o propósito de planejar e conduzir a implantação do Programa, segundo suas prioridades/peculiaridades. No caso das Secretarias Estaduais de Educação, esse núcleo contou com a participação dos Coordenadores Estaduais da Seed/MEC, lotados nos referidos órgãos, obedecendo aos critérios previamente definidos.

Especificamente, em relação aos grupos de formação de gestores-cursistas, os referidos órgãos foram responsáveis pelo(a):

cadastramento (inscrições) desses profissionais no curso, criando uma base de dados, que foi usada pelo Inep para o gerenciamento da execução do Programa;

organização das sessões presenciais coletivas, oferecendo condições materiais para o planejamento e viabilização dos encontros – agenda;

infra-estrutura; e

apoiar o processo de implantação na parte administrativa e gerencial do Programa;

manter o FNDE/Diretoria de Programas (Dipro) informado sobre os quantitativos de gestores participantes vinculados à rede estadual/ municipal;

participar dos encontros de formação dos coordenadores e professores orientadores;

organizar encontros e reuniões de avaliação da implementação do Programa;

identificar dificuldades na implementação do Programa e orientar para providências corretivas;

equipe de apoio, deslocamento e alimentação aos cursistas (alimentação/diária/transporte).

Coube às Secretarias de Educação:

apoiar o processo de implementação do Programa no Estado e/ou no município;

cooperar com o Estado e/ou município no processo de internalização e sustentabilidade da implementação do Programa;

apoiar a coordenação local na articulação do Programa com outras ações que desenvolve, relacionadas à área da gestão;

apoiar os professores-orientadores no acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos cursistas;

elaborar informes de desenvolvimento dos trabalhos;

apoiar as ações de coordenação/supervisão da implementação do Programa; e

identificar e disseminar as experiências de sucesso, promovendo intercâmbio entre as escolas a que se vinculam os gestores-cursistas.

Sistema de tutoria – professores orientadores

Considerando a formação coordenada pelo Inep, para os tutores do Programa, coube a esses atores estimular o desenvolvimento pessoal e profissional dos gestores- cursistas, realizando atividades como:

apoiar a divulgação e implementação do Programa;

planejar o atendimento aos gestores-cursistas e o processo de avaliação diagnóstica da aprendizagem desses;

participar da apresentação e divulgação do Programa;

realizar o acompanhamento da prática profissional dos gestores-cursistas;

organizar instrumentos de avaliação do desempenho dos cursistas com

os coordenadores;

acompanhar ou orientar o estudo individual do gestor e a implementação das atividades de apoio à aprendizagem;

estudar as leituras indicadas nos módulos, participando dos grupos de estudos ligados à sua função;

listar as dificuldades e demandas mais correntes na implementação do Programa nas escolas e sugerir medidas de correção;

avaliar o desenvolvimento do gestor-cursista, registrando e analisando indicadores de desempenho e os procedimentos de implementação do Programa;

manter o coordenador local do Programa atualizado, apresentando relatórios e resultados das avaliações;

comentar os trabalhos desenvolvidos pelos gestores-cursistas; auxiliar a compreensão dos cursistas sobre os materiais do curso; e

prestar informações por telefone, fax e e-mail.

Das ações dos atores envolvidos no projeto piloto

A execução do Projeto Piloto da Escola de Gestores da Educação Básica aconteceu por meio do envolvimento de todos os atores no processo de aprendizagem dos gestores. Nesta etapa, a Equipe de Consultores de conteúdo elaborou o design do curso, administrou o Ambiente Colaborativo de Aprendizagem e-ProInfo, planejou as estratégias para o desenvolvimento dos conteúdos e a metodologia utilizada nos encontros presenciais e a distância.

Ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira coube a responsabilidade de disponibilizar materiais impressos, e consultores do Programa para garantir a interface com as Secretarias Estaduais e Municipais; e as

Secretarias do Ministério da Educação – SEB, Seed, DPR/SEB e o FNDE, disponibilizaram seus técnicos para o acompanhamento aos encontros presenciais e a distância.

Os encontros presenciais nos Estados foram agendados de acordo com a disponibilidade das Secretarias de Educação Estaduais e Municipais, dos professores orientadores, dos consultores e da equipe técnica. Tanto a organização dos encontros presenciais como o deslocamento dos cursistas aos locais dos encontros nas capitais dos Estados ficaram sob a responsabilidade das respectivas Secretarias.

Tendo em vista que a proposta do Programa é assegurar um padrão comum de qualidade durante o processo de educação continuada, e considerando as situações concretas de acesso à Internet de modo que o cursista possa, nos módulos a distância, desenvolver estudos autônomos e independentes, os coordenadores estaduais e municipais foram orientados a selecionar gestores que trabalhassem em um raio de 60 km do NTE mais próximo.

Na etapa a distância, os Estados e municípios organizaram-se no sentido de minimizar as dificuldades dos cursistas em acessar a plataforma. As coordenações estaduais e municipais detectaram a dificuldade dos cursistas em processar suas informações no ambiente e promoveram encontros extraprograma para facilitar sua participação no curso. Esses encontros aconteceram com a presença e atuação dos professores assistentes dos NTEs e, em alguns locais, com a participação efetiva dos professores colaboradores das universidades federais ou estaduais.

A Seed disponibilizou uma equipe interna para acompanhar os professores orientadores, os coordenadores estaduais/municipais e os cursistas no acesso à

plataforma e-ProInfo. Constatou-se que, apesar de a equipe estar conectada ao longo do desenvolvimento das atividades, muitos dos Núcleos de Tecnologia Educacional dos Estados e dos municípios não dispunham de equipamentos necessários e adequados para o rápido acesso ao ambiente de aprendizagem e- ProInfo. Em alguns Estados, os NTEs estão sucateados, com computadores de versões ultrapassadas e acesso lento, com necessidade de adaptações que proporcionem aos cursistas condições mínimas para o desenvolvimento do curso a distância. As inadequações de infra-estrutura estadual e municipal foram minimizadas durante os encontros, bem como as dificuldades dos cursistas em acessarem o ambiente e- ProInfo e de interagirem entre si.

As avaliações das ações do Projeto Piloto foram realizadas por meio de reuniões com as equipes dos Estados e municípios antes e após os encontros presenciais. Além dessas reuniões, o Departamento de Projetos Educacionais (DPR) da Secretaria de Educação Básica (SEB) disponibilizou, para aplicação, após cada um dos encontros presenciais, questionários de reação e um roteiro de observação.

Com relação à avaliação e acompanhamento da equipe de consultores internos e externos e equipes do MEC, foram realizadas reuniões durante o desenvolver do curso para: análise geral das turmas do curso piloto, considerando a vivência nos módulos presenciais e a distância; definição de datas dos presenciais, bem como definição de providências em relação à estrutura local e à participação dos cursistas; atendimento e orientação pedagógica e tecnológica para os professores-orientadores (plantão de dúvidas para aqueles que demonstraram necessidade).

Em relação ao alcance do curso, uma dificuldade manifestada pelos diretores foi a falta de tempo para se dedicar a ele. Constatou-se que não existia a prática de estudo por parte dos diretores das escolas. Um dos critérios previstos no Projeto

No documento Gestores RELATO experiência (páginas 35-61)