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2 CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

2.6 Estudos empíricos anteriores

Neste tópico será apresentado um quadro com os estudos de Rodrigues (2008), Balbe (2010), Lima et. al (2014), Monteiro (2015) e Alves e Moraes Júnior (2016), que abordam aspectos relacionados ao controle interno, à implantação do SCI e ao uso de tecnologias da informação na Administração Pública.

A seleção desses artigos se justifica pela possibilidade de se confrontar algumas das principais constatações neles apresentadas com os resultados do presente estudo, sem prejuízo das demais pesquisas referenciadas nas seções anteriores a esta.

Quadro 3 – Apresentação de estudos anteriores (continua) Tipo/Ano da

Pesquisa Dados da Pesquisa Descrição

Rodrigues/ 2008

Título O Sistema Integrado de Controle Interno sob a ótica do artigo 74 da Constituição Federal: uma breve discussão teórica Objetivo Geral Analisar a proposta de implementação do Sistema de ControleInterno Integrado no Município de Capitão Enéas (MG).

Principais Conclusões

 O Controle interno integrado não funciona;

 A falta de regulamentação legal é obstáculo para a integração do controle interno; e

 A efetivação do controle interno integrado é possível a partir da criação de um órgão central, responsável pela regulação e coordenação das atividades relativas ao controle.

Balbe/2010

Título Uso de tecnologias de informação e comunicação na gestãopública: exemplos no governo federal

Objetivo Geral

Apresentar as recentes inovações em tecnologia da informação e comunicação (TIC) no âmbito da administração pública federal brasileira.

Principais Conclusões

 A maioria das transformações na Administração Pública tem sido sustentada por um investimento pesado em tecnologia da informação.

 O poder público brasileiro ainda não foi capaz de promover a interação efetiva entre os diversos órgãos que compõem a administração pública e o compartilhamento de informações entre os três níveis de governo e destes dois conjuntos com a sociedade civil.

Lima et. al/

2014 Título Avaliação das normas editadas pelos tribunais de contas brasileirospara orientar os Poderes Municipais na institucionalização dos sistemas de controle interno.

Objetivo Geral Avaliar se as instruções fornecidas pelos Tribunais de Contas aos Poderes Executivos e Legislativos Municipais, sobre a implantação do SCI, estão atendendo à legislação e às melhores práticas, evidenciadas pela literatura.

Tipo/Ano da

Pesquisa Dados da Pesquisa Descrição

Principais Conclusões

 O controle externo, representado pelos Tribunais de Contas, desempenha um papel relevante no que diz respeito à concretização do SCI nos poderes.

 Os atos institucionais editados pelos Tribunais de Contas deixaram de incluir informações esclarecedoras, que poderiam contribuir para a consolidação do sistema de controle interno.

Monteiro/ 2015

Título Análise do Sistema de Controle Interno no Brasil: objetivos,importância e barreiras para sua implantação

Objetivo Geral Analisar as finalidades e importância do controle interno naadministração pública no Brasil e as barreiras para sua implantação.

Principais Conclusões

 Identificou que o SCI deve estar presente em todo o segmento público, por ser uma obrigatoriedade legal;

 A implantação do SCI é de grande relevância para a melhoria dos resultados obtidos, da informação gerada, e da imagem da organização;

 Principais barreiras são a falta de uma cultura e gestão ao risco, alinhada a carência de pessoal em número e qualidade técnica exigida, bem como as dificuldades e barreiras do próprio exercício da função pública, como as limitações legais e o atendimento de políticas públicas.

Alves e Morais Junior/2016

Título O Sistema de Controle Interno da Gestão Pública do PoderExecutivo do Município de Patos Objetivo Geral Analisar a operacionalização do sistema de controle interno doMunicípio de Patos-PB.

Principais Conclusões

 Os questionados demonstram conhecer a realidade que vivenciam e entendem que há uma boa formação e execução do controle interno municipal;

 O controle interno auxilia a gestão municipal e ao controle externo;

 Necessidade de implantação de unidades setoriais, com bom nível de comunicação entre os órgãos controlados.

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

Rodrigues (2008) ao analisar a proposta de implementação do SCI no Município de Capitão Enéas (MG), sob a ótica do art. 74, da Constituição Federal, concluiu que a integração do SCI, até então não implementada, dependia de regulamentação legal e da instituição de um órgão central, responsável pela regulação e coordenação das atividades relativas ao controle.

Os estudos de Balbe (2010) cujo objetivo geral foi apresentar as então recentes inovações em tecnologia da informação e comunicação no âmbito da administração pública federal brasileira, concluiu que a maioria das transformações na Administração Pública, decorreram de um pesado investimento em tecnologia da informação e que o poder público brasileiro ainda não tinha sido capaz de promover a efetiva interação entre os diversos órgãos da Administração Pública, nem o compartilhamento de informações entre os três níveis de governo e nem mesmo com a sociedade civil.

Lima et. al (2014) avaliaram se as instruções fornecidas pelos Tribunais de Contas aos Poderes Executivos e Legislativo Municipais sobre a implantação do SCI, atendiam à legislação e às melhores práticas, evidenciadas pela literatura. Como principais resultados, concluíram que o controle externo, representado pelos Tribunais de Contas, desempenha um papel relevante para a concretização do SCI nos poderes, mas que a consolidação deste foi afetada pela não inclusão de informações esclarecedoras nos atos institucionais editados pelos Tribunais de Contas.

Monteiro (2015) analisou as finalidades e importância do controle interno para a Administração Pública no Brasil, bem como as barreiras para sua implantação. Dentre as principais conclusões, ressaltou o SCI deve ser implementado em todo segmento público, sendo de grande relevância para a melhoria dos resultados obtidos, da informação gerada, e da imagem da organização.

Alves e Moraes Júnior (2016) analisaram a operacionalização do sistema de controle interno do Município de Patos-PB. Tendo concluído que os gestores entendem que há uma boa formação e execução do controle interno municipal, com auxílio à gestão e ao controle externo, mas que havia a necessidade de implantação de unidades setoriais, com bom nível de comunicação entre os órgãos controlados.

As constatações apresentadas nos trabalhos aqui elencados levam ao entendimento de que, apesar de relevante para o controle da Administração Pública, como deixa claro o texto constitucional, o SCI e o próprio controle interno ainda não estão consolidados. No mesmo sentido, o presente estudo tem como pressuposto a ausência de integração entre os sistemas de controle interno dos Poderes Estadual.