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ETAPA I – ÁREA COM APTIDÃO ORNAMENTAL

DESFAVORÁVEL MÉDIO FAVORÁVEL

2.2.4. Etapa III – Área de escavação

A área de escavação corresponde à área com potencial mineiro onde a implantação da atividade extrativa não interfere com as seguintes áreas (Figura II.12):

- Áreas recuperadas identificadas no Anexo III do POPNSAC;

- Zonas de defesa estabelecidas de acordo com o previsto no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro.

Relativamente às áreas recuperadas identificadas no Anexo III do POPNSAC verifica-se que não interferem com a área com potencial mineiro (Figura II.11).

Relativamente às zonas de defesa aos apoios à linha elétrica existente, foi considerada a possibilidade de remoção da linha elétrica para permitir a exploração do recurso mineral. Refere-se que este Projeto Integrado considerou a relocalização da linha elétrica que atravessa a área na zona Este, pelo que não foi ali definida qualquer zona de defesa (Desenho 3). No entanto, durante a exploração deverá ser garantida a zona de defesa de 30 m prevista no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro.

Relativamente ao acesso principal ao Núcleo de Exploração de Pedreiras da Cabeça Veada, localizado a Este, foi considerada a possibilidade da sua relocalização para uma distância de 15 m relativamente à área de escavação. Essa localização ficará fora do limite da AIE da Cabeça Veada e será definida posteriormente. De referir que durante a exploração deverá ser assegurada a zona de defesa de 15 m prevista no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro, enquanto não existir a relocalização do acesso.

Uma vez que na área com potencial mineiro não existem condicionantes com caráter de exclusão a área de escavação é idêntica à área de potencial mineiro, tal como se pode visualizar na Figura II.12.

Figura II.11 – Condicionantes à implantação da atividade extrativa no Núcleo de Exploração de Pedreiras da Cabeça Veada.

2.3.

ZONAMENTO

Conforme já foi referido, a AIE da Cabeça Veada totaliza cerca de 29 ha enquanto a área do Projeto Integrado totaliza cerca de 32 ha, devido à existência de áreas intervencionadas fora da AIE, correspondentes a zonas de escombreiras, que se considerou integrar neste Projeto Integrado, atendendo à necessidade de integração paisagística e de gestão dos materiais depositados. Refere-se que essas áreas não serão alvo de exploração para produção de rocha ornamental. Foi ainda integrada neste projeto uma área a Sul da AIE pelo facto de ter recurso mineral com potencial para ser explorado e pelo facto de ser uma área compatível com a implantação de pedreira, de acordo com o POPNSAC. No Desenho 2 apresenta-se uma caracterização geral da área do Projeto Integrado com a atual ocupação em termos de área intervencionada pela exploração de pedreiras, instalações de apoio, escombreiras e acessos. No Quadro II.3 apresentam-se as áreas que compõem o Projeto Integrado do Núcleo de Exploração de Pedreiras da Cabeça Veada.

Quadro II.3 – Caracterização atual da área do Projeto Integrado.

ZONAS

ÁREA

[m2] %

Área do Projeto Integrado 316 730 100,0

AIE da Cabeça Veada 289 700 91,5 Área total intervencionada pela

exploração 203 350 64,2 Área intervencionada fora da AIE 4 650 1,5

Área de escombreiras 61 950 19,6 Instalações de apoio 675 0,2

Conforme referido, o Projeto Integrado do Núcleo de Exploração de Pedreiras da Cabeça Veada tem como objetivo principal a integração das operações de lavra e de recuperação paisagística para um conjunto de pedreiras vizinhas e confinantes. No Desenho 3 apresenta-se o zonamento da área do Projeto Integrado definido de acordo com as suas finalidades: acessos, área de escavação, instalações de apoio e escombreiras a valorizar.

O acesso principal ao Núcleo de Exploração de Pedreiras da Cabeça Veada será relocalizado para fora da AIE, a pelo menos uma distância de 15 m do limite de escavação, para permitir a exploração do recurso mineral subjacente. Relativamente aos acessos que se encontram dentro da área de escavação, a sua gestão será enquadrada no âmbito da exploração das pedreiras, devendo sempre estar asseguradas as acessibilidades à envolvente.

As zonas de defesa consideradas para a definição da área de escavação foram estabelecidas de acordo com o previsto no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro. Refere-se que este Projeto Integrado considerou a relocalização da linha elétrica que atravessa a área na zona Este, pelo que não foi ali definida qualquer zona de defesa (Desenho 3).

De referir que não foi considerada a zona de defesa de 10 m aos prédios vizinhos prevista no Decreto-Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro. Essas zonas de defesa deverão ser acauteladas no âmbito dos respetivos Planos de Pedreira, sempre que estejam em causa prédios vizinhos que não sejam alvo de exploração. Deste modo, aos prédios vizinhos integrados na exploração não será aplicada a zona de defesa de 10 m. As instalações de apoio correspondem aos edifícios sociais e de higiene e aos pavilhões e módulos pré-fabricados ou de alvenaria de apoio à atividade extrativa. Essas instalações serão mantidas e geridas durante a exploração, podendo ser alvo de relocalização para uma melhor gestão da exploração.

Relativamente às escombreiras, considerou-se a sua valorização em operações de recuperação paisagística e/ou aplicados como matéria-prima noutras indústrias. As escombreiras serão alvo de remoção para exploração do recurso mineral subjacente.

Quanto às pargas refere-se que cada pedreira deverá reservar zonas para armazenamento das terras vegetais que serão decapadas. A localização das pargas deverá ser gerida em função do avanço dos trabalhos de lavra e de recuperação paisagística, pelo que não possuem nenhuma localização especifica. Contudo, a sua localização deverá obrigatoriamente estar inserida dentro da área definida para a escavação.

No Quadro II.4 apresentam-se as dimensões das diferentes áreas de atuação do Projeto Integrado.

Quadro II.4 – Zonas que integram a área do Projeto Integrado.

ZONAS

ÁREA

[m2] %

Área do Projeto Integrado 316 730 100,0

AIE da Cabeça Veada 289 700 91,5 Área de escavação 268 120 84,6 Escombreiras a valorizar 61 950 19,6

2.4.

RESERVAS

O cálculo de reservas foi realizado com recurso ao software SURPAC versão 6.6. que permite o tratamento tridimensional da informação geológica e da informação mineira (no presente caso a configuração final de escavação projetada no Desenho 4).

Para o cálculo de reservas foram consideradas as diferentes tipologias de materiais existentes no Núcleo de Exploração de Pedreiras da Cabeça Veada, designadamente, os calcários ornamentais (para produção de blocos) e os calcários sem aptidão ornamental (que, para efeitos de exploração, constituem os estéreis das pedreiras).

Foi considerada a configuração da escavação projetada no Desenho 4 e que se encontra discriminada no capítulo 3.2. As reservas existentes correspondem ao volume de recursos minerais existentes entre a topografia atual (Desenho 1) e a configuração final de escavação (Desenho 4), podendo de ser alvo de exploração técnica e economicamente viável.

Nos quadros seguintes apresenta-se o cálculo de reservas.

Quadro II.5 – Cálculo de reservas de rocha ornamental.