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ETAPA I – ÁREA COM APTIDÃO ORNAMENTAL

TAREFA ÉPOCA

7. FASEAMENTO DA RECUPERAÇÃO

O PARP será aplicado em três estágios principais, correspondentes a fases distintas em termos de ações, que se podem sistematizar do seguinte modo:

Intervenção/Recuperação inicial

Recuperação e integração paisagística de todas as áreas, dentro e fora do perímetro da AIE da Cabeça Veada, que tenham sido exploradas anteriormente e que já não venham a ser alvo de exploração futura, nomeadamente, escombreiras e antigas áreas intervencionadas. Essas áreas serão recuperadas através de trabalhos de modelação topográfica, com vista a suavizar os taludes existentes, bem como revestimento vegetal, nomeadamente, sementeiras e plantações, e integradas na tipologia de recuperação efetuada para a restante área de projeto.

Intervenção/Recuperação intermédia

As intervenções de integração paisagística terão início após a finalização das operações de lavra e a respetiva modelação com os estéreis até obtenção das cotas finais de projeto. Salienta-se que, no âmbito do presente PARP, se encontra previsto que assim que a lavra atinja as cotas finais num determinado local haverá lugar à sua modelação final e recuperação paisagística. Será assim garantida uma intervenção mínima das áreas afetas à lavra.

As operações associadas à recuperação passarão pela modelação final da área, para ajustamento de pormenor às cotas previstas, espalhamento da terra viva e sementeiras e plantação das espécies propostas.

Desse modo, o desenvolvimento da recuperação estará sempre dependente da conclusão dos trabalhos de lavra e da modelação com os estéreis.

Conservação/Manutenção

A última fase corresponde às operações de manutenção e conservação da vegetação, o que decorrerá durante um período de 2 anos.

Refere-se à fase de desativação das áreas exploradas sendo por isso, considerada uma etapa crucial, uma vez que é nela que deverá haver uma maior preocupação de integração entre as diversas áreas recuperadas e dessas com a envolvente.

Atendendo ao horizonte temporal que este Projeto Integrado possui e às dificuldades de coordenação de pedreiras vizinhas que, por vezes, se verificam, poderão ser desenvolvidas operações de recuperação em áreas que ainda não tenham atingido as configurações finais definidas no Plano de Deposição.

A este respeito refere-se que a definição das áreas a modelar com os resíduos de extração teve em consideração, maioritariamente, o enquadramento paisagístico com a envolvente, independentemente da disponibilidade de materiais de enchimento no momento. Apesar de ser previsível a existência de materiais para enchimento dos vazios de escavação, como atestam atualmente as dificuldades de espaço para armazenamento dos resíduos de extração, poderá verificar-se, em determinados momentos, não ser possível finalizar as operações de modelação conforme previsto no Plano de Deposição. Nessas circunstâncias,

poderão ser desenvolvidas operações de recuperação paisagística, que terão um carácter temporário, sempre que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes situações:

- Pedreiras que tenham finalizado as operações de lavra e tenham encaminhado os resíduos de extração produzidos para as áreas a modelar ou para a valorização noutras indústrias; e

- Inexistência no momento de resíduos de extração de outras pedreiras que possam ser encaminhados para as pedreiras referidas no item anterior.

Nesses casos, as empresas que pretendam encerrar as suas pedreiras, sem que tenha sido atingida a configuração prevista no Plano de Deposição, poderão fazê-lo desde que desenvolvam as operações de recuperação paisagística definidas neste Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística, com as necessárias adaptações. Para efeitos de liberação da respetiva caução, a recuperação paisagística desenvolvida nessas circunstâncias deverá ser aprovada no âmbito de uma revisão do respetivo Plano de Pedreira, nos termos do disposto do número 5, do artigo 41.º, do Decreto-Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro.

As áreas recuperadas nessas circunstâncias poderão ser ocupadas novamente para deposição de resíduos de extração, desde que sejam integradas noutra pedreira e abrangidas por Plano de Pedreira aprovado que contemple na sua caução a recuperação paisagística de acordo com o definido neste Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística, depois de cumprida a modelação prevista no Plano de Deposição.

8.DESATIVAÇÃO

8.1.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A desativação é uma operação complementar do processo de recuperação paisagística. As intervenções previstas no âmbito da desativação visam devolver as áreas intervencionadas em condições adequadas de segurança e enquadradas com o meio envolvente.

De seguida serão descritas as medidas a implementar durante e após a desativação das explorações, em termos de geotecnia e drenagem, de ambiente, de desmantelamento das instalações de apoio, de remobilização dos equipamentos móveis, de integração dos recursos humanos e de segurança, para que tais objetivos possam ser atingidos.

De referir que o processo de recuperação paisagística e de desativação de cada pedreira deverá ser desenvolvido por áreas, com o objetivo de minimizar os impactes paisagísticos à medida que as áreas intervencionadas pela extração vão evoluindo. Deste modo, à medida que forem terminadas as operações de recuperação paisagística em cada área, proceder-se-á de imediato à respetiva desativação. A desativação constitui, assim, um processo de desafetação da atividade extrativa, traduzindo-se num abandono controlado das áreas recuperadas paisagisticamente.

8.2.

DESMANTELAMENTO DAS INSTALAÇÕES

8.2.1.

Técnicas de desmantelamento

No final da atividade extrativa de cada pedreira, proceder-se-á ao desmantelamento de todas as instalações de apoio. As instalações de apoio compostas por construções em alvenaria serão demolidas, sendo os resíduos encaminhadas para um operador de gestão de resíduos. Por outro lado, as unidades modulares pré-fabricadas serão remobilizadas e encaminhadas para outros estabelecimentos industriais das empresas ou objeto de comercialização. As instalações que já não possuem condições de reutilização deverão ser desmanteladas e encaminhadas para um operador de gestão de resíduos.

As instalações industriais de transformação, designadamente as monolâminas, monofios e instalações de britagem serão objeto de desmantelamento, assim como os depósitos de combustível e básculas, através da remobilização dos equipamentos para fora da pedreira e da demolição das fundações. Esses equipamentos serão instalados noutros estabelecimentos das empresas ou encaminhados para operador de resíduos no caso de se encontrarem obsoletos.

Os postos de transformação e os geradores, também, serão desmantelados bem como toda a cablagem de alimentação elétrica das pedreiras. O desmantelamento dessas instalações será realizado previamente, por técnicos especializados, uma vez que este tipo de operação implica cuidados de segurança acrescidos.

Os equipamentos móveis das pedreiras serão transportados para outras pedreiras pertencentes às empresas ou alvo de comercialização ou enviados para operador de resíduos no caso de se encontrarem obsoletos.

As fossas estanques serão esgotadas previamente por entidade autorizada e serão posteriormente removidas do local das pedreiras e entregues a um operador de gestão de resíduos.

Em todas as atividades de desmantelamento serão destacados funcionários das empresas, quando necessários, para auxiliar o pessoal especializado. As atividades que se revestirem de menos cuidados, tal como a remobilização dos equipamentos e instalações móveis, bem como as atividades de manutenção entre outras, serão realizadas por funcionários das empresas.

Depois de efetuado o desmantelamento de todas as instalações, serão realizadas as operações de recuperação paisagística das áreas ocupadas por essas instalações.

8.2.2.

Destino dos equipamentos e materiais

No final da atividade industrial de cada pedreira, as instalações desmanteladas terão o destino apresentado no Quadro V.6.

Quadro V.6 – Desmantelamento das instalações.