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Capítulo 2 – Análise do trabalho efetuado no âmbito do estágio

2.2. Descrição das atividades desenvolvidas

2.2.2. Eventos e Projetos

Na passagem pelo Teatro Municipal do Porto a estagiária esteve envolvida nos seguintes eventos/projetos:

a) Festa de Lançamento da 1º temporada da programação do Teatro Municipal do Porto (setembro´18 – fevereiro´19)

A primeira semana de estágio ficou marcada pela festa de lançamento da nova temporada, que iria acontecer no final dessa mesma semana. As tarefas desempenhadas, no que toca à preparação deste acontecimento que envolvia o lançamento da nova programação e a apresentação da nova agenda. Num primeiro momento foi a realização de um convite formal a todos os funcionários da Câmara Municipal do Porto, num segundo momento foi a elaboração de um press, sobre a festa de lançamento e sobre a Dj, Maria Gambina que iria estar responsável pela animação do evento. Num terceiro momento, foi auxiliar a Dina Lopes coordenadora do departamento de Mediação de Públicos e Serviço

Educativo e do Programa Paralelo, a realizar todas as confirmações das presenças na festa, dos sócios do Cartão Amigo do Teatro, pois como têm um género de fidelização com o teatro, são um público muito importante.

Rapidamente chegou o dia 6 de setembro de 2018, o dia em que toda a comunidade portuense iria ficar a saber o que o seu Teatro, o Teatro Municipal do Porto, lhes ia oferecer durante os seis meses seguintes. A festa começa por volta das 19:15h, com uma receção e apresentação de toda a programação, no Grande Auditório do Teatro Rivoli, aberta pelo senhor Presidente da Câmara Rui Moreira e continuada pelo Diretor Artístico do Teatro, Tiago Guedes. Antes de entrar no grande auditório, todos os convidados receberam um envelope, que não podiam abrir até Tiago Guedes, lhes indicar. Este envelope continha uma letra que correspondia ao grupo que cada participante pertencia. Esta era uma festa pensada para aproximar o Teatro dos habitantes da cidade do Porto, e por isso, a festa não se cingiu apenas ao auditório, mas a 24 espaços dos mais diversos departamentos, desde o departamento da direção até à sala da equipa da limpeza, que fazem parte do Teatro Rivoli. Em cada espaço, esteve alguém responsável pelo departamento, para explicar aos convidados quais as suas funções diárias e dos seus colegas de equipa. Os assistentes de sala organizaram e guiaram os convidados pelas instalações do teatro. A festa continuou pela noite fora, a seguir à visita pelas instalações do teatro e pela assistência das diversas minis palestras, os convidados saíram para o exterior, onde lhes esperava uma grande festa, em que a música estava a cargo da Dj set Maria Gambina, que se encontrava atuar, numa das varandas do Café Rivoli, virada para o público que se encontrava no largo, em frente ao teatro e com vista para a praça D. João I.

b) Nova Imagem do Café Rivoli

A primeira tarefa, de grande responsabilidade da estagiária, foi a produção de um vídeo promocional para o Café Rivoli. Mas a nova imagem do café não seria apenas lançada através de um vídeo promocional. Existiu todo um planeamento e um plano de comunicação que se iniciou com a aposta nas redes sociais. A primeira a ser melhorada foi a página de Facebook que já existia, mas que não era alimentada nem dinamizada

regularmente, a função aqui foi a de elaborar um texto14, com um conteúdo mais interessante para estar na apresentação da página do Facebook e no separador do Café Rivoli no site do TMP.

Chegou então o dia de filmagens que se inicia bem cedo com o acompanhamento da Susana Peixoto ao mercado do Bolhão, que é feito pela estagiária e pelo colega câmara, Alex Baron. Neste momento, sob a sua orientação, o Alex capta todos os momentos de escolha e compra criteriosa de produtos frescos da Susana. E, de forma enaltecer e enriquecer o vídeo, tenta captar toda a essência do espaço e das pessoas tão emblemáticas e queridas na cidade.

Um segundo momento passa pelo acompanhamento da equipa de cozinha na preparação do almoço. Aqui o Alex capta a preparação dos alimentos, desde o seu corte, passando pela sua cozedura até ao empratamento. Para finalizar este segundo momento, existe a filmagem do serviço de mesa. O acompanhamento dos almoços a serem servidos, das pessoas a chegarem, com foco na comida, nas mesas, do espaço e principalmente captar a dinâmica do local.

O último momento, passa pela entrevista à Susana Peixoto onde, através das questões, se pretende que ela dê a conhecer ao público o seu espaço, o seu trabalho, os seus pratos, os seus produtos e principalmente o que torna o Café Rivoli diferente, em relação aos vários locais do género existentes na cidade do Porto.

Por fim depois de se cortar os áudios, o Alex escolhe as imagens e a música, criando assim o produto final com umas pequenas diferenças do que se tinha idealizado anteriormente, devido a dificuldades técnicas. Depois de aprovado pelo Diretor Tiago Guedes, por toda a equipa de comunicação e pela Susana Peixoto, gerente do Café Rivoli, o vídeo passado alguns dias da sua finalização, é utilizado no lançamento da nova imagem do Café Rivoli, tanto no separador que tem no site do TMP, como nas suas respetivas redes socias (Facebook e Instagram).

c) Espetáculo 100%Porto

Durante o mês de outubro, segundo mês de estágio, surge aquele que foi sem dúvida o maior projeto em que a estagiária esteve envolvida até hoje. Trata-se do 100%Porto, um projeto do coletivo germano-suíço Rimini Protokoll, que convocou 100 habitantes da cidade para o palco do Grande Auditório do Rivoli, num espetáculo que traçou o perfil demográfico e social do Porto. “100% Porto”, que esteve em cena nos dias 19 e 20 de janeiro, foi também o grande espetáculo da programação do 87ºaniversário do Rivoli. O convite para integrar a equipa, que estava a preparar este grande projeto, surge do orientador de estágio, José Reis. Quando apresentou a proposta apenas disse por linhas ténues daquilo que se tratava, alertando que dali em diante o tempo de estágio iria ser dividido entre as tarefas no gabinete de comunicação e o projeto, sendo que este só terminava no dia 20 de janeiro.

A equipa do 100%Porto reunia-se todas as terças feiras. A seguir à conversa com o José, a estagiária compareceu no bar de artistas, onde são realizadas a maioria das reuniões internas do Teatro. Começou por conhecer os outros elementos da equipa: o Paulo Covas e a Marina Freitas responsáveis pela produção do espetáculo, a Carla Moreira que fazia a mediação de participantes, principalmente dos menores de idade e de todas as burocracias que isso implicava; a Rita Xavier coordenadora da publicação que compilou todas as entrevistas dos participantes e dados estatísticos da cidade, o Óscar Maia o designer da publicação e por último e muito importante, a pessoa que viria a ser seu parceiro de equipa local, para realizar as entrevistas, João Arezes.

No início a função da estagiária, neste projeto era ajudar o João Arezes a arranjar e a entrevistar os participantes. Apesar de terem de ser 100 pessoas que vivessem na cidade do Porto tinham de preencher certos critérios que foram definidos mediante os censos de 2011. Tinha de ser uma representatividade em proporção aos dados estatísticos fornecidos pela Câmara Municipal do Porto. O critério obrigatório para participar, era viver na cidade do Porto, os outros critérios15 que se tentou cumprir ao máximo nesta seleção foram: o sexo, a freguesia, a idade, o tipo de família e a nacionalidade.

O processo começava com o agendamento da entrevista, com a referência que cada pessoa deveria escolher um objeto que a representasse de certa forma, que fosse visível e ao mesmo tempo fácil de transportar. Durante a entrevista realizava-se um questionário16 pré-concebido, tirava-se uma fotografia ao participante com o objeto que escolheu e pedia-se que enviasse uma fotografia da vista que tinha de casa. Por último, solicitava-se ao entrevistado que nomeasse outra pessoa para participar para, desta forma, se criar uma espécie de cadeia. Normalmente eram amigos, companheiros ou familiares. E ainda se fazia referência que cada participante iria receber um voucher de 150€ em compras no centro comercial La Vie, resultado de uma das muitas parcerias que este tinha com o Teatro Municipal do Porto.

O local da entrevista era definido pelo entrevistado pois, a intenção era que o sítio escolhido refletisse um pouco da personalidade do candidato, visto que na sua maioria eram locais que frequentavam regularmente, por serem perto das suas habitações ou dos seus trabalhos.

No fim das entrevistas era necessário transcrevê-las e adaptá-las à estrutura que a Rita Xavier, editora do livro, pretendia. A ideia era fazer um texto com as respostas de cada participante, o menos formal possível, destacado sempre uma frase que se considerasse relevante. Cada texto tinha de ter entre 250 a 300 palavras, sendo que não podia passar muito disso, pois cada entrevista ia ser traduzida e posteriormente colocada na mesma página do livro 100%Porto. Cada transcrição e foto da vista de casa, de cada participante tinham de ser colocada na pasta “100%Porto” na Dropbox, em que toda a equipa tinha acesso. O texto tinha de ser acompanhado da fotografia do participante com o seu objeto, local e hora de entrevista, para além dos seus dados pessoais como: “Nome completo, idade, freguesia e nacionalidade”.

Durante cerca de 3 meses e meio, a equipa local do projeto esteve exclusivamente dedicada a esta parte de casting e cumprimento dos deadlines17 da publicação. Nos quinze dias que antecederam o espetáculo a estagiária, tal como toda a equipa, escreveu um

16 Anexo 9 17 Anexo 10

testemunho18 sobre a sua experiência no projeto. Houve também todo um trabalho de pré- produção como: a elaboração de um documento para ativação do seguro de cada participante, onde constava: o nome completo, data de nascimento e nif; declaração dos encarregados de educação a autorização da participação dos menores. Criou-se um grupo de facebook fechado para os participantes do 100% Porto, ficando a sua gestão a cargo da estagiária até ao fim do projeto; contactou-se todos os participantes para escolherem o dia e o horário que queriam para poderem comparecer ao workshop que dava início à semana de ensaios e consequentemente elaborou-se uma tabela de participantes19 por cada workshop. Ao realizar esta tarefa começaram a surgir desistências, colmatadas com a ajuda dos próprios participantes que foram indicando pessoas que gostariam de participar e que cumpriam os requisitos. Mas, infelizmente a publicação nesta altura já estava na gráfica para impressão e, como tal, foi impossível retirar do livro as entrevistas dos que acabaram por desistir e acrescentar a dos novos participantes. Desta forma, a equipa comprometeu-se a realizar um e-book onde constassem as entrevistas de todos aqueles que participaram.

Chegou então a semana de ensaios, que começou com a chegada da companhia Rimini Protokoll. Esta semana seguiu um cronograma20 de trabalho muito preciso que começava com a colaboração da equipa local, com o coletivo germano-suíço na elaboração do guião21 do espetáculo e no teste da parte técnica do mesmo.

Durante os ensaios e mesmo no decorrer dos dois dias de espetáculo, a função da estagiária era dar apoio à produção, receber os participantes, encaminhá-los para a sala de ensaios, perceber quem estava a faltar e contactá-los, agilizar problemas e ajudar em toda a logística (materiais, etc).

18 Anexo 12 19 Anexo 13 20 Anexo 14

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