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Martha Graham talvez seja a figura mais controvertida da dança moderna e, de muitas maneiras, o expoente de maior sucesso. Foi-lhe dada a oportunidade de explorar novos caminhos, estudando-os e experimentando-os com seu próprio corpo, durante sua permanência como professora da Eastman School of Music em Rochester.

Suas primeiras tentativas refletiam ainda a influência do estilo de Ted Shawn, sob cuja tutela se iniciara na dança. Gradativamente, o novo estilo revolucionário (no sentido artístico) começou a emergir, tendo suas raízes presas às ideias e comportamento americanos.

Graham tem procurado evitar a cristalização de uma técnica pré-estabelecida, de passos e gestos estereotipados. Naturalmente, tem um conceito sobre dança, criando certos princípios de movimento e de disciplina para o treino próprio e de outrem. No entanto, acredita que novas ações surgem constantemente, proporcionando ideias coreográficas, manifestações emocionais ou qualquer outra forma de expressão inerente ao esforço de criatividade.

Por etapas, foram descobertos os princípios que iriam formar sua dança: os princípios de construção, função, propósito do corpo e sua relação com a dança. Desde que a dança e a arquitetura constituíam as principais formas de expressão artística, precisaria encontrar a base comum em que se apoiavam e com este objetivo, dedicar-se ao estudo da estrutura de seu corpo.

Uma vez consciente das qualidades dessa estrutura, partiu para a experiência das funções desse corpo e de suas possibilidades dentro de suas próprias limitações. Foram feitas experiências do contraste entre contração e expansão geradas pela energia do corpo; as articulações descortinavam nova liberdade de movimento: de fato, ela descobria a estrutura do corpo, sua capacidade de ser disciplinado e de ter suas funções controladas.

Finalmente, ela chegara ao conhecimento de seu corpo e, encontrando sua missão de renovadora, não poderia mais recuar. Essas pesquisas de Martha Graham foram feitas ininterruptamente, incansavelmente. Era o que ela chamava de verdade da dança. Em

Frontier, por exemplo, criado há alguns anos, ela reconstruiu, através do seu chamado ritual

de dança, essa herança de sangue e força sobre o palco, que pelo menos atingiu a muitas gerações de americanos. Suas feições podem mudar, características superficiais podem variar em diferentes danças, mas o sangue puro, a criação e a realidade serão sempre imutáveis; podemos mesmo dizer inseparáveis de suas danças, como do seu próprio ser. A figura de Martha Graham jamais será esquecida pelos que tiveram a oportunidade de vê-la dançar. E os que não puderam vê-la, sentem ao menos sua presença, como um modelo vivo e sempre atual da sua postura no palco. Como a descreveram em Frontier – seu corpo movimentando-se, a espinha ereta como que orgulhosamente, cabeça firme e os olhos procurando sempre a linha do horizonte. Às vezes, os músculos do rosto ficavam firmes e rígidos, o corpo como aço em suspensão momentânea, mas seus olhos pareciam sempre procurar algo por trás da fronteira, numa contemplação frente ao desconhecido. Um sorriso quebrava esporadicamente essa procura, dando margem a que a plateia tivesse sentido também a descoberta de uma visão – a aparição de uma nova terra cheia de riquezas. Era a mensagem que o seu corpo recebia e transmitia, apesar de que, quase imperceptivelmente. Com passos ligeiros e pequenos, os pés

percorrendo todo o palco, descrevendo um grande quadrado, uma nova extensão, um novo espaço, ou talvez uma nova dimensão de arena para a ação de qualquer espécie; ela demonstrava, perfeitamente, a passagem da fronteira por alguém que tivesse tido sucesso na vida e que estava pronto para uma nova travessia.

Naturalmente, nas primeiras apresentações desse trabalho, não houve certa receptividade por parte da plateia, o que provocou grande celeuma, dando margem a que na época se perguntasse qual a finalidade da dança – se mostrar o belo ou desistir dele, cedendo lugar ao incompreensível. A mentalidade de então era a de que a dança poderia ser séria, mas nunca abandonar uma história com gestos pantomímicos estéticos e elementos capazes de expressar aquilo que o público deveria entender. No caso de Frontier, as explicações eram exigidas. Não se poderia admitir essa fronteira, sem ela aparecer fisicamente no palco. Deveriam existir elementos que pudessem indicar a presença das montanhas e planícies. Queixavam-se que não havia sequer uma cabana de madeira ou lavradores arando a terra, ou até mesmo uma colheita. Isso sem ressaltar a falta que sentiam do elemento índio. A crítica se expressava de todas as maneiras possíveis e o Time Magazine, por sua vez, se manifestou usando manchetes como “A alta sacerdotisa Martha Graham e seu ato surrealista”. Para Walter Terry, Martha Graham foi mesmo uma sacerdotisa e o Time Magazine não se deu conta disso. E assim declara: “Martha Graham foi a sacerdotisa que tentou explicar o desconhecido, a sacerdotisa que deu imortalidade à herança não física através do ritual, a sacerdotisa que, principalmente, deu corpo e articulações à emoção.” Frontier não era uma história, nem uma representação, mas uma revelação. Em todos os seus instantes, os impulsos eram os mesmos. A vida de Martha Graham tem certa relação com Frontier. Essa procura do desconhecido, como o atravessar da fronteira. A sua contemplação para o horizonte, como a sua vontade de descobrir uma verdade que pudesse ser transmitida através da sua arte. A sua disciplina na vida, os passos corretos na apresentação. A liberdade do coração, o amor pelas suas interpretações. A penetração na fronteira, a penetração no seu corpo para descobertas futuras. A libertação do espírito ao atravessar a fronteira – o afã de se desligar de tudo para uma nova criação através dos seus movimentos de dança. Os estímulos interiores como força para alcançar ou quebrar as barras da fronteira – os impulsos livres para a mensagem de sua dança, como arte e verdade.

Anos de preparação antecederam Frontier e outros grandes trabalhos dessa dançarina pioneira, que buscava objetivar em formas físicas as crenças da humanidade por ela própria experimentadas. Dotada de uma mente excessivamente fértil e sempre madura desde sua

infância e adolescência, por isso mesmo acreditava que a dança poderia não somente rodear o comportamento básico do homem, mas também revelar a sua natureza.

Seu começo de vida na Pennsylvania e parte da sua infância e adolescência na Califórnia talvez tivessem despertado esse impulso para a dança. Entretanto preferimos dizer que ela teria sido compelida à mesma finalidade, tivesse nascido ou vivido em qualquer outra parte. Sua determinação teria sido a mesma – fazer da dança seu trabalho vital, tendo influências ou não de outra escola, como, por exemplo, a Denishawn School, onde ingressou em 1916.

Para os que lidaram com Martha Graham no período de 1916 a 1923, ela era uma estudante calma e esforçada. A palavra “abandono” era muito usada por suas colegas de então, quando queriam expressar a sua maneira de dançar. “É como se ela tivesse se perdido, ou perdido mesmo a sua identidade aos moldes da dança”, diziam. Martha Graham deu como encerrada a sua necessidade adolescente de movimentos adquiridos, após longos anos com a Denishawn School, aprendendo danças egípcias, hindus, espanholas, indígenas e muitas outras. Era como se tivesse já muito longe de tudo e sentisse uma necessidade crescente de criar e desenvolver.

A sua separação da dança tradicional, entretanto, não se deu tão repentinamente. Ela teve bastante tempo para pensar. Não fez nenhuma conquista nova de movimentos, nem adotou novas técnicas ou criou uma nova escola. Aceitou sim, um convite que lhe apareceu para apresentar-se como solista do Greenwich Village Follies. E aí permaneceu durante o seu contrato de dois anos, o que lhe valeu não somente um progresso muito grande na sua situação financeira, mas o tempo necessário para a sua meditação. Como resultado, surgiu a necessidade premente de fazer laboratórios para complementar a sua experiência. Foi, como já mencionado, na Eastman School of Music, em Rochester, New York, quando foi enquadrada no corpo docente em 1926, que ela o conseguiu. E mais uma vez a sua vida aparece como na sua apresentação em Frontier. Livre de todo passado e partindo para novas experiências, sentiu-se confusa ao tomar consciência dessa total libertação. É que não estava ainda bastante preparada, apesar das suas observações e experiências pessoais.

Por etapas, conseguiu a verdade que pretendia descobrir. Após vários estudos chegou à conclusão que a finalidade do corpo é a de “objetivar em forma física as minhas crenças”. Estava descoberta a sua missão e Martha Graham jamais poderia dançar como os outros tinham dançado, ou lhe ensinado a dançar. Não poderia se alienar, ou alienar uma plateia (talvez já até alienada), só porque essa mesma plateia desejasse ver os mesmos passo de dança ou os mesmos movimentos tradicionais. Sentia-se como um Profeta ou um Messias dançando

uma verdade que ela conhecia e que desejava transmitir. Muitos não a entenderiam, poucos reconheceriam seus propósitos, mas ela ficaria com esses. Talvez, mais cedo ou mais tarde, os outros aderissem à sua verdade e se convertessem, respeitando as suas determinações, como ela própria respeitava os estatutos dos seus próprios princípios.

Os grandes trabalhos de Martha Graham foram apresentados na década de 1928 a 1938, mas ela ainda considerava essa época como um período de testes. E foram assim todos os seus anos de performances. Mesmo depois de aprovados, Martha Graham estava sempre testando, não somente o público, mas as suas experiências.

A expressão “dança moderna” designa um conceito de dança, cuja técnica não se prende a qualquer tradição acadêmica. No entanto, possui um estilo, uma forma, uma técnica facilmente reconhecível, caracterizando-se por ser mais expressiva e menos pantomímica, ou de efeito apenas visual. É difícil defini-la pela simples razão de que surgiu justamente para libertar o dançarino de qualquer definição. No entanto, a dança moderna apoia-se em bases sólidas, tratamento psicológico adulto e um estilo a que se poderia chamar de primitivo, no sentido de buscar princípios de primazia de uma forma de expressão despida de artifícios.

A dança moderna difere de qualquer dança tradicional por sua constante inovação de movimentos e vocabulário. O dançarino crê na possibilidade de encontrar a manifestação física adequada a cada ideia nova que surja. Individualmente, o artista poderá recorrer, de tempos em tempos, aos mesmos gestos e formas de expressão; de um modo geral, porém, a dança moderna adota o princípio de que as ideias, emoções, impulsos e diferentes gamas de valores encontrarão novos movimentos na medida da criação da dança.

É tão difícil prever o futuro da dança moderna como de toda a arte cênica. No entanto, é possível discernir uma ou outra tendência. A dança moderna tem influenciado o ballet de maneira inconfundível e, certamente, continuará a influir através de uma colaboração mais estreita; as duas formas, em se verificando certas concessões, poderão se fundir em algum semipermanente estilo de dança cênica, embora possam igualmente coexistir separadamente, ballet e dança moderna.

Martha Graham representa, para nós, um símbolo de criação, do que se pode fazer com a dança, num sentido de inovação. A sacerdotisa é, sem dúvida alguma, a representante exclusiva de um verdadeiro culto. Seu nome ficou na história da dança com grande merecimento, a despeito de sua própria incredulidade, quando declarou que o seu tipo de dança talvez não tivesse grande aceitação e, por isso mesmo, a duração poderia ser mínima. Mas acrescentou que ficaria muito satisfeita se os seus princípios e as ideias dos seus movimentos pudessem, pelo menos, ser aproveitados.

Mas, ao contrário do seu pensamento, tudo foi aproveitado e bem aceito. A sua preocupação com o mistério, a religião, o mito, as raízes do homem e o sobrenatural fizeram de Martha Graham uma dançarina tida como abstrata, apesar da mesma não usar o abstracionismo como sua forma de dança. Preferia explorar mais as emoções interiores do ser humano, salientando a figura da Terra como uma mãe verdadeira, ao tempo em que apresentava também alguns toques freudianos. Em algumas das suas apresentações, o ritual se fazia presente através de cenas como as antigas festas da vindima.

Todos os seus números sempre cheios de mistérios tinham bem acentuadamente uma intensidade severa, rígida e que ficou até hoje perpetuada na sua obra. Os seus números que incluíam cenas de primitivismo foram apresentados em outras temporadas com um sentido cristão mais intelectualizado e, principalmente, mais espiritual. Usou também outros dançarinos interpretando os mesmos personagens em situações diferentes, dando uma nova dimensão às suas apresentações.

Nos espetáculos de dança onde entrava o elemento grego, inteligentemente usou o coro como ligação entre as diversas passagens da história, conseguindo recompor o tempo, não interrompendo o espetáculo. As suas mensagens na dança eram bastante individuais e distintas e assim continuaram por muito tempo. A expressão era de um verdadeiro conflito do corpo com o próprio corpo. Os seus braços respondiam contrariamente ao primeiro movimento dos mesmos braços, como numa luta constante desses mesmos membros. Era como uma ambientação visual para poder mostrar o verdadeiro conflito do espírito humano, como ela o concebia.

E o mais importante era como conseguia demonstrar claramente tudo aquilo que planejava metodicamente, conscientemente. As suas mensagens sempre foram captadas pelo público com grande rapidez desde a sua aceitação como inovadora espetacular da dança.

Martha Graham apresentava sempre uma coreografia limpa e bem explícita. Alguns dos seus números tinham movimentos duros e lineares nas cenas onde ela explorava mais o ritual. Alguns dos seus dançarinos apresentavam movimentos que muito se assemelhavam aos afrescos dos templos indígenas. A sua fé inexorável e a sua devoção estavam indiretamente estampadas diante dos olhos do público. O realismo das apresentações da grande dançarina deixava muito pouco para que outra, mais tarde, pudesse reproduzi-lo.

E poucas foram as dançarinas que o conseguiram com fidelidade suficiente. Numa reencenação dos seus números, cuidava para que não mudassem nem as cores usadas na primeira apresentação. Os gestos, poses e movimentos eram considerados, mas a originalidade muitas vezes estava ausente do espetáculo.

Muito cuidadosa com todos os elementos numa apresentação, preocupava-se principalmente com a visualidade dos detalhes. Assim ela observava energicamente todos os componentes do corpo de dança, o vestuário, todos os elementos complementares e tudo aquilo que tivesse relação com o seu espetáculo.

Seu respeito pela vida, pela terra, pelos elementos da natureza fez com que se aproximasse cada vez mais da realidade nas suas apresentações. Talvez, por isso mesmo, tivesse sido difícil às pessoas que a substituíram em algumas de suas apresentações, terem o mesmo sucesso e a mesma aceitação que ela.

Não se pode medir em tempo a duração que cada espectador ou crítico pode aguentar, para anos mais tarde escrever ou dizer qualquer coisa do que viu ou assistiu num teatro, principalmente quando se trata de espetáculos de dança. Se bem que algumas pessoas tivessem registrado passagens maravilhosas de suas apresentações diversas. Ainda assim, a dificuldade de interpretação para as novas gerações as torna, às vezes, não muito claras. Mas Martha Graham tem o privilégio de ter, em torno de si, pessoas que estão constantemente fazendo e refazendo estudos sobre o que eles chamam de “o fenômeno da dança, Martha Graham”.

Segundo alguns autores, o fenômeno Martha Graham surgiu com o próprio mito que conseguia fundir, em uma só pessoa, a coreógrafa e a dançarina.

E se bem que tenham feitos estudos sobre a sua personalidade, poucos sabiam que o que ela tinha para oferecer estava sendo feito publicamente. O que interessava a todos era a sua arte pura, o seu trabalho, a sua força de produzir cada vez melhor um espetáculo. As suas tomadas de consciência para com as suas realizações eram postas imediatamente para quem as soubesse apreciar. Nunca deixou de se revelar totalmente diante de sua arte.

Seu trabalho é essencialmente pessoal. Ela soube olhar friamente para tudo o que lhe cercava e usou unicamente o que pensou ser de utilidade para a sua dança. Os seus recursos não tiveram limites. Sabia aproveitar perfeitamente um mínimo detalhe para favorecer a linha ascendente na sua carreira. Bastante introspectiva por natureza, mesmo assim, como artista, soube provar ser uma personalidade simples e acessível a todos.

Os pontos controvertidos do seu temperamento, a sua fértil imaginação e a sua capacidade de trabalho fizeram com que ela pudesse seguir sempre com o seu corpo o que a sua mente comandava. Ela estava sempre lutando com forças opostas, mas era suficientemente forte para saber vencê-las. Dizia sempre, no início da sua carreira, quando lhe convidavam para viajar, que tinha algo para dar à sua terra e que era ainda cedo para sair de lá. Ela é comparada a Picasso na pintura, a Stravinsky na música e a Wright na Arquitetura.

Foi em 1930, quando ela realmente aderiu aos compositores como Kodaly, Toch, Villa Lobos, Honegger, Krenek, Bartok, Schoenberg, Hindemith, Lopatnikoff, Varèse e muito outros. Mas o primeiro que compôs música para Martha Graham foi Louis Horst, inclusive

Primitive Mysteries e Frontier, que fez com que a dançarina desse preferência, a partir de

daquela data, às músicas originais. Sempre procurando por novos compositores, novos desenhistas de cenários e outros técnicos, Martha Graham mostrava-se demasiadamente escrupulosa na renovação constante dos elementos que constituíam suas antigas influências.

De grande inspiração criadora, conseguiu em poucos anos criar, para ela e sua companhia, mais de vinte e cinco coreografias. Em algumas foi bem sucedida, em outras menos. Mesmo assim ficou a certeza de que a sua vontade era bastante forte para saber o que queria fazer e impor, que era incapaz de ceder à vulgaridade ou à cópia para satisfazer a qualquer tipo de público.

Não estava, em absoluto, interessada em coisas menores. Mas qualquer espectador que entrasse no seu teatro podia ter a certeza de ver um esmerado trabalho, um bom gosto muitíssimo apurado e uma arte que insistia principalmente na individualidade humana e responsabilidade. A sua resistência, rigidez e a fé caracterizavam Martha Graham e davam às suas apresentações e aos seus protagonistas muita força e irradiação. É o exemplo de Joana

D‟Arc ou Seraphic Dialogue: uma prova de que, somente pela força de vontade e aceitação

dos seus próprios princípios, poderá chegar a algo de muito importante.

Mas onde havia mais força mesmo, nas suas apresentações, era quando entrava o tema “primitivismo” e havia o ritual com o ciclo da morte, luto e renascimento. Sem ficar presa, entretanto, a nenhum tema, dedicou parte de sua carreira à mitologia grega, onde encontrou laços com as suas próprias experiências. Tinha grande encantamento por Jocasta, a protagonista de Night Journey, por considerá-la uma declaração de amor dentro da grande tragédia.

Trabalhando com grande ímpeto no seu studio, resolveu fazer dele uma escola que tomou o nome de Martha Graham School of Contemporary Dance. Antes trabalhando no

studio sozinha, depois com os membros da sua companhia, transmitiu as técnicas da dança

criada por ela, das suas coreografias e dos estudos sobre as suas performances dos anos 1930 e 1940. Ensinando muitos atores, professores ou pessoas interessadas, a escola vem acolhendo cada vez mais pessoas de profissões diversas e de raças diferentes. Os estudantes vêm de todas as partes do mundo: França, Inglaterra, Tailândia, Coreia, Japão, América do Sul e Central, Grécia, Nova Zelândia, Israel e muitos outros lugares, exclusivamente para estudar na Dance School.

Um centro espetacular de comunicação, dirigido por quem já tinha estudado muito, inclusive teatro, que muito ajudou nesse tipo de diálogo com a plateia.

Um dançarino deve ser realista, dizia, e estar sempre concorrendo com ele mesmo. Faça o trabalho como deve ser feito, ou não volte nunca mais. A técnica é uma espécie de medium para o cultivo do corpo. Assim sua tarefa não é somente aprender a executar uma série de exercícios com o máximo de graça, porém muito mais que isso, é o aperfeiçoamento de um instrumento capaz de responder a qualquer comando artístico.

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