• Nenhum resultado encontrado

III. Casos Clínicos

2. Apresentação dos casos clínicos

2.3. Hiperadrenocorticismo 1 Identificação do animal:

2.3.6. Exames complementares

Os resultados do hemograma indicavam eosinopenia. (tabela 13).

Tabela 13 – Resultados do hemograma do Jonas.

Análises Resultados/ Unidades Valores de referência

Eritrograma Eritrócitos totais 6,9x106/ µl 5,5-8,5 Hemoglobina 17,0 g/dl 12,0-18,0 Hematócrito 47,2 % 37,0-55,0 VCM 68,9 fl 60,0-74,0 HCM 24,8 pg 19,5-24,5 CHCM 36,0 g/dl 31,0-36,0 RDW 15,4 % 12,0-18,0 Leucograma Leucócitos totais (WBC) 12,24x103/µl 6,0-17,0 Neutrófilos 10,6x103/µl 3,0-11,8 Linfócitos 1,1x103/µl 1,0-4,8 Monócitos 0,55x103/µl 0,2-2,0 Eosinófilos 0,02x103/µl (↓) 0,1-1,3 Basófilos 0,01x103/µl 0,0-0,5 Plaquetas Totais 366x103/µl 200-500 MPV 10,7 fl 5,0-15,0

58

Nas análises bioquímicas séricas detetou-se um aumento na atividade sérica da FA (tabela 14).

Tabela 14 – Resultados do perfil bioquímico do Jonas.

Análises Resultados/ Unidades Valores de referência

Proteínas totais 6,23 g/dl 5,4-7,5 Albumina 2,53 g/dl 2,3-3,7 Globulinas 3,7 g/dl 2,7-4,4 Glucose 98,3 mg/dl 76,0-119,0 Creatinina 0,86 mg/dl 0,5-1,7 Ureia 37,6 mg/dl 17,0-60,0

Alanina aminotransferase 81,3 U/l 10,0-109,0

Fosfatase alcalina 614,4 U/l (↑) 10,0-114,0

Bilirrubina total 0,18 mg/dl 0,10-0,63 Ionograma Sódio 146,0 mEq/l 142,0-152,0 Potássio 4,7 mEq/l 3,9-5,1 Cloro 112,0 mEq/l 110,0-124,0 Cálcio 9,7 mg/dl 9,1-11,7 Fósforo 4,11 mg/dl 2,9-5,3

Foi realizada uma ecografia abdominal, onde foi possível visualizar a bexiga com parede espessada. Avaliou-se também o fígado, mas não foram observadas alterações significativas, assim como as glândulas adrenais, que pareciam estar aumentadas de tamanho (Fig. 20).

Figura 20 – Imagem ecográfica das glândulas adrenais do Jonas (Fotografias gentilmente cedidas pelo

HVB).

Foi recolhida urina por cistocentese para análise. Todos os parâmetros estavam dentro da normalidade com exceção da densidade urinária que era de 1,004, da presença de nitritos e da proteinúria (tabela 15).

59

Tabela 15 – Resultados da análise de urina do Jonas

Análises Resultados/Unidades Valores de referência

Análise de urina tipo I

Cor Âmbar Âmbar

Turbidez Transparente Transparente

Densidade 1,004

pH 7,0 Geralmente ácido

Leucócitos Negativo Negativos

Nitritos Positivo Negativos

Proteínas 1+ Negativos

Glucose Negativo Negativos

Corpos cetónicos Negativo Negativos

Urubilinogénio Negativo Negativos

Bilirrubina Negativo Negativos a 1+

Sangue/hemoglobina Negativo Negativos

Realizou-se o teste de estimulação com a ACTH (Fig. 21), cujo resultado está indicado na tabela 16.

Figura 21 – Administração de ACTH e recolha de sangue para a realização do teste de estimulação com

ACTH (Fotografias gentilmente cedidas pelo HVB).

Tabela 16 – Resultados do teste de estimulação com ACTH do Jonas.

Análises Resultados/unidades Valores de referência

Teste de estimulação com a ACTH

Cortisol 0 horas 8,1 µg/dl (↑) 0,5-3,0

Cortisol 1 hora 19,2 µg/dl (↑) 6,0-17,0

Realizou-se também o teste de supressão com dexametasona a doses baixas, cujo resultado está indicado na tabela 17.

Tabela 17 – Resultados do teste de supressão com Dexametasona a doses baixas do Jonas.

Análises Resultados/unidades Valores de referência

Teste de supressão com Dexametasona a doses baixas

Cortisol 0 horas 12,9 µg/dl (↑) 0,5-3,0

Cortisol 4 horas 3,65 µg/dl

60

2.3.7. Diagnóstico:

Com base na história clínica, exame físico e exames complementares foi possível estabelecer o diagnóstico de HAC de origem hipofisária.

2.3.8. Tratamento:

Procedeu-se à tricotomia e desinfeção das lacerações provocadas pelas mordeduras. Foi- lhe administrado 10 mg/kg de Amoxicilina + Ácido Clavulânico 10+2,5 mg/kg (Clamoxyl®), PO, BID, durante 10 dias; Bacitracina® pomada para aplicar nas feridas, após desinfeção das mesmas com povidona iodada (Betadine®) diluída, BID; 1 gota de Diclofenaco sódico colírio (Voltaren®), BID, durante 3 dias; 60 mg de Trilostano (Vetoryl®), PO, SID.

2.3.9. Acompanhamento:

O Jonas regressou 10 dias depois para realizar novo teste de estimulação com ACTH, para controlo (tabela 18). Os valores deste teste estavam dentro dos valores normais para animais que iniciaram a terapia com Trilostano. Manteve-se a mesma dose deste fármaco.

Tabela 18 – Resultados do teste de estimulação com ACTH, para controlo.

Análises Resultados/unidades Valores de referência

Teste de estimulação com a ACTH

Cortisol 0 horas 1,6 µg/dl 0,5-3,0

Cortisol 1 hora 4,4 µg/dl 6,0-17,0

O proprietário foi aconselhado a trazer o Jonas ao hospital para efetuar controlos mensais, por medição dos níveis de cortisol após estimulação com a ACTH e para efetuar possíveis ajustes na dose de Trilostano.

Infelizmente o Jonas não regressou ao hospital para efetuar esses controlos e o proprietário não notificou o hospital sobre o estado de saúde do animal.

2.3.10. Discussão:

O HAC é causado por um excesso de produção de cortisol endógeno ou por uma administração excessiva de corticosteroides e classifica-se como dependente da hipófise (tumores hipofisários), dependente da adrenocortical (tumores adrenocorticais) ou

61

iatrogénico (administração excessiva de glucocorticoides) (Pond, 1982; Nelson e Couto, 2000).

Esta doença ocorre em cães com mais de 6 anos, porém já foi relatada em animais com cerca de 1 ano de idade. Não parece haver predisposição sexual, mas certas raças são mais afetadas pelo HAC (Nelson e Couto, 2000). O Jonas pertence à faixa etária mais afetada e a uma das raças predispostas a ter esta doença.

Os sinais clínicos típicos do HAC são: PU/PD; polifagia, letargia, dispneia, fraqueza muscular, abdómen pendular com distensão das veias abdominais, alopécia bilateral simétrica, pele fina e com comedos, hiperpigmentação e hiperqueratose (Pond, 1982; Ettinger e Feldman, 1992; Nelson e couto, 2000; Feldman, 2012). Inicialmente o Jonas foi trazido ao hospital por ter sido atacado por outro cão, porém o seu abdómen pendular, o excesso de peso, a presença de PU/PD, a polifagia e o seu pelo em mau estado levantaram a suspeita de HAC.

A PU/PD é um sinal clínico extremamente frequente em cães com HAC e parece surgir devido a um número variado de mecanismos que se traduzem na inibição da secreção e da ação da ADH, devido à elevada concentração circulante de glucocorticoides, porém estes ainda não estão bem esclarecidos: pode ser uma forma de DIC devido a um défice na libertação da ADH, pode ser uma forma de DIN devido a uma falha na resposta tubular a esta hormona ou pode ser de origem psicogénica (Nichols, 2000; Cohen e Post, 2002; Feldman e Nelson, 2004; Peterson e Nichols, 2004; Coppo, 2009; Thomason e Hoover, 2009).

As alterações decorrentes do exame físico ajudam a estabelecer um diagnóstico (Nelson e Couto, 2000). Pode ocorrer hepatomegalia devido a uma hepatopatia esteroide (Pond, 1982; Nelson e Couto, 2000).

A DU na maioria dos casos de HAC é inferior a 1,015 e pode ser tão baixa como 1,001 e por vezes pode surgir glicosúria, proteinúria e alterações compatíveis com uma infeção das vias urinárias (Pond, 1982; Ettinger e Feldman, 1992; Nelson e Couto, 2000; Feldman, 2012). No caso do Jonas a análise de urina revelou proteinúria, presença de nitritos e uma DU muito baixa.

62

O hemograma pode revelar leucocitose, eosinopenia, linfopenia, uma neutrofilia relativa e monocitose, no caso dos canídeos (leucograma de stresse) (Pond, 1982). O Jonas porém só apresentava eosinopenia.

Nas análises bioquímicas séricas de rotina surgem alterações que incluem um aumento da atividade sérica da FA e da ALT, um aumento na concentração sérica de colesterol e uma diminuição da concentração sérica de ureia (Pond, 1982; Ettinger e Feldman, 1992; Nelson e Couto, 2000; Feldman, 2012). Ocasionalmente pode surgir hiperglicemia (Pond, 1982). Relativamente aos resultados do perfil bioquímico sérico o Jonas só apresentava um aumento da atividade sérica da FA.

Na ecografia abdominal pode-se observar um aumento do contraste abdominal, secundário ao aumento na distribuição da gordura, uma hepatomegalia e uma bexiga urinária de grandes dimensões, devido ao estado poliúrico. Avalia-se também a presença de cálculos vesicais ou massas e o tamanho e forma das glândulas adrenais. No exame radiográfico abdominal o padrão mais importante, mas menos frequente é a presença de uma massa de tecido mole ou uma calcificação na região de uma das glândulas adrenais, sugestivo de um tumor. Na radiografia torácica pode-se encontrar metástases deste tumor no parênquima pulmonar. Pode-se ainda utilizar a TC e a RM para avaliar o tamanho e a simetria das glândulas adrenais e investigar a presença de um possível macroadenoma pituitário (Nelson e Couto, 2000). No caso do Jonas a ecografia abdominal não revelou alterações, com exceção de um aumento das glândulas adrenais e espessamento da parede da bexiga. Não foram realizadas radiografias torácicas, TC nem RM.

A confirmação deste diagnóstico requer a realização de testes apropriados para a função da hipófise e das adrenais que medem os níveis sanguíneos de cortisol antes e depois da administração dos fármacos, tais como o teste de estimulação com a ACTH e o teste de supressão com dexametasona a doses baixas (Pond, 1982; Ettinger e Feldman, 1992; Nelson e Couto, 2000; Feldman, 2012). No primeiro teste, concentrações de cortisol entre os 17 e os 24 µg/dl uma hora após administração de ACTH são sugestivas de HAC, enquanto no segundo teste, concentrações iguais ou superiores a 1,4 µg/dl às 8 horas após administração de dexametasona são sugestivas de HAC e se a concentração às 4 e 8 horas for inferior a 50% do nível de cortisol basal é sugestivo de HAC dependente da hipófise. Podem ser realizados estudos mais específicos para distinguir

63

entre o HAC dependente da hipófise ou um tumor adrenocortical, como a prova de supressão com dexametasona a doses baixas, a prova de supressão com dexametasona a doses altas e a medição da concentração basal da ACTH endógena (Nelson e Couto, 2000). No caso do Jonas efetuaram-se os testes de estimulação com ACTH e de supressão com dexametasona, a doses baixas, que deram positivos, permitindo efetuar- se o diagnóstico de HAC de origem hipofisária.

No tratamento do HAC de origem hipofisária existem 3 opções: o tratamento médico com trilostano, mitotano, ketoconazol ou l-deprenyl; o tratamento cirúrgico que consiste na hipofisectomia e a radioterapia (Nelson e Couto, 2000). Quando a escolha terapêutica recai sobre o tratamento médico, devem ser efetuados controlos regulares, recorrendo ao teste de estimulação com ACTH, para possíveis ajustes de dose do fármaco. No caso do Jonas foi realizado o tratamento médico com Trilostano. Foi efetuado um controlo cerca de 10 dias depois de se iniciar o tratamento. Mas infelizmente o Jonas não voltou a aparecer no hospital, pelo que não foi possível aferir sobre o estado de saúde e resultados do tratamento.

O prognóstico depende do tipo de HAC diagnosticado. Nos casos de HAC dependente da hipófise, do qual o Jonas padecia, o prognóstico depende da idade, do estado de saúde global do animal e do compromisso que o proprietário assume no que diz respeito ao tratamento (Nelson e Couto, 2000). Uma vez que o Jonas não regressou ao HVB pode-se considerar que neste caso o prognóstico seria reservado, uma vez que o animal não estava a ser corretamente controlado.

64

IV. Conclusão

 A PU/PD é um dos sinais clínicos mais frequentes na clinica de animais de companhia;

 Uma vez que a lista de diagnósticos diferenciais é tão vasta é necessário que a abordagem diagnóstica seja lógica e sistemática;

 O tratamento e o prognóstico, associados a esta síndrome, estão dependentes e variam com a causa subjacente;

 A abordagem diagnóstica desta síndrome é trabalhosa, demorada, difícil e dispendiosa, pelo que se torna necessário elucidar o proprietário do animal afectado de todos os passos que devem ser efectuados, para que se chegue a um diagnóstico.

 É necessário que o proprietário tenha disponibilidade para assumir o compromisso terapêutico, para que o prognóstico possa ser o melhor possível e o animal possa viver com qualidade de vida.

65

V. Bibliografia

Aroch I, Mazaki-Tovi M, Shemesh O, et al: Central diabetes insipidus in 5 cats – Clinical presentation, diagnosis and oral desmopressin therapy. J Feline Med Surg 7: 333-339, 2005.

Barsanti J, DiBartola SP, Finco DR: Diagnostic approach to polyuria and polydipsia. Kirk´s Current Veterinary Therapy XIII Small Animal Practice, ed. JD Bonagura, WB Saunders, Philadelphia, 831-835, 2000.

Baylis PH, Heath DA: Plasma-arginine-vasopressin response to insulin-induced hypoglycaemia. Lancet 2: 428-430, 1977.

Bedford JJ, Weggery S, Ellis G, McDonald FJ, Joyce PR, Leader JP, Walker RJ: Lithium-induced nephrogenic diabetes insipidus: renal effects of amiloride. Clin J Am Soc Nephrol 3: 1324-1331, 2008.

Behrend EN: Managing diabetes insipidus and other causes of polyuria and polydipsia. Vet Med 97: 753-761, 2002.

Behrend EN: Diagnosis of Polyuria/Polidipsia – case-based approach. Proceeding of the NAVC North American Veterinary Conference. Orlando, Florida, 315-317, 2005.

Berl T, Robertson GL: Pathophysiology of water metabolism. Brenenr BM, ed. Brenner e Rector’s The Kidney, 6ª ed. Saunders, Philadelphia, 866-925, 2000. Birnbaumer M: Vasopressin recetor mutations and nephrogenic diabetes insipidus. Arch Med Res 30: 465-474, 1999.

Birnbaumer M: Vasopressin receptors. Trends Endocrinol Metab 11: 406-410, 2000. Boove KC: Pathophysiology of water metabolism. Boove KC, ed. Canine Nephrology, Nova Iorque, Harwal Publishing, 327-336, 1984.

Breitschwerdt EB: Clinical abnormalities of urine concentration and dilution. Comp on Cont Educ for the PractVet 3: 412-414, 1981.

66

Chew DJ, DiBartola SP: Diagnosis and pathophysiology of renal disease. Ettinger SJ, ed. Textbook of Veterinary Internal Medicine, 3ª ed. Saunders, Filadélfia, 1893- 1961, 1989.

Cohen M, Post GS: Water transport in the kidney and nefrogenic diabetes insipidus. J Vet Intern Med 16: 510-517, 2002.

Coppo JA, Mussart NB, Slanac AL: Modificaciones bioquímicas resgistradas en perros intoxicados con vitamin D. Pet’s Ciencia 13: 97-106, 1997.

Coppo JA: Fisiologia comparada del medio interno. EUCASA, Salta, 310, 2008. Coppo JA: El desafío diagnóstico del síndrome poliuria-polidipsia. Rev. vet. 20: 146-153, 2009.

Court MH, Watson AD: Idiopathic neurogenic diabetes insipidus in a cat. Aust Vet J 60: 245-247, 1983.

Deen PMT, van Balkom BWM, Kamsteeg E-J: Routing of the aquaporin-2 water channel in health and disease. Eur J Cell Biol 79: 523-530, 2000.

DiBartola SP: Disorders of sodium and water – Hypernatremia and hyponatremia. Fluid Therapy in Small Animal Practice, 3ª ed., ed. SP DiBartola, Elsevier, Filadélfia, 47-79, 2006.

Dillingham MA, Anderson RJ: Inhibition of vasopressin action by atrial natriuretic fator. Science 231: 1572-1573, 1986.

Duncan JR, Prasse KW: Examen clínico de la orina. El laboratorio en medicina veterinaria (Tasker JB ed.), Hemisferio Sur, Buenos Aires, 292, 1985.

Dunn JK: Differential diagnosis of polyuria and polydipsia. Hutchinson M, ed. Manual of Small Animal Endocrinology, 1ª ed. Amherst Offset Ltd. Worthing, 155- 167, 1990.

Dunn JK: The dog with polydipsia and polyuria. BSAVA Manual of Small Animal Endocrinology, 2ª ed. AG Torrance and CT Mooney, BSAVA, Cheltenham, 3-9, 1998.

67

Ettinger SJ, Feldman EC: Polyuria and Polydipsia. Textbook of Veterinary Internal Medicine, 6ª ed., Vol 1, capítulo 28, 102-105, 1992.

Ettinger ST: Polyuria and polydipsia. Pocket companion to Textbook of Veterinary Internal Medicine, 5ª ed., WB Saunders Company, capitulo 24, 40-42, 2001.

Feldman EC, Nelson RW: Diagnostic approach to polydipsia and polyuria. Vet Clin North Am Small Anim Pract 19: 327-341, 1989.

Feldman EC, Nelson RW: Water metabolism and diabetes insipidus. Canine and Feline Endocrinology and Reproduction, 3ª ed., ed. EC Feldman e RW Nelson, WB Saunders, Filadélfia, 2-44, 2004.

Feldman EC: Polyuria and polydipsia. Comunicação no VIII Congresso do Hospital Veterinário Montenegro, 1-10, 2012.

Fossum TW: Surgery of the Reproductive and Genital Systems. Small Animal Surgery, 3ª ed., 737-742, 2007.

Giebisch G, Windhager E: Urine concentration and dilution. Boron WF, Boulpaep EL. Medical Physiology. A Cellular and Molecular Approach, 1ª ed. Saunders, Filadélfia, 828-844, 2003b.

Grauer GF, Nichols CER: Ascites, renal abnormalities and electrolyte and acid- and base disorders associated with liver disease. Vet Clin North Am Small Anim Pract 15: 197-214, 1985.

Grauer GF, Pitts RP: Primary polydipsia in three dogs with portosystemic shunts. JAAHA 23: 197-200, 1987.

Greco DS: Diagnosis of diabetes mellitus in cats and dogs. Vet Clin North Am Small Anim Pract 31, 845-853, 2001.

Greene CE, Sykes JE, Brown CA, et al: Leptospirosis- Infectious Diseases of the dog and cat, 3ª ed., ed. Greene CE, Elsevier, Filadélfia, 402-417, 2006.

Gulikers, KO, Monroe, WE. Vigilância de cães diabéticos, 1ª parte: curvas de glicémia, Vet Med., 6, 54-62, 2004a.

68

Gullikers, KO, Monroe, WE: Vigilância de cães diabéticos, 2ª Parte – Concentrações de hemoglobina glicosilada e frutosamina, Vet Med., 6, 63-66, 2004b.

Harb FH, Nelson RW, Feldman EC, et al: Central diabetes insipidus in dogs – 20 cases (1986-1995). JAVMA 209: 1884-1888, 1996.

Hardy RM, Osborne CA: Water deprivation test in a dog – maximal normal values. J Am Vet Med Assoc 174: 479-483, 1979.

Hardy RM: Polydipsia and Polyuria – a diagnostic dilemma. Disorders of water metabolism. Vet Clin North Am Small Anim Pract 12: 353-373, 1982.

Hardy RM, Osborne CA: Síndromes poliúricos. Terapéutica veterinaria (Kirk RW ed.), Continental, México, 1060-1064, 1984.

Harkin KR, Gartrell CL: Canine lepstospirosis in New Jersey and Michigan – 17 cases (1990-1995). JAAHA 32: 495-501, 1996.

Harkin KR, Roshto YM, Sullivan JT: Clinical application of polymerase chain reaction assay for diagnosis of leptospirosis in dogs. JAVMA 222: 1224-1229, 2003.

Henderson SM, Elwood CM: A potencial causal association between gastrointestinal disease and primary polyuria in three dogs. J Small Anim Pract 44: 280-284, 2003.

Herritage ME: Canine hyperadenocorticism. Manual of Small Animal Endocrinology. Eds AG Torrance and CT Mooney. Cheltenham, BSAVA Publications: 55-74, 1998.

Iitake K, Share L, Crofton JT, Brooks DP, Ouchi Y, Blaine EH: Central atrial natriuretic fator reduces vasopressin secretion in the rat. Endocrinology 119: 438- 440, 1986.

Joles JA, Mulnix JA: Polyuria and polydipsia. Kirk RW, ed. Current Veterinary Therapy VI, Filadélfia, WB Saunders, 1050-1054, 1977.

69

Jonhston SD, Root Kustritz MV, Olson PNS: Disorders of the canine uterus and uterine tubes. Canine and Feline Theriogenology, ed. Jonhston SD, Root Kustritz MV, Olson PNS, Philadelphia, 206-224, 2001.

JØrgensen H, Knigge U, Kjaer A, Warberg J: Serotonergic involvement in stress- induced vasopressin and oxytocin secretion. Eur J Endocrinol 147: 815-824, 2002. Kaft W: Diagnostic procedure in polydipsia. Tierarztl Prax 20: 460-461, 1992. Knepper MA: Molecular physiology of urinary concentrating mechanism – regulation of aquaporin water channels by vasopressin. Am J Physiol Renal Physiol 272: F3-F12, 1997.

Konde LJ: Sonography of the kidney. Vet Clin North Am Small Anim Pract 15: 1149-1158, 1985.

Langston CE, Heuter KJ: Leptospirosis – A reemerging zoonotic disease. Vet Clin North Am Small Anim Pract 33: 791-807, 2003.

Lewis DC, Dhein CR: A practical approach to diagnosis and management of the polyuric pet. Vet Med 86: 30-46, 1991.

Luke RG: Chronic renal failure. Goldman L, Bennet JC, ed. Cecil Textbook of Medicine, 21ª ed. Saunders, Filadélfia, 571-578, 2000.

Lunn KF, James KM: Normal and Abnormal Water Balance - Polyuria and Polydipsia. Compendium: 612-623, 2007.

Luzius H, Jans DA, Grunbaum E-G, Moritz A, Rascher W, Fahrenholz F: A low affinity vasopressin V2-recetor in inherited nephrogenic diabetes insipidus. J Recept

Res 12: 351-368, 1992.

Marples D, Frokiaer J, Nielsen S: Long-term regulation of aquaporins in the kidney. Am J Physiol 276: F331-F339, 1999.

McKenna K, Thompson C: Osmoregulation in clinical disorders of thirst appreciation. Clin Endocrinol 49: 139-152, 1998.

Meij BP: Hypophysectomy as a treatment for canine and feline Cushing’s disease. Veterinary Clinics of North America – Small Animal Practice 31: 1015-1041, 2001.

70

Meric SM: Polyuria and polydipsia. Ettinger SJ, Feldman EC, eds. Textbook of Veterinary Internal Medicine, 4ª ed. Saunders. Philadelphia, 159-163, 1995.

Meyer DJ: El laboratorio en medicina veterinaria, 2ª ed., Inter-Médica, Buenos Aires, 397, 2000.

Mulnix JA, Rijnberk A, Hendriks HJ: Evaluation of a modified water-depravation test for diagnosis of polyuric disorders in dogs. JAVMA 169: 1327-1330, 1976. Nelson RW, Couto CG: Medicina Interna de animales pequeños, 2ª ed., Inter- Médica, Buenos Aires, 630-636, 2000.

Nelson RW: Diabetes mellitus. Ettinger SJ, Feldman EC, eds. Textbook of Veterinary Internal Medicine, 6ª ed. Saunders. Philadelphia, 1563-1591, 2005. Nichols CER: Endocrine and metabolic causes of polyuria and polydipsia. Kirk RW, ed. Current Veterinary Therapy XI. Philadelphia, WB Saunders, 293-301, 1992. Nichols R, Hohenhaus AE: Use of the vasopressin analogue desmopressin for polyuria and bleeding disorders. J Am Vet Med Assoc 205: 168-173, 1994.

Nichols R: Clinical use of the vasopressin analogue DDAVP for the diagnosis and treatment of diabetes insipidus in Bonagura JD (ed): Kirk’s Current Veterinary Therapy XIII. Philadelphia, WB Saunders, 325-326, 2000.

Nichols R: Polyuria and polydipsia – Problems associated with patient evaluation. Vet Clin North Am Small Anim Pract 31: 833-844, 2001.

Olenick CL: Congenital renal dysplasia and psychogenic polydipsia in a Bernese mountain dog. Can Vet J, Vol 40, 425-426, 1999.

Oksche A, Rosenthal W: The molecular basis of nephrogenic diabetes insipidus. J Mol Med 76: 326-337, 1998.

Peterson ME, Kintzer PP, Cavanagh PG, et al: Feline hyperthyroidism - pretreatment clinical and laboratory evaluation of 131 cases. J Am Vet Med Assoc 183: 103-110, 1983.

Peterson ME: Hyperadrenocorticism. Vet Clin North Am Small Animn Pract 14: 731-749, 1984.

71

Peterson ME, Kintzer PP, Hurley JR, Becker DV: Radioactive iodine treatment of a functional thyroid carcinoma producing hyperthyroidism in a dog. J Vet Intern Med 3: 20-25, 1989.

Peterson ME, Nichols R: Investigation of polyuria and polydipsia. BSAVA Manual of Canine and Feline Endocrinology, 3ª ed., C Mooney e ME Peterson, 16-25, 2004. Peterson ME: Polyuria & Polydipsia in dogs and cats – diagnostic approach. 84th Annual Western Veterinary Conference, 1-9, 2012.

Planellas Bachs M: Poliuria-polidipsia. Plub. Hosp. Clín. Fac. Veterinaria Barcelona, http://minnie.uab.es/~veteri/21233/Classe%20de%20MI%2024M.pdf, 2008.

Polzin DJ, Osborne CA: Pathophysiology of renal failure and uremia. Canine and feline nephrology and urology (Osborne CA, Finco DR ed.), William & Wilkins, Baltimore, 335, 1995.

Pond EC: Differential diagnosis of polyuria-polydipsia in dogs and cats. In Practice, 119-127, 1982.

Raff H, Shinsako J, Keil LC, Dallman MF: Vasopressin, ACTH and corticosteroids during hypercapnia and graded hypoxia in dogs. Am J Physiol 244: E453-E458, 1983.

Ramsey IK, Dennis R, Herrtage ME: Concurrent central diabetes insipidus and panhypopituitarism in a German Shepherd dog. J Small Anim Pract 40: 271-274, 1999.

Ramsey I, McGrotty Y: Investigation of polyuria and polydipsia in the dog. In Practice 24: 434-441, 2002.

Rand JS, Marshall RD: Diabetes mellitus in cats. Vet Clin North Am Small Anim Pract, 35, 211-224, 2005b.

Rand JS, Martin GS: Management of feline diabetes mellitus. Vet Clin North Am Small Anim Pract, 31: 881-914, 2001.

72

Reeves WB, Andreoli TE: The posterior pituitary and water metabolism. Wilson JD, Foster Dw, eds. Williams Textbook of Endocrinology, 8ª ed. Saunders, Philadelphia, 311-356, 1992.

Rijnberk A: Hypothalamus-pituitary system. Rijnberk A, ed. Clinical Endocrinology of Dogs and Cats. Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, 11-34, 1996a.

Rijnberk A: Thyroids. Rijnberk A, ed. Clinical Endocrinology of Dogs and Cats.

Documentos relacionados