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Excesso no estudo

No documento Mente, Caráter e Personalidade 2 (páginas 181-200)

Devemos preservar o poder da mente

Eu creio, eu creio que o Senhor ouve minhas orações, e então vou para o trabalho para atender minhas orações que, estou certa, são expressão do pensamento do Senhor. Estou de bom ânimo. Não sobrecarreguemos as forças que o Senhor nos deu. Devemos pre-servar nosso poder mental. Se abusarmos deste poder, não teremos depósito do qual sacar em ocasiões de emergência. —Counsels to Parents, Teachers, and Students, 150 (1903).

Necessita-se de prudência ao escolher o regime mental

A acumulação de muitos livros para estudo, muitas vezes in-terpõe entre Deus e o homem um montão de conhecimentos que enfraquece o espírito e o torna incapaz de assimilar aquilo que já recebeu. A mente torna-se dispéptica. É preciso discernimento para que o homem possa escolher bem entre esses muitos autores e a Palavra da vida, a fim de que coma a carne e beba o sangue do Filho de Deus. —Testimonies for the Church 7:205 (1902);Testemunhos Selectos 3:189.

Encurta a vida

Aos que estão desejosos de se tornarem obreiros eficientes na causa de Deus, desejo dizer: Se estais impondo uma quantidade indevida de trabalho ao cérebro, imaginando que vos atrasareis a menos que estudeis em todo o tempo, deveis imediatamente mudar

vossa idéia e procedimento. A menos que seja exercido maior cui- [507]

dado neste particular, haverá muitos que descerão prematuramente à tumba. —Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 296 (1913).

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Excesso de concentração desgasta órgãos vitais

O poder de concentrar a mente em um só assunto com exclusão de todos os outros, é bom até certo ponto; mas o constante exercí-cio dessa faculdade desgasta os órgãos que são chamados ao uso para fazer essa obra; lança sobre eles uma sobrecarga demasiado grande, e o resultado é o fracasso quanto a realizar maior quantidade de benefício. O desgaste principal se dá em certa série de órgãos, ao passo que os outros ficam inativos. Deste modo a mente não pode operar saudavelmente, e, em conseqüência, é abreviada a vida. —Testimonies for the Church 3:34 (1872);Testemunhos Selectos 1:295.

A mente sobrecarregada abre portas à tentação

Os estudantes que se aplicam exclusivamente a trabalho mental na sala de aulas, pelo confinamento prejudicam toda a maquinaria viva. Cansa-se o cérebro, e Satanás insinua toda uma lista de tenta-ções, incitando-os a empenhar-se em condescendências proibidas, para que tenham uma variação, uma válvula de escape. Cedendo a essas tentações, cometem atos errados que prejudicam a si mesmos e causam dano a outros. Isto pode ser feito como simples esporte [brincadeira]. O cérebro está ativo, e eles desejam fazer alguma travessura. Mas então alguém tem de empenhar-se em reparar o mal que eles fizeram, quando tentados. —Counsels to Parents, Teachers, and Students, 103 (1897).

Sobrecarregar a mente causa imaginação enfermiça

Foram-me apresentados os métodos apropriados. Que os estu-dantes aliem aos empenhos mentais as faculdades físicas e morais. Operem eles a maquinaria viva proporcionalmente. A constante atividade do cérebro é um erro. Eu desejaria poder expressar em palavras justamente o que tornasse claro o assunto. A constante atuação do cérebro é causa de uma imaginação doentia. Isto leva à dissipação. A educação de cinco anos nessa linha única não é de tanto valor como uma educação variada de um ano que seja. —Counsels to Parents, Teachers, and Students, 76 (1897).

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Estudo demasiado leva à depravação

Evita excitar o cérebro. O estudo demasiado estimula o cérebro e aumenta o fluxo de sangue para ele. O resultado certo disso é o vício, a depravação. Não pode o cérebro ser excitado indevidamente sem produzir pensamentos e ações impuros. O sistema nervoso todo é afetado, e isto leva à impureza. As faculdades físicas e mentais se depravam, e é poluído o templo do Espírito Santo. São comunicadas as práticas más, e as conseqüências não podem ser calculadas. Sou compelida a falar claro sobre este assunto. —Counsels to Parents, Teachers, and Students, 145 (1897).

Coração e cérebro têm de ter descanso (conselho a um pastor sobrecarregado)

Conserva livre e desimpedido o conduto, para o afluxo do Es-pírito Santo. O que quer que aconteça, conserva a mente firme em Deus, e de modo algum fiques confuso.

Ao falar contigo na calada da noite, vi que estavas cerebralmente cansado, e disse-te: Lança sobre o Senhor todo o cuidado, pois Ele cuida de ti. Depõe todas as tuas cargas e perplexidades sobre o Portador de fardos. A paz de Cristo no coração vale-nos mais do que qualquer outra coisa. ...

Advirto-te a que sejas cuidadoso. Peço-te que deponhas a carga; livra-te dos muitos fardos e perplexidades que te impedem de dar descanso ao coração e ao cérebro. Lembra-te de que há necessidade de dar atenção a assuntos de interesse eterno. —Counsels to Parents, Teachers, and Students, 19 (1904).

Doença resultante da sobrecarga mental

Os que se acham esgotados em virtude de trabalho mental, devem repousar dos pensamentos fatigantes; mas não devem ser levados a crer que seja perigoso usar de algum nodo as faculdades mentais. Muitos são inclinados a considerar seu estado pior do que na reali-dade é. Este estado de espírito não é favorável à cura, e não deve ser animado.

Ministros, professores, alunos, e outros obreiros intelectuais, sofrem freqüentemente doenças provenientes de pesado esforço

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mental não atenuado pelo exercício físico. O que essas pessoas

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precisam é de uma vida mais ativa. Hábitos de estrita temperança no viver, ao lado do conveniente exercício, assegurariam vigor tanto físico como mental, dando capacidade de resistência a todos os obreiros que trabalham com o cérebro. —A Ciência do Bom Viver, 238 (1905).

Há que preservar a harmonia entre as faculdades mental e física

Nós ganhamos ou perdemos força física justamente em propor-ção com o modo em que tratamos o corpo. Se a maior parte do tempo é dedicada ao trabalho cerebral, os órgãos da imaginação perdem sua frescura e poder, enquanto os órgãos físicos perdem seu tono sadio. Se for posto em atividade constante, o cérebro torna-se morbidamente excitado, enquanto o sistema muscular se enfraquece por falta de exercício. Há manifesta perda de força e aumento da debilidade, o que, oportunamente, faz notada sua influência sobre o cérebro. Tanto quanto possível, deve-se preservar a harmonia entre as faculdades físicas e as mentais. Isto é necessário, para a saúde do organismo todo. — Counsels to Parents, Teachers, and Students, 53 (1898).

Capítulo 55 — Dor

Não é Deus quem causa a dor

Mostrai que não é Deus quem causa a dor e o sofrimento, mas o homem, por sua própria ignorância e pecado trouxe sobre si esse estado de coisas. —Testimonies for the Church 6:280 (1900).

O pecado produziu a dor

A contínua transgressão do homem, por seis mil anos, acarretou doença e morte como seus frutos. E ao nos aproximarmos do fim do tempo, a tentação de Satanás, de condescendermos com o apetite, será mais poderosa, e mais difícil de ser vencida. —Testimonies for the Church 3:492 (1875); Testemunhos Selectos 1:421.

Dores e sofrimento, protesto da natureza

Muitos vivem em violação das leis da saúde, e ignoram a relação que seus hábitos de comer, beber e trabalhar mantêm para com a saúde. Não despertam ao reconhecimento de seu verdadeiro estado até que a natureza proteste contra os abusos que sofre, por meio de dores e moléstias no organismo. Se, mesmo então, os sofredo-res tão-somente começassem direito o trabalho e recorsofredo-ressem aos meios simples que têm negligenciado — o uso da água e o regime alimentar adequado — a natureza receberia justamente o auxílio que ela requer, e que deveria ter recebido há muito. Se for seguido esse procedimento, em geral o doente se recuperará sem ficar debilitado. — Healthful Living, (parte 3) 61 (1865); Mensagens Escolhidas

2:451. [511]

A intemperança causa sofrimento

Muitos são tão devotados à intemperança que sob condição ne-nhuma mudam seu procedimento de condescender com a glutonaria;

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prefeririam sacrificar a saúde e morrer prematuramente, a restringir o intemperante apetite. E muitos há que são ignorantes da relação que seu comer e beber têm com a saúde. Pudessem esses ser escla-recidos, e talvez tivessem coragem moral para negar-se ao apetite, e comer mais comedidamente, e unicamente da espécie de alimento saudável, poupando-se, por seu procedimento, grande quantidade de sofrimento. —Spiritual Gifts 4:130 (1864);Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 158.

Dor causada por processos de restauração

A dor é freqüentemente causada pelo esforço da natureza de proporcionar vida e vigor às partes que se tornaram parcialmente sem vida, devido à inação. — Testimonies for the Church 3:78 (1872).

O sofrimento exacerbado pela atitude mental (mensagem pessoal)

Se tivesses negado teu gosto pela leitura e pela satisfação de agradar-te a ti mesma, dedicando mais tempo a prudente exercício físico e tomando cuidadosamente alimento apropriado e saudável, terias evitado muito sofrimento. Parte desse sofrimento tem sido imaginário. Se tivesses retesado a mente, para resistir a essa dis-posição de ceder a fraquezas, não terias tido espasmos nervosos. Tua mente deve ser afastada de ti mesma, e dirigida para deveres domésticos, mantendo a casa em boa ordem, com simplicidade e bom gosto. —Testimonies for the Church 2:434 (1870).

Tendência dos sofredores de se tornar impacientes

Os sofredores... podem fazer por si mesmos o que outros não podem por eles fazer tão bem. Devem começar a aliviar a natureza da carga que lhe impuseram. Devem remover a causa. Jejuem por breve tempo, dando ao estômago ocasião para descansar. Reduzam o estado febril do organismo mediante cuidadosa e sensata aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta por livrar de impurezas o organismo.

Dor clxxxiii

Mas geralmente as pessoas que sofrem dores, ficam impacien-tes. Não estão dispostas a usar de abnegação e sofrer um pouco de fome. Tampouco estão dispostas a esperar o lento processo da natureza, para reconstruir as energias sobrecarregadas do organismo. Estão, porém, resolvidas a obter alívio imediato, e tomam drogas fortíssimas. — Healthful Living, (Parte 3) 60 (1866); Mensagens Escolhidas 2:450, 451.

Sofrimento sobre o qual não temos controle

Há os que têm mente pura e são conscienciosos, que sofrem por diferentes causas sobre as quais não têm domínio. — An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 23 (1864);

Orientação da Criança, 445.

Não desconhecido a Jesus Cristo

Que maravilhoso pensamento este, de que Jesus tudo sabe acerca das dores e aflições que sofremos! Em todas as nossas aflições foi Ele aflito. Alguns dentre nossos amigos nada sabem da miséria humana e da dor física. Nunca ficam doentes, e portanto não podem penetrar plenamente nos sentimentos daqueles que se acham doentes. Jesus, porém, Se comove com o sentimento de nossa enfermidade. —Medicina e Salvação, 19 (1892);Mensagens Escolhidas 2:237.

Deus vitalmente interessado no sofrimento do homem

Não será tido por inocente o que negligencia aliviar o sofrimento no sábado. O santo dia de repouso de Deus foi feito para o homem, e os atos de misericórdia se acham em perfeita harmonia com seu desígnio. Deus não deseja que Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado, ou noutro qualquer dia. — O Desejado de Todas as Nações, 207 (1898).

Confiando quando em dor

Tua mente pode muitas vezes ser embotada por motivo de alguma dor. Então não tentes pensar, mas simplesmente descansa e mostra

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que confiaste a alma a Deus como a um fiel Criador. É privilégio teu mostrar, em tua fraqueza e sofrimento, que não duvidas do amor de Deus para contigo, que sabes que fiel é Aquele que prometeu, e que confias alma e corpo às Suas mãos, pois Ele guardará o que foi confiado ao Seu cuidado.

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Que tua mente se detenha na bondade de Deus, no grande amor com que nos amou, como o prova a obra de redenção. Se Ele não nos amasse e nos considerasse de valor, então não teria feito esse grande sacrifício. Ele é beneficente em misericórdia e em graça. Que teu coração e teu pensamento repouse qual cansada criança nos braços maternos. Seus braços eternos estão estendidos por baixo de ti. Em todas as tuas aflições Jesus foi aflito. ...

Esconde-te nEle, e os ímpios não te molestarão nem te confun-dirão a fé. Jesus te deixou em herança a Sua paz.

“Forte é a força que Deus supre/ Mediante Seu eterno Filho.” ... A palavra de Sua graça é qual maná à alma crente. As preciosas promessas da Palavra são vida, doçura e paz. —Counsels to Parents, Teachers, and Students, 16 (1896).

O sofrimento não é desculpa para atos não cristãos

Na noite passada dormi pouco. Tentei olhar a Jesus, a colocar-me nas mãos do Grande Médico. Ele disse: “Minha graça te basta.” A graça de Cristo leva os homens a falar palavras certas, sob todas as circunstâncias. O sofrimento do corpo não é desculpa para atos não cristãos. —Medicina e Salvação, 19 (1892).

Erguendo-se acima da dor

Muitas vezes os inválidos podem resistir à doença, simples-mente recusando entregar-se às moléstias e deixar-se ficar num estado de inatividade. Erguendo-se acima de suas dores e incômo-dos, empenham-se em útil ocupação, adequada a suas forças. Por tal ocupação e o livre uso do ar e da luz do sol, muito enfraquecido inválido haveria de recuperar a saúde e as forças. —A Ciência do Bom Viver, 246 (1905).

Dor clxxxv

Usar remédios não é negar a fé

Se eles são de parecer que na oração em favor da cura não devem usar os remédios simples providos por Deus para aliviar o sofrimento e auxiliar a Natureza em sua obra, temendo que isso indique negação da fé, estão tomando uma posição imprudente. Isso não é negar a fé;

está em íntima harmonia com os planos de Deus. [514]

Quando Ezequias adoeceu, o profeta de Deus levou-lhe a men-sagem de que morreria. Ele clamou ao Senhor, e o Senhor ouviu o Seu servo e operou um milagre em seu favor, enviando-lhe a mensa-gem de que lhe seriam acrescentados à vida quinze anos. Ora, uma palavra de Deus, um toque da mão divina, teria curado Ezequias instantaneamente, mas foram dadas instruções especiais no sentido de tomar uma pasta de figos e colocá-la sobre a parte afetada, e Ezequias foi restaurado à vida. Em tudo necessitamos mover-nos ao longo da linha da providência de Deus. — Health, Phylantropic and Medical Missionary Work, 54 (1892);Conselhos Sobre Saúde, 381, 382.

A disposição de causar dor é satânica

É por causa do pecado do homem que “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto”.Romanos 8:22. O sofrimento e a morte foram assim impostos não somente.ao gênero humano, mas também aos animais. Certamente, pois, ao homem toca procu-rar aliviar o peso do sofrimento que sua transgressão acarretou às criaturas de Deus, em vez de aumentá-lo. Aquele que maltrata os animais porque os tem em seu poder, é tão covarde quanto tirano.

A disposição para causar dor, quer seja ao nosso semelhante quer aos seres irracionais, é satânica. Muitos não compreendem que sua crueldade haja de ser conhecida, porque os pobres animais mudos não a podem revelar. Mas, se os olhos desses homens pudessem abrir-se como os de Balaão, veriam um anjo de Deus, em pé, como testemunha, para atestar contra eles no tribunal celestial. Um re-latório sobe ao Céu, e aproxima-se o dia em que se pronunciará juízo contra os que maltratam as criaturas de Deus. —Patriarcas e Profetas, 443 (1890).

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Não causeis dor mais intensa

Oh, não deixeis escapar nenhuma palavra que vá causar dor mais profunda ainda! À alma cansada de uma vida de pecado, mas não sabendo onde encontrar alívio, apresentai o compassivo Salvador. Tomai-a pela mão, erguei-a, dirigi-lhe palavras de animação e segu-rança. Ajudai-a a segurar a mão do Salvador. — A Ciência do Bom Viver, 168 (1905).

A angústia de Cristo foi maior do que a dor física

O sofrimento físico, porém, não foi senão pequena parte da

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agonia do amado Filho de Deus. Os pecados do mundo achavam-se sobre Ele, bem como o senso da ira de Seu Pai enquanto Ele padecia o castigo da lei transgredida. Estas coisas é que Lhe esmagavam a alma divina. Foi o ocultar-se o semblante do Pai — um senso de que Seu próprio e amado Pai O havia abandonado — que Lhe trouxe desespero.

A separação causada pelo pecado entre Deus e o homem foi plenamente avaliada e vivamente sentida pelo inocente e sofredor Homem do Calvário. Ele foi oprimido pelos poderes das trevas. Não tinha um único raio de luz a aclarar-Lhe o futuro. E estava lutando com o poder de Satanás, que declarava ter Cristo em suas mãos, que era superior em força ao Filho de Deus, que o Pai estava rejeitando o Filho e que Este não estava, mais que ele próprio, no favor de Deus. Se estava ainda no favor de Deus, por que necessitava Ele morrer? Deus O podia salvar da morte. —Testimonies for the Church 2:214 (1869);Testemunhos Selectos 1:233.

Capítulo 56 — Ira

A ira abre o coração a Satanás

Os que, a qualquer suposta provocação, se sentem em liberdade de condescender com a zanga ou o ressentimento, estão abrindo o coração a Satanás. Amargura e animosidade devem ser banidas da alma, se queremos estar em harmonia com o Céu. —O Desejado de Todas as Nações, 310 (1898).

Servos do pecado

“Sois servos daquele a quem obedeceis.” Romanos 6:16. Se condescendermos com a ira, a concupiscência, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou outro pecado qualquer, tornamo-nos servos do pecado. “Ninguém pode servir a dois senhores.”Mateus 6:24. Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as tendências do pecado, porque a carne cobiça contra o Espírito, mas o Espírito combate contra a carne, mantendo uma batalha constante. É aqui que o auxílio de Cristo se faz preciso. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.”1 Coríntios 15:57. —The Review and Herald, 3 de Maio de 1881.

Ira nascida da sensibilidade moral

É verdade que há uma indignação justificável, mesmo nos segui-dores de Cristo. Quando vêem que Deus é desonrado, e Seu serviço

exposto ao descrédito; quando vêem o inocente opresso, uma justa [517]

indignação agita a alma. Tal ira, nascida da sensibilidade moral, não é pecado. — O Desejado de Todas as Nações, 310 (1898).

A ira de Moisés

O quebrar as tábuas de pedra foi, apenas, uma representação do fato de que Israel quebrara o concerto que, fazia tão pouco tempo,

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haviam celebrado com Deus. É uma justa indignação contra o pe-cado, oriunda do zelo pela glória de Deus, e não a ira que provém do amor-próprio ou da ambição ferida, a que se refere a Escritura: “Irai-vos, e não pequeis.” Foi esta a indignação de Moisés. —The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 101.

A santa ira de Cristo

A indignação de Cristo era contra a hipocrisia, os crassos pe-cados pelos quais os homens estavam destruindo a própria alma, enganando o povo e desonrando a Deus. No especioso, enganador raciocínio dos sacerdotes e principais, distinguia Ele a operação de forças satânicas. Viva e penetrante fora Sua acusação do pecado; mas não proferiu palavras de vingança. Tinha uma santa indignação contra o príncipe das trevas; mas não manifestava nenhuma explosão de temperamento. Assim o cristão que vive em harmonia com Deus, possuindo os suaves atributos do amor e da misericórdia, experimen-tará uma justa indignação contra o pecado; mas não se tomará de paixão para injuriar os que injuriam. Mesmo enfrentando os que se acham movidos pelas forças de baixo para manter a falsidade, em Cristo conservará ele ainda a calma e o domínio de si mesmo. —O Desejado de Todas as Nações, 619, 620 (1898).

Há pessoas que nutrem o ódio

Muitos consideram as coisas pelo seu lado mais escuro; en-grandecem suas supostas ofensas, nutrem a ira, e são tomados de sentimentos de vingança e ódio, quando em verdade não tinham causa real para esses sentimentos. ... Resisti a esses sentimentos errados, e experimentareis grande mudança em vossa associação com os companheiros. —The Youth’s Instructor, 10 de Novembro de 1886.

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A impaciência produz colheita funesta

Que danos se produzem na família pelo proferir palavras im-pacientes, pois o falar impaciente de um leva o outro a retrucar no mesmo espírito e maneira. Vêm então palavras de retaliação, de

Ira clxxxix

justificação pessoal, e é mediante tais palavras que um jugo pesado e doloroso é feito para o vosso pescoço, pois todas essas palavras amargas retornarão como funesta colheita para vossa alma. — The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1913;O Lar Adventista, 439.

No documento Mente, Caráter e Personalidade 2 (páginas 181-200)