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5 Modelo de capacidade para melhoria e avaliação da gestão da pesquisa

5.4 Exemplo de um processo completo

Nesta seção apresenta-se nas Tabelas 5.5 e 5.6, a título de exemplo, o processo de “gestão da agenda de pesquisa” com os elementos do Modelo de Referência de Processos (propósito do processo e resultados) e parte dos atributos constituintes do Modelo de Avaliação de Processo (práticas base e artefatos). Como citado anteriormente, todos os processos e o modelo completo estão descritos com detalhes no Anexo 3.

Tabela 5.5 – Exemplo de processo para a Gestão da Agenda de Pesquisa Identificador

do Processo

GEA Nome do Processo

Gestão da Agenda de Pesquisa Referência Não há referência

Propósito do Processo

Estabelecer e garantir uma referência comum para a agenda de pesquisa do laboratório em consonância com o planejamento estratégico e as relações de cooperação.

Resultados do Processo

Para uma implementação com sucesso do processo de Agenda de Pesquisa, os seguintes resultados têm que ser observados:

R1) Uma abordagem para a definição do planejamento de uma agenda de pesquisa é estabelecida;

R2) Uma forma de coletar dados e informações para o planejamento da agenda de pesquisa é estabelecida, como parte da abordagem;

R3) Dados e informações são coletadas para suprir a dinâmica estabelecida para a definição da agenda de pesquisa;

R4) Uma abordagem para a definição da agenda de pesquisa é colocada em prática;

R5) Os resultados do planejamento são consolidados em uma agenda de pesquisa;

R6) A agenda de pesquisa é divulgada para membros específicos do laboratório;

R7) A agenda de pesquisa é mantida baseada na avaliação de sua implementação, segundo critérios definidos para esta avaliação.

Tabela 5.5 – Exemplo de processo para a Gestão da Agenda de Pesquisa (continuação) Práticas base GEA.PB1: Estabelecer abordagem para definição da agenda de

pesquisa [R1];

GEA.PB2: Estabelecer uma metodologia de coletar dados e informações para a agenda de pesquisa [R2];

NOTA 1: Pode envolver, além das ações rotineiras de pesquisa e o portifólio de projetos como fonte para definição de novas linhas de pesquisa, o monitoramento do ambiente externo, participação em conferências e congressos, levantamento de das prioridades e estratégias de laboratórios benchmark (nacionais e internacionais), publicações, bases de patentes, demandas da sociedade, empresas, governo, chamadas e editais para financiamento, mudanças na legislação entre vários outros.

GEA.PB3: Coletar dados e informações para definição da agenda de pesquisa [R3];

GEA.PB4: Instituir uma dinâmica e agenda formal de reuniões de grupos, ou outra adequada, para análise dos dados, informações e objetivos organizacionais visando uma agenda de pesquisa [R4]; GEA.PB5: Estabelecer uma agenda de pesquisa levando-se em

consideração áreas das ciências a serem exploradas e as relações e cooperações externas, competências, infra-estrutura e os objetivos estratégicos [R5];

GEA.PB6: Estabelecer uma política de divulgação da agenda de pesquisa [R6];

GEA.PB7: Preparar formas de divulgação da agenda de pesquisa para os membros do laboratório de acordo com a política de divulgação estabelecida e os papeis individuais dos membros [R6];

NOTA 2: A divulgação pode envolver a utilização de vários meios objetivando pessoal específico por motivos de confidencialidade ou estratégia do laboratório. Pode ser todo o pessoal do laboratório nos casos em que a estratégia é a não restrição.

GEA.PB8: Realizar a divulgação da agenda de pesquisa para pessoal específico [R6];

GEA.PB9: Garantir a eficácia das formas de divulgação, verificando se os resultados foram atingidos [R6];

GEA.PB10: Manter o conhecimento da agenda de pesquisa disseminado para os membros específicos do laboratório, através de ações continuadas de divulgação [R6];

GEA.PB11: Identificar os mecanismos para a avaliação da implementação da agenda de pesquisa [R7];

GEA.PB12: Utilizar os mecanismos identificados para avaliar a implementação da agenda de pesquisa [R7];

GEA.PB13: Utilizar os resultados da avaliação para manutenção periódica, adaptação e atualização da agenda de pesquisa [R7].

Tabela 5.6 – Exemplo de processo para a Gestão da Agenda de Pesquisa (artefatos) Artefatos [Resultados] Classificação do Artefato (HORN, 1993) Descrição de abordagens para planejamento da agenda

de pesquisa [R1]

Conceito Metodologia para coleta de dados e informações para

planejamento da agenda de pesquisa [R2]

Procedimento

Dados e informações para agenda de pesquisa [R3] Fato

Registro da prática do planejamento da agenda de pesquisa [R4]

Fato

Agenda de pesquisa [R5] Estrutura

Política de divulgação da agenda de pesquisa [R6] Princípio Mecanismos e formas de divulgação da agenda de

pesquisa [R6]

Procedimento Registros de que ações coletivas estão aderentes aos

objetivos definidos na agenda de pesquisa [R6]

Fato

Política de pessoal [R6] Princípio

Registros das habilidades individuais relevantes aos

objetivos da agenda de pesquisa [R6] Fato

Registros de que ações individuais aderentes aos objetivos estratégicos [R6]

Fato Identificação dos critérios de avaliação da agenda de

pesquisa [R7]

Princípio Resultados de avaliação da agenda de pesquisa [R7] Fato Registro de atualizações da agenda de pesquisa [R7] Fato

De posse do Modelo de Avaliação de Processos com todos os processos definidos por completo, como descritos no Anexo 3, é possível determinar para cada processo o seu nível de capacidade avaliando o grau de atendimento dos atributos de processos, definidos na Tabela 3.2 e detalhados no Anexo 6. Desta maneira, os laboratórios disponibilizarão de um recurso para a melhoria e avaliação (ou auto-avaliação) que apresenta de forma clara um perfil de capacidade de seus processos. Um exemplo hipotético de perfil é apresentado na Figura 5.10. O perfil sob a forma de gráfico de barra indica, para cada processo, o nível de capacidade atingido.

Figura 5.10 – Perfil de capacidades de processos de um laboratório hipotético

5.5 Sinopse do Capítulo

Este Capítulo apresentou um modelo de capacidade de processos para laboratórios de pesquisa. Com este modelo os laboratórios poderão utilizá-lo como referência de boas práticas para a melhoria de sua gestão ou como modelo de avaliação para estabelecer parâmetros de comparação com outros laboratórios. A proposição de um modelo para esse fim teve como subsídio os desenvolvimentos e pesquisas apresentadas nos três Capítulos anteriores. Os principais subsídios são explicitados neste Capítulo sob a forma de citação bibliográfica. O modelo é composto de quatro grupos de processos relacionados com as dimensões específicas da gestão nesse ambiente. Cada grupo de processos é composto por processos afins. Um número total de 17 processos descritos sob a forma de objetivos, resultados, práticas e artefatos está disponível para os gestores de pesquisa. Apresentou-se também um exemplo de um dos processos completos sendo os outros 16 descritos, também de forma completa, no Anexo 3. Apresentou-se também um perfil de avaliação de um laboratório hipotético como exemplificação dos resultados da aplicação completa do modelo explicitando a capacidade dos processos individualmente.

Capítulo 6