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11° EXERCÍCIO

No documento Letargia e Hipnose Sem Magia (páginas 32-45)

2 PRÁTICA DOS EXERCÍCIOS I o EXERCÍCIO

11° EXERCÍCIO

Posição de joelhos, braços arqueados para frente, c o m o q u e r e n d o envolver algo e fazer m o v i m e n t a r os pés, flexionando os j o e l h o s para frente e para trás, o mais possível. E u m a posição meio incômoda; p r o c u r a m o s calcar sobre as rótulas e sobre a ponta dos dedos dos pés. Verificaremos u m certo tremor nos braços, conseqüência de estarem sendo mantidos rígidos.

Fig. 24 12° EXERCÍCIO

O quarto exercício do equilíbrio é u m m o v i m e n t o de oscilação; colo- c a m o - n o s de p é , u m p é na frente do

outro; abrimos as mãos e procuramos equilibrar-nos fazendo força c o m os pés de encontro ao solo e flexionando os joelhos. D e v e m o s andar na posição in- dicada durante u m minuto. Depois tro- c a m o s os pés e repetimos os m e s m o s m o v i m e n t o s . A posição dos braços não muda. A s vezes, parece que vamos cair, mas o próprio j o e l h o traz ajuda à reali- zação dos m o v i m e n t o s c o m segurança. T u d o é feito c o m a boca fechada respi- rando-se pelo nariz. Fig. 2 5 .

Figura 25a. - Deitado de costas - a mais repousante e

~

CAPITULO

IV

BASES DA

LETARGIA

A Letargia pode ser produzida desde que fa~amos uso dos meios adequados, todos eles extern os, oferecidos pel a nossa tecnica. Esta tecnica coloca

a

nossa disposi~ao os seguintes procedimentos: 1) toques baseados no princfpio da acupuntura; 2) acupuntura; 3)sons; 4) posturas; 5) combi- nar;;aodos itens anteriores.

Em determinadas regi6es, especial mente sensfveis, da cabe~a, do peito e das costas. A crian~a que adormece nos bra~os da mae, enquanto esta lhe da palmadinhas nas costas ... e vftima de toques letargicos. 0 co~ar-se na face, nas fontes ... adormece; e, ao acordar, passar da semiconsciencia para o estado de vigflia, co~ando-se, e tecnica letargica. 0 bocejar, 0 esfregar dos olhos e urn exercfcio para se libertar da Letargia.

Em determinados pacientes nao e 0 toque apenas, que conduz a Letargia, mas uma serie de fatores conjugados (sobretudo 0fator emocio- nal) que conduzem ao que se deseja, muito embora, com toques apenas, sem nenhuma sugestao, se possa provocar diversas analgesias.

Lembra acertadamente 0 Dr. Horace Chanel que ninguem negara a importancia dos toques em zonas er6genas. Entretanto, em determinadas circunstancias, eles nao produzirao efeito algum.

Quando se toca a pele diretamente intervem sensa~6es semelhantes as produzidas por carfcias, as quais sao sensfveis ate os animais. Segundo Jean Dauven: "a epiderme e urn tecido abundantemente nervoso cuja trama nao esta identificada e cujas fun~6es sao ainda, em muitos casos, misteriosas.

Ja no primeiro curso de Letargia, ministrado em 1958, dizia 0 Irmao Vitrfcio: "urn born letargista deve conhecer urn minimo de acupuntura". Naquela epoca a tecnica chinesa era praticamente desconhecida, nao so- mente do grande publico, mas tambem dos medicos. Hoje, ha entre nos inumeros livros versando sobre a materia. Em 1959, em nosso livro, Irmiio

Vitrfcio e a Letargia, abordamos 0 assunto.

Com 0 titulo de Hipnose e Acupuntura, 0Dr. Erwin Wolffenbutel, de Sao Paulo, escreveu interessantes artigos, inseridos naRevista Brasileira de Medicina, no ana de 1967.

I - Zonas Hipnogenas - Pitres (1848-1928) acrescentava aos procedi- mentos usuais aexplorayao metodica das zonas hipnogenas descober- tas empiricamente por Mesmer e depois por diversos fisiologos como Purkinje (1787-1869) eLaborde (1831-1903) que inventou as traf;f5es rftmicas da lingua em caso de asfixia. Aexistencia de zonas hipnoge- nas continua sendo discutida ate hoje.

Richet, Binet, Fere, Charcot e outros autores tambem admitiam a existencia de zonas hipnogenas, segundo informa Jean Dauven.

"A assim chamada letargia, uma tecnica de indur;iiohipn6tica, reviveu

o interesse pelas zonas hipn6genas". Erwin Wolffenbuttel, in separata da Revista Brasileira de Medicina, n°9, setembro de 1967.

II - 0 toque, que poderfamos chamar de cirupressura (do grego: ciru

=

mao, e,pressura

=

pressao) ou datilopressura (do grego: dactilo

=

dedo e pressura

=

pressao) e baseado no princfpio da acupuntura.

Para frisar bem a importancia dos pontos sensiveis do corpo humano,

damos aqui ligeiras informayoes sobre a Acupuntura (acus

=

agulha,

punctura

=

picada).

:E

processo medico de origem extremo oriental baseado nateoria filosofica antiga da alternancia doequilIbrio cosmico

aplicado ao organismo animal, uma forya negativa, (vago-tonica) chamada "Inn" euma forya positiva (simpatico-tonica) "Yang". Utili- za-se de pontos cutaneos sensiveis para diagnosticos e terapeutica; esses pontos sao ligados entre si por linhas mais ou menos verticais chamadas "Kings" oumeridiano de orgaos, e "Mos" oufeixes extraor- dinarios onde circula a Energia Vital.

- agulhas deDurOintroduzidas na profundidade devida no ponto terminal do meridiana do corayao, que esta situado proximo da unha do dedo mfnimo, tonifica a funyao cardiaca;

agulhas de prata postas na proximidade do cotovelo, nas terminayoes

nervosas que ternseuraio de ayaona face, acalmam dores nevralgicas ou dores devidas a infecyoes na regiao da face.

uma agulha de prata posta no ponto sedativo do King dos rins, situado na sola do pe, q.escongestiona 0rim do lado respectivo.

o

padre Harvieu, missionario no Celeste Imperio, foi 0 primeiro a publicar, em 1671, na Fran<;a, alguns segredos da medicina chinesa. Daf por diante, numerosos tratados de acupuntura apareceram par toda a Europa. Entre nos era praticamente desconhecida ate 0 ana de 1955, quando foi introduzidano Brasil pelo Dr. Frederico J. Spaeth. 0 Dr. Spaeth e hoje figura-de proje<;ao internacional, sendo seus trabalhos acatados pel as maio- res autoridades no assunto na: China, Japao, Coreia e em varios pafses da Europa. Naturalizado brasileiro, ja representou 0Brasil em varios congres- sos internacionais de acupuntura. Em 1979, foi eleito Presidente Honorario da Academia Sueca de Medicina TradicionaI. No Brasil, 0Dr. Frederico J. Spaeth e0mestre dos mestres em acupuntura.

Sao de autoria do Dr. Spaeth as seguintes observa<;6es:

"ELUCIDA<;OES SOBRE A ACUPUNTURA E A SUA UTILIDA- DE".

a) A Acupuntura e uma terapeutica que nos vem do Oriente, onde esta sendo praticada ha mais de 5.000 anos, sobretudo na China. Ela e baseada no equilibrio psicossom<itico, criadora da perfeita harmoniza- <;aoentre 0vago e0simpatico, de acordo com 0tipo do paciente.

Figura 26 - Regioes do

abdome.

1) Diafragma; 2) Hipoc6ndrio

direito; 3) Regiiio umbilical; 4)

Regiiio lombar dire ita; 5)

Espinha ilfaca anterior e

superior; 6) Regiiio fliaca

dire ita; 7)Bordo lateral do reto

anterior do abdome, na espinha pubica lateral; 8)Epigastrio; 9) Hipoc6ndrio esquerdo; 10) loa

costela; 11) Bordo lateral do

musculo reto (linha semilunar); 12) Regiiio lombar esquerda; 13)Regiiio iliaca esquerda; 14) Hipogastrio.

b) a China e no Japao, a acupuntura e ensinada nas escolas tecnicas e

especializadas e, apos a conclusao de urn curso de 5 anos, e uma vez aprovados nos rigorosos ex ames de aptidao, recebem os diplomas que lhes dao 0 direito de exercer a fun<;ao de acupunturista nos territorios

respectivos.

c) Introduzida na Europa, a acupuntura se desenvolveu sucessivamente,

ate que, nas ultimas decadas, chegou a ser ensinada em larga escala pel a

"Societe Internacionale D'Acupuncture" atraves do seu "Institut du

Centre D' Acupuncture de France", em cursos com a dura<;ao de dois

anos, e vem sendo aceita e praticada por cerca de 6.000 medicos

acupunturistas, organizados em sociedades esindicato (Syndicat Natio- nal des Medecin§ D'Acupuncture de France).

Na Alemanha, Austria, Italia, Suecia, Dinamarca e Portugal tambem foram organizadas sociedades de Acupuntura, asquais estao filiadas a

"Societe Internacionale D'Acupuncture" de Fran<;a.

Nas Americas, a acupuntura esta progredindo rapidamente. Na Argen-

tina, 0 Dr. Rebuelto foi 0 introdutor da acupuntura. No Uruguai, Para- guai, Equador e Peru ja existe grande divulga<;aoda tecnica chinesa. d) A terapeutica na acupuntura e praticada pela introdu<;aosubcutanea de

agulhas finfssimas, numa profundidade mInima, nospontos predetermi- nados, as quais provocam reflexos procurados, estimulando afun<;ao do organismo.

e) 0 campo da sua utilidade e restrito

a:

I) A<;ao profilatica (pel a manuten<;ao do equilibrio energetico do or-

ganismo);

II) A<;aoantialgica em geral (reumatismo, cefaleia, neuralgias, ecze- mas);

III) A<;aoregularizadora dos disturbios funcionais: digestivos, respira- torios

e

urogenitais.

N. A. - Em 12/04/81, estavamos em Caiena (Cuiana Francesa) quando assistimos, pela TV, a uma oper(l(;aode amputGJ(xlodeperna realizada no Brasil (Teres6polis-RJ) pelo cirurgiao Dr. CERALDO ARA VJO FILHO. A anestesiafoifeita unicamente com acupun- rurapelo Dr. SPAETH. 0 paciente falou durante a opera~ao, dizendo quenao sentia dol', e, apenas ouvia 0 barrulho da serra. 0 referido programa tambem foi transmitido pelo

"Fantastico" da TV Clobo.

No seculo passado, James Esdaille realizou varias opera~oes de amputa~ao de perna, usando, apenas, passes e toques para provocar anestesia. As opera~8es foram realizadas

o

Dr. William Fitzgerald, de Hartford, Estados Unidos, depois de afirmar ser possIvel determinar insensibilidade, distante ou proxima em

determinadas partes do corpo humano, exclusivamente pela pressao fezuma

demonstra~ao pnitica doseu metodo denominado anestesia local inibitiva.

o

metodo foi assim descrito:

A anestesia de uma ou mais partes do corpo (inclusive anestesia geral) pode ser obtida por uma pressao aplicada em determinado ponto do corpo humano.

A pressao, feita pelos dedos oupor urncorpo rombico, eexercida sobre as proeminencias osseas, as mucosas ou os nervos, durante dois ou tres

minutos.

Comumente, a anestesia e precedida de uma sensa~ao de dlimbra,

semelhante

a

dobra~o adormecido, logo seguida da anestesia completa ou parcial da regiao. Em certos casos, 0paciente acusa uma certa sensa~ao em todo 0trajeto nervoso ate a por~ao terminal.

As areas estao assim estabelecidas:

Pressao no dedo indicador da mao esquerda: anestesia dos premo lares

esquerdos superiores e inferiores; dedo indicador da mao direita; anestesia

dos mesmos dentes do lado direito.

Pressao do dedo medio: anestesia do primeiro molar inferior. Pressao do anular: anestesia do terceiro molar.

Figura 27 - Toque geral na cabe(,:a.

Pressiio continua com 0 dedo

indicador.

Figura 28 - Toque para analgesia da arcada dental inferior.

Figura 29 - Toque na regtao indicada na figura para suprimir

dor de caber;a. Pressiio contlnua

com aponta dodedo indicador.

Figura 30 - Toque para suprimir

dor de caber;ae para condur;iio ao

r

estado letargico. Use 0polegar

para massagearcomforr;a. 0 ponto

eo VB20, indicado nafig. 46. Pressao do dedo grande do pe: anestesia dos centrais, laterais e caninos superiores e inferiores, sendo lado direito para os dentes do mesmo lado e,

lado esquerdo, para os do lado esquerdo.

Pressao do angulo da mandfbula, pr6ximo ao nervo dentario inferior: anestesia da hemiface direita ou esquerda.

Pressao no labio superior: anestesia da ab6bada palatina.

Pressao na ap6fise mast6ide: alivia dores do ouvido.

o

Dr. De Ford, comentando 0 fitzgeraldismo, assinalou as mesmas areas e estabelece as seguintes regras: para anestesia dos premolares com- prime-se lateral mente, com os dedos polegar e indicador, asegunda articu- lac;ao do dedo indicador do paciente pOI'urn minuto e, aseguir, urn ou dois minutos as partes superior e inferior, desta feita, porem, com maior pressao

ainda que cause uma pequena dor.

Os dois primeiros molares sao anestesiados pela pressao exercida na

segunda falange do dedo medio, enquanto que 0terceiro molar e os tecidos

adjacentes podem ser insensibilizados pela pressao exercida na segunda

articulac;ao do dedo anular ou do quarto dedo do pe, sendo este ultimo 0

mais conveniente.

A pressao na segunda articulac;ao do dedo mfnimo produz anestesia do ouvido, tendo chegado mesmo a permitir operac;oesmastoidianas sem 0

Colocadas aspontas dos dedos umas contra as outras eexercida uma pressao durante tres minutos,

ha

0 relaxamento de todos os musculos e

tecidos do corpo.

o

Dr. Fitzgerald afirmou que, entrela~ando os dedos das maos, que deverao ficat na frente do corpo e sempre sob forte pressao de uma sobre outra, e comprimindo lateral mente os dedos em todas as articula~6es ao mesmo tempo, uma completa anestesia de todos os dentes se verifica muito rapidamente.

Figura 31 - 0 Prof Paulo Paixiia letargiza Susana Farina para

extrar;iia dentaria. A paciente, completamente anestesiada, sarri sem meda e sem dor. Observe os toques no peito e na caber;a. Muitos pacientes, ao entrarem em estado hipn6tico, tem umriso incontrolavel;

e 0 chamado risa louco (risa loca). Poucos tem crise de choro. As crianr;as recem-nascidas riem muito novas, sem ter a menor ideia do que eengrar;ado. 0 riso incontrolavel ea riso fisico, niio0 riso cerebral. A jovem dentista ea excelente odont610ga Dr. Susana Monz6n. Paraguai,

Figura 32 - Dr. FRANZ ANTON MESMER (1734-1815), precursor da psicoterapia moderna (Apud Franz Volgyesi). Criador da teoria dos flu{dos magnificos, foi adulado, invejado, admirado e caluniado. Teve as maio res gl6rias e terminou noostracismo. Segundo Stefan Zweig - "foi a pedra angular da moderna psiquiatria".

Notemos que 0 sucesso de Mesmer foi imenso, mesmo fora do campo da

Terapeutica, pois a sua doutrina teve influencia ate nomovimento cultural da epoca. Ela penetrou nafilosofia atraves das obras deSchelling, Hegel, Fichet, Schopenhauer, assim como na literatura, pelas de Balzac, Poe, Brentano, T.A Hoffmann e diversos OLttroS.Mesmer possu{a etocava diversos instrumentos musicais, tendo se tornado a sua casa um refugio de arte e ciencia, onde apareciam Haydn, Mozart, Beethoven, sem contar inumeros sabios e artistas

ranceses, assim como as figuras mais representativas da epoca.

Em 23 de maio de 1780, os admiradores de Mesmer, reunidos para celebrar seu aniversario, cantaram a seguinte quadra:

"Sao os nervos, sao os nervos. Que dominam 0 Universo! Pelos nervos, pelos nervos Vamos ter 0Universo".

"Mesmer, com porte majestoso, vestido com longa tUnica de seda Was, circulava no salao entre osenfermos, como um Prfncipe em suacorte. Na mao, empunhava um bastao que dizia magnetico. Segundo Wagner- 0Was e a cor

Sons que impressionam profundamente 0 paciente, variando a altura e a intensidade de acordo com os indivfduos. A mae, que cantarola 0 "tutu

maramba ..." e outras cantigas de ninar e adormece a crianc;a,e "tecnica" em hipnagogia. 0 orador que nao varia a voz, que nao fogedo tom hipnagogico, acaba por adormecer todos aqueles, e so aqueles, que tiverem 0 ouvido hipnestesico "afinado" com a voz dele.

Esse tom hipnag6gico e0tom que atecnica letargica empregaria para obter 0sono artificial.

Basta que 0 orador mude de tonalidade para que os "cabec;a-baixa" se "recordem" que nao devem apoiar com 0queixo, mascom a razao. Se0que fala se fixa agora num outro tom, 0 resultado sera que urn outro grupo

adormecera.

Daf a necessidade de 0que fala em publico ter ouvido musical que 0 possibilite a captar 0"tom"daplateia ebaseado neste tom, construir "acorde

perfeito". Se nao houver consonancia entre a voz do orador e a "voz" da plateia, esta se irritara (os hipersensfveis, os hipnoticos) ou adormecera (os hipossensfveis, oshipnestesicos).

o

operario que atende uma maquina, por maior barulho que esta fac;a, po de adormecer, entrar em "sono letargico". Despertara, porem, ao menor rufdo estranho. Acontece que 0barulho ehipnagogico para ele em particu-

lar. Outro operario, nao "acostumado" (que nao "educou" 0ouvido) nunca

adormecera ao lado da maquina, mas, acordado, nao percebera rufdos estranhos

a

maquina.

o

dirigente de orquestra, alheio atudo 0que acontece ao redor dele,

(verdadeira hipnolepsia) "acorda" ese irrita (hipnofobia)

a

mfnima desafi- naC;ao.

Pierre Well* observa muito bem aimportancia da vibraC;aosonora. - A importancia da musica em Psicoterapia e na produC;ao de certos estados de espfrito.

- 0 uso desons vibratorios na hipnose.

- 0 uso de trombetas em Jerico para derrubar muralhas. - A existencia detratamentos por "ultra-sons" .

.- 0 uso do ritmo do tambor nos rituais iniciaticos em todas asculturas, ritmo semelhante ao do coraC;ao.

- 0 uso de certos gritos nas lutas orientais (KIAI, por exemplo) para concentrar aenergia no centro ffsico do abdomen.

- A repetic;ao de certas rezas com uso do rosario no cristianismo e islamismo e do lapa-Mala no hindufsmo e budismo.

Em diversos pafses da America do SuI, usamos com grande sucesso a musica do folclore paulista, Lampitio de Gas, para induzir ao relaxamento e estado letargico.

Entre os lutadores de judo, e bem conhecido 0KIA!.

o

"Kiai" e urn grito muito especial, utilizado primeiramente pelos samurais e hoje pelos praticantes de judo, muito alto e que, bem lanc;ado, provoca uma especie de inibic;ao do adversario, podendo ir,teoricamente, ate asfncope.

Imp5e-se uma referencia: qualquer rufdo estridente pode provocar uma especie de inibic;ao, mas este mesmo rufdo pode fazer cessar uma lipotfmia; o "Kiai" pode ser tanto urn inibidor como urn meio de reanimac;ao (e entao o "Kwatsu").

Y. Tarle, de Bourges (Rev. Oto-Neurol. 1959,31, n° 288) procurou as modificac;5es eletroencefalognificas provocadas por este grito.

o

"Kiai" provoca modificac;5es nftidas de E.E.G.: trac;ado mais rapido, ponta-ondas, amplas disfasicas.

Isto poderia provar que 0 "Kiai" age nao somente por intermedio de labirinto mas provavelmente ainda mais por propagac;ao intracerebral das ondas de choque, com impacto ao nfvel do diencefalo e do cortex.

Os rufdos que ouvimos - agradiiveis e desagradaveis - produzem completas reac;5es fisiologicas, inclusive alterac;5es nos hormonios. Isto foi o que revelou 0Dr. Robert Henkin, daEscola de Medicina da Universidade da California, em Los Angeles, que e diplomado em Musica e Medicina.

Numa pesquisa anterior, 0 Dr. Henkin conseguiu demonstrar uma reac;ao fisiologica mensunivel de urn indivfduo a uma determinada pec;a de musica e que podia determinar 0 que 0 mesmo achava da obra, isto e, ate que ponto 0agradava ou desagradava.

A medic;ao fisiologica foi a reac;ao galvanica da pele, urn importante elemento do detentor de mentiras.

Os sons desagradaveis podem produzir urn quadro de hormonios

caracterfsticos do "stress". Os sons agradaveis, como a musica, podem produzir ou manter uma situac;ao organizada de hormonios.

A musica que nao entendemos parece nao ter urn efeito fisiologico diferente do silencio, segundo afirmou 0pesquisador da Universidade da California. Em outras palavras, se naoentendemos, talvez nao a percebamos

como musica.

N.A.- Alguns iogues tambem conseguelll 0"Estado de transe" por meioda musica. Caio Miranda diz0seguinte: depois deobtido 0"relax" tota!. passa 0praticante asersubllletido aa~iiode Mantrans especiais. como tambem ade perfumes queilllados durante asessiio rejuvenescedora. Entra entiio numa especie de delicioso torpor, conservando, niio obstante isso, aplena consci€ncia de si mesmo. Nesse estado deletargia e abandono, passa

No documento Letargia e Hipnose Sem Magia (páginas 32-45)

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