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EXPECTATIVAS ANTES DO ESTÁGIO

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 65-73)

3.2.1) A Escola Secundária de Ermesinde

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4) EXPECTATIVAS ANTES DO ESTÁGIO

Neste ano de EP, tal como nos afirma Fernando Pessoa (1888-1935), sempre esperei o melhor e me preparei para o pior, foram estes os propósitos que me levaram a atingir os objetivos a que me propus quando redigi o Projeto de Formação Individual (PFI) nos tempos primórdios do ano. Neste documento também apresentei as expectativas que detinha para o ano que se iniciava, com este texto pretendo apresentar essas mesmas expectativas, para desta forma realizar uma comparação e uma avaliação incidente no seu cumprimento ou não. Como forma de obter uma maior organização desta temática subdividi- a em cinco categorias, sendo elas relacionadas com e Escola, o Desenvolvimento Profissional, a Orientação e Supervisão; o Núcleo de Estágio e Alunos.

No que se reporta às expectativas relacionadas com a escola, tal como foi dito nos pontos anteriores deste relatório, o estabelecimento de ensino que me acolheu para a realização do EP tem um enorme significado para mim. A ESE acompanhou toda a minha formação, fornecendo-me as sólidas bases que me permitiram sair dela como aluno e voltar a entrar neste ano letivo como professor. Como forma de retribuir a outros o que esta instituição me deu, ambicionei que durante todo o EP mantinha uma relação de entreajuda e troca de conhecimentos e experiências entre todos os profissionais desta instituição, de modo a conseguir uma interação de conhecimentos, conceções e convicções, oportuna para o meu aperfeiçoamento enquanto Professor de EF.

Passando das expectativas que detinha ligadas ao estabelecimento de ensino para as relacionadas com o meu desempenho profissional, este ano de EP foi sem dúvida, o ano que mais almejei desde o momento que ingressei na FADEUP. Durante o mesmo tive a oportunidade de testar os meus conhecimentos em contexto real. Tinha a plena consciência de que este seria um ano que prima pela mudança, pela novidade, pelo empenho entre muitos outros aspetos que caracterizar o EP. Este foi o momento em que adquiri e desenvolvi muitas e duradouras aprendizagens, na totalidade das

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competências que me foram exigidas nas diferentes áreas de intervenção constituintes do EP.

Ser professor de EF foi desde sempre a minha meta profissional e ao chegar à última etapa deste grande percurso, fui invadido por uma grande alegria e motivação que me levou a enfrentar com muito afinco esta fase tão fulcral do meu processo de formação. Desta forma, durante este ano letivo esperava conseguir dar seguimento a todas as aprendizagens desenvolvidas durante a minha formação, de modo a fortalecer todo o trabalho desenvolvido neste ano tão decisivo. Para isso, tentarei ser melhor a cada dia que passa e procurarei aprender com os meus erros de modo a crescer pessoal e profissionalmente. Era, assim, minha aspiração neste ano letivo conseguir influenciar cada um dos alunos, não apenas como processo propriamente dito, mas sim o sentido no ato de os educar, de os tornar pessoas mais enriquecidas no final do ano. Partindo da certeza que a qualidade do professor se julga pelos objetivos atingidos pelos alunos, pretendi sempre proporcionar aos alunos aulas cativantes e adequadas aos seus níveis, assim como torná-los mais cultos quer física como psicologicamente.

Tal como o referido anteriormente na minha caracterização pessoal, o desporto é uma paixão que sempre fez parte da minha vida, sendo que me senti honrado em transmiti-la aos alunos, com a intenção que estes se aprimorassem cada vez mais nesta arte. Pela função que iria desempenhei, quer no ano de EP, bem como futuro professor, sentia-me como um elemento que certamente não iria alterar o mundo mas que poderia fazer alguma coisa no sentido de contribuir para criar e construir “novas” pessoas, que primassem pelo gosto pelo movimento, pelo desporto, o intitulado por Bento (2004) como o

Homo Sportivus. Homem capaz de superar o Homo Mundanus que caracteriza

a sociedade atual em que vivemos e tornar-se no Homo Heroicus e ascender a

Homo quasi Divinus. Tinha a noção que estes objetivos enunciados seriam um

pouco utópicos, mas como nos diz o velho ditado popular “quem corre por gosto não cansa”, por isso durante este ano letivo tentei ao máximo incutir hábitos desportivos nos alunos, o entendimento da importância da atividade

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física regular e os benefícios que dela advêm e, principalmente, que ganhassem prazer e satisfação na prática de qualquer modalidade desportiva.

Enquanto professor da turma que me foi concedida, sempre zelei por, ao longo do ano, manter uma postura que para além da intenção de ensinar conteúdos, criasse laços de afetividade e empatia, para mais facilmente conquistar atenção e respeito dos alunos.

Por último, gostaria de referir que, tendo em conta a carga de trabalho exigido durante o EP , pretendi e garanti, desde já, que realizava tudo com o máximo de entusiasmo, motivação e dedicação, sendo esta intenção cumprida meticulosamente. Aproveitei, sempre que possível, para participar nas várias atividades do meio escolar e integrar nos projetos da comunidade educativa, pois, na minha opinião, um espírito de cooperação entre todos é a base do bom trabalho. Esperava, assim, realizar um ano de EP que cumprisse com as minhas expectativas, ultrapassando todos os problemas imprevisíveis que poderiam surgir durante o processo de ensino-aprendizagem e superando todos os dias as minhas capacidades.

No que às expectativas relacionadas com os alunos, estas tinham grande ligação e interdependência com as anteriores, sendo deveras complexo dissociá-las. Sabendo desta dificuldade, ainda assim decidi separar as temáticas e abordá-las o quão separadamente seja possível.

A turma com a qual desenvolvi o meu trabalho durante este ano de EP era do 12.º ano de escolaridade, era composta por 19 alunos com idades compreendidas entre os 16 e os 18 anos. Para que o processo de ensino- aprendizagem seja adequado é necessário e fundamental conhecer detalhadamente cada um dos elementos da turma, para que assim o desenvolvimento das suas faculdades fosse realizado de forma sustentada e contextualizada. A primeira tarefa desenvolvida no sentido de dilatar o conhecimento dos alunos, foi a realização da ficha de caracterização individual, bem como das avaliações iniciais com o objetivo de aferir quais as aprendizagens anteriores.

Assim que tive o primeiro contacto com a minha turma, esta transmitiu- me um interesse particular e muito alento para com ela talhar este ano letivo de

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enorme importância, quer para mim como EE, quer para a turma. Mostraram- se, desde logo, entusiasmados, interessados e motivados para aprender todos os conteúdos que irão ser desenvolvidos ao longo do ano, aula após aula.

Tendo em conta a turma que me foi atribuída pelo professor cooperante, considerava que não iriam existir grandes problemas de disciplina, tendo-se confirmado esta expectativa. Durante o EP procurei combater eficazmente todos os comportamentos disruptivos que pudessem surgir. Sendo alunos do 12.º ano, seriam à partida alunos que já tinham desenvolvido metodologias de trabalho e de responsabilidade que facilitariam e potenciariam o seu empenho nas aulas. Apesar do empenho e motivação demonstrados nas várias modalidades abordadas, no início do EP eram poucos os alunos que apresentavam hábitos desportivos regulares e que reconheciam a vantagem da prática sistemática de atividade desportiva. Dada tal situação, ambicionei inverter este aspeto, fazendo com que estes entendessem a importância e fundamento desta prática. Tal como referi nas expectativas em relação ao meu desempenho, era meu objetivo motivar os meus, incutindo-lhes o gosto pela atividade desportiva de forma a potenciar cada vez mais as suas aprendizagens. Pretendia ter um papel fundamental na aprendizagem dos meus alunos, tal como eles tiveram na minha, visto que foi com eles que apliquei todos os meus conhecimentos científicos e pedagógicos adquiridos na faculdade, no desenvolvimento do meu trabalho.

As expectativas em relação aos meus colegas EE tinham como base o relacionamento que mantenho com os mesmos. O facto de possuir um conhecimento significativo deles, uma vez que já tínhamos trabalhado juntos noutros anos da formação na faculdade, proporcionava-me um enorme sentimento de segurança. Para que se torne possível colmatar todo o imenso trabalho de grupo, ou mesmo individual, era fundamental manter uma relação de cooperação entre todos. Tinha consciência de que, certamente, seria um grupo coeso e cooperante, onde todos conjugaram esforços para colmatar as lacunas existentes em cada um e se respeitaram aquando da existência de opiniões divergentes. De uma forma geral, esperava que o grupo adotasse uma postura crítica, de modo a conseguir-se uma ajuda mútua na procura de

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soluções para os nossos problemas. Desta forma, esperava conseguir integrar- me bem neste grupo de trabalho e contribuir para que este trabalho em equipa se proporcionasse, pois a troca de ajudas e apoios foi extremamente necessário no desempenho do papel de professor.

Por último faço referência às expectativas em relação à Orientação tanto da FADEUP com a da ESE que não deixavam de ser tão importantes como as anteriores, pois trataram-se de duas pedras basilares no sucesso da minha formação. No que diz respeito às expectativas sobre o Professor Cooperante, mais propriamente o Prof. Eduardo Rodrigues, ressalto que esperava com ele aprimorar o meu desenvolvimento profissional, graças ao vasto leque de experiências e conhecimentos que possuía. Previa, assim, que o professor me ajudasse, tal como aos restantes elementos do meu núcleo de EP, a “crescer” como profissional de EF, alertando-me sempre que fosse necessário para os meus erros e esclarecendo-me de todas as dúvidas que pudessem surgir neste ano tão exigente.

Relativamente às expectativas que detinha em relação à orientação da Professora Doutora Paula Silva, enuncio que atendia que esta me transmitisse segurança e confiança em relação ao estágio e que me apoiasse e orientasse dentro e fora da instituição de forma a ajudar-me a atingir o exemplar desempenho do meu papel de EE. Uma vez que tenho plena consciência do seu vasto conhecimento teórico-prático em relação ao processo de ensino- aprendizagem, aspirava que a professora fosse clara, objetiva e prática a dar linhas de atuação ao longo deste ano letivo, assim como, metódica e bastante organizada.

De uma forma global, para além de que esperava estabelecer uma relação cooperativa de confiança e respeito mútuo com estes profissionais, esperava que comigo desenvolvessem um trabalho crítico e construtivo, de forma a obter auxílio na procura de soluções para os problemas que fosse encontrando ao longo do trabalho que produzia. Resumidamente acreditava que com a ajuda destes dois exemplares profissionais iria aumentar os meus conhecimentos, quer teóricos, quer práticos a respeito da profissão que pretendo exercer toda a vida, fazendo de mim um profissional de excelência.

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Todas as expectativas enunciadas nas várias dimensões que foram apresentadas durante o texto foram concretizadas, tendo acabado o EP com um sentimento de enorme sucesso pelo trabalho realizado, pelo desenvolvimento conseguido, pelo auxílio dos meus colegas de EP, professor cooperante e orientadora da FADEUP. Tudo decorreu de acordo com as expectativas que detinha antes da realização do EP.

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