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VI. Lista de siglas

7 Casos de estudo

7.4 Questionário de casos de estudo

7.4.3 Experimentação da hipótese de solução

Para uma resposta às questões, foi enviado um documento resumo da tese para cada responsável das organizações envolvidas nos casos de estudo, com a seguinte estrutura em termos de capítulos e respetiva relação com os capítulos da tese aqui descrita:

• Capítulo 1: introdução enquanto resumo do objetivo da investigação, tal como apresentado igualmente no capítulo 1 da tese;

• Capítulo 2: caracterização do problema, tal como apresentado igualmente no capítulo 4 da tese, seguido da apresentação das causas e impactos do problema;

• Capítulo 3: descrição da hipótese de solução, tal como apresentado igualmente no capítulo 6 da tese;

• Capítulo 4: resultado do questionário a nove empresas tal como apresentado igualmente no capítulo 5 da tese;

• Capítulo 5: conclusão preliminar, tal como apresentado igualmente no capítulo 9 da tese.

Tendo por base a leitura do documento enviado que resume a experimentação que foi sendo feito ao longo de vários meses de interação com cada entidade, nos parágrafos seguintes, apresentam-se as respostas ao questionário.

No caso da opinião sobre a descrição das causas e impactos do problema, existe total concordância, tal como apresentado na Figura 7.45.

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Figura 7.45: Qual a sua opinião sobre as causas e impacto do problema indicado?

No caso da opinião sobre a hipótese de utilizar a arquitetura empresarial como forma de alinhar conceitos sobre métricas e dimensões a serem consideradas em business intelligence, existe total concordância, tal como apresentado na Figura 7.46.

Figura 7.46: Qual a sua opinião sobre utilização da arquitetura empresarial para definir métricas e dimensões em BI?

Sobre a comparação do resultado do questionário a nove organizações, para comparar com a realidade da organização do caso de estudo, existe total concordância, tal como apresentado na Figura 7.47. Num dos casos, é indicado, no entanto que “Concordo na globalidade”, em vez de “concordo”.

Figura 7.47: Qual a sua opinião sobre o resultado do questionário ao mercado?

Na perceção de que a modelação da arquitetura organizacional feita pelo investigador, face à análise da organização, a opinião é de total ou quase total concordância de que representa a perceção da organização, tal como apresentado na Figura 7.48.

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No caso da representação da arquitetura de negócio, desce ligeiramente a perceção de que representa a realidade da organização, tal como apresentado na Figura 7.49. Como nota do investigador, este facto deve-se a que não foram representados todos os conceitos, mas somente os mais críticos.

Figura 7.49: A arquitetura de negócio apresentada reflete a realidade da sua organização?

Sobre a adequação do modelo de dados de suporte à informação de gestão, criado pelo investigador especificamente para cada caso, existe uma opinião de concordância quase total de que representa as dimensões e métricas críticas da organização, tal como apresentado na Figura 7.50. Como nota do investigador, este facto deve-se a que apesar de não se ter representado a totalidade de dimensões e métricas (caso de métricas financeiras por questões de confidencialidade), as que foram utilizadas representam a estrutura central do modelo da organização.

Figura 7.50: A base de dados apresentada reflete as dimensões e factos críticos da sua organização?

No caso de dashboard criados pelo investigador para cada caso, existe uma quase total concordância que representa um modelo de exploração adequado e alinhado com a arquitetura empresarial definida, tal como apresentado na Figura 7.51. Como nota do investigador, o facto de não ser uma concordância total, prende-se com o facto de não estarem representados todas as dimensões, métricas e perspetivas de análise.

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Figura 7.51: Os dashboards apresentados refletem a estrutura de análises críticas?

Considerando a experimentação de análise de expressões de informação de gestão e sua comparação com a exploração em dashboard, existe uma concordância quase total de que corresponde a uma linguagem adequada para interrogação de dimensões e métricas em business intelligence, tal como apresentado na Figura 7.52.

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8 Discussão

Neste capítulo efetua-se a discussão da investigação, tendo por base a experimentação efetuada (sub-capítulo 8.2), resposta a questões de investigação (sub-capítulo 8.3) além de se analisar de forma comparativa a investigação face a outras referências (sub-capítulo 8.4).

8.1 Introdução

Considerando o problema de interoperabilidade centrando a hipótese de solução através de utilização de ontologias de domínio integrando arquitetura empresarial e sistema de business intelligence, efetuou-se a investigação a dois níveis. Ao nível de teste da hipótese e verificação do problema, efetuou-se experimentação prática em dois casos de estudo. Ao nível de referências equivalentes, complementou-se a análise do estado da arte com análise de investigações potencialmente equivalentes.

Na resposta às questões em investigação (sub-capítulo 8.3), teve-se em conta o seguinte: • A arquitetura empresarial e arquitetura do sistema de business intelligence definidas,

partiram de modelos definidos como proposta na nossa investigação para permitir de forma metodológica alinhar os conceitos na implementação. É uma experimentação que permite aferir sobre a forma como se pode modelar sistemas de business intelligence, partindo de um modelo de arquitetura empresarial, sem qualquer interoperabilidade técnica, mas somente recorrendo a abordagem metodológica, permitindo igualmente comparar formas de visualização da informação da arquitetura utilizando os mecanismos de exploração em arquitetura empresarial, comparando com mecanismos de exploração em business intelligence, neste caso com dashboard;

• Os modelos de arquitetura empresarial, business intelligence, bases de dados e glossários, geram conceitos e relações, que podem ser consolidados numa ontologia. Como tal, foi possível efetuar uma experimentação de interoperabilidade técnica, centrada num modelo de metadados como ontologia, consolidando o modelo de arquitetura empresarial, bases de dados e glossários para classificação de métricas e dimensões, além de descoberta da semântica da informação. É uma experimentação delimitada, no sentido em que o objetivo não foi a geração automática de métricas e dimensões num modelo de business intelligence, mas somente a experimentação de formas de integrar os conceitos num sistema de metadados para efeito de exploração dos mesmos no contexto de descoberta de conhecimento;

• Considerando a ontologia de domínio criada, a experimentação permitiu igualmente aferir sobre a adequação de uma linguagem de informação de gestão baseada em análise de expressões utilizando processamento de língua natural.

No caso da análise comparativa com outras investigações de referência, teve-se em conta que não existem casos equivalentes, pelo que se optou por comparação com as investigações em componentes parcelares, face à nossa investigação. Em particular, como referido por Mochol (2009), a interoperabilidade é um problema considerado em várias investigações no domínio da web semântica no sentido em que se torna necessário trocar informação entre os vários sistemas mantendo um entendimento da semântica da informação.

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Na identificação de casos de referência equivalentes à nossa investigação considerou-se as seguintes pesquisas sobre linhas de investigação focadas em ontologias:

• Ontologias em modelação: como se tem utilizado o conceito de ontologias, utilizando OWL aplicado a arquitetura empresarial, UML e outras formas de capturar o modelo da organização e dos sistemas de informação?

• Ontologias em bases de dados: considerando que as ontologias utilizam linguagens de representação de dados semânticos, qual a utilização destas linguagens em sistemas de gestão de bases de dados que possa permitir criar modelos de integração direta entre modelos de bases de dados já em OWL com modelos de representação do modelo de negócio da organização igualmente em OWL?

• Ontologias em business intelligence: pelo facto das dimensões e métricas serem a base de modelos de informação de gestão ao nível da representação dos modelos de dados informacionais e na exploração da informação, qual a utilização das ontologias ao nível de definição de metadados neste domínio?

• Ontologias em metadados: considerando a classificação de informação através de taxonomias, “folksonomias” e metadados, qual a utilização de ontologias neste domínio que permita inferir sobre a sua utilização para anotações e classificação de dados tendo por base ontologias organizacionais definidas como arquitetura empresarial ou de outras formas, incluindo em data governance?

O modelo investigado baseado na linguagem de notação ArchiMate foi focado na captura das relações entre conceitos em AE e dimensões e métricas em BI, tendo-se para tal apresentado o mapeamento na secção 6.3 como parte da arquitetura de solução. Como tal, não se considerou a semântica de relações de vários tipos por não ser o foco de investigação, motivo pelo qual se optou por associações gerais entre conceitos em AE face ao objetivo de capturar somente a relação entre conceitos e não o tipo de relação entre conceitos. Por outro lado, face a limitações de elementos para identificar métricas em modelação em AE, considerou-se a utilização de elementos de AE como eventos, associado ao conceito organizacional de originador de transações, enquanto proposta devidamente justificada na arquitetura de solução.

Para a modelação de AE investigou-se a relação entre o modelo de Osterwalder e Pigneur (2010), utilizado hoje em organizações para posicionamento estratégico, e níveis arquiteturais de AE, tendo-se definido um modelo da investigação na secção 4.2 como ponto de partida. Não consideramos nesta aproximação que todos os modelos devem estar na AE (e.g. modelo de dados, modelo de processos, layout de edifícios, modelos de posicionamento de produtos). A base de entendimento foi de que a AE deve ter um catálogo de primeiro nível de todos os conceitos enquanto visão holística que permite capturar conceitos e relações, motivo pelo qual é a base de uma ontologia organizacional, argumentando-se desta forma que se são uma ontologia, então deve estar suportado em linguagens como OWL para permitir maior interoperabilidade entre sistemas, o que não seria possível se fosse utilizado somente as estruturas próprias de ferramentas como Archi ou outas ferramentas de modelação de AE . No caso específico de modelação de processos utilizand-se linguagens como BPMN (Business Process Modelling Notation), ests não foram consideradas por estarem fora do âmbito do que era o foco da investigação nesta fase.

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8.2 Experimentação da hipótese

8.2.1 Modelação de sistemas de business intelligence a partir da arquitetura