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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

No documento Prof. Leonardo dos Santos Arpini (páginas 61-66)

Prof. Leonardo dos Santos Arpini

Aula 00

Direito Penal para Policial Legislativo do Senado Federal

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falsa? Há duas posições: 1ª) Os processos não podem ser retomados, sob pena de revisão criminal

“pro societate”. Resta, somente, processar o agente por crime contra a fé pública (majoritária na doutrina). 2ª) Para o STF, a decisão se baseou num fato inexistente e, portanto, deve ser considerada (“fato inexistente não produz efeito jurídico”); além disso, instaura-se um novo processo pelo crime de falsidade praticado.

Perdão constitucional: é o termo que designa as causas extintivas da punibilidade (anistia, graça e indulto), previstas na CF, em que o Estado abre mão do direito de punir, por razões de política criminal, praticando atos de clemência ou indulgência. A CF, no art. 5º, XLIII, impõe uma limitação ao perdão constitucional. Eles não podem ser concedidos em relação a crimes hediondos e equiparados. O STF, na ADIN 5.784, por 7 a 4, o Plenário do STF reconheceu, em 09/05/2019, o direito de o Chefe do Poder Executivo Federal, dentro das hipóteses legais, editar decreto concedendo o indulto, independentemente o mérito do decreto (desde que não viole o art. 5º, XLIII).

Cabe anistia, graça e indulto para o tráfico “privilegiado”? O STF já reconheceu que este delito não tem natureza hedionda ou equiparada; logo, admite-se.

Graça – caráter individual Indulto – caráter coletivo

Abolitio criminis: cuida-se da nova lei penal que descriminaliza condutas. Para que ocorra descriminalização, é necessário que o tipo penal seja revogado e que o comportamento nele previsto não se enquadre em outro tipo penal. A abolitio criminis gera dois efeitos. Com relação aos fatos anteriores à nova lei, ocorre a extinção da punibilidade, mas, com relação aos fatos novos, ocorre sua atipicidade.

Renúncia e decadência: são causas extintivas aplicáveis aos crimes de ação privada e pública condicionada à representação. Somente incidem antes de iniciada a ação penal. Renúncia: ato unilateral (não precisa colher a concordância de ninguém); admite forma expressa ou tácita (ato incompatível com a vontade de processar o agente); ato comunicável (a renúncia em favor de um agente se estende a todos). Decadência: prazo de 6 meses contados do conhecimento da autoria delitiva; prazo fatal e peremptório: não se suspende nem se interrompe.

Perempção e perdão aceito: são causas extintivas da punibilidade exclusivas dos crimes de ação penal privada. Somente incidem durante a ação penal. Perempção: art. 60, CPP (querelante, intimado, deixa de dar prosseguimento em 30 dias; querelante não pode condenação nas alegações finais). Perdão aceito: ato bilateral; o perdão oferecido em favor de um dos querelados se estende a todos, mas só extingue a punibilidade daqueles que aceitarem.

Anistia Graça e Indulto

Competência Congresso Nacional Presidente da república.

Instrumento normativo Lei Decreto

Momento Antes ou depois do trânsito em julgado

Só após o trânsito em julgado

Incidência Fatos (concretos) Pessoas

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Retratação, nos casos previstos em lei: trata-se de uma causa extintiva da punibilidade específica, pois só é cabível quando houver expressa previsão em lei. O legislador reconhece que, em alguns delitos, a retratação funciona como uma forma de reparar (ou minimizar) a lesão ao bem jurídico. É o caso de calúnia e difamação, p.ex. art. 143 do CP – esse dispositivo prevê a retratação (cabal) como causa extintiva da punibilidade.

Perdão judicial, nos casos previstos em lei: também se trata de causa específica de extinção da punibilidade. Conceito: trata-se da causa extintiva da punibilidade em que o Estado – Juiz abdica do direito de punir por razões de política crimina. Qual a natureza jurídica da decisão concessiva do perdão judicial? 18, STJ – trata-se de decisão declaratória da extinção da punibilidade. Logo, não produz nenhum dos efeitos da condenação.

Certo, meu amigo(a), dessa forma encerramos nosso estudo sobre toda a parte geral do Código Penal cobrada em seu concurso.

Saiba que eu fico amplamente ao seu dispor nas redes sociais. Venha manter contato para que possamos estreitar nosso estudo e alçarmos voos cada vez maiores!

Siga firme nos seus estudos!

Um forte abraço!

Fique com Deus!

Até próxima!

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Da graça, anistia e indulto.

Bem-vindo ao nosso último tópico de estudo!

Saiba que a jornada com você está sendo muito gratificante!

Por isso, vamos adiante!

Primeiramente, meu amigo(a), os institutos da graça, anistia e indulto são tratados como “Perdão constitucional”.

Assim, “perdão constitucional” é o termo que designa as causas extintivas da punibilidade (anistia, graça e indulto), prevista na Constituição Federal, em que o Estado abre mão do direito de punir, por razões de política criminal, praticando atos de clemência ou indulgência.

Porém, é necessário que você tenha em mente que a Constituição impõe um certo limite ao perdão constitucional, veja só:

Art. 5º. [...]

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem

Desse modo, eles não podem ser concedidos em relação a crimes hediondos e equiparados.

Porém, STF (através do Plenário), na ADIN 5.784, por 7 a 4, reconheceu, em 09/05/2019, o direito de o Chefe do Poder Executivo Federal, dentro das hipóteses legais, editar decreto concedendo o indulto, independentemente o mérito do decreto (desde que não viole o art. 5º, XLIII).

Agora, eu pergunto a você, concurseiro(a): “Cabe anistia, graça e indulto para o tráfico “privilegiado”?”

O STF já reconheceu que o tráfico “privilegiado” não tem natureza hedionda ou equiparada, logo, admite-se.

Então, para que você memorize uma forma mais fácil os referidos institutos, preste atenção nessa tabela:

ANISTIA GRAÇA E INDULTO

COMPETÊNCIA É do Congresso Nacional É do Presidente da república.

INSTRUMENTO NORMATIVO Se dá través de lei do Congresso Nacional

Concedido via decreto do Presidente.

MOMENTO Antes ou depois do trânsito em julgado.

Só após o trânsito em julgado

INCIDÊNCIA Se aplica a fatos (concretos) Pessoas Graça – caráter individual

Indulto – caráter coletivo.

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Outra pergunta que lhe faço, doutor(a): “Admite-se recusa?”

Como regra, não, em razão da natureza unilateral. O Estado é detentor do direito de punir e, com tais institutos, abre mão de exercê-lo. Caberá, contudo, a recusa, quando se tratar de anistia, graça ou indulto condicionados.

Certo, meu(a) nobre estudante! Foi um enorme prazer ter esse momento junto de você, para que pudéssemos trocar experiências a partir de nosso estudo compartilhado.

Saiba que eu fico amplamente ao seu dispor em minhas redes sociais. Me procure e farei questão de estreitarmos nosso estudo e auxíliá-lo em tudo que estiver ao meu alcance!

Siga firme nos seus estudos!

Um forte abraço!

Fique com Deus!

Prof. Leonardo dos Santos Arpini

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No documento Prof. Leonardo dos Santos Arpini (páginas 61-66)

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