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2.2 Principais Facções gaúchas

2.2.1 Falange Gaucha

Pioneira entre facções Estado, a Falange Gaúcha nasceu no fim da década de 80 e foi de extrema importância no contexto histórico do crime organizado no Rio Grande do Sul.

Em sua obra, (DORNELLES, 2008, p. 13) traz importantes considerações a respeito desse grupo criminoso, sustentando que foi a partir de um motim junto a um prédio anexo ao Presidio Central, no ano de 1897, que presos ao escaparem do Instituto de Biotipologia Criminal, formariam então uma espécie de federação de quadrilhas, passando a ser chamado de Falange Gaúcha.

Na sequência daquele motim, no entanto, motivados por rixas e intrigas, os integrantes da Falange passaram a disputar o poder. Em consequência disso, muitos foram mortos por encomenda. Diante disso, a facção foi se dividindo e por fim se acabando, sendo então formados novos grupos criminosos.

2.2.2 Os Manos

Nasceu dentro do presidio central, hoje cadeia pública de Porto Alegre, criada nos anos 90, com o mesmo propósito, de PCC e CV, de melhorar a condição do preso dentro dos estabelecimentos penais, teve ícones do crime gaúcho em sua frente, como o criminoso mais conhecido do estado, morto em 2005, Dilonei Francisco Melara, e Paulo Márcio da Silva Duarte, mais conhecido como Maradona.

Uma reportagem do jornal Zero Hora do dia 13/02/2016 nos apresenta dois breves relatos sobre o inicio da vida criminosa de Melara.

Agricultor durante a adolescência em São José do Ouro, Melara entrara para a vida do crime no fim dos anos 70, em Caxias do Sul. Em 1985, tornou-se famoso ao matar dois agentes penitenciários para resgatar um comparsa. Protagonizou a primeira fuga da Penitenciária de Charqueadas, até então inexpugnável.

Melara se tornou líder e símbolo da criminalidade entre os anos de 1994 e 1995, conseguindo unir os presos e formar a primeira facção gaúcha.

As proezas criminosas de Melara não pararam por aí. Foi o primeiro a conseguir organizar os criminosos nas prisões gaúchas, com a criação da facção Os Manos. E foi nessa condição que ele liderou o maior motim do Estado, que culminou com a invasão do Hotel Plaza São Rafael, em 1994. Com o seu grupo mantendo a hegemonia nas prisões, Melara provocou uma rotina de mortes, revoltas e motins. Suas ações geraram reações como a entrega da administração do Presídio Central para a Brigada Militar, em 1995. Por tudo o que significou, Melara tornou-se emblemático dentro do sistema. Sua morte até hoje não foi desvendada. Mas ela foi decisiva para mudanças ocorridas a partir de então, inclusive para o crescimento do crime organizado, dentro e fora das prisões.

Já Paulo Marcio da Silva Duarte entrou para o mundo do crime no ano de 1997, com a prática de assaltos, no ano de 2004, ao trocar tiros com seu desafeto, em São Leopoldo, cidade da região metropolitana de Porto Alegre, uma bala perdida atingiu e matou uma criança de quatros anos, foi então julgado e condenado a mais de 40 anos de prisão.

No ano de 2005 foi atribuída a ele a morte do então líder e criador da facção, a qual era membro. Melara foi morto, com requintes de crueldade, com múltiplos tiros disparados contra seu rosto em uma tranquila área rural no município de Dois Irmãos, distante cerca de 60 km de Porto Alegre, apesar da policia acreditar que Maradona foi o mandante do crime, o mesmo não foi indiciado por falta de provas.

De acordo com Dornelles (2017), a morte de Melara fez com que Maradona assumisse o controle da facção criminosa.

Com a morte de Melara, Maradona foi alçado ao comando da facção. Em 2006 e em 2011, preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), foi flagrado em escutas telefônicas ordenando assassinatos, comandando o tráfico, organizando lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

É sobremodo importante assinalar que, mesmo trancafiado por anos dentro das principais prisões gaúchas, Maradona sempre determinou crimes e comandou uma das mais perigosas organizações criminosas gaúcha. Prova de como era extremamente perigoso, é o fato de ser o primeiro preso gaúcho a ser transferido para um presídio federal, mas de acordo com agentes penitenciários de Catanduvas, usava de suas visitas íntimas, para mandar informações em direção ao solo gaúcho, porém durante sua segunda estada no presídio federal de Catanduvas entre os anos de 2011 a 2013, passou por uma sequência de ações disciplinares, que o fizeram perder a liderança e ser excluido da facção.

Como já mencionado, os Manos nasceram dentro dos estabelecimentos prisionais, e também tiveram seu anos de extrema selvageria, principalmente na eliminação de quem fosse inconveniente a expansão de seus territórios, como constata Dornelles (2017).

Nascida no interior das prisões, a facção já teve a sua fase crítica, na qual eram frequentes as execuções e as disputas com outras organizações. Com a consolidação de seu poder, obtida inclusive com a eliminação de líderes rivais considerados inconvenientes aos planos de expansão, o grupo aderiu a meios mais racionais de execuções, quase que abolindo as demonstrações de crueldade e de espetacularização da violência e os conflitos com grupos adversários. O elevado poder desta facção não é novidade para Policia Civil, Brigada Militar, e Ministério Publico do estado do Rio Grande do Sul, prova disso são as diversas operações executadas pelos órgãos públicos com a intenção de combater e derrubar diversos pilares dessa organização criminosa. A evidência de sua nocividade, é que já no ano de 2011, na cidade de Sao Leopoldo, foi desarticulada um braço desta facção, que posteriormente verificado, constatou-se que tivera participação em pelo menos 13 homicídios na região, além de tráfico de entorpecentes e tortura.

O jornalista Renato Dornelles (2017) assegura que no ano de 2016 diversas apreensões, comprovaram o alto nível financeiro da quadrilha, entre eles, carros de luxo, mansões, barcos, joias, todos produtos obtidos através da lavagem de dinheiro.

No ano 2016 investigações da Polícia Civil levaram a apreensão de R$ 5,5 milhões em patrimônio obtido por meio de lavagem de dinheiro, deixados por Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, 35 anos, um dos líderes do grupo que havia sido assassinado em 4 de janeiro de 2015, em Tramandaí. A mesma investigação apontou que a facção havia movimentado cerca de R$ 18 milhões nos últimos anos e que tinha como segurança o assessor pessoal do então secretário da Segurança Pública Airton Michels, Nilson Aneli.

Renato Dornelles (2017) nos traz uma descoberta recente, a qual deixou perplexo todos operadores da justiça, de fato mostra o tamanho da audácia presente entre os membros faccionados dos Manos, apenas apresenta o quão perigosos são e até onde estão dispostos a chegar.

A descoberta mais recente foi a de um plano de sequestro de uma juíza e de execução de delegados e de agentes da Polícia Civil responsáveis pelas prisões de 123 integrantes de uma célula do grupo em Gravataí, que movimentava cerca de R$ 6 milhões por mês. A distinção do modo de operação de cada facção criminosa é fundamental para o combate delas, de acordo com o chefe de Polícia. Áudios obtidos pelas polícia, através de aplicativos de mensagem, encontrados em celulares de membros presos, mostra que a facção se encontra sempre fortalecida, pois possui uma espécie de caixinha, no qual membros que tenham condições de contribuir mensalmente à facção, são convidados a depositar uma quantia X, para que caso o grupo precise comprar mantimentos, mais precisamente armas, tenha de onde tirar, em troca oferece apoio total ao seus depositantes e membros sem condições financeira, mas que certamente pagarão de alguma outra forma conforme atestaDornelles (2017).

As duas células da facção movimentavam R$ 300 mil por semana em venda de entorpecentes. Na mesma época, o MP também descobriu cartilha que reunia as regras do grupo, que tinha cerca de 450

integrantes diretos e outros 2 mil indiretos. Eles recebiam proteção da facção em troca do pagamento de R$ 200 por mês. O rendimento, conforme os diálogos, era de R$ 1,3 milhão ao ano, o que lhes garantiu a compra de 50 fuzis.

Apesar de querer estancar essa guerra que assola a população gaúcha, o Estado sofre um duro baque, ao saber que ao transferir para presídios federais, os principais criminosos gaúchos, não está acabando com o crime, e sim antecipando a troca de comando perante aos faccionados, sinal disso, são áudios, repassados via aplicativos de mensagem, o qual trazem com clareza que a facção não pode parar como afirma o jornalista Teixeira (2017).

E ordem nas organizações do crime é clara: se unir, cometer mais crimes para ganhar mais dinheiro e fortalecer as facções, dentro e fora das cadeias. Para isso, a principal facção que atua no Estado, os Manos, que tem estreita ligação com a maior organização criminosa do país, o PCC paulista, iniciou um movimento orquestrado por seus remanescentes no sistema prisional para aumentar seu exército e consolidar sua filosofia do crime até o retorno de seus líderes após o período de confinamento longe do Rio Grande do Sul.

2.2.3 Os Brasas.

Criada nos anos 90 também no Presídio Central, com o propósito de acalmar os ânimos dos detentos, devido as péssimas condições carcerárias na época, (hoje ainda piores), os Brasas como foram chamados, tiveram um importante papel no sistema carcerário gaúcho no final do século passado.

Como assevera Ruas (2016), sobre os motivos para o nascimento dos Brasas.

O presídio estava completando 30 anos de vida, e os sinais da idade já apareciam nas paredes. Rachaduras, vazamentos e problemas elétricos precisavam de conserto. Mas, como havia a promessa de que a cadeia seria demolida em breve, o governo preferia não fazer os investimentos para recuperar o Central. Enquanto isso, os presidiários passaram a reclamar dos problemas de infraestrutura (como um chuveiro quebrado, por exemplo), batendo nas paredes das celas até os pavilhões tremerem como se um terremoto tivesse atingido Porto Alegre. Durante os protestos, a Brigada Militar temia não apenas que

a estrutura desabasse de vez, mas que os presidiários conseguissem forçar as grades e escapassem. Não havia guardas suficientes para conter uma multidão enfurecida. Os policiais militares chegaram à conclusão que o único jeito de manter a ordem no Central (enquanto esperavam pela demolição do presídio) era negociar uma trégua com os presos.

Foi então que entrou em ação, Valmir Benini Pires, preso conhecido por roubos no inicio da década de 90, Valmir ou Brasa, como era conhecido desde criança, visto com bons olhos pelos guardas do presidio central devido ao fato ser muito amistoso com os policiais, e ter um certo domínio sobre a Galeria C (hoje ja extinta), da casa de detenção gaúcha.

Sobre o principal líder dos Brasas, Torres (2017), nos traz importes considerações.

Em 1996, com a morte de Jorge Luís Queirós Ventura, o Jorginho da Cruz, as autoridades temiam que Melara se tornasse um líder incontestável nas cadeias, formando uma facção criminosa hegemônica. Brasa, que tinha influência sobre presos no Pavilhão C, foi chamado pela direção do presídio que lhe propôs a organização dos presos conforme as regras de disciplina da cadeia. Ali, surgia o grupo depois conhecido como Brasas. A organização cresceu até o início dos anos 2000 e, em 2005, no ano em que Melara foi morto, uma rebelião no Presídio Central deixou um morto e nove feridos. Naquela altura, os Brasas já tinham dado origem a uma nova facção, hoje já praticamente inexistente atrás das grades.

Valmir, que liderou um número expressivo de presos, e se tornou um das maiores marcas do crime organizado gaúcho no final dos anos 90, mas sucumbiu junto com sua facção, e em 2012 ganhou a liberdade condicional, começou então a trabalhar como motoboy, porém, teve sua vida interrompida no ano de 2017, quando foi baleado mais 50 vezes. A polícia acredita em execução, mas se dizem surpreso pelo fato de que desde que saiu da prisão, Valmir nao possuía mais nenhuma anotação criminal contra ele.

A polícia tenta esclarecer as circunstâncias da morte do homem que chegou a representar um dos maiores símbolos de poder do crime nas cadeias gaúchas entre os anos 1990 e o começo dos anos 2000. Valmir Benini Pires, o Brasa, 51 anos, foi executado com pelo menos 50 disparos de pistola 9mm na manhã de quinta-feira (19), no bairro Mathias Velho, em Canoas. Conforme os investigadores da Delegacia de Homicídios da cidade, Brasa saía de casa com a sua moto para trabalhar naquele momento. Ele era motoboy em um serviço de tele- entrega desde 2012, quando foi beneficiado pela liberdade condicional.

Não houve testemunhas do crime, ocorrido na Rua Santo Ângelo pouco antes das 9h. Peritos recolheram 80 estojos de munição no local. O crime é tratado como uma execução, mas o que intriga os investigadores é que, desde 2012, não há qualquer relato do retorno de Pires à criminalidade.

2.2.4 Os Abertos

Conhecida por ser uma das mais antigas facções criminosas do Rio Grande do Sul, Os Abertos, surgiram na década de 90.

De acordo com Polícia Civil e Ministério Publico, esse grupo criminoso, se encontra exclusivamente na região metropolitana de de Porto Alegre, sendo seu reduto mais forte, a vila Timbaúva no bairro Mario Quintana na capital gaúcha. Essa facção, possui características de extrema violência, sempre visando apropriar-se de outras “bocas de fumo”, como relata Arion (2018).

Conforme a polícia e o MP, Gordo Dé atuava predominantemente na zona norte de Porto Alegre e na Vila Timbaúva, no bairro Mario Quintana. Comandava o tráfico de drogas de dentro do presidio Central de Porto Alegre, onde é “Plantão" (e considerado “Patrao”) da segunda galeria localizada no pavilhão D, local destinado aos presos pertencentes a facção Os Abertos. É segunda a policia, protagonista de homicídios praticados em Porto Alegre e Região Metropolitana, sendo o autor intelectual de crimes, tendo determina execuções em nome da proteção de seus pontos de venda de entorpecentes e visando assumir controle de outras “bocas de fumo”.

Tem como sua principal liderança, André da Silva Dutra, mais conhecido como Gordo Dé, que comandava o tráfico de drogas de dentro da cadeia pública de Porto

Alegre, de onde saiu, após obter a progressão de regime, mas com a condição de ser monitorado via tornozeleira eletrônica, porém, não durou 20 minutos, até que no limite entre os municípios de Porto Alegre e Viamão, sua tornozeleira fosse rompida, e Gordo Dé passasse a ser foragido novamente.

2.2.5 Bala na Cara

Criada nos anos 2000, a facção denominada Bala na Cara, teve seu inicio nas ruas do bairro Bom Jesus, na cidade de Porto Alegre/RS, e logo se destacou pela violência com qual agia.

De acordo com o jornalista Trezzi (2011)

Em meados de 2006, os Bala não passavam de uma leva de jovens desordeiros que apenas queriam matar aula para ficar nas esquinas da Rua Alfredo Ferreira Rodrigues. Usavam armas para brincar de ar tiros na rua, mas logo puxaram o gatilho para valer, matando um desafeto, após invadir um abrigo da prefeitura, em março de 2007. Os disparos no rosto forjaram a marca registrada e o apelido da quadrilha. Em outra reportagem, Furlan (2016), traz detalhes, onde fica claro a extrema violência com quem o grupo ameaçava e executava seus desafetos.

Em uma postagem pelo Facebook, Jonathas Pereira de Oliveira, o Mano, 18 anos, se vangloriava: "Viu, passei fogo neles. Passo fogo neles de novo. Aqui, é Bala na Cara". Era também, como apurou a polícia, uma forma de ameaçar quem o denunciasse.

Para a promotora Lucia Hellena Callegari, que atua na 1ª Vara do Juri de Porto Alegre, os Bala na Cara são uma quadrilha extremamente perigosa, por seus integrantes estarem bem separados geograficamente e possuir muitos integrantes.

Seu funcionamento é parecido com o dos cartéis mexicanos, ou seja, atuam como franquias, de modo, que grupos de menor expressão, se aliam aos Bala, tendo que repassar um valor “x” de seus lucros e comercializar apenas suas mercadorias, em troca disso, ganham a proteção do grupo como afirma Torres (2014).

Ainda conforme Torres (2014), essa organização criminosa, se apresenta de uma forma mais piramidal, (líder principal no topo, seguido por níveis de comandos menores) mas no começo, mas a facção se dilatou, arrumando filiados por todo território gaúcho, o que de certa forma, dificultou para as autoridades, um mapeamento maior e mais completo a respeito desta facção.

A polícia estima que pelo menos quatro homens ditem as regras do bando — não necessariamente com um discurso afinado. E não são eles que dão ordens para a ponta dessa rede. Aos soldados, quem dá as cartas são os líderes de quadrilhas locais. Assim, é difícil para a polícia chegar aos mais poderosos do bando.

Convém notar que com a omissão de poder por parte do Estado nos estabelecimentos prisionais, a Facção dos Bala na Cara, entendeu muito bem como se estruturar dentro dos presídios. A medida que seus membros iam sendo presos, os mesmos se encarregavam de se agregar e buscar novos filiados, de acordo com Torres (2014).

A forma de atuar, quase como uma franquia, se consolidou há pelo menos três anos, quando a facção ganhou respeito ao desbancar a liderança dos Manos. Mas, diferentemente do momento em que a quadrilha ficou conhecida, em 2009, dessa vez nenhum personagem ganhou notoriedade com essa ascensão. Em vez de soldados, nas cadeias os Bala passaram a atrair sócios. Ao traficante de qualquer localidade, a facção ofereceria reforços de soldados e armas — que saem de outras regiões dominadas pelo grupo — para garantir o controle do território. Depois, o novo sócio se compromete a vender somente a droga fornecida pela facção.

Tenha-se se presente, que um levantamento feito mostra que em menos de três anos, ou seja, em 2011, os Bala, ja haviam recrutado cerca de mil seguidores em galerias no Presídio Central de Porto Alegre onde ocupam os prédios B e F, e na Penitenciária Estadual do Jacuí.

Os Bala na Cara tem sua principal região de atuação na grande Porto Alegre, dominando os seguintes bairros da capital gaúcha: Bom Jesus; Mario Quintana; Morro Santana; Lomba do Pinheiro; Sarandi; Sao Geraldo; Santa Tereza; Vila Nova;

Restinga; Partenon e cidades como Alvorada; Cachoeirinha; Canoas; Eldorado do Sul; Esteio; Gravataí e Viamão.

Apontado como principal líder da facção, Luis Fernando da Silva Soares Júnior, o Júnior Perneta, tem antecedentes por diversos crimes, incluindo homicídio, conhecendo seus principais apoiadores no tempo em que passou por vários presídios do Estado, um de seus comparsas é Marcio Oliveira Shultz, o Alemão Schultz, e Fabio Fogassa, o Alemão Lico, sendo esse apontado como o líder mais violento do bando, responde por pelo menos quatro homicídios.

Declínio da facção

Podemos dizer que o ditado popular que fala “de onde nada se espera, surgem as maiores surpresas” diz muito onde começou a derrocada desta facção criminosa, e sim, veio de um gerente do tráfico de drogas do bairro Mario Quintana em porto Alegre. Após ficar desgostoso com ordens vinda de dentro de presídios, uma delas a de ter que executar um de seus melhores amigos, mesmo sabendo de sua inocência, não teve escolha, precisou seguir a lei da facção.

Uma reportagem de GaúchaZH (2019), apresenta detalhes sobre o fato que abalou essa Facção.

Em uma noite de 2017, dois assassinatos em sequência durante uma "social" — como são chamadas as festas ao ar livre realizadas nas comunidades — acenderam o alerta no então gerente do tráfico de drogas do bairro Mario Quintana, em Porto Alegre. Integrante da facção Bala na Cara, ele estava convicto da inocência de um comparsa e amigo que deveria ser morto como responsável pelo sumiço de uma arma. Também não aceitava a execução de uma jovem, sua protegida, que deveria ocorrer na mesma noite. A garota foi condenada por ter curtido um post dos rivais no crime.

"Vamo arrastar ele agora." O aviso dado nas ruas do Mario Quintana

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