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Ferramenta para dado de entrada Processo: Matriz de Priorização de Processo

CAPÍTULO 3. O FERRAMENTAL

3.1 Ferramentas para Análise e Priorização de Cada Dado de Entrada

3.1.4 Ferramenta para dado de entrada Processo: Matriz de Priorização de Processo

As leituras efetuadas até aqui mostram que em praticamente todos os projetos de produtos são feitas primeiro as especificações do produto para depois se preocupar com o

Peça DefeitosQtde de

Peça 1 25 Peça 2 48 Peça 3 153 Peça 4 31 Peça 5 0 Peça 6 164 Peça 7 201 Peça 8 255 Peça 9 15 Peça 2 Peça 11 99 Peça 12 120 S ubs .1 S ubs . 2 S ubs . 3

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processo que irá fabricá-las. Esta estratégia leva a conflitos entre as áreas de Produto e Pro- cesso, pois nem sempre o processo existente na empresa é capaz de atender às especificações do produto. Como conseqüência, são produzidos produtos que irão gerar problemas. Se os dados de entrada fossem considerados desde o início do projeto, muitos problemas poderiam ser evitados, seja projetando um produto que seja robusto ao processo ou atuando no processo com mais tempo. Para a tratativa do dado de entrada Processo, está sendo proposto uma adap- tação do modelo de Córdova (2000), que propõe uma Matriz de Priorização (figura 15) para a definição de quais peças são mais importantes do ponto de vista do processo. Este modelo adaptado será descrito a seguir:

A criticidade ou risco da peça é obtida segundo a seguinte relação: R = D* S * C

Onde:

R = Criticidade ou Risco D = Índice de Detecção

S = Índice de Severidade C = Índice de Conceito do Processo

Figura 15 - Exemplo de Matriz de Priorização de Processo para o Produto Fictício. Para determinação dos critérios de criticidade ou risco foi utilizado o mesmo concei- to de pontuação do FMEA, com algumas adaptações: inclusão do índice de conceito de pro-

Matriz do Processo

Subsist. 1 Subsist. 2 Subsist. 3

Pe ça 1 Pe ça 2 Pe ça 3 Pe ça 4 Pe ça 5 Pe ça 6 Pe ça 7 Pe ça 8 Pe ça 9 Pe ça 2 Pe ça 1 1 Pe ça 1 2 1 Atividade do Processo 2 Processo 1 3 Atividade 1 x x 4 Atividade 2 x 5 Atividade 3 x 6 Processo 2 7 Atividade 4 x x 8 Atividade 5 x 9 Atividade 6 x 10 Atividade 7 x 11 Atividade 8 x x Índice de Priorização Detecção (K1) 2 5 8 1 1 3 5 4 8 4 8 Detecção (K2) 5 2 6 1 5 9 9 2 1 5 8 Severidade (S) 1 4 3 1 7 7 7 6 5 7 7 Conceito do Processo (C) 8 2 1 1 7 7 7 3 4 6 9 Criticidade (K1*K2*S*C) 80 80 144 1 245 1323 2205 144 160 840 4032 Peças e Componentes Atividade do Processo

cesso e retirada do índice de ocorrência. O índice de ocorrência somente pode ser utilizado caso existam dados confiáveis sobre para todas as características em análise, pois trata-se de uma avaliação comparativa.

A grade de pontuação dos critérios anteriores segue as seguintes definições: a) Índice de Detecção – D: este índice foi dividido em dois fatores, a saber:

• Índice de detecção - K1: indica a probabilidade de detecção da variação do processo, inde- pendentemente do sistema de medição utilizado, este índice segue os critérios da figura 16.

Figura 16 - Índice de detecção K1. (CÓRDOVA, 2000)

• Índice de detecção – K2: baseia-se na acuracidade do sistema de medição utilizado, este índice segue os critérios da figura 17.

Figura 17 - Índice de detecção K2. (CÓRDOVA, 2000)

Índice Descrição

1 A detecção da variação sempre acontece na própria operação em que é realizada 2-3 A detecção da variação freqüentemente acontece na própria operação em que é

realizada

4-5 A detecção da variação sempre acontece nas operações posteriores

6-7 A detecção da variação freqüentemente acontece nas operações posteriores 8-9 A detecção da variação acontece apenas na inspeção final/LAP

10 A detecção ocorre apenas em campo

Índice Descrição

1 O dispositivo de medição/controle permite leitura de variação, é específico para a finalidade e PT < 10%

2-3 O dispositivo de medição/controle é do tipo passa/não passa ou permite leitura de variação com 10% < PT < 30%

4-5 As medições são feitas através de instrumento universal de medição, com método e procedimento de fácil execução, por somente um operador

6-7 As medições são feitas através de instrumento universal de medição, com método e procedimento de fácil execução, por somente um operador com habilidade específica (treinamento em Metrologia)

8-9 As medições são feitas através de instrumento universal de medição por operador com habilidade específica (treinamento em Metrologia) e auxílio de um segundo 10 Instrumento de medição não compatível, inadequado ou inexistente

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Obtém-se então o índice de detecção D através da seguinte equação:

D = K1 * K2

O objetivo da divisão do índice de detecção em dois sub-índices é poder avaliar tanto a probabilidade de detectar um defeito ao longo do processo produtivo, quanto à qualidade do sistema de medição utilizado.

b) Índice de Severidade – S: indica a conseqüência da variação do processo no cumprimento das funções do sistema, segue os critérios da figura 18.

Figura 18 - Índice de Severidade S. (CÓRDOVA, 2000)

c) Índice de conceito de processo – C: indica as condições dos recursos técnicos do processo como nível de automação do sistema e forma de ajuste de parâmetros. De acordo com a ca- racterística do processo, fabricação ou montagem, deverá ser utilizada a figura 19 ou figura 20 mostradas a seguir:

Figura 19 - Índice de conceito de processo (C) para processos de fabricação. (CÓRDOVA, 2000)

Índice Descrição

1 A variação do processo não causa perda de função a que se propõe ou não é perceptível ao cliente

2-3 A variação do processo causa pequena perda de função (sem inviabilizá-la e sem gerar reclamação), porém perceptível ao cliente

4-5 A variação do processo causa perda moderada da função; é perceptível pelo cliente e gera reclamação ou retrabalho

6-7 A variação do processo causa perda acentuada da função; é perceptível ao cliente e gera reclamação com troca de componente ou sucata

8-9 A variação do processo causa perda total da função, gera troca do produto no campo, porém sem afetar a segurança do cliente; gera alto nível de sucata

10 A variação do processo causa perda total da função, gera troca do produto no campo, podendo afetar a segurança do cliente; gera alto nível de sucata

Índice Descrição

1 Processo automatizado com parâmetros auto-reguláveis

2-3 Processo automatizado com regulagem manual dos parâmetros

4-5 Processo automatizado sem opções de regulagem (ajuste dos parâmetros é fixo) 6-7 Processos universais (prensa, guilhotina, torno, etc.) com capacidade potencial boa 8-9 Processos universais (prensa, guilhotina, torno, etc.) com capacidade potencial baixa

Figura 20 - Índice de conceito de processo (C) para processos de montagem (CÓRDOVA, 2000).

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