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As sete ferramentas básicas da qualidade constituem um conjunto de técnicas essenciais para a melhoria da qualidade. Podem dividir-se em técnicas para diagnóstico, resolução, classificação e

As sete ferramentas da qualidade originais de Ishikawa são: Gráfico de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa), Histograma, Folha de Verificação, Gráfico de Dispersão, Fluxograma, Carta de Controlo.

4.7.1 FLUXOGRAMA

O fluxograma é uma ferramenta que permite ilustrar de forma ordenada o conjunto de etapas, variáveis, entradas e saídas que, de forma sequencial, vão contribuindo para a construção de um determinado produto.

Não é mais do que uma representação gráfica de todos os passos de um processo que nos mostra o encadeamento entre as várias fases.

Para que todos os colaboradores de uma empresa assumam um papel activo de melhoria contínua do seu funcionamento, é essencial que possuam uma noção precisa, devidamente estruturada e visualmente documentada dos processos, transformações e equipamentos que estão sobre sua responsabilidade.

Ao iniciar um projecto de melhoria, a sua grande utilidade é fazer com que todos os participantes adquiram uma visão completa do processo, ao mesmo tempo que permite que cada pessoa tenha melhor percepção de qual o seu papel no processo e de como o seu trabalho influi no resultado final.

Uma outra forma de utilizá-lo é fazer o fluxograma de como as actividades estão sendo feitas na prática e compará-lo com o fluxograma de como as actividades deveriam estar a ser feitas. Isto pode revelar a origem de alguns problemas.

Os fluxogramas aplicam-se a todos os aspectos de qualquer processo, desde o fluxo de materiais até à realização de uma venda ou assistência técnica de um produto.

4.7.2 FOLHA DE REGISTOS E VERIFICAÇÃO

As folhas de Registos e Verificação, também conhecidas por “formulários de recolha de dados”, são utilizadas na recolha de dados das características desejadas de um processo. Esta ferramenta permite a obtenção de dados que, através de uma metodologia de análise específica, fornecem bases factuais/ evidências concretas para a tomada de decisão.

4.7.3 DIAGRAMA DE PARETO

O Diagrama de Pareto constitui uma das ferramentas utilizadas no controlo de qualidade e foi inicialmente definido por Joseph Juran em 1950. Na sua base está o Princípio de Pareto que refere que um pequeno número de causas (geralmente 20%) é responsável pela maioria dos problemas (80%).

É uma forma de descrição gráfica onde procura-se identificar quais os itens responsáveis pela maior parcela dos problemas.

A grande aplicabilidade deste princípio reside no facto de ajudar a identificar o reduzido número de causas que estão muitas vezes por detrás de grande parte dos problemas que ocorrem. É na detecção dos 20% de causas que dão origem a 80% dos defeitos que o Diagrama de Pareto revela ser muito eficiente. De facto, o Diagrama de Pareto ilustra que, em muitos casos, a maior parte das perdas que se fazem sentir são devidas a um pequeno número de defeitos considerados vitais (vital few). Os restantes defeitos, que dão origem a poucas perdas, são consideradas triviais (trivial many) e não constituem qualquer perigo sério. Uma vez identificadas as causa vitais, dever‐se‐á proceder à sua análise, estudo e implementação de melhorias que conduzem à sua redução ou eliminação.

4.7.4 DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

É uma representação gráfica que permite a organização das informações, possibilitando a identificação das possíveis causas de um determinado problema ou efeito.

Este diagrama também é conhecido por diagrama de Espinha-de-Peixe, devido ao seu formato, ou diagrama de Ishikawa, por atribuir-se a Kaoru Ishikawa o seu desenvolvimento. Foi inicialmente proposto pelo professor universitário Kaoru Ishikawa (1915‐1989) em 1953 no Japão para sintetizar as opiniões de engenheiros de uma fábrica quando estes discutem problemas de qualidade.

O diagrama de Causa e Efeito é um instrumento gráfico para identificar, organizar e apresentar de um modo estruturado as causas e razões dos problemas de um processo. Permite que seja identificada uma relação significativa entre um efeito e suas possíveis causas.

Este diagrama é bastante utilizado e de grande utilidade, para debater ideias e promover sessões de

brainstorming sobre as causas dos problemas e os respectivos efeitos.

4.7.5 HISTOGRAMA

composto por rectângulos em que a base de cada um deles corresponde ao intervalo de classes e a sua altura à respectiva frequência. Quando o número de dados aumenta indefinidamente e o intervalo de classe tende a zero, a distribuição de frequência passa para uma distribuição de densidade de probabilidades.

4.7.6 DIAGRAMA DE DISPERSÃO

Um gráfico de dispersão constitui a melhor maneira de visualizar a relação entre duas variáveis quantitativas. Ou seja, não é mais do que uma técnica gráfica destinada a estudar relações existentes entre dois conjuntos de dados associados que ocorrem aos pares. O diagrama de Dispersão mostra os pares como uma nuvem de pontos. Relações entre os conjuntos de dados associados são inferidas a partir do formato das nuvens. Uma relação positiva entre x e y significa que os valores crescentes de x estão associados aos valores crescentes de y. Uma relação negativa significa que os valores crescentes de x estão associados aos valores decrescentes de y.

4.7.7 CARTAS DE CONTROLO

Um Carta de controlo consiste num gráfico, com limites superior e inferior, na qual é marcada a evolução dos valores estatísticos de medidas para séries de amostras ou sub-grupos. Mostra frequentemente uma linha central para ajudar a detecção da tendência dos valores marcados em relação a qualquer dos limites de controlo. (AEP - Associação Empresarial Portuguesa, 2004)

As cartas de controlo permitem monitorizar os processos e desta forma indicar pontos de melhoria. É um tipo de gráfico, normalmente, utilizado para o acompanhamento durante um processo. Determina uma faixa chamada de “tolerância limitada” pela linha superior (limite superior de controlo) e uma linha inferior (limite inferior de controlo) e uma linha média do processo, que foram estatisticamente determinadas.

Realizada em amostras extraídas durante o processo, supõe-se distribuição normal das características da qualidade. O objectivo é verificar se o processo está sob controlo. Este controlo é feito através do gráfico.

Tipos de Cartas de Controlo:

• Controlo por variáveis. Quando a característica da qualidade pode ser medida e expressa como um número numa escala continua de medições.

• Controlo por atributo. Quando o produto é avaliado em termos de conforme ou não conforme em relação a determinados atributos ou em termos do número de defeitos que aparecem numa unidade de produção.

Um dos objectivos principais do controlo estatístico é detectar, rapidamente, a ocorrência de causas especiais de variação ou de desvios no processo, de modo a que possa ser realizada a investigação das causas e possam ser tomadas as acções correctivas necessárias, antes da produção de produtos não conformes. A carta de controlo é uma técnica de controlo de processo, “on line” que é utilizada simplesmente para este efeito.

As cartas podem também ser usadas para estimar os parâmetros do processo de produção e, através desta informação, determinar a capacidade do processo em produzir dentro das especificações. Estas podem também fornecer informação útil para a melhoria do processo.