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3 FERRAMENTAS PARA ANÁLISE DE INVESTIMENTO

Para o empresário manter-se atualizado nesse novo cenário que se desenha no mundo globalizado

não é uma tarefa fácil, e em toda atividade econômica é desafiador o cenário atual, onde empresas e profissionais precisam superar-se para avançar e conquistar novos espaços.

A lucratividade está ligada ao concreto e neste contexto, a matemática é uma ferramenta que pode auxiliar no cotidiano e também nos negócios e por ser exata demonstrará lucros ou prejuízos, expondo resultados, otimistas ou não.

Pelo campo de investimentos, os bens necessários de produção não estimulam o interesse do empreendedor, a menos que sejam recuperados com lucro, onde a soma do lucro deve ser, pelo menos, igual ao montante gerado pela Taxa Mínima de Atratividade (TMA). A diferença é o adicional para tornar o investimento vantajoso, contudo nem sempre o empreendedor local possui essa visão teórica.

Para esta abordagem, a TMA utilizada para descontar os valores do fluxo de caixa será de 12% a.a., um valor estimado em função dos juros de mora estipulado no Código Tributário Nacional (1966):

Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.

§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês.

Este valor é também a taxa mínima que leva em consideração o percentual de remuneração do capital investido, acompanhada da taxa de risco estimada para o setor florestal. Faz-se necessário para a decisão de investimentos a estimativa de retorno provável e do grau de risco coligado a esse retorno.

Investir recursos em um projeto envolve o capital de alguma fonte e imobilizá-lo em alguma atividade por um período de tempo. Ao fim desse período, espera-se que o projeto permita recursos equivalentes aquele imobilizado e mais aquilo que se teria ganhado se o capital aplicado em outro investimento (SOUZA & CLEMENTE, 2001, p.62).

Desse modo será averiguado se investir em imobilizado é atrativo. Os indicadores a serem

analisados em questão serão: Índice Custo/Benefício, Taxa Interna de Retorno, Valor Presente Liquido e Índice de Lucratividade.

3.1 MÉTODO CUSTO-BENEFÍCIO

Diversas análises econômicas podem ser empregadas no Índice Custo/Benefício não importando

a sua grandeza, podendo ser em empresas privadas ou governamentais. De acordo com o método Custo/Benefício, tem-se:

• Benefícios (B): são análises concretas de receitas, dividendos, faturamentos e tudo que venha favorecer a realização prevista;

• Custos (C): são análises concretas de despesas, gastos, pagamentos e tudo o mais que visem a onerar a realização prevista;

O método pode ser empregado em qualquer momento considerado, como, modelo, instante inicial zero, instante final n, ou qualquer outro período que se fizer necessário, desde que sejam idênticos. A finalidade do método em debate, tanto os benefícios quanto os custos, são considerados em valores absolutos. Neste caso a relação custo-benefício (B/C) diz-se viável quando

C B

>1, de acordo com a opção de investimento.

3.2 MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

A taxa de retorno é muitas vezes chamada de taxa de retorno de um fluxo de caixa descontado,

taxa interna de retorno ou taxa verdadeira de retorno. O ganho recebido em devolução, comparado adequadamente com a quantia investida, constitui uma parcela percentual denominada taxa de retorno.

De acordo com Assaf Neto (1998) a rentabilidade ou custo é indicado em termos de uma taxa de juros equivalente periódica, dessa maneira pode-se fixar o período que desejar, pois o custo não se altera. Desse modo o cálculo da taxa interna de retorno é determinado da seguinte forma:

, ) 1 ( ... ) 1 ( ) 1 ( ) 1 ( 3 3 2 2 1 1 0 n n i FC i FC i FC i FC FC + + + + + + + + = Deduzindo que:

= + = n j j j i FC FC 1 0 ) 1 ( Onde:

FCo = valor do fluxo de caixa no momento zero (recebimento – empréstimo, ou pagamento

– investimento);

FCj = fluxos previstos de entradas ou saídas de caixa em cada período de tempo;

i = taxa de desconto que iguala, em determinada data, as entradas com as saídas previstas de

caixa. Ou seja, i significa a taxa interna de retorno.

Fórmula 1. Taxa interna de retorno (TIR) a partir dos diversos fluxos de caixa.

Como se faz comparações das quantias recebidas com as investidas, no instante inicial, é comum transformar todas as quantias analisadas em partes equivalentes no instante inicial e achar o valor presente líquido (VPL). A taxa de juros que torna nulo o VPL é a taxa de retorno. É nesta taxa que o somatório das receitas, dos benefícios, se torna igual ao somatório dos gastos, pois o valor presente líquido é a soma algébrica, no instante inicial, dos benefícios e dos custos. Desse modo:

VPL = B - C para B = C, onde B = Benefícios e C = Custos e i = Taxa e VPL de um fluxo de caixa é:

( )

+

=

n n

i

Fn

VPL

0

1

Em que os Fn representam os vários gastos ou receitas que ocorrem, respectivamente, nos instante de zero a n.

Fórmula 2. Valor Presente Líquido a partir dos n-fluxos de caixa. 3.4 DIFERENÇA ENTRE VPL E TIR

O valor presente líquido representa a diferença entre os recebimentos e os pagamentos. Caso for positivo, significa que foram recuperados o investimento inicial e a parcela que se teria caso esse capital tivesse sido aplicado à taxa mínima de atratividade. Por outro lado, a taxa interna de retorno é a taxa que retorna, depois de descontado os fluxos de caixa. Ou seja, enquanto no VPL é dada a taxa de lucro que se deseja, na TIR é determinada a taxa que os investimentos retornam, descontado os fluxos de caixa.

3.5 ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE

Conforme Assaf Neto (1998) o Índice de Lucratividade (IL) é medido pela relação entre o valor presente dos fluxos de entrada de caixa e os de saída de caixa. O resultado indica, que para cada $ 1 (um) aplicado, quanto o projeto produziu de retorno. Quando o índice for maior que 1,0 (um), aponta-se para a existência de atratividade econômica e quando for menor que 1,0 (um) demonstra- se o desinteresse pela alternativa de investimento, a qual produz um valor presente líquido negativo.

3.6 RISCOS

A falta de controle é um fato exato na análise de investimentos, sobre a maneira que poderá ocorrer no futuro. Podem-se prever futuros acontecimentos, mas não se pode determinar corretamente quando e em que grau ocorrerá. Os índices econômicos, os benefícios futuros, o desgaste e a manutenção de máquinas e outros são alguns exemplos.

Apesar de toda essa incerteza, o tomador de decisão tem de decidir, à luz das informações presentes disponíveis, qual o melhor curso de ação a ser tomado (SOUZA & CLEMENTE, 2001, p.121).

A expressão risco é bastante utilizada quando se conhece pelo menos a possibilidade de ocorrências futuras do empreendimento, o conhecimento acadêmico unido com a prática, sobre o risco depende do grau de conhecimentos relacionados com acontecimentos futuros do empreendimento.