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A FÍSICA AO NOSSO REDOR

2 SURGIMENTO DO PROGRAMA.

Diante desse cenário, no ano de 2007 as Universidades Federais, em parceria com o MEC (Ministério da Educação e Cultura) e a CAPES, lançam um programa chamado PIBID, que possui a

finalidade de valorizar o trabalho docente e apoiar estudantes de licenciatura plena das instituições federais e estaduais de educação superior, oferecendo a oportunidade de promover inserção dos alunos de licenciatura nas escolas.

Esse programa não consiste em dar aula no lugar dos professores, mas sim em ajudar os alunos, oferecendo o apoio fora de sala de aula em horário oposto. Foram escolhidas algumas disciplinas que os alunos apresentam mais déficit, tais como, matemática, física, química e biologia. Embora a nossa instituição do campus de Ji-Paraná só esteja trabalhando com as disciplinas de Matemática e Física, pois a mesma só possui esses cursos em Licenciatura, incluindo o Curso de Pedagogia.

2.1 ESCOLHA DA ESCOLA E DOS BOLSISTAS

Depois de elaborado o programa, chegou à vez de escolher qual a escola que receberia esses bolsistas para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Foram apresentadas três escolas ao MEC, dentre elas foi escolhida a escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Aluízio Ferreira, localizada na cidade de Ji-Paraná, onde foi beneficiada com apoio pedagógico nas disciplinas de matemática e física, com alunos do nono ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Em nossa instituição foram oferecidas vinte e cinco bolsas, sendo quinze para o curso de matemática e dez para o curso de física. O processo de seleção desses bolsistas foi elaborado pelos coordenadores locais do programa por meio de prova com conteúdos de matemáticas do Ensino Médio, houve também a carta de intenções e analise do Histórico Escolar, os três itens forneceriam a classificação. Portanto com o programa aprovado, a escola e os bolsistas escolhidos agora faltavam só iniciar o projeto. No início do mês de Fevereiro do ano de dois mil e nove, as atividades do programa começam a ser desenvolvida.

Os bolsistas teriam que cumprir vinte horas semanais, sendo que doze horas ficariam na escola, ajudando os alunos, no processo de construção do conhecimento e contribuindo para uma aprendizagem significativa e de qualidade, e oito horas de planejamento, nesse horário teríamos que apresentar seminários, aulas expositivas para os professores coordenadores locais do programa, pesquisar exercícios diferenciados e preparar aulas significativas e diferenciados para os alunos, para que o conteúdo seja repassado e transmitido de maneira mais objetiva.

2.2 EXPERIÊNCIA NO PIBID

Após ser classificada pelo programa não via a hora de participar do projeto, grande era a minha expectativa, mas ao mesmo tempo grande era o medo e a incerteza de não conseguir sanar as duvidas que os alunos iriam trazer, e nem saber os conteúdos para poder explicá-los melhor para os alunos, pois enquanto bolsista eu teria que saber mais que os alunos, e poder trazer para as aulas de reforço metodologias diferenciadas, que possibilitassem ao aluno uma melhor compreensão e entendimento do conteúdo.

Tinha como objetivo que minha didática pudesse tirar as duvidas dos alunos e estar trazendo o conhecimento matemático de maneira mais simples, para que assim o aluno venha conseguir entender a importância do conhecimento matemático para a sua vida regular. Assim eu teria que conhecer a realidade do aluno e fazer uma mediação do conhecimento empírico, com o conhecimento cientifico, valorizando o conhecimento prévio do aluno, ou seja, aquele conhecimento que o aluno adquiriu em seu cotidiano, fora da escola.

PARRA (1996, P. 15), defende que a competência dos professores de matemática é “selecionar entre toda a matemática existente, a clássica e a moderna, aquela que possa ser útil aos alunos em cada um dos diferentes níveis da educação”.

Por isso enquanto bolsista e futura professora, eu teria que começar a fazer a diferença, pois nesse programa eu vejo como uma grande experiência e aprendizado, para minha vida profissional e pessoal. Por isso eu teria que mostrar os conteúdos de matemática na prática, fazer com que o aluno pensasse sozinho, que estamos ali como professores que ajudariam na construção do próprio conhecimento, e auxiliar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos relacionados com os conteúdos de matemática. Assim comecei a dar as aulas a partir da necessidade dos alunos, e sempre aproveitando o conhecimento prévio do aluno, como mediadora do conhecimento empírico e o conhecimento científico.

Procurei mostrar a importância da matemática para a vida fora da escola e trazer o conteúdo de matemática para a realidade mais próxima do aluno, assim revivi seguinte experiência com duas alunas do primeiro ano do Ensino Médio, fazendo exercícios sobre funções, elas me perguntam para que serve esse conteúdo, pois segundo elas nunca usaria esse conhecimento fora da escola. Pedi que pensassem em algum momento ou lugar que usaria as funções em seu ambiente fora da escola. Elas me disseram que não teria nada que ela usasse função no seu dia-a-dia. Então nesse dia as levei para

fora da escola e olhando para a rua pedi que tentasse visualizar a função ali, olharam, pensaram e não conseguiram, até que mostrei e expliquei que as ruas formariam um plano cartesiano, a esquina de uma rua com outra rua formaria o ponto de origem. Assim elas conseguiram visualizar o conteúdo fora da sala de aula.

Segundo PARRA (1996, P.16) “o importante é ensinar a aprender, coisa que o aluno terá que fazer por si só quando concluir seu ensino na escola e se liberar do professor”. Assim o ensino da matemática não consiste em só aprender a fazer contas e jogar os números nas fórmulas. É preciso levar o aluno a entender o processo, desenvolvendo suas competências e habilidades. Como futura professora eu devo sempre procurar trazer temas que envolvam a matemática na atualidade, que façam parte da realidade na qual o aluno esteja inserido. Portanto buscava nas aulas trazer problemas contextualizados e deles trabalhar os conteúdos para assim, contribuir com a construção do seu próprio aprendizado.