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Ferramentas utilizadas na manipulação dos dados

CAPÍTULO III METODOLOGIA

3.2. Ferramentas utilizadas na manipulação dos dados

Todos os dados aferidos têm com base a documentação cedida pelas entidades regionais com responsabilidades na temática, nomeadamente, DROTA; DRF, PNM e Jardim Botânico (atual Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, IP - RAM); SRPC, IP-RAM; DREM. Queremos destacar algumas informações sobre os dados: modelo digital do terreno, ano de produção 1990, resolução de 10*10 metros no formato de texto (ArcGis-ASCII) e com o sistema de coordenadas UTM-28N- Porto Santo BASE SE (1995) - EPSG3061. Quanto à COS, o ano de referência com base em ortofotomapas é de 2007 com a área mínima cartográfica de 0.25ha e com 5 níveis de classificação, desagregadas com base nos 3 níveis de classe da Corine Land Cover, no formato de Shapefile e com o sistema de coordenadas de UTM-28N-Porto Santo BASE SE (1995) - EPSG3061. A entidade responsável é a DROTA. A rede viária tem o mesmo sistema de coordenadas, no mesmo formato, e da responsabilidade da mesma entidade que a COS. Importante salientar os dados aferidos sobre as áreas ardidas que deram origem aos mapas sobre a recorrência do fogo a 1, 2 e 3 anos, representados pela

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figura 26 e 27. Estes dados tem como referência os anos de 2006 a 2013, em formato de Shapefile, com o sistema de coordenadas do Porto Santo, mencionado anteriormente, e são da responsabilidade da DRF.

Sobre os Declives (Fig.21, ponto 5.4) o apuramento dos resultados teve incidência no Modelo Digital do Terreno (MDT), cedido gentilmente pela “extinta” Direção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente (DROTA), onde apenas tivemos que efetuar os cálculos para gerar um “LAYOUT” com o mapa dos respectivos declives através da ferramenta “SLOPE” figura 1. Saliento que os dados apresentados no formato “RASTER” têm uma resolução geométrica (área de pixel) de 10*10m. Por fim fizemos a reclassificação de acordo com o guia metodológico e seus parâmetros delineados para estes cálculos.

Quanto às Exposições (Fig.22, ponto 5.5) os procedimentos são análogos, contudo, a ferramenta utilizada foi o “ASPECT”, de seguida procedemos à reclassificação de acordo com o guia metodológico. Figura 2 é um dos procedimentos de cálculo.

No tocante à variável dos eixos de via (Fig.23, ponto 5.6) procedemos à realização de um “Buffer” onde, mais uma vez, utilizamos os parâmetros do guia metodológico para o cálculo de todas as variáveis inerentes à conclusão desta CRIF, mais concretamente: 0 – 25 m; 25 – 50 m; 50 – 100 m; 100 – 150 m; > 150 m em que o seu valor de risco é nulo para o apuramento desta variavel. Em seguida procedemos à utilização da ferramenta de “Dissolve” para retirar os constrangimentos entre as fronteiras dos “BUFFERS” designados para cada parâmetro. Depois efetuamos os cálculos utilizando a ferramenta “DIFFERENCE” entre os

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150 metros e o limite da área da Ilha da Madeira, ou seja, uma “máscara” para que os próprios limites não fiquem sobrepostos uns com os outros, isto porque poderia o sistema confundir quando efetuasse o cálculo para converter em “RASTER”, logo tivemos de subtrair aos limites da Ilha os 150 metros, isto porque efetuando este cálculo obteria uma área de risco (0) no tocante à relação entre os eixos de via e a área onde o risco “supostamente” é nulo. Por último fizemos uma “MERGE” entre todas as 5 “SHAPES” com o intuito de obter apenas uma só, o que após este passo, passamos a executar a conversão de “VECTOR TO RASTER” obtendo o “LAYOUT” dos “BUFFERS” das vias terrestres. Saliento que não usamos as vias florestais, isto porque não possuíamos dados sobre as mesmas. Faço saber que não procedemos à reclassificação isto porque as classes já estavam atribuídas. A justificação para o uso deste procedimento foi porque já possuíamos as linhas de estradas, que são vetores e não raster, logo, optamos por esta sequência. Usamos o “DIFERENCE” para não obtermos

“BUFFERS” sobrepostos, assim sendo ficamos com uma área dos 150m a 100m em vez dos

150m à estrada, também ficamos com a área dos 100m a 50m em vez da área de 100m à linha, com a área de 50m a 25m na vez dos 50m à linha e, ainda, ficamos com a área de 25m à linha tendo cada uma destas áreas valores diferentes. Figura 3 é um dos procedimentos de cálculo.

Para aferirmos a densidade populacional (Fig.24, ponto 5.7) trabalhamos com base na

“BGRI”, gentilmente cedida pela direção regional de Estatística da Madeira, DREM, que

estava executada em subestações estatísticas, isto é, mais minuciosamente. O tratamento foi feito tendo por base a área mínima considerada para cada dado estatístico a tratar. Depois

Figura 3- Procedimento de cálculo dos eixos de via Figura 4- Procedimento de cálculo da densidade populacional

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efetuamos os cálculos através do “FIELD CALCULATOR”, isto para calcular a densidade populacional de acordo com os parâmetros do guia metodológico, concretizando a atribuição dos valores para cada subestação estatística de acordo com a densidade populacional obtida. Em seguida procedi à conversão de “VECTOR TO RASTER” finalizando o “LAYOUT”. Um das fases do procedimento de cálculo é apresentado na figura 4.

Os dados utilizados relativamente ao tipo de uso e ocupação do solo (Fig.25, ponto 5.8) foram os cedidos pela Direção Regional do Ordenamento de Território e do Ambiente sobre a Carta de Ocupação do Solo (COS) com os respetivos dados referentes ao ano de 2007. Os procedimentos desencadeados foram: reclassificamos os dados constantes no suporte de

“EXCEL” para elaborarmos uma “SHAPE” nova, depois em seguida fizemos um “JOIN”

entre a “SHAPE” original e a folha de “EXCEL” (formato CSV) reclassificada, isto porque, a reclassificação foi feita no “EXCEL” e necessitamos de fazer a ligação com a parte geométrica (SHAPE). Depois fizemos “VECTOR TO RASTER” dos atributos dos valores do

“EXCEL”, em que, procedemos a “RECLASSIFICAÇÃO DO RASTER”, isto a partir da nova “SHAPE” criada após o “JOIN” usando, uma vez mais, a ferramenta “VECTOR TO RASTER”. Atribuímos um valor a cada parâmetro consoante a classe integrante no guia

metodológico para a elaboração das CRIF’s. Um das fases do procedimento de cálculo é apresentado na figura 5.

Vamos elaborar uma conjugação sobre a importância dos incêndios ocorridos nos anos anteriores (2006 – 2013) através da combinação do número de fogos com o valor das áreas ardidas na unidade considerada (Figuras 26 e 27, ponto 5.9), ou seja, as áreas já estavam devidamente separadas por ano, o que fizemos foi uma conversão “VECTOR TO RASTER” de vetor para raster classificando com área ardida (1) e não ardida (0). Depois procedemos à soma das respetivas camadas atraves da ferramenta “RASTER CALCULATOR” identificando assim as áreas que arderam mais do que uma vez. No final procedemos à junção entre todos os cálculos e, aferimos o resultado final, em que, à classe 1 corresponde uma área que ardeu 1 vez e, assim sucessivamente para as áreas 2 e 3.

O produto final, CRIF (Fig.28, ponto 5.10) foi obtido através do uso da ferramenta “RASTER

CALCULATOR” Foram calculados os quartis sobre a cartografia obtida de modo a classificar

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introduzindo os valores constantes do guia metodológico. Um dos passos do Procedimento de cálculo é apresentado na figura 6.

Figura 6- Procedimento de cálculo da CRIF Figura 5- Procedimento de cálculo da COS

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CAPÍTULO IV – PARQUE NATURAL DA MADEIRA

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