• Nenhum resultado encontrado

2.4 A Agenda 21 Local

2.4.4 Fonte de Recursos

Segundo o Portal Agenda 21 Local9, existem diversas fontes de financiamento para um projeto de Agenda 21, como empresas, prefeituras e universidades. O método que tem se mostrado mais eficaz na arrecadação de fundos é a combinação de diversas fontes de recursos. Veremos agora algumas dessas fontes e formas de capitação de recursos.

2.4.4.1 Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA

Um dos mais importantes instrumentos de implantação da Política Ambiental Brasileira. Ao todo, mais de 700 projetos de médio e pequeno porte já receberam apoio do FNMA, representando investimentos em torno de R$ 60 milhões, divididos em duas modalidades:

54  Demanda Espontânea: quando as entidades proponentes dos projetos os encaminham por iniciativa própria a qualquer tempo, atendendo, contudo, aos critérios estabelecidos pelo FNMA.

 Demanda Induzida: quando os projetos são propostos exclusivamente em resposta a editais específicos publicados pelo FNMA, com vistas a atender a áreas prioritárias da Política Nacional do Meio Ambiente.

Podem concorrer a seus recursos: Instituições públicas pertencentes à administração direta ou indireta, em seus diversos níveis; Instituições privadas brasileiras sem fins lucrativos, que possuam atribuições estatutárias para atuar em áreas do Meio Ambiente, identificadas como: Organização Não-Governamental (ONG), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), Organização de Base (associações de produtores, de bairro ou outras).

2.4.4.2 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES

 Projeto Multissetorial Integrado: um modelo alternativo de tratamento dos problemas sociais que abrange soluções para os variados tipos de carências, articulando, no âmbito municipal, investimentos em diversos setores sociais, como saneamento básico, infra-estrutura social, educação, criação de postos de trabalho e atenção à infância e à adolescência.

 Fundo para o Desenvolvimento Regional com Recursos da Desestatização – FRD: destina-se a prestar colaboração financeira a projetos de desenvolvimento regional e social em municípios situados na área geográfica de influência da Cia. Vale do Rio Doce - CVRD.

2.4.4.3 Caixa Econômica Federal – CEF: Programas destinados ao Setor Público

 Pró-Saneamento: tem por objetivo promover a melhoria das condições de saúde e qualidade de vida da população por meio de ações de saneamento que resultem em aumento da cobertura dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos. Concessão do empréstimo para, Estados, Municípios, Distrito Federal, Concessionárias de Saneamento.

 Habitar-Brasil: objetiva elevar os padrões de habitabilidade e qualidade de vida em localidades urbanas e rurais, com prioridade para municípios integrantes do Programa

55 Comunidade Solidária, beneficiando áreas degradadas (ou de risco) ocupadas por sub- habitações (favelas, mocambos, palafitas, cortiços etc.) onde vivam famílias com renda predominante de até três salários mínimos. Os recursos são repassados, a fundo perdido, para Estados, Municípios e Distrito Federal, através da CEF.

 Programa de Ação Social em Saneamento – PASS: objetiva melhorar as condições ambientais e de saúde das populações urbanas de baixa renda, implementando projetos de saneamento, prioritariamente nos municípios integrantes dos Programas Comunidade Solidária e Redução da Mortalidade na Infância. Suas modalidades: implantação e/ ou melhoria dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos, saneamento ambiental. Os recursos são repassados, a fundo perdido, para Estados, Municípios e Distrito Federal, através da CEF.

56

3 METODOLOGIA

A metodologia empregada é composta da coleta de dados primários e secundários, respectivamente de forma indireta e direta, culminando com uma análise técnica crítica dos aspectos – saneamento e habitação – estudados na sua observação, dentro do universo de pesquisa compreendido entre Abril de 2007 à Abril de 2009. Este intervalo de dois anos, corresponde ao Processo de Implementação da Agenda 21 Local no período da construção do Conjunto Habitacional da Comunidade Rosalina, fruto de um diagnóstico participativo prévio. Os dados primários foram obtidos através de uma revisão bibliográfica e outras fontes como: Sociedade Civil Alternativa Terrazul (Agenda 21 da Rosalina); PROEMA – Projetos de Engenharia Econômica e Meio Ambiente Ltda. (Indicadores Sócio-econômicos e dados quantitativos da obra do Conjunto Habitacional); Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infra-estrutura – SEINF (fotos, informações e dados quantitativos sobre o local e a obra), e PALMA engenharia (fotos, informações e acesso ao acompanhamento das obras).

Do diagnóstico prévio, ou dados primários da pesquisa, desenvolveu-se o questionário (APÊNDICE A) que foi aplicado de forma direta a uma amostra de 120 (cento e vinte) pessoas da Comunidade Rosalina, no período de Janeiro a Março de 2009. A obtenção dos dados secundários foi realizada através da observação dessas respostas, permitindo uma análise mista – qualitativa e quantitativa – da opinião dos entrevistados sobre o processo de Agenda 21 instaurada durante o decorrer da construção do conjunto habitacional.

Outras informações relevantes surgiram das entrevistas com lideranças comunitárias e órgãos responsáveis pelo processo. O período de realização da abordagem foi definido em função da conclusão das obras, previsto para Julho de 2009, segundo Olinda Marques, então Presidente da Habitafor. Vale lembrar que, segundo Buarque (1999), um bom diagnóstico deve responder a quatro perguntas centrais: Em Que situação estamos; Como e Porque chegamos a esta situação; O Que está acontecendo no local; O Que está acontecendo no contexto externo ao local.

Com um comparativo entre os dados primários e secundários, formulou-se um relatório técnico crítico, demonstrado na discussão dos resultados, sobre a situação em que se encontra a Agenda 21 da comunidade no âmbito do saneamento e habitação do Conjunto Habitacional Rosalina. Küster (2004), reforça que este tipo de relatório deve ser constituído com rigor e com a participação de todos os atores sociais, de modo que ao final se tenha uma análise que contemple a realidade do local.

57

Documentos relacionados