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Fornecimento energético

No documento Projeto Euroace Invest (páginas 76-80)

Infraestruturas de transporte, fornecimento energético, espaços

4.2. Fornecimento energético

4.2.1. Redes de transporte

Na Eurorregião existe uma rede de transporte de energiaelétrica que se distribuem por redes de alta e baixatensãoatravés das rotas que ligam as centrais de energiacom os diferentes núcleos urbanos de cada região.

A Comunidade Autónoma de Estremaduradispõe de uma rede elétrica de transporte que distribui pela região a energia, principalmente de norte a sul, desenhada para fornecer os grandes núcleos de consumo e produção e que está ligada à rede de transporte nacional. A rede de alta tensão caracteriza-se por ter conexões desde a Central Nuclear de Almaraz, desde as diferentes centraishidroelétricas das bacias hidrográficas do Tejo e Guadiana e

desde as ligaçõescom Portugal. Esta rede dotaEstremadura dos

fornecimentoselétricosadequadosàsnecessidadesatuais.

A região do Alentejo caracteriza-se por dispor de uma rede elétrica que fornece energiaaos diferentes setoresprodutivosououtros tipos de uso, como o domestico. É importante destacar que a rede de transporte de energia se distribui desde as diferentes centrais de produção de energia, destacando-se a Central Hidroelétrica do Alqueva, que se localiza na zona transfronteiriça próxima de Estremadura, a central termoelétrica de Sines, os parques eólicos de Beja e as centrais de energia solar fotovoltaica, Amareleja. Desde as estações e sub- estações existentes naregião, encontram-se rotas de transporte elétrico que fornecemenergiaelétrica a diferentes municípios.

Naregião do Centro existem importantes equipamentos de produção de energiaelétrica que fornecem a rede de transporte de energia nacional, já que é um importante produtor dentro de Portugal. As rotas da rede de alta e baixatensão, canalizam-se desde as principaiscentrais e sub-estaçõessecundárias que existem repartidas pela região. Destacam-se as centraistermoelétricas do Ribatejo e Lares, os parques eólicos situado nasimediações do Parque Natural Serra da Estrela, aproveitando as facilidades geofísicas da zona e as centraishidroelétricas das bacias do rio Tejo nasuapassagem pela região do Centro.

4.2.2. Estrutura produtiva

3

A EUROACE dispõe de potentes centrais de produção de energia de materiaisrenováveis e nãorenováveis. Cada região caracteriza-se pela suaespecializaçãoemalgumatecnologia concreta para obterenergia, aproveitando as potencialidades de cada região, assim como as suas características geofísicas.

Naregião de Estremadura localiza-se na central nuclear de Almaraz que temumnível de produçãomuito elevado, váriascentraishidroelétricas, centrais de energia solar, como a de Alvarado, e novas centrais de produção de energia a partir de biomassa, como a central estabelecidaemMiajadas.

Naregião do Alentejo destaca-se a central hidroelétrica do Alqueva, a central termoelétrica de Sines e o aumento da instalação de painéis fotovoltaicos.

Naregião do Centro destacam-se as váriasinstalações de parques eólicos distribuídos pela região, assim como as centraishidroelétricas e centrais de biomassa.

Nos últimos anos está-se a produzirum auge no desenvolvimento e instalação de centrais de obtenção de energia e fontesrenováveis. Estão-se a instalar centrais de painéis fotovoltaicos e termossolares, além de centrais de biomassa e parques eólicos. Portanto, a EUROACE caracteriza-se por aproveitarefetivamente os recursos naturais à suadisposição.

4.2.3. Consumo elétrico

Os dados de consumo energético mostram que a região do Centro é a que maior consumo faz da Eurorregião, já que representa 56,77% do consumo total da EUROACE. O Alentejo e Estremadurapartilham valores próximos de 21%.

A distribuição no consumo é bastante parecida, sendo o consumo de energiamaior no Centro que no Alentejo relativamente às redes de alta e baixatensão e menor no caso de auto- consumo.

3 No ámbito deste projeto elaborou-se um estudo específico sobre produção de energía na EUROACE

Consumo de energía elétrica. MWh. 2013.

Total Alta Tensão Baixa Tensão Autoconsumo

% % % % Alentejo 4.499.286 21,73 2.465.285 54,79 1.775.873 39,47 258.128 5,74 Centro 11.751.317 56,77 6.748.477 57,43 4.798.884 40,84 203.956 1,74 Estremadura* 4.446.389 21,48 EUROACE 20.696.992 100 Nota: *2012

Fonte: PORDATA e Ministerio de Energía, Industria y Turismo (Governo da Espanha).

Relativamente ao consumo de energia por setores de produção, na EUROACE destacam-se os setores da indústria transformadora comum consumo de 37,7% relativamente ao total de consumo da Eurorregião. O consumo de uso doméstico ocupa o segundo lugar com 11,2% e emterceiro lugar encontram-se as atividades do setor do comércio, sendo a suarepresentação 8,4% do total.

Consumo de energiaelétrica por setor de atividade económica empercentagens. Principais consumidores. MWh 2013

Alentejo Centro Estremadura* EUROACE

Agricultura e Pescas 6,58 2,11 3,71 3,43 Minas e pedreiras 8,72 0,77 0,24 2,39 Indústrias transformadoras 33,33 44,79 23,59 37,74 Comércio 6,85 6,79 14,34 8,42 Restauração e Alojamento 1,72 1,77 5,87 2,64 Uso doméstico 8,77 10,99 14,28 11,22 Total 100 100 100 100 Nota: *2012

Fonte: PORDATA e Ministerio de Energía, Industria y Turismo (Governo da Espanha).

A região onde predomina o consumo das indústrias transformadoras é no Centro, com 44,8% valor muito superior à proporção da EUROACE e às do Alentejo e Estremadura. Relativamente ao consumo doméstico, onde existe umamaiorrepresentaçãoénaregiãoestremenha (14,3%) enquanto que no Centro e Alentejo é menor, com 11% e 8,8% respetivamente.

Estremaduratambém se destaca por ter umaproporçãomaior de consumo por parte do setor do comércio (14,3%) e hotelaria (5,9%) que o resto das regiões. Onde se regista o maior consumo de energia por parte das atividades agrícolas é no Alentejo (6,6%), tal como o consumo da indústria de extração (8,7%).

Estremadura

Em Estremadura o principal consumidor é o uso doméstico com 1.544.428 MWh consumidos no ano de 2012, seguido do setor de comércio e serviçoscom637.585 MWh consumidos, seguido do setor de administração e serviços públicos e, por último a siderurgia e fundição. No que dizrespeitoao consumo por províncias, tanto em Cáceres como em Badajoz destaca- se o consumo do setor de uso doméstico. Em Cáceres em segundo lugar encontra-se o consumo do setor de comércio e serviços, seguido da administração e serviços públicos e, por último, encontra-se a hotelaria. Em Badajoz, depois do consumo doméstico situa-se o consumo elétrico dos distintos setoresnaseguinteordem: siderurgia e fundição, comércio e serviços e administração e serviços públicos em último lugar.

Alentejo e Região Centro

No ano 2013 naregião do Alentejo o consumo procediamaioritariamente das redes de alta tensão (54,7% do total consumo), sendo que a percentagem das redes de baixatensão48,6%, atingindo o auto-consumo 5,7%. Em Portugal a tendência é semelhante, onde o maior consumo que existe é o fornecido pelas redes de alta tensão, apesar do auto-consumo proporcionalmente ser maior no Alentejo que em Portugal (1,9%).

Entre as diferenças que se encontramnas sub-regiões, destaca-se o Alentejo Litoral com 66,4% de consumo de eletricidadedistribuído por redes de alta tensão, enquanto que no Alto Alentejo é onde menor proporçãotem a alta tensãocom 35% do total. A sub-regiãoondemaior auto-consumo se gera é o Alentejo Litoral (17%), que aliás é a região que maiorquantidade de energia consume - 1.458.961 MWhem2013.

Relativamente ao consumo de energia por setor de atividade económica, as indústrias transformadoras são as que maiorquantidade de energiaconsomemnaregião do Alentejo (33,3%) e as que menos consomemsão as do setor da banco e seguro e construção, com valores por debaixo de 1%. Relativamente a Portugal, a distribuição é bastante parecida, excetoem casos das indústrias de extração, já que no Alentejo consomemmaiorquantidade de energia que em Portugal em termos relativos (8,7% e 1,3% respetivamente).

Relativamente ao número de consumidores por tipo, a maioria dos consumidores são de âmbito doméstico, representando 82,4% faceaos 13,4% de consumidores não domésticos. Neste segundo conjunto, os consumidores da indústriarepresentam 1% e os da agricultura 3,1%. Relativamente a Portugal, os valores sãosemelhantes, à exceção do caso do número de consumidores do setor agrícola, já que no Alentejo a proporção é superior à de Portugal (3,1% e 1,7%, respetivamente).

Dentro da região, não se observamdiferenças significativas relativamente à proporção de consumidores de uso doméstico. Onde existe ummaior número de consumidores de uso não- doméstico é no Alentejo Central, que representa 15,4%.

NaRegião do Centro o consumo proveniente de redes de alta tensão (57,4%) é superior ao das redes de baixatensão (40,8%) e auto-consumo (1,8%). Partilha valores próximos com Portugal. Dentro da Região Centro, Aveiro destaca-se sobre as restante sub-regiões relativamente ao consumo de redes de alta tensão (67,7%). Relativamente aos valores de auto-consumo, Coimbra destaca-se por ter um auto-consumo maior (4,2%) e a sub-região da Beira e Serra da Estrelacaracterizam-se por quasenão ter consumos de energiadeste tipo.

As indústrias transformadoras são as que consomemmaiorquantidade de energia (44,8%) e as que menos consomemsão as atividades do setor dos bancos e seguros. Emrelação a Portugal nãoexistem grandes diferenças, apesar de que o consumo das indústrias transformadoras é superior proporcionalmente naRegião Centro e menor no caso do comércio e restauração (6,8%). Dentro da região, em Aveiro é ondemaior consumo existe por parte das indústrias transformadoras com 59,6% e onde menos existe é nasBeiras e Serra da Estrela (16,3%). Relativamente aos consumidores por tipo de uso, seja doméstico, não-doméstico, industrial ou agrícola, as proporções de consumo são bastante homogéneas entre todas as sub-regiões do Centro de Portugal, com valor que oscilam entre 82% e 84% relativamente ao número de consumidores domésticos. Tambémocorre o mesmo relativamente ao número de consumidores de uso não doméstico e industrial. Contudo, no consumo no setor agrícola os valores proporcionaissão superiores nas sub-regiões do Centro relativamente ao conjunto de Portugal, destacando-se Dão-Lafõescom 4,3%.

No documento Projeto Euroace Invest (páginas 76-80)

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