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Nível de estudos

No documento Projeto Euroace Invest (páginas 47-51)

Capital humano

3.1. Nível de estudos

Um aspeto importante no momento de caracterizar o capital humano é o nível de estudos que possuam as pessoas que desenvolvem a sua atividade profissional em determinado território. Para fazer uma classificação homogénea entre as três regiões da EUROACE, agruparam-se os níveis de estudos em diferentes categorias educativas: pessoas analfabetas, pessoas sem estudos, primeiro grau, segundo grau e terceiro. Os estudos de primeiro grau contêm os estudos básicos, no segundo graus agrupam-se os estudos secundários e a Formação profissional de distintos níveis e no terceiro grau os estudos universitários.

Nível de estudos por regiões EUROACE. 2011.

Analfabeto Sem estudos Primeiro grau Segundo grau Terceiro grau

Alentejo 66.103 110.524 427.821 128.886 90.071

Centro 135.751 264.831 1.346.541 390.362 326.021

Estremadura 33.110 135.810 154.185 467.345 135.995

EUROACE 234.964 511.165 1.928.547 986.593 552.087

Fonte: INE Espanha e INE Portugal.

Em Estremadura, no ano 2011, predominavam as pessoas que tinham uma educação de segundo grau, que corresponde a estudos secundários (ESO, EGB, Bachalerato, COU e FP) e correspondia quase a metade da população desta região. No caso do Alentejo e Centro as pessoas que receberam algum tipo de educação primária (Ensino básico 1º, 2º e 3º) representam uma percentagem maior, com 52% e 55% respetivamente.

O resto das percentagem de população segundo o seu nível de estudos são bastante semelhante entre as três regiões, já que os dados revelam semelhanças relativamente à população universitária (terceiro grau) e à população analfabeta e sem estudos, sendoa região do Alentejo a que apresenta maior proporção de população analfabeta (8%) e sem estudos (13%), enquanto que Estremadura se destaca ligeiramente em população com estudos universitários (15%).

Na distribuição de estudantes matriculados pelo tipo de estudos, destaca-se o número de estudantes matriculados em educação primária, onde se registam as percentagem mais altas em todas as regiões da EUROACE; em segundo lugar situam-se os alunos matriculados em estudos de secundária, que correspondem a 22,2%; de seguida os alunos e alunas universitários (15%) e por último as pessoas pertencentes a educação infantil (14,2%) e Formação Profissional e Cursos de Especialização Tecnológica (CET) (2,6%).

Fonte: PORDATA e Ministerio de Educación, Cultura y Deporte (Governo da Espanha).

Realizando uma comparação entre as três regiões que compõe a EUROACE, observa-se onde existem uma maior semelhança no peso relativo sobre o total de alunos é nos estudos de educação infantil. Também é bastante homogénea a distribuição dos matriculados em universidades, apesar de que a região do Centro, com 18,6% de alunos universitários, situa-se acima das outras duas regiões e do valor médio da EUROACE.

As maiores disparidades registaram-se na formação primária e secundária, já que as regiões portuguesas têm uns valores mais homogéneos entre si, superando a proporção da EUROACE e distanciando-se do valor da região espanhola no caso da educação primária, e ocorre o contrário no caso da educação secundária.

Por último, são destacáveis as diferença entre a EUROACE e os totais nacionais de Espanha e Portugal, especialmente na educação primária, secundária e na formação profissional e CET, já que os valores na Eurorregião nestes níveis são bastante inferiores em termos relativos. Relativamente às infraestruturas universitária, é necessário assinalar que na Eurorregião existem vários centros universitários que oferecem uma ampla oferta de estudos de distinta natureza, contando com faculdades ou escolas de diferentes especialidades como: ciências

sociais, ciências naturais, desenho, saúde, agriculta, direito, etc. repartidos pelos principais núcleos urbanos da EUROACE.

Estremadura

Da análise detalhada realizada sobre a região de Estremadura obtiveram-se as seguintes conclusões:

− A população de Estremadura é caracterizada por possuir uns níveis de educação onde predominam os estudos secundários e formação profissional, apesar de que relativamente, em Estremadura é menor a presença de pessoas com este tipo de estudos. A proporção de pessoas com estudos de segundo grau nos principais municípios de Estremadura é bastante à de Estremadura, destacando-se por cima Montijo e Trujillo.

− Relativamente a pessoas com estudos universitários, em Estremadura estas representam uma proporção relativamente inferior à estatal. Contudo, este valor é superado em algumas das principais cidades de Estremadura que têm proporções significativamente maiores, como é ocaso de Badajoz, Cáceres, Mérida ou Plasencia, onde se concentram os Campus da Universidade de Estremadura.

− As pessoas com estudos primários têm também maior presença em Estremadura, comparando com o Estado Espanhol, mas a diferença não é muito significativa. Relativamente aos principais município de Estremadura, destaca-se Jerez de los Caballeros e Guareña, com uma proporção maior à do conjunto da região.

− As pessoas analfabetas representam 3% da região, que supera a proporção de analfabetos do Estado Espanhol (1,6%), sendo este número superado em alguns municípios como Almendralejo, Navalmoral de la Mata, Jerez de los Caballeros, Talayuelo ou Azuaga. Relativamente à proporção de pessoas sem estudos ocorre algo semelhante, já que é superior à proporção de Espanha e em sete dos principais municípios da região de Estremadura, regista-se uma proporção maior à da comunidade de Estremadura.

− Relativamente aos alunos matriculados por nível de educação no curso 2013-2014, o nível onde se concentram mais alunos é o nível de ensino primário e secundário. Em ambos os casos a proporção de alunos é superior na região de Estremadura que no Estado Espanhol e também é superior nas províncias de Estremadura que no conjunto estatal e regional. Outro ponto destacável é a maior proporção de alunos na Formação Profissional de distintos níveis em Estremadura comparando com a proporção nacional. Adicionalmente, ao analisar as proporções provinciais, também se registou que apresentam maior presença deste tipo de alunos matriculados.

− Os centros de formação da Universidade de Estremadura situam-se principalmente em Cáceres e Badajoz, apesar de existirem também em Mérida e Plasencia. O número de

teses aprovadas dentro da Universidade de Estremadura no ano 2013 foi de 150, essencialmente nos âmbitos de ciências e informática (32% no total) e ciências sociais e direito (24,1%).

Alentejo e Região Centro

As principais constatações obtidas do análise detalhado sobre os níveis de instrução da população na região do Alentejo são:

− Os níveis de educação da região no seu conjunto situam-se abaixo dos níveis nacionais, já que em todos os níveis há uma menor proporção, à exceção da população analfabeta e sem estudos. Não obstante, destacam-se algumas cidades que apresentam altos níveis de educação em comparação com o resto da região e o país (como Santarém, Beja, Portalegre, Benavente, Évora e Santiago do Cacém). − No caso particular das pessoas sem estudos, este coletivo além de representar uma

proporção maior no Alentejo que no conjunto de Portugal, em mais de metade dos municípios principais da região a proporção de pessoas sem estudos é maior do que a do total regional.

− Relativamente a pessoas com níveis básicos de educação, ocorre algo semelhante, já que em mais de metade dos principais municípios esta proporção é maior a do conjunto da região, apesar que neste caso é inferior à proporção de Portugal. Os municípios que se destacam são Cartaxo e Azambuja.

− Relativamente ao número de estudantes matriculados por tipo de estudo, os alunos com maior presença pertencem à educação básica, correspondendo na região do Alentejo a mais de metade do total. De seguida, estão os alunos e alunas matriculados na educação secundária com 19%, seguidos pelos alunos e alunas de educação pré- escolar e por último os alunos universitários.

− Nas principais cidades da região a percentagem de alunos universitários supera largamente o valor correspondente ao conjuntoda região e de Portugal. Destacam-se as cidades de Évora, Beja e Portalegre. É relevante destacar o número de alunos matriculados em cursos de doutoramento, que durante o ano de 2014 foram um total de 628.

− As infraestruturas de educação universitárias na região do Alentejo são principalmente escolas universitárias pertencentes à Universidade de Évora, ao Instituto Politécnico de Portalegre, aos Instituto Politécnico de Beja e ao Instituto Politécnico de Santarém. No caso da Região Centro de Portugal, as conclusão mais significativas foram as seguintes:

− Em relação ao conjunto de Portugal, a distribuição percentual da população por nível de educação apresenta valores muito semelhantes com diferenças quase insignificantes em todos os níveis analisados.

− As diferenças entre municípios dentro da região são algo mais relevante, já que existe um grupo de municípios nos quais a presença de pessoas com níveis de educação universitários é muito mais elevada que no conjunto da Região Centro, destacando neste grupo os município de Coimbra, Viseu e Aveiro.

− Ao analisar a proporção de pessoas sem estudos e analfabetas dentro da região, os município de Pombal, Castelo Branco, Covilhã, Ourém e Alenquer destacam-se por ter uma proporção maior que estes conjuntos de pessoas relativamente ao valor médio regional.

− Na distribuição de estudantes matriculados por tipo de estudo, a Região Centro não apresenta também valores muito distantes dos valores médios nacionais, destacando- se unicamente que há uma maior proporção de alunos universitários em Portugal pela concentração de alunos nos municípios de Coimbra, Covilhã e Aveiro, já que nessas cidades se localiza grande parte dos centros universitários da região.

− Também é destacável que durante o ano de 2014 se matricularam na Região do Centro 4.352 alunos e alunas em cursos de doutorado (21,5% do total de Portugal) repartidos por diferentes universidades, principalmente em Coimbra, Aveiro e Covilhã).

No documento Projeto Euroace Invest (páginas 47-51)

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