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Rede ferroviária

No documento Projeto Euroace Invest (páginas 69-75)

Infraestruturas de transporte, fornecimento energético, espaços

4.1. Infraestruturas de transporte

4.1.2. Rede ferroviária

A EUROACE dispõede duas linhas ferroviárias que unem as regiões portuguesas do Alentejo e Região Centro com Estremadura, que se tratam das ligações Valencia de Alcántara – Marvão – Beira e Badajoz – Elvas.

Há anos que existe um grande projeto ferroviário com o qual se pretende unir por linhas ferroviárias de alta velocidade Madrid com Estremadura e Portugal, o que seria uma excelente infraestrutura para facilitar o trânsito de pessoas e mercadorias.

Relativamente ao tipo de vias que existem na EUROACE, 32,19% estão eletrificadas. Onde existe o maior número de linhas eletrificadas é na Região Centro e Alentejo, sendo que em ambas as regiões a proporção é maior que no conjunto de Portugal.

Linhas ferroviárias eletrificadas e não eletrificadas. 2013.

Total Eletrificadas Não eletrificadas

% EUROACE 3.530 1.136 32,19 2.394 67,81 Centro 1.604 662 41,27 942 58,73 Alentejo 1.178 475 40,27 704 59,73 Estremadura 748 0 0 748 100 Espanha 15.937 9.768 61,29 6.169 38,71 Portugal Continental 4.174 1.629 39,03 2.544 60,97

Nota: os últimos dados disponíveis para as regiões do Alentejo e Centro são de 2007.

Fonte: Ministerio de Fomento (Governo da Espanha).

De seguida são expostos dados mais detalhados sobre a rede ferroviária de cada uma das regiões que constituem a EUROACE.

Estremadura

Em Estremadura existe uma rede ferroviária gerida pela RENFE que une os diferentes municípios da região e comunica Estremadura com as Comunidades Autónomas de Andaluzia, Madrid e Castilla-La Mancha.

Os principais trajetos que se estendem entre Estremadura e outros pontos da península, assim como pelas principais estações que existem na região , são:

− Direção Madrid passando por Badajoz – Guadiana - Villafranca de los Barrios- Almendralejo - Cáceres – Plasencia – Monfragüe- Navalmoral.

− Direção Sevilla passando por Mérida.

− Direção Madrid passando por Badajoz - Mérida – Valdetorres - Don Benito - Villanueva de la Serena - Campanario

− Direção à província de Huelva passando por Zafra.

Existe um total de 747 quilómetros de via única sem eletrificar, enquanto que em Espanha existe um total de 6.169 quilómetros de vias sem eletrificar e 9.767 eletrificadas.

Rede ferroviária de Estremadura e Espanha (Quilómetros). 2014.

Não eletrificadas Eletrificadas Total Vía única Total Vía única

Estremadura 747,81 747,81 - -

Espanha 6.169,04 6.121,32 9.767,76 4.009,60

Fonte: Ministerio de Fomento (Governo da Espanha).

Alentejo e Região Centro

A linha ferroviária mais importante dentro do Alentejo é a linha Sul, já que desempenha um papel determinante ao interligar o norte com o sul da região. Esta linha está completamente eletrificada e não tem restrições de carga. É de notar que cumpre um papel fundamental ao conectar por rede ferroviária o Porto de Sines.

Por outro lado a linha do Este assegura a ligação entre o sul do país com Espanha, já que estabelece ligação com o município estremenho de Badajoz, na sua passagem por Elvas. Por último, a Linha de Alentejo, é uma rota que se estende e estabelece ligação da área metropolitana de Lisboa com a cidade de Beja e, após uma bifurcação, chega até à cidade de Évora.

É importante mencionar também que a linha de alta velocidade Alfa-Pendular atravessa a região do Alentejo, unindo-a com Lisboa, passando pelas seguintes estações: Santarém, Lisboa, Grândola, Ermidas Sado, Funcheira e Santa Clara-Sabóia.

Na região do Alentejo existem, de acordo com os últimos dados disponíveis, 835 quilómetros de linhas ferroviárias, dos quais 341 são eletrificados e 87 são linhas duplas ou superiores.

Quilómetros de ferroviária no Alentejo. 2007.

Extensão total Linhas duplas ou superiores. Linhas eletrificadas

Alentejo 835,6 87,2 341,6

Portugal 2 838,4 607,3 1 435,6

Fonte: INE Portugal.

No que diz respeito à rede ferroviária na região Centro, é possível apontar que a linha mais importante é a de alta velocidade Alfa Pendular, a qual percorre do norte ao sul do país e tem estações de serviço dentro da Região Centro nas cidades de Entroncamento, Pombal, Aveiro e Coimbra. Adicionalmente, existem linhas regionais e interregionais que unem diferentes localidades da região e com Espanha:

− A linha que chega até Vilar Formoso dirigindo-se para Este (ligação com Espanha) desde Coimbra passando antes por Mortágua, Carregal do Sal, Mangualde e Guarda. − A linha que vais desde Entroncamento em direçãoEste e termina em Covilhã,

comparagens emvários municípios como Abrantes, Velha de Rodão, Castelo Branco, e Alcaide.

− Por otro lado, a união ferroviária norte-sul entre Porto e Entrocamento, permite a ligação entre os seguintes municípios: Ovar, Estarreja, Aveiro, Águeda, Mealhada, Pampilhosa, Coimbra, Alfarelos, Pombal, Caxarias, Fátima e Tomar.

Na Região Centro o número total de quilómetros de linhas ferroviárias é 1.024, dos quais 588 são eletrificados, enquanto que 214 são não-eletrificados, sendo linhas duplas ou superior.

Quilómetros de ferroviária na Região Centro. 2007.

Extensão total Linhas duplas ou superiores. Linhas eletrificadas

Centro 1.024,3 214,5 588,0

Portugal 2 838,4 607,3 1 435,6

4.1.3. Portos

A Eurorregião caracteriza-se por dispor de três portos marítimos situados na costa de Portugal. O mais importante é o porto de Sines, que se encontra nesta localidade da região do Alentejo e que pelas suas características geofísicas se considera um dos portos mais importantes da Europa, já que é uma das entradas principais de recursos na Península Ibérica, contribuindo de forma ativa no dinamismo económico da zona. Recebe numerosas toneladas de mercadorias todos os dias e adicionalmente é um local de entrada para um grande volume de recursos energéticos através dos seus distintos terminais.

Encontra-se a 58 milhas marítimas do Sul de Lisboa e dispõe de distintos terminais de acordo com o tipo de mercadoria: conteúdos líquidos, petroquímicos, gás natural e contentores. É gerido pela Administração do Porto de Sines (APS) que é a entidade encarregada de que se mantenha aberto durante 365 dias ao ano e 24 horas ao dia. Oferece serviços de controlo do tráfico marítimo e está equipado para fazer reparações de embarcações e para responder a acidentes marítimos relacionados com a contaminação.

O porto do Porto, próximo à Eurorregião, constitui um ponto de referência fundamental para a logística e as atividades portuaias no centro de Portugal. O porto de Aveiro, gerido pela Administração do Porto de Aveiro (APA), localiza-se na ria de Aveiro, zona catalogada como de especial proteção. Tem capacidade para mover grandes quantidades de mercadorias de diferentes tipos graças à capacidade dos seus diferentes terminais (Norte, grandes sólidos, grandes líquidos, roll on roll off e sul). Permite a entrada de embarcações com um máximo de 9,5 metros de carena e 185 metros de comprimento. Tem ligações com auto-estradas, desde a entrada do porto até A1, A29, A17 e A25, e além disso dispõe de uma ligação ferroviária à linha do norte de Portugal desde o ano de 2009, com ligação direta a Espanha.

O porto da Figueira da Foz é um porto secundário que atrai menor quantidade de mercadorias, já que só pode albergar embarcações médias ou pequenas, sendo atualmente a carena máxima de 6,5 metros e o comprimento de 120 metros. Pertence ao distrito de Coimbra e está presente no corredor ibérico da Rede Transeuropeia de Transporte com ligações diretas às principais vias ferroviárias de Portugal e de Espanha através da linha da Beira Alta. As auto-estrada de Portugal que se ligam com este porto são a A14, A17, A1, A25 e A23.

Segundo as estatísticas, Sines destaca-se como o porto com maior atividade de movimentos de embarcações da Eurorregião, já que em total no ano de 2013 teve aproximadamente 4.000 movimentação de entrada e saída de embarcações, sendo mais de metade da EUROACE, que foram 6.872. No Porto de Aveiro entraram um total de 926 embarcações e saíram o mesmo número, enquanto que no porto da Figueira da Foz, 532 as que entram e 528 as que saíram. No total, para os portos da região Centro foram registados quase 3.000 movimentos de embarcações de entrada e saída.

Movimento de embarcações de comércio nos portos localizados na EUROACE. 2013. TPB GT Total Portugal 28.199 406.297.393 421.972.840 Aveiro 1.852 10.880.389 7.593.463 Figueira da Foz 1.060 4.549.065 3.271.655 Sines 3.960 165.314.896 130.227.883 EUROACE 6.872 180.744.350 14.109.3001 Entrada Portugal 14.120 203.136.318 211.036.321 Aveiro 926 5.456.629 3.807.599 Figueira da Foz 532 2.282.565 1.642.576 Sines 1.981 82.717.763 65.175.674 EUROACE 3.439 90.456.957 70.625.849 Saída Portugal 14.079 203.161.075 210.936.519 Aveiro 926 5.423.760 3.785.864 Figueira da Foz 528 2.266.500 1.629.079 Sines 1.979 82.597.133 65.052.209 EUROACE 3.433 90.287.393 70.467.152

Fonte: INE Portugal

Relativamente ao movimento de contentores, em 2013 no porto de Sines foram carregadas um total de 311.252 toneladas e foram descarregadas um total de 309.697, que representa quase a metade de todos os movimentos de contentores do país. Tal reflete a magnitude dos movimentos de mercadorias envolvidos no porto de Sines. No porto da Figueira da Foz foram carregadas 5511 toneladas de mercadorias e descarregadas 3048 toneladas e não existe informação disponível sobre cargas e descargas correspondentes ao porto de Aveiro em 2013.

Movimento de contentores nos portos localizados na EUROACE. 2013 (toneladas).

Portos Total (Nº) de 20' de 40' > 20' < 40' > 40' Carregada total Portugal 784.041 365.993 401.429 2.316 14.303

Continente 708.007 328.233 363.155 2.316 14.303

Sines 311.252 155.930 155.145 51 126

Aveiro*

Figueira da Foz 5.511 0 5.511 0 0

EUROACE 316.763 155.930 160.656 51 126

Descarregada total Portugal 792.287 373.007 403.401 1.313 14.566

Continente 716.352 335.278 365.195 1.313 14.566

Sines 309.597 154.787 154.674 17 119

Aveiro*

Figueira da Foz 3.048 6 3.042 0 0

EUROACE 312.645 154.793 157.716 17 119

Nota: *Nenhum dado disponível

Adicionalmente, na costa das regiões portuguesas localizam-se porto pequenos de recreio e pesca e que não têm atividade comercial de grandes dimensões. Enunciam-se este portos de seguida:

− Porto Desportivo de Sines. − Amieira Marina.

− Marina de Torreira. − Marina de Ribeira. − Marina de Tróia.

− Núcleo de recreio do porto de Nazaré. − Porto de recreio da Figueira da Foz. − Porto de recreio de Sesimbra. − Porto de recreio de Carregal.

4.1.4. Aeroportos

Existem atualmente três aeroportos na Eurorregião que oferecem serviço para uso comercial: o Aeroporto de Badajoz, que durante o ano de 2014 recebeu 39.600 passageiros, o Aeroporto de Beja, que opera como aeroporto de mercadorias e o Aeródromo de Viseu, que está em processo de adaptação e adequação para poder operar com voos comerciais dentro do país. Por outro lado, é necessário mencionar a proximidade de alguns aeroportos importantes dentro da Península Ibérica, como são os de Madrid e Lisboa, já que Estremadura tem boas ligações por estrada com o Aeroporto de Madrid, tal como as regiões do Centro e Alentejo com o Aeroporto de Lisboa.

− O aeroporto de Badajoz pertence à empresa espanhola AENA e está situado a 14 quilómetros da cidade de Badajoz. Os acessos por estrada são através da BA-023 de titularidade provincial. Os seus principais destinos são nacionais: Barcelona, Palma de Maiorca e Madrid. O número de passageiro oscilou entre os 31.522 e os 91.789 no período 2000-2014.

− O Aeroporto Internacional do Alentejo situa-se a 9 quilómetros da cidade de Beja e funciona como aeroporto civil desde o ano 2011, pois anteriormente unicamente operava como base aérea militar. Poderia funcionar como plataforma internacional de conetividade, além de ser um impulso para as atividades económicas relacionadas com o setor da aeronáutica. Funciona como infraestrutura de serviço logístico para poder albergar grandes quantidades de mercadorias.

− O aeródromo de Viseu, denominado Aeródromo Gonçalves Lobato, está situado a 7 quilómetros da cidade de Viseu. No ano de 2014, foi atribuída a licença para poder operar como aeroporto comercial e realizar atividades aeronáuticas, apesar de que ainda não está a operar como se esperava e encontra-se em processo de adaptação para poder realizar voos comerciais dentro do país.

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