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2. CARACTERIZAÇÃO

2.5 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TÉCNICA DA REVISÃO

Nos termos do Art.º 32º do D.L. nº 55/95, de 29 de Março e do D.L. nº 80/96, de 21 de Junho, foi lançado pela Câmara Municipal de Ourém um concurso limitado para a elaboração da Revisão do Plano de Urbanização de Fátima, cujos trabalhos se iniciaram em Abril de 1997.

A Revisão do Plano rege-se pelo Art.º 19º do D.L. nº 69/90, que estabelece que os Planos devem ser revistos sempre que a Câmara Municipal considerar que as condições do Plano em vigor já não são adequadas. A Revisão do Plano serve também para a sua actualização, tanto relativamente a dados estatísticos, como a

alterações não previsíveis, caso de situações de grande

congestionamento, ou situações de carência.

Como enquadramento legal, a Revisão do PGU de Fátima foi elaborado de acordo com as normas aplicáveis, nomeadamente: D.L. nº 69/90, de 21 de Março, com as alterações introduzidas pelo D.L. nº 211/92, de 8 de Outubro, e pelo D.L. nº 155/97, de 24 de Junho; zona de protecção do Santuário de Fátima, D.L. nº 37.008 de Agosto de 1948; delimitação da Reserva Ecológica Nacional (REN), Portaria nº 749/93; e demais Servidões e Restrições de Utilidade Pública em vigor e tendo em conta o Plano de Urbanização de Fátima, aprovado pela Portaria nº 633/95, de 21 de Junho; projecto do Plano Director Municipal de Ourém; delimitação da Reserva Agrícola Nacional (RAN), Portaria nº 74/96.

Segundo a Câmara Municipal de Ourém, a Revisão pretende essencialmente uma reformulação do articulado do Regulamento, em virtude da dificuldade do seu cumprimento. São necessárias também revisões pontuais do zonamento, face a situações discordantes com o Plano de Urbanização aprovado e uma revisão do traçado viário que se verificou ser desajustada e impossível de executar.

Das diversas razões que justificaram a Revisão do Plano são de salientar as seguintes:

1) Em face do Plano de Urbanização de Fátima em vigor, iniciado em 1989 e aprovado em 1995, era necessário actualizar os dados estatísticos nele constantes, após a publicação dos dados dos Censos de 1991 (que alteraram significativamente as projecções apresentadas).

2) Fátima tem apresentado uma crescente importância, como lugar Santo e local de peregrinação, tanto por parte dos nacionais como estrangeiros, intensificando-se a sua procura tanto nas datas mais importantes - 13 de Maio, 13 de Outubro e fins de semana - como durante todo o ano (com peregrinações, encontros, colóquios, etc.). 3) Há necessidade de ajustar, completar e pormenorizar algumas das

Plantas, como: o zonamento, de modo a adequar-se melhor às realidades existentes, tendo sempre a preocupação de salvaguardar o núcleo central - Santuário e os locais de peregrinação e visita mais significativos; e o traçado viário, para facilitar a circulação local, melhorar os acessos e ser de mais fácil execução, garantindo uma circulação pedonal segura e cómoda para os peregrinos.

4) A experiência do Plano de Urbanização em vigor aponta para a necessidade de algumas alterações e ajustamentos face a pretensões do Município, do Santuário ou dos particulares, que após adequada avaliação implicaram mudanças de usos volumetrias e/ou dos zonamentos.

5) Há necessidade de definir e desenhar com maior rigor os limites e as áreas para equipamentos, com formas mais adequadas à sua função e uso. Face a novas situações e realidades é necessário reconverter o uso de algumas destas áreas (como por ex.: área desportiva para estacionamento) ou mesmo relocalizá-las.

6) As unidades operativas de planeamento e gestão e algumas das suas sub-unidades necessitam de um ajustamento nos seus limites e áreas, de modo a flexibilizar os traçados esquemáticos do Plano em vigor, menos adaptados à realidade e às suas especificidades locais.

7) O perímetro urbano necessita de ajustamentos pontuais no seu traçado, a respeitar o cadastro e a morfologia do terreno, a nascente, para inclusão da nova área de equipamento a sul, e para abranger uma área já infraestruturada a norte. As alterações do perímetro têm também em conta as condicionantes existentes, nomeadamente a RAN e a REN.

8) Há necessidade de elaborar um regulamento que, por um lado, garanta uma maior flexibilidade e operatividade de gestão aos Serviços Camarários e, por outro, proteja e valorize mais a imagem que a Vila de Fátima deve transmitir aos seus habitantes, visitantes e peregrinos. Também pareceu importante elaborar plantas desenhadas mais facilmente legíveis por todos os interessados, para constituírem um elemento de gestão e consulta rápido e eficiente.

9) Há toda a vantagem de procurar novas formas de valorizar todo o conjunto do aglomerado, aproveitando as potencialidades de que já dispõe e tudo o que lhe permita trazer vantagens e mais valias num futuro mais ou menos próximo, respeitando todavia os seus limiares.

10) Sendo a Cidade de Fátima carregada de história e tradição, quer em termos religiosos, quer como símbolo de Portugal, há que procurar dar um passo na valorização específica do sítio, mantendo o seu ambiente, espírito e monumentalidade.

A Revisão do Plano de Urbanização tem a preocupação de manter a estrutura e a organização dos usos por unidades do Plano em vigor, introduzindo uma denominação específica a cada uma e apenas alguns ajustamentos aos limites e usos, assim como mantém o enquadramento dos Planos de Pormenor em aprovação ou em fase de elaboração.

As principais alterações quanto aos limites e áreas das unidades de planeamento e gestão são: a unidade 1 (Cova da Iria) sofre ajustamentos no seu limite próximo da Rotunda Norte e junto à unidade dos Valinhos; a unidade 4 (Fátima) regista um aumento de área que é retirada à unidade Lomba d'Égua e de área que estava fora do perímetro urbano anterior; a unidade 5 (Moita Redonda) também é ajustada ao seu perímetro ao longo da unidade Lomba d'Égua; a unidade 3 (Aljustrel), sujeita a Plano de Pormenor, apresenta uma correcção do limite segundo esse plano e a área de REN a manter.

As principais alterações quanto aos limites do Perímetro Urbano que, de um modo geral, são ajustamentos que visam garantir uma melhor adaptação ao cadastro, curvas de nível e outros condicionantes, são:

- a norte, um alargamento do perímetro, de modo a incluir uma área de terreno já totalmente infraestruturada;

- a nordeste, um pequeno acréscimo para abranger um loteamento construído;

- a nascente, um aumento do perímetro para incluir uma área de equipamento que se localizava fora do perímetro anterior e que funcionava injustificadamente como uma "ilha";

- a sul, dois acréscimos do perímetro para incluírem futuras áreas para equipamento;

- a poente, uma redução significativa face ao perímetro anterior, para um melhor ajustamento à zona de Reserva Ecológica Nacional a manter.

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