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5 Resultados e discussão

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

5.2.1.3 HClínicas

5.2.1.3.1 Gerenciamento de resíduo no HClínicas

No Hospital das Clínicas da UNICAMP (HClínicas) há o Manual de Gerenciamento de Resíduo Químico, que contém as diretrizes para o adequado manejo e gerenciamento de resíduo químico gerado nesta Unidade.

De acordo com CRHC (2007, pág. 1) o principal objetivo deste manual é: “Estabelecer orientações a serem seguidas que garantam a segurança dos profissionais que manipulam resíduos químicos desde o local de sua geração até o armazenamento no Abrigo Temporário de Resíduos”.

Este manual se aplica a todos os profissionais do HClínicas que manipulam resíduo químico, que incluem por exemplo: biólogos, biomédicos, farmacêuticos, médicos, técnicos e auxiliares de laboratório, alunos, estagiários, pós graduandos que geram resíduo químico e funcionários responsáveis pelo recolhimento e armazenamento de resíduos, CRHC (2007).

De acordo com CRHC (2007), para o manejo do resíduo é necessário o uso de EPI, tais como: luvas descartáveis; máscara; óculos de proteção e máscara para gases (quando necessário). Os locais onde o resíduo é gerado ou manipulado devem conter

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), tais como: capela exaustora; lava olhos; e, chuveiro de emergência.

Em laboratórios onde se maneja com resíduo químico é preferível e recomendado, o uso de luvas de viton pois são mais resistentes às substâncias químicas em geral.

No Manual é descrito como deve ser realizado o procedimento de segregação e acondicionamento do resíduo no local de origem de sua geração. De acordo com CRHC (2007), o resíduo deve ser segregado conforme as categorias de resíduo proposta nesta Unidade que são: hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos; organohalogenados; medicamentos; compostos nitrogenados; compostos sulforados; organofosforados; e, organometálicos; todas estas categorias são destinadas à incineração. No Manual é apresentada também uma lista de compostos químicos que não devem ser incinerados, que são: ácido sulfúrico; ácido nítrico (água régia); ácido clorídrico (ou ácido muriático); bário, ácido fosfórico; pentóxido de fósforo; sulfato de cobre; carbonato de potássio; nitrito de sódio; sulfito de sódio; bisulfato de sódio; iodeto de potássio; enxofre; cloreto de mercúrio; sulfato de sódio; nitrato de sódio; sulfatos em geral; todos os outros compostos inorgânicos; compostos radioativos; compostos com mercúrio; tálio; cádmio e chumbo; peróxidos; ascarel, entre outros. Em caso de dúvida deve-se consultar o Grupo de Resíduo do HClínicas.

Para a segregação e acondicionamento é necessário que se utilize EPI de acordo com a necessidade técnica do procedimento. Primeiramente, é recomendado no Manual que se selecione os recipientes para o acondicionamento observando a incompatibilidade e o volume do resíduo a ser acondicionado.

De acordo com CRHC (2007), para o acondicionamento é recomendado no Manual que se utilize frascos de vidro com tampa rosqueável ou frascos, galões ou bombonas de plástico rígido, resistente e não permeável com tampa rosqueável, limpos e em perfeitas condições de vedação. Antes de iniciar o procedimento de

acondicionamento é recomendado que se rotule provisoriamente os recipientes de forma legível, identificando o resíduo e a técnica usada, os componentes químicos e sua proporção. De acordo com CRHC (2007) é importante que caso não se conheça a composição química do resíduo, este não seja misturado a outro resíduo, pois graves acidentes podem ocorrer. É indicado no manual que antes de qualquer mistura de resíduo se verifique a compatibilidade dos mesmos. O volume do resíduo acondicionado não deve ultrapassar 2/3 da capacidade do recipiente escolhido para o descarte. Na tabela 5.7 é apresentado exemplos de quanto deve ser o volume de resíduo acondicionado conforme a capacidade do recipiente.

Tabela 5.7 Exemplos de volume de resíduo permitidos conforme a capacidade do recipiente

Depois de selecionado e identificado o recipiente, todo resíduo gerado durante ou após a realização da técnica deve ser acondicionado. Quando possível o pH deve ser medido e identificado com fita indicadora de pH e anotado no rótulo definitivo. O rótulo proposto no Manual é o mesmo do proposto no PGRBQR da UNICAMP. Este rótulo deve ser preenchido corretamente e envolvido em plástico para sua proteção. O recipiente deve ser armazenado em local apropriado, ventilado e em nível superior o chão.

O recipiente de vidro e os galões de até 5L devem ser acondicionados em caixas de papelão padronizadas, tendo o cuidado de separar os frascos com papelão para evitar atrito. Estas caixas devem ser rotuladas com rótulo apropriado para caixa (é utilizado o rótulo proposto no PGRBQR) e com numeração padronizada. Após o acondicionamento nas caixas é recomendado no Manual que se faça um inventário

com as seguintes informações: número da caixa; classe de resíduo; descrição do conteúdo; e, gerador/responsável. As caixas completas devem ser enviadas para Abrigo Temporário de Resíduo do HClínicas junto com uma cópia do inventário.

Após o procedimento de segregação e acondicionamento do resíduo, estes devem ser enviados para o abrigo de resíduo do HClínicas. De acordo com CRHC (2007), antes do transporte dos recipientes até o abrigo deve-se verificar: o volume do recipiente que deve estar preenchido com no máximo 2/3 de sua capacidade; a vedação do recipiente; a rotulagem dos recipientes (preenchimento e proteção correta do rótulo); o acondicionamento dos frascos nas caixas; o rótulo das caixas; e, o inventário do material enviado. Caso o material não esteja de acordo com uma das especificações acima este não pode ser retirado e enviado ao abrigo de resíduo.

Para o recebimento, identificação e armazenamento dos recipientes e caixas contendo o resíduo, no Abrigo Temporário de Resíduos do HClínicas, de acordo com CRHC (2007), no Manual é recomendado que primeiramente deve-se numerar as caixas de acordo com numeração seqüencial do inventário geral de resíduo do Hospital de Clínicas, anotando o número com caneta, acima do número da caixa do laboratório, e fazer um círculo ao redor do mesmo. Em seguida deve-se pesar cada caixa e anotar no inventário geral. Na tabela 5.8 é apresentado um modelo do inventário utilizado para as áreas do Hospital e na Tabela 5.9 é apresentado um modelo do inventário geral. Na seqüência, as caixas devem ser armazenadas no abrigo de resíduo, na área específica para cada classe de resíduo. O inventário deve ser arquivado em pasta A – Z e afixado no abrigo de armazenamento de resíduo.

Em seguida, de acordo com CRHC (2007), o facilitador do Grupo de Resíduos do Hospital deve atualizar a Planilha de Resíduos Químicos on-line da Universidade, de acordo com orientações da Célula Operacional de Resíduos. Após o armazenamento das caixas e outros recipientes contendo o resíduo, este material deve aguardar sua retirada pela empresa contratada para Incineração, por meio de um

processo de Licitação sendo necessário providenciar o Certificado de Aprovação de Destinação de Resíduos Industriais (CADRI), emitido pelo órgão ambiental competente.

Tabela 5.8 Modelo de inventário de resíduo utilizado nos laboratórios do HClínicas

Fonte: CRHC (2007)

Nº da caixa Classe de resíduo Descrição do conteúdo (composição e volume)

Para o caso de ocorrer algum tipo de vazamento ou derramamento de resíduo químico, de acordo com CRHC (2007), no Manual é indicado o seguinte procedimento: 1o cobrir o resíduo com vermiculina ou areia e aguardar sua absorção; 2o recolher este material e todo material descartável usado para limpar a área, colocar em saco plástico preto, dentro da caixa de papelão padronizada e identificar como resíduo sólido, classificando-o de acordo com o resíduo derramado; 3o lavar a área por 3 vezes com solução detergente e enxaguar com água limpa, e; se houver quebra de frasco com fragmentos de vidro colocá-los em caixa de perfurocortante, tendo o cuidado de cobrir o símbolo de infectante com etiqueta de resíduo perigoso e identificá-la como resíduo sólido, classificando-o de acordo com o resíduo derramado

Tabela 5.9 Modelo de inventário geral utilizado no HClinicas Fonte: CRHC (2007)

Hospital das

clínicas Ficha de acompanhamento de recebimento

Data do recebimento do resíduo Quantidade Descrição (composição) Classificação Número de controle embalagem Setor de

origem Responsável pela entrega

Responsável pelo recebimento Identificação da embalagem