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A) Resíduos Químicos

4.6 Gestão Ambiental na Universidade Federal do Ceará

Um dos primeiros passos dados pela UFC visando sua inserção em uma vivência ambientalmente mais responsável a fim de incorporar os princípios e práticas da sustentabilidade, seja para iniciar um processo de conscientização em todos os níveis, atingindo docentes, servidores e alunos, partiu de uma Professora Doutora lotada no Departamento de Química Analítica e Físico-Química, com a criação do Programa de Gerenciamento de Resíduos da UFC (PROGERE), cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão da instituição. O PROGERE foi criado em setembro de 2005, onde reúne um leque atividades e ações no intuito de implantar um sistema integrado de redução, reutilização e reciclagem dos diversos tipos de resíduos gerados por toda a Comunidade Acadêmica.

Inicialmente o PROGERE, trabalha o gerenciamento dos resíduos recicláveis produzidos por toda comunidade acadêmica e administrativa que acabam gerando papel, plásticos, vidro e outros. O outro serviço prestado pelo programa é na necessidade de gerir os resíduos produzidos por todos os laboratórios da UFC, originados em atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Com o passar dos anos, desde a criação do PROGERE, a equipe vem se destacando com os serviços prestados a instituição, e em 2008 a universidade monta uma Comissão Geral para a Coleta Seletiva Solidária, passa cumprir o Decreto Federal nº 5.940/2006 – que “institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e

entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e dá outras providências”. Logo em seguida, lança Edital para selecionar as Associações de Catadores de Materiais Recicláveis coletados em toda a instituição; e firma compromisso com quatorze Associações de Catadores, através da Rede de Catadores (as) de Resíduos Sólidos Recicláveis do Estado do Ceará.

Já em 2009 o PROGERE faz parceria com a DIURB (Divisão de Limpeza e de Serviços Gerais) e com a Divisão de Transporte (DVTRAN) da Superintendência de Infraestrutura (UFCInfra), para logística dos resíduos recicláveis.

Vale ressaltar que, com a publicação da Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) e também com o Decreto regulamentador nº 7.404/2010, PROGERE estabelece parceria com projetos de extensão como o Açude Vivo e Monitoramento do Açude Santo Anastácio.

A UFC, em questão elaborou um Plano de Logística Sustentável (PLS) de acordo com a Instrução Normativa nº 10, de 12 de novembro de 2012, com o esforço da Comissão Gestora onde contou com a participação de servidores de vários setores da UFC, na área de obras, coleta seletiva, compras, eficiência energética, meio ambiente e mobilidade que fizeram o levantamento dos dados e propuseram iniciativas a serem adotadas por toda a Comunidade Acadêmica. Tendo como objetivo principal estabelecer metas e ações a fim de implantar a gestão ambiental da UFC, de forma articulada e sustentável.

Diante disso o PLS-UFC busca de forma ampla e clara desenvolver ações de sustentabilidade e racionalização de gastos e processos no cotidiano da comunidade universitária.

Nesse sentido a UFC vem desenvolvendo algumas ações práticas diretamente em todos os setores envolvidos nesta construção, dentre as ações realizadas destacamos:

 A Semana do Meio Ambiente;

 A UFC iniciou a implementação de compras que exigem certificações ambientais em materiais, como o papel A4;

 Implantou programa de racionalização de energia em dois campis, com apoio da ANEEL;

 As Bibliotecas universitárias implantaram um programa de conscientização, conservação e restauro de livros, e, investiu em livros digitais;

recicláveis em atenção ao Decreto 5.940/2006;

 Criação da Prefeitura Especial de Gestão Ambiental em 2016

A UFC atendendo ao Decreto Federal nº 7.746/2012, e na forma da IN SLTI/MPOG 10/2012, onde constam as ações voltadas para a gestão ambiental, em 2013 com a elaboração do Plano de Logística Sustentável (PLS), ficou prevista a criação da Divisão de Gestão Ambiental (DGA) e, em 20 de dezembro de 2013, acabou sendo aprovado pela Resolução Nº 47/CONSUNI.

A DGA iniciou suas atividades em agosto de 2014 ficando vinculada à Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégia, da Pró-Reitoria de Planejamento, que atualmente passa a se chamar Pró-Reitoria de Planejamento e Administração.

Assim a DGA teve como objetivo principal de acompanhar a execução do PLS para realizar as devidas revisões e elaborar os próximos Planos, conscientizando a utilização mais racional dos recursos naturais e econômicos na instituição.

A DGA firma parceria com a Coordenadoria de Conservação de Energia da Superintendência de Infra Estrutura (UFC Infra) realizando campanhas para a redução de energia e água na UFC.

A Divisão de Gestão Ambiental passa, em agosto de 2016, a vincular-se a Superintendência de Infraestrutura da UFC (UFCinfra), especificamente à Coordenadoria de Conservação de Energia e Gestão Ambiental.

Em abril de 2017 a nomenclatura da UFCInfra passa a chamar-se Superintendência de Infraestrutura e Gestão Ambiental, e também a criação da Prefeitura Especial de Gestão Ambiental, no lugar de Prefeitura Especial, sendo dividida em cinco Divisões (Divisão de Resíduos Perigosos, Divisão de Resíduos Recicláveis, Divisão de Água e Esgoto, Divisão de Biodiversidade e Ecossistemas Associados, Divisão de Educação Ambiental) no lugar da Divisão de Gestão Ambiental.

Abaixo segue os serviços realizados por todas as divisões da Prefeitura Especial de Gestão Ambiental.

Divisão de Resíduos Perigosos: assessoria sobre o gerenciamento de resíduos de laboratório no ponto gerador; fichas de tratamento de resíduos simples e complexos – FTRQSC disponíveis no site Do PROGERE; palestras sobre gerenciamento laboratorial, realização de inventários de reagentes vencidos com possibilidade de uso; otimização de procedimentos em pesquisas e aulas práticas visando minimização de resíduos; reutilização, sem tratamento, de resíduos de laboratório; tratamento e descarte de resíduos, inventário e

mapeamento de riscos em laboratórios em parceria com a Divisão de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (DESMT/PROGEP).

Divisão de Resíduos Recicláveis: implantação da Coleta Seletiva Solidária nos setores participantes; elaboração do PNRS dos Restaurantes Universitários; implantação da coleta de pilhas e baterias em parceria com o PET de Engenharia Ambiental; doação dos recicláveis para as associações de catadores cadastradas; gerenciamento dos resíduos compostáveis à partir de material proveniente de poda e varrição, em parceria com o NEPAU; gerenciamento dos resíduos da construção civil em parceria com a Coordenadoria de Projetos e Obras;

Divisão de Água e Esgoto: mapeamento dos poços no Campus do Pici; levantamento dos gastos de água dos destiladores dos laboratórios da UFC; análise periódica da água do Açude Santo Anastácio (próximo ao sangradouro); medidas de redução no consumo de água em parceria com a Coordenação de Conservação de Energia; análise do efluente da ETE da UFC.

Divisão de Biodiversidade e Ecossistemas Associados: identificação de árvores; plantio de árvores; treinamentos para jardineiros e podadores.

5 – A UFC e as Estratégias de Desfazimento

No presente capítulo são discutidos e analisados os dados provenientes das entrevistas realizadas com diversos sujeitos lotados na comunidade acadêmica e administrativa de uma IES.

Conforme evidenciado na metodologia, a coleta de dados primários foi realizada com base na aplicação de questionário, utilizando da técnica de entrevista, para subsidiar a coleta de dados junto aos quatorzes servidores, entre docentes e técnicos administrativos. Os questionários aplicados foram subdivididos em partes, a saber: identificação, perguntas discursivas nas quais foram respondidas em caráter de entrevistas.

As entrevistas tiveram duração média de 30 minutos, foram gravadas e, posteriormente, retomadas para escuta ativa e devidas reflexões. As entrevistas individuais possibilitaram alcançar uma variedade de impressões e percepções em relação às variáveis de estudo.

Para além da entrevista, adotou-se a observação direta com o propósito de facilitar o entendimento do assunto, considerando-se que o pesquisador pertence ao quadro de servidores da instituição e pode monitorar e interagir com os acontecimentos.

Para fins da pesquisa, foram identificados os setores que possuíam a maior afinidade com a problemática do desfazimento dos resíduos eletroeletrônicos no âmbito institucional. Observou-se que os setores de Divisão de Educação Ambiental vinculado a Prefeitura Especial de Gestão Ambiental, Divisão de Patrimônio e Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), poderiam estar mais envolvidos no processo do desfazimento desses materiais.

Os histogramas contemplados nas Figuras 11, 12, 13, 14 e 15 foram provenientes das respostas obtidas na seção de questões objetivas do instrumento de coleta de dados aplicado junto aos sujeitos entrevistados.

Depreende-se da figura 11a que dos 14 entrevistados, 10 (dez) conhecem a Lei 12.305/10 que trata da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, 1 (um) já ouviu falar e 3 (três) não conhecem.

Observou-se que mesmo com a presença de ações e projetos voltados para práticas de tratamentos de resíduos sólidos de um modo geral, executado pela Prefeitura Especial de Gestão Ambiental, ainda há uma falta de conhecimento quanto a legislação da Lei 12.305/2010.

O Sr.(a) já ouviu falar sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos –PNRS?

Figura 11- Histogramas de Questões Objetivas do Instrumento de Coleta de Dados Aplicado junto aos sujeitos entrevistados.

Em relação à Figura 14b, nota-se também um desconhecimento de departamentos sobre cursos de capacitação pra conscientização dos funcionários sobre o consumo e descarte correto dos resíduos eletroeletrônicos na UFC. O fato da ausência de cursos ou treinamentos que contemple a problemática dentro da instituição restringe iniciativas na realização do desfazimento de resíduos de informática (lixo eletrônico).

O Sr. Já participou ou sabe se a instituição ministra cursos de capacitação para conscientização dos funcionários sobre o consumo e descarte correto dos resíduos eletroeletrônicos?

Figura 12- Histograma das Questões Objetivas do Instrumento de Coleta de Dados Aplicado Junto aos Sujeitos Entrevistados.

Observa-se um pequeno avanço na Figura 14c no que diz respeito ao conhecimento dos sujeitos entrevistados em relação de como é feito o descarte final dos REEE. A consciência da importância desse conhecimento faz parte de alguns gestores da

universidade. Embora exista o conhecimento do processo do descarte final por parte dos gestores, eles próprios, não sabem aguardar que a Divisão de Patrimônio encerre todo o processo de desfazimento de bens inservíveis, para que retorne ao serviço de recolhimento de materiais obsoletos, irrecuperáveis, antieconômicos que ficam largados nos corredores de toda a comunidade universitária.

O Senhor tem ideia de como é feito o descarte final dos Reee na instituição?

Figura 13 - Histograma das Questões Objetivas do Instrumento de Coleta de Dados Aplicado Junto aos Sujeitos Entrevistados.

Outro aspecto que chama atenção na Figura 14 d no que diz respeito ao desconhecimento dos sujeitos acerca de para onde os resíduos eletroeletrônicos são destinados, após o descarte final da instituição (serem baixados do sistema), inclusive em nível de Direção, pois a averiguação e o acompanhamento desse processo do que é feito, após os muros da universidade poderia respaldar a instituição por possíveis danos ambientais e a saúde ocasionada por um bem que foi de propriedade da instituição.

A averiguação e esse acompanhamento poderiam iniciar-se no processo licitatório exigindo a logística reversa por parte das empresas ganhadoras do certame, além disso, a apresentação de um documento que certifique que as empresas ou pessoas físicas beneficiadas através do Leilão ou Doação atendam as ações e práticas sustentáveis.

Considerando-se os resíduos (eletroeletrônicos, pilhas e baterias, cartucho para impressora e lâmpadas) o setor tem conhecimento para onde estes resíduos são destinados, após o descarte final da instituição?

Figura 14- Histograma das Questões Objetivas do Instrumento de Coleta de Dados Aplicado Junto aos Sujeitos Entrevistados.

Em relação à Figura 14e a que dos 14 respondentes, 13 afirmaram que a maior dificuldade no envolvimento de toda a comunidade universitária (docentes, servidores e discentes) sobre o tema resíduos eletroeletrônicos em questão é a falta de informação, comunicação interna, campanha de conscientização por parte dos departamentos que lidam diretamente com os REEE e, também com as questões ambientais da instituição, assim divulgando no site da universidade, no sistema SIGAA/SIPAC para que todos os discentes fiquem por dentro do assunto, além de palestras e treinamentos.

Em sua opinião, quais as maiores dificuldades para que ocorra integração entre a comunidade universitária com a questão dos REEE?

Figura 15 - Histograma das Questões Objetivas do Instrumento de Coleta de Dados Aplicado Junto aos Sujeitos Entrevistados.

No intuito de compreender as iniciativas das práticas para solucionar o acúmulo dos REEE na UFC, observou-se que foi criado na Universidade uma Comissão de desfazimento para dar destino aos materiais inservíveis que estão na responsabilidade da Divisão de Patrimônio, dentre eles os resíduos eletroeletrônicos.

Sendo assim, a comissão era composta por três servidores da instituição, um contador, um técnico de contabilidade, que assumiu a presidência da comissão e um assistente em administração (autor da pesquisa), que era o responsável pela Seção de Controle de Bens da Divisão de Patrimônio. Com isso, os membros da Comissão de Desfazimento de Bens decidiram juntamente com a Pró-Reitoria de Administração que fariam a doação dos bens.

A comissão de desfazimento de bens, juntamente com toda a equipe de funcionários terceirizados da Divisão de Patrimônio, fez um levantamento no depósito de materiais inservíveis da instituição, checando item por item, realizando o registro fotográfico de todos os materiais (resíduos) e também do número de tombamento de cada bem, em seguida foi conferida no sistema a situação cadastral de todos os bens relacionados na planilha da comissão ao fim da triagem.

O próximo passo foi emitir uma nota no site da instituição informando a toda a comunidade universitária da disponibilidade de bens permanentes (inservíveis) na Divisão de Patrimônio, estipulando um prazo para visitas ao depósito caso surja o interesse em algum material. Só após esse prazo é que a comissão de desfazimento de bens avançaria nos serviços referentes ao processo.

O segundo passo foi relacionarmos todos os itens caracterizados como materiais de informática, desde a mesa para microcomputador, até os notebooks mais sofisticados, e encaminharmos essa relação através de ofício, via email e também via correios com aviso de recebimento para a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), conforme Art. 21, do Decreto 99.658 de 30 de outubro de 1990.

Diante disso, os membros da comissão ficaram aguardando um posicionamento do MPOG, pois segundo o Decreto 99.658/90 o prazo de resposta é de até 30 dias, caso não haja resposta à instituição poderá se desfazer dos bens da melhor forma possível. Enquanto os membros da comissão aguardavam essa resposta, o processo ficou parado (inércia).

Passados os 30 dias, como não houve nenhuma resposta do MPOG, a comissão retornou as atividades lançando uma mensagem no Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAF) do governo federal, no intuito de tornar público o processo de doação da UFC. Desta forma, outros órgãos teriam conhecimento da existência do processo de doação da instituição, logo que acessassem o sistema financeiro do governo. A publicação, segundo a doutrina administrativa, é um elemento formal essencial à formação do ato administrativo, integrando seus requisitos de validade e de eficácia.

surtiu efeito. Entretanto, as Forças Armadas, foram às primeiras instituições públicas a encaminharem ofícios para a Comissão de Desfazimento de Bens da UFC, apresentando em anexo a relação com as demandas (itens e quantidades) de materiais de seus interesses.

A comissão ao avaliar as demandas apresentadas pela Escola de Aprendizes de Marinheiro do Ceará e pela Base Aérea de Fortaleza, de pronto, já agendou uma visita ao nosso depósito de materiais inservíveis, para que os dois órgãos militares se certificassem do estado físico de cada item solicitado.

Após a visita, conforme era de se esperar, os oficiais e praças verificaram os itens de seu interesse de acordo com cada lote e, pediram preferência nos itens disponíveis da UFC. Desse modo, para dá continuidade no processo, se faz necessário que os Comandantes das duas instituições enviem ofício para administração superior da universidade, solicitando a doação dos bens relacionados, a fim de formalizar a transferência dos itens via SIAF, aproveitando para retirar da carga patrimonial da instituição esses bens que serão doados.

Essa relevância de trabalho desempenhado pela Comissão de Desfazimento de Bens da UFC ocorreu em todo o segundo semestre de 2014 e início do primeiro semestre de 2015.

Baseado no levantamento das informações dos Centros, Faculdades, setores obteve-se 85,71425% dos entrevistados desconheciam para onde os resíduos são destinados, após o descarte final da instituição, assim como as práticas de iniciativas para o desfazimento dos REEE de dentro da UFC.

Uma observação levantada pelo autor da pesquisa, que é interessante se levar em consideração é o fato de os diretores, por serem temporários em suas funções, às vezes priorizam outras demandas, ficando alguns assuntos menos urgentes delegados para adiante.

A expansão da educação superior conta com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que tem como principal objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior.

Com esse programa, o governo federal adotou uma série de medidas para retomar o avanço do ensino superior público, assim, proporcionando condições para que as universidades federais promovam a expansão física, acadêmica e pedagógica da rede federal de educação superior. Os efeitos do programa podem ser percebidos pelos expressivos números de expansão, iniciada em 2003 e com previsão de conclusão até 2012.

As ações do programa favorecem o aumento de vagas nos cursos de graduação, a ampliação da oferta de cursos noturnos, a promoção de inovações pedagógicas e o combate à

evasão, entre outras metas que têm o propósito de diminuir as desigualdades sociais no país. Tendo em vista o sucesso do programa, as universidades federais submeteram suas propostas ao REUNI, com ênfase na interiorização que, em conjunto com a oferta de cursos de formação de professores, ampliação de vagas nos cursos existentes, inovação e novos formatos de cursos de graduação representam pontos essenciais para a mudança do panorama atual do ensino superior no país.

A contratação de novos docentes e técnicos configura-se como uma das principais demandas do REUNI para tornar possível o cumprimento de suas estratégias.

Vale ressaltar que a programação estruturada de autorizações de concursos e provimentos (programados para atender a demanda do REUNI), que se iniciou em 2008 e encerrou-se em 2012, assegurará a criação de novos cursos, a ampliação de oferta de vagas e a ocupação de vagas ociosas. Para o exercício de 2008 as 53 universidades federais que apresentaram projetos de adesão ao Programa REUNI pactuaram um montante de 3.459 cargos, sendo 1.821 de docentes e 1.638 de técnicos administrativos. Verifica-se que em 2014, o REUNI possibilitou a expansão e interiorização da Universidade Federal do Ceará (UFC), inaugurando os campi nos municípios de Cratéus, Russas, e o campis do município de Itapagé que está em fase de conclusão, que será um anexo do campus de Sobral, sem contar com os novos cursos criados nos campis da capital.

A ampliação e a readequação da infraestrutura física e pessoal da UFC, através do REUNI, constituiu um sério problema de acúmulo do lixo eletrônico, uma vez que as Políticas Públicas de Expansão do Ensino Superior possibilitou a expansão, consequentemente surgiram novas demandas da comunidade universitária, havendo a necessidade de aquisição de novos equipamentos, gerando um acúmulo imenso de materiais obsoletos e recuperáveis.

A obsolescência foi uns dos principais fatores observados no acúmulo exagerado dos REEE de uma instituição. Para os entrevistados da pesquisa, existe uma necessidade de conscientização de toda a comunidade universitária, para se perceber o problema como o todo, embasados na legislação, que assim, respaldariam as ações práticas e auxiliariam na solução do desfazimento de bens inservíveis da instituição.

Segundo informações da Divisão de Patrimônio da UFC, ocorre o mesmo problema com o seu setor, devido ao acúmulo de resíduos de um modo geral em seu depósito, que fica impedido de qualquer movimentação de baixa patrimonial sem que haja um ateste de