• Nenhum resultado encontrado

2. O Brasil e as Políticas Ambientais

3.4 Patrimônio Público

Segundo a Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967 a Administração Pública observará em suas atividades os princípios de planejamento, coordenação, descentralização de competências e controle. De acordo com o art.13 da referida lei, os controles deverão ser desenvolvidos em todos os níveis e em todos os órgãos, recaindo inclusive sobre a guarda dos bens (BRASIL, 1967).

Em termos contábeis, o patrimônio das organizações, sejam elas públicas ou privadas, compreende o conjunto de seus bens, direitos e obrigações, avaliado em moeda corrente, destinado à realização de seus fins.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) por meio da NBC T 16.2 descreve Patrimônio Público como:

Conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro,

inerente à prestação de serviços públicos ou a exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008).

O patrimônio aplicado a Administração Pública compreende a todo o aparelhamento e bens de que dispõe o Estado para a execução das políticas planejadas pelo Governo, com o intuito de satisfazer as necessidades da coletividade.

No serviço público de um modo geral têm-se observado um crescente aumento nas formas de controle do patrimônio e dos seus respectivos setores responsáveis pelo seu gerenciamento, seja em decorrência de mudanças na forma de contabilizar seus ativos, seja em razão de uma maior fiscalização por parte dos órgãos fiscalizadores da União (Tribunal de Contas da União – TCU e Controladoria Geral da União – CGU).

A gestão patrimonial tem sido um das áreas de importância e atenção em uma instituição pública e também os desafios passam a ser vislumbrados pelo gestor de materiais com a inclusão de tópicos relativos à gestão de bens públicos no dia-a-dia dos gerentes.

Segundo Meirelles (2006), o patrimônio público é formado por bens de toda a natureza que representam interesse a Administração Pública e comunidade administrada.

Patrimônio público pode ser definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações, mensuráveis em moeda corrente, pertencentes a uma entidade da Administração Direta ou Indireta, que não visa lucro, e sim está voltada para o atendimento das necessidades e interesses da coletividade.

Sendo assim, é de responsabilidade dos gestores públicos associar a proteção e a guarda do patrimônio das entidades, através de um controle eficiente de todos esses materiais, que possam vir a servir de base para futuros inventários e aferições que devem ser realizadas ao menos uma vez ao ano.

A administração patrimonial compreende uma sequência de atividades que tem o seu início na aquisição e terminam quando o bem for retirado do patrimônio da instituição. Ao longo dessa trajetória são adotados procedimentos, físicos e contábeis, objetivando atender uma exigência legal ao manter registros que permitam identificar os bens do imobilizado e o ano de sua aquisição, o valor original e os posteriores acréscimos ao custo, reavaliação e baixas parciais a eles referentes, ao controle patrimonial deverão ser anexadas outras funções como identificação, aquisição e baixa, preservação e gestão, de forma a adquirir uma conotação mais ampla que possa ser caracterizada como administração patrimonial. (SANTOS, 2002; BERNARDES, 2008).

patrimônio de uma entidade é fundamental para o sucesso de um sistema de proteção de bens. Para tanto, é importante diferenciar o patrimônio das pessoas físicas e das famílias das pessoas jurídicas; muitas vezes difícil de separar, dada a atividade e a utilização, além do inter-relacionamento entre eles.

O Código Civil (CC) de 2002 classifica os bens públicos como bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais:

Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado (BRASIL, 2002).

De acordo com o manual de patrimônio da Universidade Federal do Ceará – UFC, o processo de Controle Patrimonial tem como função principal as atividades de recepção, registro, controle, utilização, transferência, conservação e desfazimento dos bens permanentes da Universidade Federal do Ceará (UFC), no que diz respeito aos bens móveis e imóveis. Como exemplo da execução de tais atividades, temos:

 Registro adequado de todos os bens móveis e imóveis e seus respectivos responsáveis, adquiridos por recursos orçamentários e não orçamentários, que estão à disposição da Universidade Federal do Ceará para a realização de suas atividades.

 Registro e aprovação para a movimentação de bens pelos setores da universidade, de forma que cada bem esteja associado à apenas uma área e que o registro sistêmico esteja condizente com a posse real do bem.

 Manutenção e controle dos bens patrimoniais.

 Aprovação pelas alçadas competentes de todas as doações e destinação dos bens para entidades com o perfil adequado, de acordo com a legislação vigente.

 Reparos, nas dependências da Universidade Federal do Ceará, dos bens que apresentarem defeitos.

 Aprovação do recolhimento de bens ao depósito de inservíveis.

 Baixa tempestiva, no sistema patrimonial, de todos os bens doados, leiloados ou irrecuperáveis.

 Cálculo da depreciação dos ativos de forma a integrar os procedimentos de fechamento contábil realizados pela Divisão de Contabilidade e Finanças.

 Realização de inventários periódicos dos ativos patrimoniais de forma a garantir o controle dos bens da universidade.

 Execução de Leilões dos bens inservíveis da Universidade.

De acordo Kohama (2009), o termo patrimônio, de maneira geral, pode ser entendido como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a pessoas físicas e jurídicas, sendo resultado da soma dos bens e direitos pertencentes ao ativo da instituição, subtraindo-se pelas obrigações que representam o passivo da mesma.

Sobre o gerenciamento patrimonial, de acordo com Kronberg (2002), a identificação do patrimônio de uma entidade é fundamental para o sucesso de um sistema de proteção de bens. Para tanto, é importante diferenciar o patrimônio das pessoas físicas e das famílias das pessoas jurídicas; muitas vezes difícil de separar, dada a atividade e a utilização, além do inter-relacionamento entre eles.

Segundo o Art. 23 da Constituição Federal de 1988, é de competência comum da União, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público.

O processo de incorporação do bem ao patrimônio público caracteriza-se por qualquer forma de ingresso no controle patrimonial de bens adquiridos pela instituição, podendo ocorrer de diversas maneiras:

 Compra: É a incorporação de um bem que tenha sido adquirido, por meio de licitação ou compra direta.

 Permuta: É a incorporação no acervo patrimonial de um bem pertencente a terceiros que foi objeto de troca por outro bem pertencente à instituição.

 Doação: É a incorporação de um bem cedido por terceiro, em caráter definitivo, sem envolvimento de transação financeira.

 Comodato: É a incorporação temporária, para o fim de inclusão no cadastro da entidade de bens pertencentes a terceiros, a título gratuito e por tempo determinado.

Segundo Souza (2002), cada maneira de incorporação exige critérios específicos, porém de maneira geral as mesmas atendem os seguintes procedimentos:

Recebimento e Aceitação: o recebimento é o momento em que o material empenhado é recepcionado, em local previamente designado, ocorrendo nesse momento apenas a conferência quantitativa relativa à data da entrega. Já a aceitação ocorre quando o material recebido é inspecionado por um servidor habilitado, com conhecimentos técnicos, e verifica sua compatibilidade com a nota de empenho e, estando conforme, consigna o aceite na nota fiscal, atestando o recebimento do material. De acordo com o Art. 73, da Lei Federal 8.666/93 existem dois tipos de compras ou locações de equipamentos que são os provisoriamente, para efeito de posterior verificação de conformidade do material com a especificação e os definitivos, após a verificação da quantidade do material e consequente aceitação (SOUZA, 2002).

Vistoria: Consiste nas ações de procedimentos destinados a verificar as condições físicas de um bem a ser incorporado. Esses procedimentos serão realizados pelo Departamento de Patrimônio com a finalidade de confirmar as informações constantes na nota fiscal, nos contratos.

Tombamento: Formalização da inclusão física de um bem patrimonial no acervo do Poder Público, efetivando-se com a atribuição de um número de tombamento, com a marcação física e com o cadastramento de dados. Pelo Tombamento identifica-se cada bem permanente, gerando-se um único número por registro patrimonial, ou agrupando-se uma sequência de registros patrimoniais quando for por lote, que é denominado “número de tombamento” (SOUZA, 2002).

Com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101 de 04/05/2000), os gestores públicos perceberam a necessidade de um controle maior e mais rigoroso sobre a gestão do patrimônio público.

Para atingir de forma eficiente o controle patrimonial das instituições públicas, se faz necessário o uso de procedimentos de monitoramento dos bens, como o: cadastramento, a identificação, o termo de responsabilidade e de movimentação deste bem e por fim o inventário.

De acordo com Oliveira e Silveira (2002), cadastramento de um bem refere-se ao número de registro geral daquele bem, através de suas especificações e características físicas e financeiras, bem como o seu destino (localização) para posterior avaliação, através do cadastro no sistema da instituição que tem por finalidade registrar e documentar a incorporação do bem ao acervo patrimonial da entidade.

Os inventários na Administração Pública devem ser levantados não apenas por uma questão de rotina ou de disposição legal, mas também como medida de controle, tendo em vista que os bens nele dispostos não pertencem a uma pessoa física, mas ao Estado, e precisam estar resguardados quanto a quaisquer danos, com o objetivo de apurar a responsabilidade dos agentes sob cuja guarda se encontram determinados bens.

Alguns conceitos são fundamentais para entender o processo de administração patrimonial de uma Instituição de Ensino Superior (GEFIM, 2004).

 Alienação: procedimento de transferência da posse e propriedade de um bem, por meio de venda, doação ou permuta.

 Alteração de característica: procedimento pelo qual é efetuada a alteração das características originais, provenientes da necessidade de divisão, supressão de partes, aumento ou redução de medidas, resultando em novo número de bem.

 Avaliação: procedimento para incorporação de bens patrimoniáveis que se encontram na Unidade, com ou sem origem.

 Bens de terceiros: é todo material permanente ingressado na instituição através de contrato de cessão de uso/depósito, ou quando o órgão financiador é o detentor da propriedade do bem.

 Bens do ativo permanente: aquele que, em razão de seu uso contínuo, tem durabilidade e não perde sua identidade física.

 Bens de consumo: material de consumo e peças de reposição que não fazem parte do ativo permanente e são bens não passiveis de incorporação.

 Convênio: procedimento para incorporação de bens adquiridos com verbas de outras entidades em concordância com ambas as partes.

 Depósito: local de trânsito de bens permanentes, onde se guarda o bem até a sua destinação.

 Disponibilidade: procedimento pelo qual o usuário informa o desuso/ inservibilidade do bem.

 Etiquetagem: entrega gratuita de direito de propriedade, com liberdade do doador. Quando a doação estiver estabelecida no respectivo termo de doação a mesma será classificada como clausulada.

 Incorporação de bens: pode ser por compra (quando o bem é adquirido via empenho) e por convênio (aquisição com verbas de outras entidades).

 Inventário: levantamento e identificação dos bens e locais, visando comprovação de existência física, integridade das informações contábeis e identificação do usuário responsável (o inventário físico deverá ser efetuado anualmente).

 Localização física: identificação do local, situado ou não no campis, registrado no cadastro de bens imóveis da Universidade, onde se encontram os bens móveis.

 Motivos de baixa: o motivo de baixa de ser registrado no SIPAC e pode ser por obsolescência, indevida incorporação por exercício anterior, sinistro, permuta, venda direta e/ou leilão, furto e/ou roubo, extravio, quebra ou avaria.

 Permuta: troca permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública. O processo necessita de autorização do diretor da unidade.

 Reincorporação: incorporação de um bem baixado.

 Registro de bens móveis:

a) Bens de terceiros, convênios e outros: procedimento para todo material permanente ingressado na Universidade através de contrato de CESSÃO DE USO/DEPÓSITO, ou quando órgão financiador é o detentor da propriedade do bem. O mesmo empresta para instituição por um tempo determinado.

b) Em poder de terceiros, convênios e outros: procedimento para registro de um bem tombado utilizado por terceiros, fora da Universidade.

 Baixa de bens móveis: comunicar o Pró-reitor de Planejamento e Administração.  Mudança de local: procedimento pelo qual se transfere um bem de um setor para o

outro dentro da mesma unidade.

 Mudança de responsabilidade: procedimento pelo qual se transfere a responsabilidade sobre os bens, nas mudanças de seus responsáveis.

 Transferência: procedimento pelo qual se desloca fisicamente um bem de uma unidade para outra.

Também é importante ressaltar que a doação de bem móvel adquirido com recursos de convênio é uma modalidade do convívio de um setor de patrimônio de uma instituição. Inicialmente, nos convênios, as partes se encontram em pé de igualdade, de maneira que nenhuma delas possui mais direitos ou obrigações que a outra.

Pública, ou entre essas entidades sem fins lucrativos, tendo por objeto a realização de interesses comuns. É de fato, uma associação cooperativa, no qual as pessoas envolvidas se unem para consecução de um objeto comum.

A respeito dos Convênios a Lei 8.666/93 estabeleceu:

Art. 116. Aplicam-se as disposições desta lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres, celebrados por órgãos e entidades da Administração.

Entretanto, para os convênios deverão ser observadas as normas da lei de 8.666/93 que se aliarem com o interesse público e com as finalidades e características desse instrumento, assim como as normas específicas, editadas no âmbito das esferas de governo.

Já em relação à doação de bens adquiridos com recursos de convênio, é necessário estabelecer a natureza jurídica desses materiais. No momento da execução do convênio é possível ocorrer a aquisição de bens que poderão ser incorporados ao patrimônio da Administração e do convenente. Isso posto, se integrados ao patrimônio da Administração estarão sujeitos às regras do regime jurídico de direito público, portanto indisponíveis e impenhoráveis, enquanto afetados a uma destinação de interesse público.

Portanto, existem situações em que o próprio interesse público recomenda a alienação do bem público. Nessas situações, a Administração Pública deverá realizar o desfazimento desses bens que já não desempenham com eficiência as funções para as quais foram adquiridas. Regra que também deve ser utilizada aos bens adquiridos com recursos oriundos de convênios.

Sendo assim, caracterizado o interesse público no desfazimento a Administração deverá assim proceder, devendo para tal fim atender a legislação que autoriza e regulamenta os meios de se desfazer (alienação) de um bem público.

Assim, podemos afirmar que a doação de bens móveis da Administração Pública depende dos seguintes requisitos:

 Existência de interesse público devidamente justificado;  Avaliação prévia dos bens a serem doados;

 Que o bem doado atenda a fins e uso de interesse social;

 Que essa medida só ocorra após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica com relação a outras formas de alienação.

Federal deverá observar para doação de bens móveis, além da Lei 8.666/93, o Decreto 99.658/90.

Cabe ainda, observar as regras estabelecidas pela Portaria Interministerial nº 127/08, que por sua vez estabelece normas para execução do disposto no Decreto nº 6.170/2007, regula convênios, os contratos de repasse e os termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos para execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União (art. 1º, caput).

De acordo com os arts. 28 e 30, XIV, da portaria Interministerial nº127/2008, é obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes do convênio ou contrato de repasse, tratando-se cláusula necessária desses instrumentos o direito de propriedade dos referidos bens. Assim estabelecem os artigos mencionados:

Art.28. Será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes do convênio ou contrato de repasse.

§ 1º Consideram-se bens remanescentes equipamentos e materiais permanentes adquiridos com recursos do convênio ou contrato de repasse necessário à consecução do objeto, mas que não se incorporem a este.

§ 2º Os bens remanescente adquiridos com recursos transferidos poderão, a critério do Ministro de Estado supervisor ou autoridade equivalente ou do dirigente máximo da entidade da administração indireta, ser doados quando, após a consecução do objeto, forem necessários para assegurar a continuidade do programa governamental, observado o disposto do respectivo termo e legislação vigente.

Art. 30. São Cláusulas necessárias nos instrumentos regulados por esta Portaria as que estabeleçam:

XIV – a definição se for o caso, do direito de propriedade dos bens remanescentes na data da conclusão ou extinção do instrumento, que, em razão deste, tenham sido adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, respeitado o disposto na legislação pertinente.

Na mesma linha de pensamento segue o disposto no art. 7º, inciso IX, da Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro Nacional nº 1/1997, que disciplina a celebração de convênios de natureza financeira que tenham por objeto a execução de projetos ou realização de eventos:

Art. 7º O convênio conterá, expressa e obrigatoriamente, cláusulas estabelecendo:

IX - a definição do direito de propriedade dos bens remanescentes na data da conclusão ou extinção do instrumento, e que, em razão deste, tenham sido adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, respeitado o disposto na legislação pertinente.

Com isso, corroborando a obrigatoriedade da estipulação da destinação dos bens no convênio, o ser art. 26 determina:

“Art. 26º. Quando o convênio compreender a aquisição de equipamentos e materiais permanentes, será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes na data da extinção do acordo ou ajuste.

Parágrafo único. Os bens materiais e equipamentos adquiridos com recursos de convênios com estados, Distrito Federal ou municípios poderão, a critério do Ministro de Estado, ou autoridade equivalente, ou do dirigente máximo da entidade da administração indireta, ser doados àqueles entes quando, após a consecução do objeto do convênio, forem necessários para assegurar a continuidade de programa governamental, observado o que, a respeito, tenha sido previsto no convênio”.

No entanto, a propriedade dos bens, enquanto perdurar o objeto do convênio, é do concedente, ficando o convenente como uma espécie de depositário. Assim, o concedente possui propriedade sob condição resolutiva, o que significa que está sujeita à extinção por causa superveniente, em virtude do implemento de condição ou termo resolutivo, que, no caso, é a definição do direito de propriedade de bens remanescentes na data da conclusão do convênio, estabelecida no respectivo instrumento.