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Ginástica holística: Um caminho para a melhora da atenção

No documento livro ceam 2009 (páginas 65-76)

Autora: Fernanda Fonseca dos Santos Lopes Orientadora: Elke dos Santos Lima

Resumo

Esta pesquisa teve por objetivo verificar se a ginástica holística produz algum efeito com relação à atenção dos participantes. A pesquisa aconteceu numa escola estadual na cidade de Campinas/SP, com alunos da 3ª série do ensino fundamental com idades entre 8 e 11 anos, sendo que 20 alunos participaram desse estudo. Primeiro realizamos um teste no computador num programa gerado no MS Power Point. O teste consistia em duas tarefas: uma tarefa de perseguição manual de um alvo móvel em função de cinco velocidades diferentes de deslocamento do alvo e a outra tarefa probatória de toques seqüenciais entre os dedos, tomando o tempo de movimento como medida de interferência central entre as tarefas. Para verificar a demanda atencional dividimos o grupo de forma aleatória em grupo experimental e controle. O grupo experimental realizou uma hora-aula de ginástica holística enquanto o grupo controle ficou na escola sem uma atividade dirigida. Com o término da aula refizemos o teste nos 20 participantes. Os resultados apresentados pelos participantes demonstraram que todos os alunos tiveram no pós-teste uma melhora no direcionamento da atenção. Porém, os alunos do grupo experimental apresentaram maior ganho de desempenho e maior consistência. Os resultados indicam que a prática usual da ginástica holística poderia proporcionar melhora no direcionamento da atenção.

Termos-chave: atenção, ginástica holística

Introdução

A atenção é um componente importante para a aprendizagem motora ou cognitiva. Quando focamos a atenção numa determinada imagem, estimulamos a via sensorial da visão e descartamos outros estímulos que possam vir a acontecer ao mesmo tempo. Para Magill (2000) a função da atenção é organizar os recursos disponíveis para dirigi-los a determinadas fontes de informação. Ele pode ser amplo (numa quadra de voleibol) ou pode ser estreito (atenção focada em uma bola). Também pode ser externo (focar a atenção num jogo de futebol) ou interno (levar a atenção para a mão que executa a cortada no voleibol). As pessoas podem mudar o foco de atenção rapidamente, o que proporciona um bom desempenho nas habilidades motoras. Na aprendizagem de uma nova habilidade motora é importante selecionar as informações mais importantes que entrem no sistema sensorial naquele momento. Para Teixeira (2006, p. 53) “a atenção limita a quantidade de informação que entra pelo sistema sensorial e vai ser manipulada de forma consciente pelo sistema nervoso central”. A capacidade de atenção do ser

humano é bastante reduzida. Hoje em dia, o nosso sistema sensorial é bombardeado por vários estímulos como: auditivo (barulhos do tipo: músicas, buzinas, sirenes, etc.), visual (luzes variadas desde o semáforo ou vitrines), olfativo (cheiro de comida, fumaças de caminhões) e tátil (esbarrar em pessoas, tropeçar em algum objeto, desequilibrar em calçadas com buracos), dificultando assim a capacidade de atenção e concentração. As pessoas realizam a maioria das tarefas sem prestar a atenção necessária à atividade realizada ou dividem a atenção entre duas tarefas. Por exemplo: um indivíduo caminha em uma esteira e assiste a um jornal na televisão ao mesmo tempo, fala ao telefone enquanto digita no computador ou dirige um carro, cozinha e conversa com uma pessoa ao lado etc. Nesses casos, a atenção será dividida e ambas as tarefas estarão comprometidas, o que significa que as pessoas dividem a atenção na maior parte das atividades da vida diária.

Existem três teorias relacionadas à atenção. A pesquisa de Cherry (1953) utilizando a audição dicótica comprova esse fato, na qual os participantes recebiam diferentes mensagens em cada um dos ouvidos, através de fones. Num primeiro momento foi solicitado aos mesmos que prestassem atenção em ambos os ouvidos e relatassem o conteúdo. Como resultado os participantes conseguiam relatar apenas a metade do que era falado em cada fone o que evidenciou a limitação da atenção e o foco de atenção foi alternado entre os dois ouvidos, e não dividido entre eles. Depois foi pedido aos participantes que focassem a atenção a apenas em um dos fones, desprezando as informações dadas no outro. O resultado foi contrário, pois, quando o foco de atenção estava em apenas um dos ouvidos os participantes relatavam o conteúdo de forma correta e não conseguiam relatar o conteúdo do ouvido desprezado. Isso comprova a limitação da atenção que normalmente filtra a informação que entra no sistema sensorial. Essa é a teoria de canal único ou de capacidade fixa.

Kahneman (1973) propõe que um indivíduo poderia distribuir sua capacidade de atenção entre as diferentes funções mentais e desempenhar as funções de forma simultânea. Essa proposta explica a capacidade de músicos em ler as partituras e tocar um instrumento ou a coordenação de dois movimentos diferentes ao mesmo tempo. A teoria que explica esse fenômeno é a teoria de capacidade variável de atenção.

Navon e Gopher (1979) sugeriram uma terceira teoria de atenção, a teoria de recursos múltiplos, na qual formula a hipótese de que não existe um único espaço de atenção, e sim vários espaços independentes com capacidade fixa sendo utilizados simultaneamente. Sendo assim, cada recurso de atenção seria usado para algumas funções específicas de processamento. O indivíduo divide a atenção se os estímulos recebidos não competirem entre si. Por exemplo: é possível ouvir música e escrever, mas, é muito mais difícil escrever um texto ouvindo outro texto sendo lido. As teorias apresentadas até hoje sobre os processos da atenção ainda não

chegaram a um consenso. Sabe-se que ainda não existe uma teoria que revele de forma fidedigna este processo.

Segundo Serrat, Benito e Luque (2003) a atenção apresenta funções tais como: sustentar a atenção por um período determinado (função de alerta ou vigilância), focar os estímulos relevantes e inibir os irrelevantes (função da atenção seletiva), responder a estímulos variados ou executar duas tarefas ao mesmo tempo (função de dividir a atenção) e a facilidade de passar de um evento para outro (função de atenção flutuante).

Pelo enfoque neuropsicológico, Posner e Petersen (1990), Posner (1992) e Posner e Rothbart (2004) identificaram três circuitos cerebrais responsáveis pela orientação dos estímulos no espaço. São eles: a rede posterior localizada no córtex parietal, o pulvinar e o colículo superior, que são áreas cerebrais que cooperam entre si para focalizar ou desviar a atenção de estímulos vindos de locais específicos. O córtex parietal seria responsável pela inibição do foco do estímulo presente, o colículo superior do deslocamento do foco para outro estímulo relevante e o pulvinar de focalizar o novo estímulo. A rede atencional anterior envolve o córtex cingulado anterior junto com áreas motoras suplementares do córtex frontal. Segundo os autores, essa rede responde também pelas funções executivas dos processos mentais conscientes. A rede de alerta influencia as redes de orientação e as executivas, produzindo o estado subjetivo de prontidão, sem entrar no domínio consciente. Sabe-se que a atenção é uma função cognitiva presente nos primeiros dias de vida.

Na aprendizagem de uma habilidade motora Schneider e Shiffrin (1977) caracterizaram duas fases distintas. A fase inicial apresenta processamento controlado, que ocorre lentidão das operações de processamento, realização de uma função cognitiva por vez de forma seriada, intencionalidade, podendo uma função mental ser iniciada ou interrompida a qualquer instante. Nesta fase o desempenho sofre interferência pela execução de outras tarefas simultâneas, na qual o aprendiz vai necessitar de grande quantidade de atenção para desenvolver a aprendizagem. Na fase mais avançada o processamento é automático que apresenta características opostas como informações processadas rapidamente, processamento de diversas funções mentais ocorrendo de forma paralela. O processamento independe da intencionalidade, com as funções sendo disparadas automaticamente e não sofrendo interferência de tarefas realizadas ao mesmo tempo. O aprendiz vai apresentar facilidade ao lidar com grandes quantidades de informação sem necessitar de grande demanda atencional.

Na aprendizagem de uma nova habilidade motora, durante a fase inicial de aprendizagem, o aluno terá necessidade de uma grande quantidade de atenção. Mas, após uma grande quantidade de prática específica na habilidade motora, o modo de processamento se

torna automático. Logo, a prática transforma a tarefa inicialmente complexa em uma tarefa simples.

Uma tarefa é considerada complexa quando é necessário despender uma grande quantidade de atenção para a sua execução. Ao contrário, a tarefa é considerada simples quando não necessita de muita atenção para sua execução. Assim, designamos se a tarefa é complexa ou não de acordo com a quantidade de atenção requerida na tarefa associada aos componentes individuais. O caminhar é uma tarefa simples para um adulto normal na qual a habilidade já está automatizada, mas, no caso de um bebê que está aprendendo a andar, a tarefa é bastante complexa. A automatização da habilidade motora é fundamental para que ocorra o desempenho motor refinado.

A ginástica holística é um método psicossomático segundo Ehrenfried (1991), e utiliza a atenção dirigida como ferramenta fundamental com objetivos de relaxamento, alongamento, reeducação postural e melhora da tonicidade da musculatura. Na ginástica holística, o modo de comunicação para a realização do movimento é a instrução verbal: o professor jamais demonstra o movimento e sim o descreve verbalmente. O aluno escuta, entende e o realiza de acordo com suas possibilidades físicas e cognitivas. Com essa forma de instrução já estamos utilizando a atenção, pois o aluno deverá direcioná-la às instruções verbais dadas pelo professor e este último deverá moderar a quantidade de instruções fornecidas para não sobrecarregar o aluno, pois este terá que dividir sua atenção entre lembrar-se das instruções e desempenhar o movimento. Assim, uma quantidade mínima de informação verbal poderá ultrapassar os limites da capacidade de atenção do aluno.

A conscientização corporal do aluno para Feldenkrais (1972) acontece através da observação e da sensação do estado de seu corpo naquele momento. O professor solicita aos alunos que se deitem de costas e que foquem sua atenção em cada parte do seu corpo. O aluno deve estar desperto, atento, aberto e curioso, prestando atenção em cada parte do seu corpo e captando as sensações provenientes do mesmo. O aluno vai perceber que algumas partes do corpo são fáceis de sentir e perceber, porém, outras partes parecem bobas, mudas ou fora do alcance da consciência.

Segundo Vishnivetz (1995), o relaxamento vai proporcionar uma calma interna ao aluno o que é imprescindível para a melhora da atenção e da percepção, mas requer certo esforço. Quando o aluno consegue atingir o estado de relaxamento, conseguirá atenção com maior facilidade, assim como escutar e observar as sensações provenientes do seu corpo.

Durante a aula de ginástica holística a atenção é solicitada o tempo todo, proporcionando assim uma melhora em seu nível, pois, a cada aula, seu foco aumenta. Também há melhora na consciência corporal, e maior facilidade em detectar as sensações

provenientes do corpo. O aluno deve prestar atenção no movimento que está sendo executado, e, ao mesmo nas sensações que acontecem dentro de seu corpo e no mundo exterior. Esse deslocamento da atenção é que irá refiná-la e desenvolvê-la.

A ginástica holística, segundo Mendonça (1999, 2000), contém 800 movimentos e utiliza uma grande variedade de materiais como rolos de P.V.C. com diâmetros variados, bolas de várias texturas e tamanhos (como bolas de espuma, madeira, borracha, pedra, bola de golfe), sacos de areia e de sementes, bastão de madeiras e tijolos de madeira. Os movimentos são lentos, equilibrados, justos e precisos e os gestos não são mecanizados.

O movimento é realizado primeiro de um lado do corpo e após o término do mesmo o aluno descansa, mantendo o corpo todo alongado no solo. Nesta pausa, ele focaliza sua atenção nas sensações corporais do lado trabalhado. A respiração é um componente presente em todo o movimento. Cada um é executado na expiração ou na inspiração. A respiração proporciona um equilíbrio ao psiquismo. Um aluno ansioso terá uma respiração curta e rápida. Com a ginástica holística o aluno consegue mudar o seu ritmo respiratório, tornando-o mais lento, longo e profundo.

Os movimentos específicos para a reeducação postural vão desempenhar um papel fundamental na melhora da postura, com diminuição das dores e correção das alterações posturais existentes. A ação sobre o tônus muscular também ocorre pelo movimento e permite que um hipertônico descubra um estado de calma e que o hipotônico descubra a leveza e a vivacidade que o aumento do tônus ocasiona. Sendo assim vamos obter um tônus muscular mais equilibrado. O aluno deve estar atento para as mudanças e variações do tônus muscular. Por isso, este método assume dimensões pedagógicas, preventiva e terapêutica. As aulas podem ocorrer individualmente ou em pequenos grupos.

A partir do exposto, o objetivo deste trabalho foi verificar se a ginástica holística melhora a atenção de crianças com idade de 8-11 anos.

Método Participantes

Participaram da pesquisa 20 crianças de ambos os sexos (8 meninas e 12 meninos) de uma escola estadual na periferia da cidade de Campinas/SP, sendo estes alunos da 3ª série do ensino fundamental com idades entre 8 e 11 anos (M = 9,25, dp = 0,7). Os participantes receberam antecipadamente o termo de consentimento livre e esclarecido que foi preenchido e assinado pelo responsável antes do dia da pesquisa.

Equipamento e tarefas

As avaliações (pré-teste e pós-teste) foram realizadas na sala dos professores da escola estadual em um computador. A aula de ginástica holística foi desenvolvida na sala de aula da 3ª série e foram utilizados os seguintes materiais: colchonetes, uma baguete de madeira de 30 cm, uma bola de espuma com 40 cm de circunferência, uma almofada de espuma em forma de tatu e um saco de areia pequeno.

Primeiro fizemos um teste no computador com o objetivo de avaliar a demanda atencional de uma tarefa de perseguição manual de um alvo móvel, em função da velocidade de deslocamento do alvo. Para isso foi empregada uma tarefa probatória de toques seqüenciais entre os dedos, tomando o tempo de movimento como medida de interferência central entre as tarefas.

A tarefa principal (primária) foi perseguir um pequeno círculo (alvo) em movimento aleatório na tela do monitor do microcomputador com a ponteira do mouse, manuseando-o com a mão esquerda. O objetivo nesta tarefa foi manter o cursor bem próximo ao alvo durante todo o seu deslocamento na tela do monitor. O participante foi informado de que esta era a tarefa principal e que o seu desempenho não deveria variar entre as condições experimentais avaliadas. O grau de dificuldade nesta tarefa foi manipulado em função da velocidade de deslocamento do alvo. O programa foi gerado no MS Power Point. O estudo foi conduzido comparando-se as 5 velocidades do programa, sendo a velocidade 1 a mais alta e a velocidade 5 a mais baixa. A tarefa secundária foi fazer movimentos de toques seqüenciais entre o polegar e os demais dedos na seguinte seqüência: indicador, médio, anelar e mínimo. Cada tentativa corresponde a executar esta seqüencia por cinco vezes com a mão direita. O desempenho neste teste foi medido com um relógio cronômetro, mensurando-se o tempo desde o primeiro toque entre o indicador-polegar até o último toque entre o dedo mínimo-polegar (quinta seqüencia de toques). Nas tentativas com tarefas duplas, a execução da tarefa principal foi iniciada e encerrada simultaneamente a execução da tarefa secundária.

O estudo foi composto pela comparação do desempenho na tarefa primária nas velocidades 1 a 5, juntamente com a tarefa secundária. Os participantes realizaram 3 tentativas em cada uma destas condições experimentais. Em cada tentativa foi registrado o tempo de movimento após completar as 5 seqüências de toques entre os dedos. Quando os participantes cometiam mais de dois erros na seqüencia de toques a tentativa foi anulada e refeita em seguida.

Aula de ginástica holística:

1) Posição Inicial: Os alunos em pé, pés paralelos com uma baguete no solo.

Movimento: Massagear a planta do pé com a baguete desde o calcanhar até os dedos.

Movimento: Colocar a baguete no sentido longitudinal do pé e tentar se equilibrar na baguete, tirando o outro pé do solo.

Movimento: Colocar a baguete no sentido transversal do pé e tentar se equilibrar na baguete, tirando o outro pé do solo.

2) Posição Inicial: Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo.

Conscientização corporal: Sentir os pontos de contato do corpo no solo. Destacando uma parte do corpo por vez.

3) Posição Inicial: Decúbito dorsal, flexionar os joelhos e apoiar os pés no solo. Braços ao longo do corpo e colocar uma bola de espuma grande no osso sacro.

Movimento: Imaginar que nessa bola houvesse um relógio, olhando para o teto e na expiração levar o quadril na direção das 6 horas e depois na direção das 12 horas.

Movimento: Realizar com o quadril um círculo passando por todas as horas, começando as 12, 3, 6 e 9. Realizar o movimento no sentido inverso 12, 9, 6 e 3.

4) Posição Inicial: Decúbito dorsal, flexionar os joelhos e apoiar os pés no solo, com os joelhos paralelos. Colocar a almofada de espuma (almofada em forma de tatu) entre as escapulas. Levar os braços abertos na direção dos ombros (braços em cruz).

Movimento: Na expiração flexionar o cotovelo direito até conseguir chegar num ângulo reto braço e ante-braço. Realizar o movimento com o braço esquerdo e depois com os dois braços ao mesmo tempo. Tentar manter o punho e as unhas no solo.

5) Posição Inicial: Deitado em decúbito dorsal, flexionar os joelhos e apoiar os pés no solo. Braços ao longo do corpo

Movimento: Com a língua contar os dentes da arcada dentária superior começando da direita pela esquerda. Depois contar a mesma arcada começando da esquerda para a direita. Conferir os resultados (número de dentes).

Movimento: Com a língua contar os dentes da arcada dentária inferior começando da direita para a esquerda. Depois contar a mesma arcada começando da esquerda para a direita. Conferir os resultados (número de dentes).

6) Posição Inicial: Deitado em decúbito dorsal, flexionar os joelhos e apoiar os pés no solo. Braços ao longo do corpo e palmas das mãos voltadas para o teto.

Movimento: Na expiração arrastar o ombro direito até a orelha direita. Movimento: Na expiração arrastar o ombro direito em direção ao pé direito.

Movimento: Flexionar o joelho direito no peito e na expiração trazer o joelho direito em direção ao ombro direito.

Movimento: flexionar o joelho direito no peito e na expiração trazer o joelho direito na direção do ombro esquerdo.

Após a pausa refazer todos os movimentos com o lado esquerdo.

7) Posição Inicial: Sentado cruzar as pernas. Braços ao longo do corpo.

Movimento: Olhar para o relógio em cima da lousa e imaginar que a ponta do nariz vai ajudar o movimento do ponteiro do relógio. O círculo é pequeno. Vai iniciar nas 12 horas e o movimento só vai acontecer no sentido horário.

8) Posição Inicial: Em pé pés paralelos, braços ao longo do corpo e colocar o saco de areia na cabeça.

Movimento: Na expiração alongar a cabeça imaginando que o saco de areia vai encostar no teto.

Movimento: O mesmo movimento anterior levando o olhar longe, na linha do horizonte. Movimento: Rodar a cabeça à direita e esquerda. Sem deixar o saco de areia cair no chão. Movimento: Andar pela sala e não deixar o saco de areia cair.

Movimento: Correr pela sala com o saco de areia.

Movimento: Colocar a almofada em forma de tatu com a parte reta para cima e colocar o saco de areia em cima da almofada. Caminhar com os dois materiais na cabeça e correr com os materiais.

Delineamento experimental

O grupo foi dividido de forma aleatória entre um grupo experimental e um grupo controle. A pesquisa foi feita em dois dias, no primeiro dia dez alunos realizaram o pré-teste. Após o teste o grupo foi dividido da seguinte forma: 5 alunos (grupo experimental) para a sala de aula onde fizeram uma hora aula de ginástica holística e 5 alunos (grupo controle) ficaram na escola sem nenhuma atividade dirigida. Após o término da aula foi feito o pós-teste nos 10 alunos presentes. No segundo dia aconteceu tudo da mesma forma com os outros 10 alunos.

Análise dos dados

Calculamos as médias de tempo de movimento para completar os toques entre os dedos na tarefa secundária em cada uma das cinco velocidades apresentadas nos testes para comparação do desempenho do grupo controle e do grupo experimental.

Resultados

Os resultados demonstram que todos os participantes desta pesquisa obtiveram resultados melhores no pós-teste em relação ao pré-teste na tarefa de toques entre os dedos, como observado na Figura 1. No entanto, a análise descritiva indica que o grupo experimental apresentou resultados melhores do que os resultados do grupo controle.

6 8 10 12 14 16 18

vel 1 vel 2 vel 3 vel 4 vel 5

te m p o ( s e g u n d o s ) grupo controle pré- teste

grupo experim. pré-tes grupo controle pós- teste

grupo experim. pós- teste

Figura 1. Médias de tempo de movimento no pré e pós-teste dos grupos controle e experimental nas 5 velocidades da tarefa de perseguição manual.

Discussão

As três teorias sobre atenção demonstram que existem formas diferentes de entender

No documento livro ceam 2009 (páginas 65-76)