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Braquifacial: biotipo de face em que, a altura facial anterior se encontra

reduzida. A musculatura em geral é forte, o arco dentário alargado, a face curta e larga e apresenta maior tendência à mordida profunda (Cabrera,1997; Bianchini, 1998). Fig.16.

Cefalometria: é uma técnica de tomada radiográfica que tem o propósito

de fazer medidas da cabeça, com esta mantida numa posição fixa pelo cefalômetro (Enlow, 1993).

A avaliação da radiografia lateral inclui basicamente a inclinação da base do crânio, a relação da maxila e mandíbula entre si e com a base do craniana e a posição e postura da dentição em relação às estruturas faciais (Bianchini, 1998).

Esta análise auxilia o clínico a visualizar três importantes aspectos na morfologia craniofacial: 1- o que a face é agora (morfologia atual). 2- o que a face foi ou será (crescimento que já houve ou crescimento esperado). 3- o que o ortodontista deseja que a face venha a ser (morfologia corrigida ou idealizada). (Moyers e Bookstein, 1988).

Existem vários tipos de análises cefalométricas, e cada uma leva o nome de seu autor (Bianchini, 1998).

Curva de Spee: curva formada por uma linha que se inicia na borda

cortante dos incisivos inferiores e vai até à última cúspide distovestibular do último dente molar inferior (Molina, 1989). Quanto maior a sobremordida, mais profunda é a curva de Spee e, na mordida aberta, a curva é rasa. Este conceito é importante, pois relaciona-se com a forma facial e anatomia da cavidade condilar (Bianchini, 1998). Fig. 12.

Cúspides: são as pontas agudas ou elevações acentuadas de esmalte que

caracterizam alguns dentes, ou seja, o canino é um dente com uma cúspide, o pré-molar tem duas e os molares em geral têm quatro (Hanson e Barret, 1995). Fig.15.

Dolicofacial: biotipo de face em que a altura facial anterior se encontra

aumentada. A musculatura em geral é debil e estirada, a face tem aspecto alongado, o arco dentário também é longo, estreito, e tem maior predisposição à mordida aberta. Possui características diametralmente opostas ao braquifacial (Cabrera, 1997; Bianchini, 1998). Fig. 16.

Espaço funcional livre: é o espaço que deve existir entre as arcadas,

quando a mandíbula estiver em repouso. A diferença entre a dimensão vertical de oclusão e a dimensão vertical de repouso é indispensável sob o ponto de vista fisiológico e mecânico (Molina, 1989; Bianchini, 1998).

Maloclusão: são chamadas maloclusões as situações em que os dentes estão aglomerados ou mal alinhados, de maneira que não podem ser higienizados corretamente (Barroso, 1998).

Não há como negar o fato de que a maloclusão, dentro do contexto geral de patologia, deve ser encarada como um distúrbio de ordem morfofuncional, em que podem estar envolvidos, além dos dentes, não só as estruturas ósseas de suporte como também toda a neuromusculatura e o posicionamento da cabeça sobre a coluna cervical (Köhler, 1998).

Mesiofacial: biotipo facial em que as dimensões horizontais e verticais são

correspondentes. Por esta característica a função muscular geralmente está preservada. O arco dentário apresenta-se oval ou médio. O padrão mesiofacial corresponde à face predominante na população e isto está longe de significar que

este padrão é normal, enquanto que os outros devem ser considerados desvio do padrão normativo (Cabrera, 1997; Bianchini, 1998). Fig.16.

Mordida: característica básica de oclusão habitual do paciente; não

significa que não há dentes mal posicionados (Hanson e Barret, 1995).

Mordida aberta: ausência localizada de oclusão, enquanto os dentes

restantes estão em oclusão, isto é, quando há uma distância vertical entre as superfícies incisais. Ocorre com maior freqüência na região anterior, mas também pode aparecer na região posterior (Hanson e Barret, 1995; Moyers, 1988). Fig.10.

Mordida cruzada: se refere a um ou mais dentes mal posicionados facial,

lingual ou labialmente em relação aos seus correspondentes no arco oposto. É uma variação transversal dos dentes e podemos denominá-la de mordida cruzada lingual ou vestibular , de acordo com o desvio (Hanson e Barret, 1995; Moyers,1988). Fig.11.

Oclusão: define-se oclusão como a ação de fechar ou o estado de estar

fechado. Em Odontologia, oclusão refere-se à relação dos dentes superiores e inferiores quando em contato funcional durante a atividade mandibular (Okeson, 1992).

A oclusão é o direcionamento para a saúde e funcionamento do sistema estomatognático e não para qualquer configuração oclusal específica. Este conceito deveria incluir todos os relacionamentos funcionais, parafuncionais e

disfunção que possam existir entre os componentes do sistema mastigatório como resultado de contatos entre os dentes antagônicos.

A normalidade e anormalidade da oclusão determina-se pela forma como funciona e pela repercussão sobre os diferentes componentes do sistema estomatognático e não pelo alinhamento dos dentes em cada arcada e sua relação estática (Ramfjord e Ash, 1983).

Oclusão normal: é um conjunto estrutural constituído fundamentalmente

por dentes e ossos maxilares, caracterizado por relação normal dos planos inclinados oclusais dos dentes que se encontram individualmente ou coletivamente em harmonia com os ossos basais (Strang, 1958). Pode-se encontrar oclusão normal e face harmoniosa independente do biotipo facial (Cabrera, 1997).

A oclusão normal não é uma relação puramente dentária, ela pode ser definida como um sistema morfofuncional constituído pelos órgãos dentários em relação correta nos aspectos proximais e antagônicos, em harmonia arquitetônica com os ossos basais da face e do crânio e em equilíbrio com os órgãos e tecidos circundantes (Lino, 1994).

Dentro do conceito de oclusão normal, Moyers (1988) inclui o padrão de movimento da mandíbula durante sua função. Hanson e Barret (1995) chegam a concluir que a oclusão é uma função estritamente mandibular, já que o arco dental superior é imóvel.

Spee (1890), citado por Molh e Davidson (1989) sugeriu que a oclusão funciona como moinhos de esmerilhamento e que o movimento mandibular ocorre

em percursos circulares, como um pêndulo e se move ao redor de um eixo. A mandíbula se movimenta em três dimensões, e sendo assim, não pode-se considerar a oclusão pela relação estática dos dentes como são vistas em um cefalograma ou nos modelos dentários (Moyers, 1988).

Lino (1994) aceita que a oclusão dentária normal é um caráter hereditário dominante. Entretanto, são inúmeros os fatores que interferem como guias orientadores para que a oclusão dentária se estabeleça corretamente, bem como são inúmeros os fatores que atuam para que o processo não ocorra de forma equilibrada durante toda a evolução até que se instale a dentição permanente.

Overjet: é uma dimensão ântero-posterior e constitui uma distância, no

plano horizontal, entre as superfícies linguais dos incisivos superiores e as superfícies labiais dos incisivos inferiores (Hanson e Barret, 1995). Fig.13.

Protrusão: quando todo o segmento incisivo se encontra inclinado

labialmente. Se tanto os incisivos superiores quanto inferiores se protruem, o termo apropriado é protrusão bimaxilar (Hanson e Barret, 1995).

Retrusão: termo usado para denominar a inclinação lingual de todo o

segmento incisivo (Hanson e Barret, 1995).

Sistema estomatognático: sistema composto pelos ossos maxilares e

mandíbula, dentes, articulação temporomandibular, vários músculos, entre eles, os dos lábios, língua e bochechas, espaços orgânicos, nervos e vasos sangüíneos

que, controlados pelo sistema nervoso central, desempenham funções de respiração, sucção, mordida, mastigação, deglutição e fala (Bianchini, 1998).

Este sistema mostra claramente a razão do trabalho conjunto da Ortodontia e Fonoaudiologia, pois contêm estruturas bucais comuns divididas em dois grupos, as estruturas ativas e passivas que, equilibradas e controladas pelo sistema nervoso central, serão responsáveis pelo funcionamento harmônico da face ( Tanigute, 1998).

Sobremordida: é uma dimensão vertical. Se o incisivo se coloca ponta a

ponta com seu antagonista, a sobremordida é zero. Se há um excessivo trespasse vertical dos incisivos o termo usado é sobremordida profunda (Hanson e Barret, 1995). Fig.13.

Sulcos: são depressões compridas e estreitas no esmalte do dente que

podem se estender pela ponta cortante da superfície de oclusão até os lados dos dentes (Hanson e Barret, 1995).

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