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governo Federal O programa Minha Casa Melhor,

lançado em junho pelo governo federal,

superou a distribuição de R$ 1 bilhão em créditos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), pela presidenta Dilma

Rousseff, em evento de entrega de mo- radias do Minha Casa, Minha Vida, em

Campinas (SP). O Minha Casa Melhor foi criado para ajudar os beneficiários do MCMV a equiparem suas moradias

por meio de uma linha de crédito de R$ 5 mil, que pode ser utilizada na aquisição de móveis e eletrodomésticos.

O empréstimo pode ser pago em até 48 meses com taxas de juros de 5%. Os equipamentos podem ser comprados

em mais de 13 mil conveniadas em todo o país. “Além de ajudar as pessoas

a comprarem seus móveis e eletrodo- mésticos, o Minha Casa Melhor ajuda a

indústria, o comércio e gera emprego”, disse Dilma. A presidenta disse ainda

que o governo tem escutado as de- mandas dos beneficiários e novos itens

podem ser incluídos no programa.

FONTE: www.pac.gov.br/noticia/25dce8b4 publicado em 29 de agosto de 2013.

do (2012), os consumidores voltaram suas economias para o mercado moveleiro, com gasto médio de R$ 1.170”. Ainda segundo a

reportagem, preponderou, como elemento

{ 15.O PAC 2 foi lançado em 29 de março de 2010 e prevê recursos da ordem de R$ 1,59 trilhão em uma série de segmentos, tais como transportes, energia, cultura, meio ambiente, saúde, área social e habitação. São 6 as áreas de investimentos do PAC Cidade Melhor, Comunidade Cidadã, Minha Casa, Minha Vida, Água e Luz para todos (expansão do Luz para Todos), Transportes e Energia. ❙ PAC Cidade Melhor: Enfrentar os principais desafios dos grandes centros urbanos para melhorar a qualidade de vida das pessoas. ❙ PAC Mobilidade Urbana (ou PAC da Copa16 ): PAC 2 - Mobilidade Grandes Cidades e PAC 2 - Mobilidade Cidades Médias ❙ PAC Comunidade Cidadã: Aumentar a oferta de serviços básicos à população de bairros populares e garantir a presença do Estado. ❙ PAC Cidades Históricas ❙ PAC Minha Casa, Minha Vida: Reduzir o déficit habitacional, dinamizar o setor de construção civil e gerar trabalho e renda.

❙ PAC Água e Luz para Todos: Universalizar o acesso à água e à energia elétrica no país. ❙ PAC Transportes: Consolidar e ampliar a rede logística, interligando diversos modais (rodoviário, ferroviário e hidroviário) para garantir qualidade e segurança.

❙ PAC 2 Equipamentos, que é, sinteticamente, a doação de máquinas aos governos municipais para abertura e melhoria de estradas. ❙ PAC Energia: Garantir a segurança do suprimento a partir de uma matriz energética baseada em fontes renováveis e limpas. Desenvolver as descobertas no Pré-Sal, ampliando a produção de petróleo no país.

balizador da escolha, a estética ou design em detrimento à funcionalidade. “Mesmo

que a compra seja motivada pela funcionali- dade, a estética é o item mais importante na hora de escolher um móvel, segundo 41% dos consumidores (Pesquisa realizada pela IEMI Inteligência de Mercado em 2013). Durabi- lidade e resistência são observadas por ape- nas 18,6% da população.” (Design atrai mais

que qualidade na compra de móveis. In Fo- lha de S. Paulo, publicado em 20 de março de 2013). Segundo Marcelo Prado, diretor do IEMI, “para os consumidores de móveis, a

qualidade, a resistência e a durabilidade são fatores relevantes na decisão da compra, mas a beleza e o design do produto são fundamen- tais”. Mas a compra balizada pela estética

e não pelo uso pode ser um dos fatores — somado à baixa qualidade da matéria-pri- ma empregada na fabricação e inadequação do objeto ao contexto do espaço — que in- fluencia no rápido descarte do móvel pela Nova Classe Média. “Quando um objeto de

uso já não mais exerce a função e sua fina- lidade é unicamente estética, torna-se um parasita e é posto de lado” (Le Corbusier,

1930). Se a percepção de Corbusier é a de que o exclusivamente estético é descartável, Forty reforça o papel do caráter estético na percepção da casa como lar e fonte de iden- tificação com o usuário. É o objeto estético,

o vernacular, o cultural, o particular que faz desta casa a minha casa e daquela a casa do outro. A mesma estante seriada ganha características próprias na casa do católico com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no topo do móvel e na casa do evangélico com a bíblia aberta sobre um pedestal na prateleira. Mesma estante, o mesmo merca- do-consumidor: estética materializada pelo objeto (de adorno) sobre o objeto funcional (móvel). “A mudança mais importante no

último século das ideias que constituem o lar talvez tenha sido a de seu papel de fonte do bem-estar moral para o de fonte do bem-es- tar físico, representada em termos visíveis por sua transformação de lugar de beleza em lu- gar de eficiência” (Forty, 2007).

Evidentemente, o fator estético preponde- rante influenciou as redes de varejo de mobi- liário na estratégia de vendas. “A maior parte

da literatura dos últimos cinquenta anos nos faria supor que o principal objetivo do design é tornar os objetos belos. Alguns estudos su- gerem que se trata de um método especial de resolver problemas, mas poucos mostraram que o design tem algo que ver com o lucro e menos ainda foi apontada sua preocupação com a transmissão de ideias. Design é uma atividade mais significativa do que se costu- ma reconhecer, especialmente em seus aspec- tos econômicos e ideológicos” (Forty, 2007)

Após a transformação das peças publicitá- rias em híbridos chamados de publiedito- riais17 (Curcio, 2009), traçou-se então o des-

tino da estratégia da revista de decoração popular e sua missão. Como não seria pos- sível mudar imediatamente a configuração das peças vendidas, seja pelas dimensões e pelo próprio aspecto formal e estético, cabe- ria à publicação conceber arranjos eficazes com as peças disponíveis no mercado. Mas o grande desafio permanecia na reprodução de ambientes satisfatórios que fizessem uso desse portifólio de produtos.

Diferentemente das revistas de decoração tradicionais — que buscam entre arquite- tos renomados projetos recém-entregues para reproduzir em suas páginas — a revista popular jamais encontraria ambientes que atendessem às aspirações de seu futuro leitor, já que arquitetos e decoradores não fazem parte da realidade da Nova Classe Média. Assim, restou como metodologia a criação de ambientes com planta baseada nas uni- dades habitacionais entregues pelo Progra- ma Minha Casa, Minha Vida em estúdio — com a construção de paredes, instalação de janelas e etc.) e a criação de um projeto de decoração com uso exclusivo de peças de mobiliário disponíveis em lojas populares. Dessa forma, pode-se criar uma série de am- bientes para todos os cômodos da casa (sala,

cozinha, banheiro, dormitórios e varandas) que pudessem atender à demanda da Nova Classe Média. A estratégia facilitou ainda o registro fotográfico dos ambientes. Numa situação real, as dimensões reduzidas dos cômodos resultam num recuo insuficiente para que o fotógrafo possa captar com a len- te o ambiente como um todo, a menos que se faça uso de uma lente em grande angular, que acaba por distorcer a imagem. Para isso, durante a construção do cenário que daria origem à foto de capa, deixa-se uma das pa- redes móveis para que a distância focal mí- nima possa ser alcançada. A parede móvel também é construída no estúdio, para que, nas tomadas gerais do cômodo possa ser vi- sualizada em cliques mais fechados.

Criada a metodologia de produção da foto de capa, com ênfase no arranjo do mo- biliário e na escolha das peças do projeto — sempre baseado num programa de ne- cessidades fictício, de acordo com um perfil pré-determinado (Exemplo: Casal com 2 filhos) — obteve-se a fórmula que justifica o sucesso da publicação: a chamada de capa que se apropria da linguagem comercial das lojas de varejo de móveis populares. “Para

atraí-los (leitores da Nova Classe Média), as publicações de serviço precisam de chamadas curtas e poderosas que a tornem irresistíveis.”

(Paparounis, 2013).

{ 17.Publieditoriais, também chamados de matérias pagas, são textos publicitários usados para anunciar/divulgar/vender algum produto em veículos tradicionais como revistas e jornais e são contratados por agências. São apresentados entre as páginas de conteúdo editorial com projeto gráfico e linguagem semelhantes aos do veículo. Têm como objetivo de camuflar a mensagem publicitária em meio ao conteúdo editorial.

3 ingredientes fundamentais para