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Governo Jackson Lago

No documento Escola e participação (páginas 98-101)

Capítulo 3 A Educação Maranhense

3.9 Governo Jackson Lago

Em janeiro de 2007, foi empossado o médico Jackson Lago, ex-prefeito de São Luís, também opositor do grupo Sarney, apoiado por seu antecessor José Reinaldo.

O governo Jackson Lago, desferiu um golpe contra a classe dos professores, no dia 19 de abril de 2007: aprovação do Projeto de Lei 080/07, em que os professores perderam suas principais gratificações, quais sejam: gratificação por titulação, por

atividade do magistério e a gratificação por tempo de serviço (quinquênio) e os servidores do estado também tiveram seus rendimentos mantidos com referência no salário mínimo de R$ 303,21, criado no governo anterior. Apesar de ter atendido a uma reivindicação histórica da classe, que era a incorporação da GAM – Gratificação por Atividade no Magistério – ao vencimento, não recompôs os salários e aumentou o desconto para o vale-transporte (Costa. B, 2008).

Somente dia 13 de junho de 2007, em plena greve geral e tendo o Ministro da Educação, Fernando Haddad por visitante, foi lançado o Programa Estadual de Educação do Governo do Maranhão, composto por doze metas, em sintonia com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do governo federal, sob a presidência de Lula da Silva. O Plano de Governo para a Educação Básica compõe-se de doze medidas para mudar o Maranhão, vejamos apenas algumas delas: a) Abertura da discussão participativa e democrática acerca da educação que o Maranhão quer e precisa; b) Valorização dos profissionais da educação; c) Investimentos na estrutura didático-pedagógica das escolas; d) Combate ao analfabetismo; e) Ampliação e melhoria da rede física e f) Apoio a instituições complementares à rede oficial. É mais um plano lançado para a educação do Maranhão que não explica como acontecerá a operacionalização das metas, quem fará o que, quando, com quanto, onde e como. Um projeto, por menor que seja, prevê um cronograma e um orçamento. Esse, por ter sido elaborado por uma minoria, em gabinete, sem discussão com as classes representativas dos níveis e modalidades de ensino não fez uso de duas perguntas básicas: como está a educação no Maranhão? Em que patamar queremos levá-la? Em quanto tempo? (Costa. B, 2008).

Jackson Lago não terminou seu governo, pois o Tribunal Superior Eleitoral-TSE cassou seu mandato e o restituiu a Roseana Sarney (Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB/MA), que havia disputado a eleição com o até então governador

3.10 Governo Roseana Sarney

Roseana Sarney toma e assume novamente do modo que foi lavado a sua cassação e em meio a denuncia de fazer propaganda fora do prazo, Roseana Sarney assumir em 2009, Governo do Estado. Em 2011 é eleita para o seu quarto mandato, na área educacional, as propostas do seu plano de governo são as seguintes:

- Promover a educação como política de inclusão social não discriminatória de formação para o exercício da cidadania e para o trabalho, valorizando a diversidade regional, sociocultural, étnica e de gênero;

- Implantar, nas redes públicas, em parceria com os municípios, programas e projetos voltados para a universalização do acesso ao ensino fundamental e fortalecimento da ação pedagógica;

- Estimular a ampliação da oferta de educação infantil nas redes municipais de ensino;

- Ampliar, em parceria com os municípios, os programas que objetivam a alfabetização de 100% dos alunos no primeiro ano do ensino fundamental; - Apoiar as iniciativas dos municípios voltadas para a melhoria das instalações

escolares;

- Desenvolver e implantar nas redes públicas estadual e municipais de ensino programas de aperfeiçoamento da gestão escolar;

- Promover a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis da educação básica;

- Desenvolver programas voltados para a educação no meio rural, levando em conta as potencialidades agrícolas e pesqueiras, observadas as peculiaridades geoeconômicas;

- Apoiar os municípios na oferta de transporte escolar;

- Implantar, na rede pública estadual de ensino, programas destinados à correção de fluxo, redução da evasão, abandono e repetência, bem como ao aumento do rendimento escolar, disponibilizando-os, também, aos municípios;

- Dar continuidade ao programa de ampliação, equipamento, reequipamento e recuperação da rede física escolar;

- Ampliar a oferta de vagas no ensino médio;

- Implantar “escolas em tempo integral” no ensino médio e educação profissional;

- Estimular e apoiar os municípios para a implantação de escolas “em tempo integral” na educação infantil e ensino fundamental;

- Incentivar a participação da família na escola;

- Implantar, em articulação com os municípios, programa de valorização e qualificação, garantindo a formação inicial dos professores das redes públicas municipais;

- Garantir aos gestores escolares, professores e especialistas do sistema estadual programa de remuneração que premie a formação continuada, a competência, o tempo de serviço, a graduação, a pós-graduação, a pesquisa, o mestrado e doutorado;

- Expandir a rede de centros de educação profissional, na cidade e no campo, em compatibilidade com as potencialidades econômicas do Estado e dos municípios, levando em conta as exigências do mercado de trabalho;

- Ampliar a rede de bibliotecas Farol da Educação;

- Formalizar parceria com o Governo Federal e com os municípios em programas destinados à alfabetização de jovens e adultos;

- Aumentar a oferta de vagas escolares destinadas a pessoas com deficiência; - Implantar e incentivar programas e projetos escolares voltados para o esporte,

- Estabelecer articulação e parcerias com universidades públicas e privadas para o desenvolvimento de estudos e pesquisas educacionais (SARNEY, 2010, p. 5-7).

A proposta de Roseana Sarney para a educação traz questões que já foram reafirmadas não apenas em âmbito macro (Constituição Federal de 1988 e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996) mas também micro (Constituição Estadual de 1989) no que concerne a educação se voltar para a cidadania e o trabalho. Observa-se que, majoritariamente, as propostas abordam ações que devem ser implementadas nos e pelos municípios, especialmente na educação infantil e no ensino fundamental. Essas ações aparecem sobre a denominação de “programas e projetos” compreendendo a ampliação da oferta de educação infantil, a universalização do ensino fundamental, a alfabetização dos alunos no 1º ano do ensino fundamental, a melhoria das instalações físicas, o transporte escolar, escolas de tempo integral e formação de professores (Souza; Lima, 2012).

Outra parte das propostas diz respeito a ações que serão postas em prática tanto na rede estadual quanto na rede municipal, versando acerca do aperfeiçoamento da gestão escolar, à correção do fluxo e à redução da evasão, do abandono e da repetência. O terceiro bloco de propostas gerais, tratam da: qualidade do ensino em todos os níveis, a educação no meio rural e o incentivo à participação da família na escola. E por último se tem as proposições que ficariam sobre a responsabilidade direta do governo estadual, a saber: ampliação da oferta do ensino médio, implantação de “escolas em tempo integral” no ensino médio e na educação profissional e o desenvolvimento de programas de remuneração dos gestores, professores e especialistas da rede pública estadual de ensino (Souza; Lima, 2012).

No documento Escola e participação (páginas 98-101)