• Nenhum resultado encontrado

-500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 10^3 CO2 OUTROS 1944,268736 2425,839039 2425,839039 -2,82536E-12 GÁS NATURAL 378,3580793 472,2664625 472,2664625 1962,624261

89

4.6- Não Ferrosos e Outros da Metalurgia

4.6.1-Composição Setorial e Principais Indústrias

O sub setor Não Ferrosos e Outros da Metalurgia do Balanço Energético Brasileiro são compostos pela transformação metalúrgica do chumbo, cobre, estanho, magnésio, níquel, silício metálico, zinco e pela fabricação de componentes metalúrgicos diversos, tais como, estruturas metálicas, estamparia, funilaria, caldeiraria, serralheria, fundidos de ferro e aço, forjados de ferro e aço, beneficiamento de sucata metálica, tratamentos térmicos e químicos de metais e galvanoplastia. Os principais grupos produtores de metais não ferrosos em 1998 (MME-DNPM-1999) foram a Companhia Mineira de Metais, Caraiba Metais, Mamoré, Votorantin. Estas empresas representam praticamente 100% da produção física conforme o Sumário Mineral de 1999. Os principais grupos produtores de componentes metalúrgicos em 1998 (Gazeta Mercantil – 1999) foram a Latasa, Metalurgica Prada, Crwn Cork, Real Metalco, Brasilata, Metalgráfica Iguaçú Mocóca, Sandvik, Starrett, BMBA (Belgo Mineira Bekaert Arames S.A.), Morlan, Cimaf, Brazaço Mapri, CBV (CBV Indústria Mecânica), Fundição Tupy, Confab Tubos, Mannesmann, Confab Industrial, Zamprogna, GE Daco, Inal, Coimpa, Tramontina, Esab, Ssazaki, Tekno. Estas empresas representam 63% da receita operacional líquida informada por 183 empresas ao Balanço Anual da Gazeta Mercantil

4.6.2-Tecnologias de Produção e Levantamento da Produção Física

A produção de não metálicos pode ser brevemente descrita como a seguir: na primeira etapa o minério é concentrado por flotação, a seguir o minério é ustulado, isto é, tem suas impurezas retiradas (enxofre, arsênio e antimônio) e é seco. O cobre e o zinco são reduzidos por eletrólise, já o chumbo e o estanho são reduzidos em fornos revérberos ou fornos elétricos (Chiaverini-1979).

Os dados de produção física dos metais não ferrosos e outros da metalurgia utilizados para projetar o consumo futuro de energia (ver anexo C) foram obtidos no Balanço Energético Nacional, porém sua fonte original é o Instituto de Metais não Ferrosos e a Associação Brasileira da Indústria de Fundição. Cabe ressaltar que a

90

produção física proposta pelo Balanço Energético leva em conta somente à produção de não metálicos e fundidos. Portanto toda a produção de estruturas metálicas, estamparia, funilaria, caldeiraria, serralheria, beneficiamento de sucata metálica, tratamentos térmicos e químicos de metais e galvanoplastia não foram consideradas. A produção de alumínio também foi subtraída do total apresentado pelo Balanço Energético, pois este sub setor está apresentado em separado nesta dissertação.

4.6.3-Séries Anuais de Produção Física, Valores Unitários de Produção e Ajuste da Regressão.

A evolução da produção física no período estudado (74-97) foi de 125,90% (3,61% a/a) enquanto evolução do PIB industrial no mesmo período foi de 64,81% (2,2% a/a). O gráfico 4.6.1 – série anual do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia a seguir mostra o ajuste entre o PIB industrial e a produção física.

O valor unitário da produção mantém na maior parte do período uma tendência geral de queda, 37,09% (1,38%a/a) para o PIB industrial e 12,99% (0,53%a/a) para o PIB setorial. O gráfico 4.6.3 – valor unitário do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia a seguir apresenta a comparação entre os valores unitários.

A regressão da produção física em função do PIB apresentou um coeficiente de correlação de 0,793 antes do “dummy” e de 0,840 após a aplicação do mesmo. O erro padrão ficou na faixa de 17,27% para 1997, estando portanto acima da média dos erros padrões de todos os sub setores que é 16,47%. O gráfico 4.6.2 – regressão do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia a seguir mostra ajuste da melhor reta aos dados.

4.6.4-Participação do Sub Setor no Consumo total de Gás Natural e Energia Total

O sub setor não ferrosos e outros da metalúrgiaem 1997 participou com 4,14% da energia total consumida na indústria e 1,28% do consumo de gás natural. A participação do gás natural no consumo total de energia do sub setor foi de 1,02% neste mesmo ano com um consumo de 0,11 milhões de Nm3 por dia (ver anexo E). Para os três cenários de consumo de gás natural, tem-se a seguinte participação: a opção 2010 zero com uma participação de 1,08% e consumo diário de 0,18 milhões de Nm3 por dia, a opção 2010 OCDE-EU com uma participação de 12,73% e consumo diário de 2,07 milhões de Nm3

91

por dia, a opção 2010 OCDE-EU com uma participação de 21,33% e consumo diário de 3,39 milhões de Nm3 por dia (ver anexo F).

4.6.5-Consumo Específico de Energia e Intensidade Energética

O consumo especifico de energia do sub setor apresentou tendência de alta durante todo período estudado (74-97), 54,35% (3,35%a/a). A intensidade energética apresentou também tendência de alta durante quase todo o período, porém nos últimos seis anos iniciou uma leve tendência de queda. O gráfico 4.6.4 – indicadores energéticos do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia apresenta a comparação entre o consumo específico de energia e a intensidade energética.

4.6.6-Comparações entre a Energia Útil e Energia Final, por tipo de combustível e por uso, para as três hipóteses: zero, OCDE-EU, total e referência BEN 1997

A eficiência energética praticamente não sofreu alterações com a maior penetração do gás natural no sub setor não ferrosos e outros da metalurgia. A relação energia útil/energia final foi praticamente constante entre o ano de referência e as três hipóteses de consumo de gás natural. Os valores foram 26,64% para o ano de referência, 26,03% para a opção 2010 zero, 27,08% para a opção OCDE-EU 2010 e 27,72% para a opção 2010 total. As principais fontes foram eletricidade e derivados do petróleo e as principais aplicações foram força motriz e eletroquímica. Os gráficos 4.6.5 – eficiência energética por combustível do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia e 4.6.6 - eficiência energética por forma de uso do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia apresentam o perfil de consumo sub setorial bem como a comparação entre o ano de referência e as hipóteses de consumo.

4.6.7-Comparação entre o Potencial de Cogeração para as três hipóteses, zero, OCDE- EU, total e referência BEN 1997

Para o sub setor não ferrosos e outros da metalurgia a relação energia elétrica / calor de processo não permite grande flexibilidade para destino da energia térmica. A relação ee/et é de aproximadamente 0,28 para a opção 2010 OCDE-EU. A energia

92

demandada pelo aquecimento direto não foi considerada devido a inviabilidade técnica de execução dos processos de fundição e forjamento com gases de escape da turbina. Portanto o sub setor não ferrosos e outros da metalurgia não podem ser considerados como um grande usuário de sistemas de cogeração. Este fato não impede que pequenos sistemas sejam instalados. O gráfico 4.6.7 – perfil de cogeração do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia apresenta a comparação entre o ano de referência e as hipóteses alternativas de consumo de gás natural.

4.6.8-Comparações dos níveis de emissões de CO2 entre os três cenários: zero, OCDE-

EU, total e referência BEN 1997

Os impactos da maior utilização do gás natural são apresentados no gráfico 4.6.8 – emissões do sub setor não ferrosos e outros da metalurgia. O perfil das emissões está demonstrado por tipo de fonte: gás natural e outras. Entre o ano de referência (1997) e a opção 2010 zero as emissões crescem 48,73%. Com relação a opção 2010 OCDE-EU as emissões crescem apenas 25,00%, apesar do aumento de 54,81% no consumo de energéticos. A maior utilização do gás natural proposta pela opção 2010 OCDE-EU conteve grande parte do aumento das emissões.

Fonte: Anexo C 93