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- 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 3.500,00 4.000,00 10^3 tEP

energia final gas natural 0 2,810926684 407,9959123 1361,512493

energia final para aquecimento direto 2025,288 3127,461392 2600,829204 1361,512493

energia final para calor de processo 0 0 0 0

energia elétrica final calorica 496,128 761,3581144 564,5944397 101,5530313

energia total final 2277 3500,818125 2974,185936 1734,869226

1997 referencia 2010 zero 2010 ocde-eu 2010 total

Fonte: Anexo L 65 GRÁFICO 4.3.8 - EMISSÕES DO SUB SETOR FERRO LIGAS

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 10^3 CO2 OUTROS 1514,997794 2337,365631 1640,328487 2,34033E-12 GÁS NATURAL 0 7,090245476 1029,123665 3434,261679

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4.4- Mineração

4.4.1-Composição Setorial e Principais Indústrias

O sub setor Mineração do Balanço Energético Brasileiro é composto pela extração de minerais metálicos e não metálicos exclusive carvão, xisto, gás natural e petróleo. Os principais grupos produtores em 1998 (Gazeta Mercantil – 1999) foram a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), MBR (Mineração Brasileira Reunida S.A.), Ferteco, Ultrafértil, Samitri, Rio do Norte, Nibrasco. Estas empresas representam 70% da receita operacional bruta informada por 36 empresas ao Balanço Anual da Gazeta Mercantil.

4.4.2-Tecnologias de Produção e Levantamento da Produção Física

A produção de minerais pode ser basicamente de três tipos: mineração a céu aberto onde o minério encontra-se na superfície terrestre e é retirado por meio de pás mecânicas (argila) ou desmonte de rochas (granito), mineração subterrânea por meio de galerias onde o minério é retirado do fundo da terra (carvão) e mineração por poços onde o minério no estado líquido é bombeado para a superfície (salitre). O beneficiamento consiste da trituração do minério e posterior separação por peneiras, flotação, meios magnéticos e etc. Outra alternativa recente é o uso de bactérias para separar o mineral da ganga. Sempre que possível o beneficiamento deve ser feito ao lado da mina para se evitar custos de transporte que onerariam o produto final (Lins – 1999).

Os dados de produção física da mineração utilizados para projetar o consumo futuro de energia (ver Anexo C e Anexo K), foram obtidos no Anuário Mineral Brasileiro editado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

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4.4.3-Séries Anuais de Produção Física, Valores Unitários de Produção e Ajuste da Regressão

A evolução da produção física no período estudado (74-97) foi de 545,99% (8,45% a/a) enquanto evolução do PIB industrial no mesmo período foi de 64,81% (2,2% a/a). O gráfico 4.4.1 – série anual do sub setor mineração mostra o ajuste entre o PIB industrial e a produção física.

O valor unitário da produção mantém na maior parte do período uma tendência geral de queda, 292,03% (6,12%a/a) para o PIB industrial e 136,53% (3,81%a/a) para o PIB setorial. O gráfico 4.4.3 – valor unitário do sub setor mineração apresenta a comparação entre os valores unitário.

A regressão da produção física em função do PIB apresentou um coeficiente de correlação de 0,879 antes do “dummy” e de 0,928 após a aplicação do mesmo. O erro padrão ficou na faixa de 14,43% para 1997, estando portanto abaixo da média dos erros padrões de todos os sub setores que é 16,47%. O gráfico 4.4.2 – regressão do sub setor mineração mostra o ajuste da melhor reta aos dados.

4.4.4-Participação do Sub Setor no Consumo total de Gás Natural e Energia Total

O sub setor mineração em 1997 participou com 2,46% da energia total consumida na indústria, não havendo consumo de gás natural. (ver anexo E). Para os três cenários de consumo de gás natural, tem-se a seguinte participação: a opção 2010 zero com uma participação de 0,17% e consumo diário de 0,01 milhões de Nm3 por dia, a opção 2010 OCDE-EU com uma participação de 10,43% e consumo diário de 1,09 milhões de Nm3 por dia, a opção 2010 OCDE-EU com uma participação de 21,41% e consumo diário de 2,20 milhões de Nm3 por dia (ver anexo F).

4.4.5-Consumo Específico de Energia e Intensidade Energética

O consumo especifico de energia do sub setor apresentou tendência de queda durante todo período estudado (74-97), 79,96% (2,59%a/a). A intensidade energética apresentou tendência de alta durante quase todo o período. O gráfico 4.1.4 – indicadores

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energéticos do sub setor mineração apresenta a comparação entre o consumo específico de energia e a intensidade energética.

4.4.6-Comparações entre a Energia Útil e Energia Final, por tipo de combustível e por uso, para as três hipóteses: zero, OCDE-EU, total e referência BEN 1997

A eficiência energética praticamente não sofreu alterações com a maior penetração do gás natural no sub setor mineração. A relação energia útil/energia final foi praticamente constante entre o ano de referência e as três hipóteses de consumo de gás natural. Os valores foram 30,06% para o ano de referência, 30,41% para a opção 2010 zero, 31,06% para a opção OCDE-EU 2010 e 31,72% para a opção 2010 total. As principais fontes foram eletricidade e derivados do petróleo e as principais aplicações foram força motriz e aquecimento direto. Os gráficos 4.4.5 – eficiência energética por combustível do sub setor mineração e 4.4.6 - eficiência energética por forma de uso do sub setor mineração apresentam o perfil de consumo sub setorial bem como a comparação entre o ano de referência e as hipótese de consumo.

4.4.7-Comparação entre o Potencial de Cogeração para as três hipóteses: zero, OCDE- EU, total e referência BEN 1997

Para o sub setor mineração a relação energia elétrica / calor de processo não permite grande flexibilidade para destino da energia térmica. A relação ee/et é de aproximadamente 0,11 para a opção 2010 OCDE-EU. A energia demandada pelo aquecimento direto neste sub setor refere-se a operação de calcinação de minerais metálicos e não metálicos, em sua grande maioria estas temperaturas estão acima de 850

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C, impossibilitando assim o uso dos gases de escape da turbina para esta aplicação. Portanto, o sub setor cimento não pode ser considerado como um grande usuário de sistemas de cogeração. Este fato não impede que pequenos sistemas sejam instalados. O gráfico 4.4.7 – perfil de cogeração do sub setor mineração apresenta a comparação entre o ano de referência e as hipóteses alternativas de consumo de gás natural.

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4.4.8-Comparações dos níveis de emissões de CO2 entre os três cenários: zero, OCDE-

EU, total e referência BEN 1997

Os impactos da maior utilização do gás natural são apresentados no gráfico 4.4.8 – emissões do sub setor mineração. O perfil das emissões está demonstrado por tipo de fonte: gás natural e outras. Entre o ano de referência (1997) e a opção 2010 zero as emissões crescem 64,83%. Com relação a opção 2010 OCDE-EU as emissões crescem 61,39%, para um aumento de 64,83% no consumo de energéticos. A utilização do gás natural proposta pela opção 2010 OCDE-EU não conteve o aumento das emissões.

Fonte: Anexo C 69